Geraldo Alckmin: Estimada Mônica Serra; deputado federal Eleuses Paiva; deputado estadual Pedro Tobias; professor Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado da Saúde; professora Linamara Rizzo Battistella, secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência; professor José Otávio Costa Auler, o diretor da Faculdade de Medicina da USP; professor Paulo Hoff, diretor-geral do ICESP; Flávio Waiteman, vice-presidente de criação da Agência África, na pessoa de quem quero agradecer o trabalho da Agência da África, belíssimo trabalho. O professor Hoff, o Giovanni e eu, a foto está melhor que o original, né? Maria Cristina Frias, representando o Grupo Folha; Marisa Madi Della Coletta, diretora- executiva do ICESP; profissionais da área de saúde, parceiros, amigas e amigos, uma palavra breve.
Mas dizer da alegria, primeiro por estar aqui no ICESP, um instituto que é um orgulho de São Paulo e do Brasil. Uma instituição nova, mas que rapidamente conquistou um reconhecimento internacional, mostrando que o serviço público, ele pode e deve ser de qualidade para a população de São Paulo e do Brasil. Depois, feliz aqui, porque temos aqui um momento importante para se fazer uma grande campanha educativa e de conscientização, ou seja, a própria pessoa pode fazer muito mais pela sua saúde do que os hospitais, do que os profissionais de saúde se ela tiver uma educação para a saúde e promover saúde.
Aliás, há um princípio em medicina que se diz: Sublata Causa Tollitur Effectus – suprima a causa que o efeito cessa. A gente gasta na saúde grande parte do tempo e dos recursos só cuidando dos efeitos, mas não agindo nas causas. A saúde não pode ser a arte de procurar doença, nós estamos sempre procurando doença, nós vamos achar, então procurando doenças. Não, nós temos que ser os promotores da saúde, envelhecimento é normal, não é doença, doença é desequilíbrio. É preciso recuperar uma visão mais holística da saúde e tratar a pessoa de forma integral e promover saúde, né? É duplamente importante esse Doe 1 Dia Contra o Câncer, porque conscientiza e do outro lado aborda o tema crescente, que hoje é a segunda causa de morbimortalidade no mundo moderno, que é câncer, e que vai crescer, porque é diretamente ligado a idade e a expectativa de vida no mundo, ela vai subindo. O homem primitivo vivia 18 anos, expectativa de vida média ao nascer, no império romano 22 anos, expectativa de vida média. O Brasil rural da década de 40, do século passado era 43 anos, expectativa de vida média, não dava tempo de ter câncer, morria antes. Hoje mudou.
A expectativa de vida média no Brasil, 73 anos, as mulheres 77. Estados de melhor qualidade de vida chega perto de 80, o Japão vem acima de 80, países escandinavos. E uma tendência mundial de aumento de expectativa de vida média, o que vai aumentar a incidência das doenças neoplásicas.
O Brasil, a primeira causa de câncer é pele, e pele é exposição ao sol num país tropical. Então uma campanha educativa no sentido de evitar essa exposição, especialmente pessoas de pele mais clara, excessiva ao sol, ela é extremamente importante, enfim, quase todos os tipos de câncer é possível com campanhas educativas, educação para a saúde. E aqui eu quero chamar a atenção dos meios de comunicação, porque os meios de comunicação têm um papel muito importante no sentido de levar informação e educação para a saúde, criação de bons hábitos. Além de doar um dia por ano para os exames, vamos dedicar os minutos diários para a gente poder refletir, melhorar os hábitos e promover a saúde da população.
Então eu fico muito feliz de estar aqui no ICESP, de estimular aqui esta campanha de conscientização e de preservação de uma doença que deixou de ser estigmatizada, porque é uma doença curável. Câncer é doença curável, desde que diagnosticada precocemente e tratado corretamente.
Boa campanha a todos.
