Estado entrega vicinal Itapira-Mogi-Guaçu recuperada

Orçadas em R$ 4,3 milhões, as obras foram entregues pelo governador do Estado

sex, 05/09/2008 - 20h20 | Do Portal do Governo

Mais uma estrada contemplada na primeira fase do Programa de Recuperação de Estradas Vicinais, o Pró-Vicinais, foi inaugurada pelo governo paulista nesta sexta-feira, 5. Ligação entre os municípios de Itapira e Mogi-Guaçu, a estrada vicinal passou por obras de recuperação nos 23 quilômetros de extensão, sendo 11 quilômetros em Itapira e 12 em Mogi-Guaçu. Orçadas em R$ 4,3 milhões, as obras foram entregues pelo governador do Estado, José Serra, e pelo secretário estadual dos Transportes, Mauro Arce. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.

Governador: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas, dizer da minha alegria de vir hoje, aqui, até Itapira e para essa inauguração. É uma inauguração a respeito da qual já se falou o que deveria ter sido dito.

É uma estrada importante entre Mogi-Guaçu e Itapira, tem até mais quilômetros em Mogi-Guaçu, se eu não me engano, um pouquinho mais. Uma estrada que – já se tomou a decisão – vai ser estadualizada e que rompe um ponto de estrangulamento aqui no transporte da região.

A gente tem feito o maior programa de estradas vicinais desde o governo Montoro. Nós temos lançado, já, cerca de quatro mil quilômetros e o Estado inteiro para refazer. Vamos, até o final do governo, fazer 12 mil quilômetros, se o DER e a Secretarias dos Transportes andarem depressa, porque dinheiro tem. Então, se não cumprir, vocês sabem de quem é a culpa. Se não cumprir, a culpa é do Mauro Arce, que é o secretário dos Transportes.

Eu queria saudar aqui o Guilherme Campos, deputado federal. O deputado Barros Munhoz, que nos falou aqui e que foi um grande prefeito de Itapira.

Voz: É isso mesmo.

Governador: Ele foi bom prefeito, a propósito, porque trouxe atividade econômica para cá. A receita do município que a Prefeitura tem para gastar mais do que dobrou nos últimos anos, graças às mais de 50 empresas que o Munhoz trouxe para cá.

Isso significa receita sem aumentar carga tributária, significa emprego e desenvolvimento. Foi um salto que Itapira deu por intermédio do Munhoz. Isto é muito importante de se ter presente, um lugar que eu acompanhei sempre, até quando era ministro da Saúde.

Queria cumprimentar o nosso secretário Mauro Arce. O Hélio, que é o prefeito de Mogi-Guaçu, que nos falou aqui. Os prefeitos de Lindóia, o Hélcio; De Serra Negra, o Paulo Roberto. De Socorro, o Mário. De Conchal, Valdeci. E de Águas de Lindóia, o Carlos Franco de Godói.

Queria saudar aqui também os vereadores presentes. Presidentes de associações e entidades de classe. Os moradores deste bairro. Enfim, a todos e a todas.

Mas, como eu dizia, isto faz parte de um programa nosso muito amplo para o Interior de São Paulo. Os grandes problemas que tem o Estado não estão localizados no Interior. O Interior é a nossa região desenvolvida. Os problemas que nós temos são na Grande São Paulo, digo os problemas de pobreza, de moradia ruim, de dificuldade de transporte. Esses são, sobretudo, problemas da Grande São Paulo.

O nosso Interior precisa do que? O nosso Interior precisa de infra-estrutura e ensino e saúde. São as questões fundamentais. Nesse sentido, vocês devem saber: nós criamos uma Etec aqui em Itapira, uma escola técnica, que só não está funcionando normalmente porque a Prefeitura não deu o terreno. É até curioso porque, em geral, prefeitos saem correndo atrás – está certo? – para dar.

Mogi-Guaçu (…)

Voz: Já deu.

Governador: Você deu o prédio lá. Em geral, porque o que acontece? O que custa caro numa escola é a manutenção, é o pagar salários, isso tudo.

A parte do prédio, do terreno, é mínima. Quando as Prefeituras não fazem, não tem jeito, não tem como andar, porque essa é uma regra geral.

Então eu queria fazer um apelo a Itapira para que se mobilize no sentido de a Prefeitura – ou agora, ou na próxima gestão – ceder esse prédio, encontrar um lugar bom porque até o número de cursos não é maior porque não há local onde funcionar. Isso é muito importante.

Só aqui, pode se considerar a região de Campinas, nós estamos fazendo seis Etecs. Seis Etecs e duas Fatecs, que são faculdades de tecnologia. Por quê? Porque o que a gente vê acontecer é a população reclamar, com justiça, do desemprego. O desemprego é muito sério mas, ao mesmo tempo, quando se instala uma indústria, muitas vezes, não há mão-de-obra qualificada para atender a essas empresas. É isso que nós estamos correndo atrás.

Para que vocês tenham uma idéia, em São Paulo, nós encontramos 70 e poucos mil alunos de escolas técnicas. Até o final do governo, nós vamos ter 170 mil vagas abertas. Isso é aumentar duas vezes… (Inaudível). Da mesma maneira, nas Fatecs: nós encontramos 26, vamos deixar mais do dobro, mais de 52. Hoje, Fatec acabou virando um problema político, porque quem não tem, quer.

Às vezes, chega-se a um local e não cabe uma Fatec, mas virou sinônimo de status, está certo? O pessoal fala: “Não, não, eu quero, agora, uma Fatec”. Antes era campus da Unesp, que era a reivindicação. Onde não tinha campus da Unesp, queria campus da Unesp. Onde tem campus da Unesp, queria ampliar o campus da UNESP. E agora é a Fatec. Não dá para fazer em todo lugar porque não é necessário, mas estamos ampliando muito e com critério geográfico bem distribuído. Eu tenho visitado algumas e a gente vê que há alunos, em geral, de toda a região. É um curso superior de três anos, dá para levar.

Isto vai significar mais do que dobrar o número de alunos, porque nós estamos, também, aumentando o número de vagas, como é caso da Etecs. E é disso que o Interior precisa. Na área da saúde, os AMEs, Ambulatório Médico de Especialidades. Hem?

Voz: Aqui leva uma AME também.

Governador: Mogi-Guaçu leva uma AME. Mogi-Guaçu está muito privilegiado. Hem? Olha aí, está vendo? Agora, por esta vicinal aqui, o pessoal de Itapira pode vir para o AME de Mogi-Guaçu. Não é tão longe e é um ambulatório de especialidades. Quer dizer, são 30 consultórios, consultas diferentes de especialidades médicas diferentes e exames médicos. Em Votuporanga, são 15 mil consultas/mês e cinco mil exames por mês.

É isso que a gente vai fazer: uma rede por todo o Interior, principalmente no ano que vem. Isto, também, em cooperação com as Prefeituras. As Prefeituras também ajudam não na manutenção, ajudam na construção, no local, que é uma coisa muito importante e, além do mais, a Prefeitura pode fazer melhor do que ninguém. Mas estamos, então, neste trabalho de cooperação.

Temos um apoio importante na Assembléia Legislativa. O Munhoz é o nosso líder do governo na Assembléia. É um cargo dificílimo porque tem que aprovar as coisas todas. Líder do governo é para isso, é para aprovar os projetos do governo. Ele vai ter que aprovar o do cigarro. Então, isto, realmente, é um cargo muito complicado e ele vem levando muito bem.

Antes disso, quando eu fui prefeito da cidade de São Paulo, eu levei lá para a Subprefeitura de Santo Amaro o Munhoz, que foi um grande subprefeito de Santo Amaro.

Voz: É isso aí mesmo.

Governador: Grande subprefeito. E ele representa o que de melhor Itapira tem dado para a vida pública entre nós. E assim vai continuar sendo pelos próximos anos, se Deus quiser.

Bem, queria agradecer, dar aqui o meu abraço triste para os palmeirenses.  Realmente, foi um resultado inacreditável. Foi urucubaca, eu ouvi dizer. É vela plantada pelos outros times lá, com frango morto. Essas bruxarias que eu não sei direito como é que se faz, mas, sem dúvida, foi uma dessas coisas. Hem?

Voz: É dor de cotovelo.

Governador: De quem?

Voz: Dos palmeirenses.

Governador: Por quê? Eu, aqui, sou a favor de tudo e você fala mal do meu time? Estou torcendo para o Corinthians ir para a Série A, torcendo para o Santos não ir para a B, torcendo para o São Paulo ficar onde está. Está bom. Não, eu sou palmeirense, ninguém é perfeito.

Muito obrigado e um grande abraço.