Entrega Hospital de Ferraz de Vasconcelos

O governador José Serra inaugurou o hospital nesta sexta-feira, 21

sex, 21/12/2007 - 20h31 | Do Portal do Governo

A região de Ferraz de Vasconcelos ganha nesta sexta-feira, 21, um dos maiores e mais modernos hospitais do Alto Tietê. Após uma ampla reforma e a construção de uma torre de nove andares, o governador José Serra entregou o Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos totalmente remodelado. Na ocasião, o governador José Serra fez o seguinte pronunciamento.

Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas.

Vim aqui com muita alegria, hoje na véspera de Natal, para esta inauguração. Mas, eu estava dizendo, nós chegamos aqui, o Barradas e eu, acompanhados do Estêvão, com muita alegria, para… na verdade, a inauguração de um novo hospital. Basta olhar os números. Os leitos de UTI do novo hospital vão ser 43, antes nós tínhamos 21. Portanto, vão ser mais do que duplicados os leitos de UTI.

As consultas ambulatoriais vão passar de 5 para 10 mil ao mês, e as cirurgias de 500 para mil cirurgias por mês. A área construída salta de 12 mil m² para 24 mil m². Portanto, temos um grande salto no atendimento à saúde, aqui em Ferraz e no conjunto da região.

Aliás, o Barradas citou o número de hospitais que foram construídos aqui desde o Mário Covas, que aumentaram em mil leitos a disponibilidade para a região, que foi de Itaquá, Guarulhos, Mogi. E agora, este “antigo-novo” de Ferraz. Assim, são mil leitos a mais para atender a população, para atender as famílias, para atender as nossas crianças, as pessoas que estão doentes e necessitam de uma cirurgia.

É uma boa época para a gente inaugurar aqui a obra. Eu estava vindo de helicóptero, e tenho a sensação de que é o maior edifício aqui, está certo? É o maior edifício de Ferraz. Ferraz, que é uma cidade que eu conheci bem na época do governo Montoro. Aliás, eu sou cidadão de Ferraz. Como chama quem é cidadão daqui? Ferrazense. Na época, o prefeito era o Makoto Iguchi, e nós fizemos muitas parcerias. Eu estava pensando que eu não sou propriamente – não que isso seja uma virtude – mas eu não sou um político tradicional. Eu não sei o nome das obras todas que fizemos naquele período, mas, principalmente no plano viário, que mudaram definitivamente a estrutura e a cara da cidade.

Mas eu queria cumprimentar aqui o prefeito, cujas palavras eu agradeço, o Jorge Abissamra; o nosso secretário estadual da Saúde, que vem se saindo tão bem nesse trabalho difícil; o deputado estadual Estêvão Galvão, que teve que sair para ir à Assembléia, porque estão votando o orçamento; o Armando Tavares, que é prefeito de Itaquá; e o Roberto Marques, que é prefeito de Poá. Eu queria também cumprimentar o diretor geral do hospital, o Dirceu Yoshiaki Kanagushi, que é o principal responsável, agora, pela condução do hospital. Então é assim: o Barradas e eu somos responsáveis pelo novo hospital. Se alguma coisa der errado, o responsável é o Dirceu, tá bom? Aí não somos nós.

Bem, eu acho que esta é a questão essencial e eu já disse: a ampliação quantitativa é tal, que nós podemos praticamente falar de um novo hospital. Aqui, os investimentos são da ordem de R$ 50 milhões. Mas, com relação a hospital – eu vou dizer com muita franqueza – o mais barato é investir. O mais caro é manter, a manutenção sempre é… o que a gente gasta para construir um hospital, em um ou dois anos, é o que gasta para manter. Qual vai ser o orçamento aqui, anual? R$ 50 milhões. Ou seja, nós gastamos R$ 50 milhões e o orçamento do hospital para manter é R$ 50 milhões por ano. Para vocês verem, como na saúde, a questão principal é a manutenção, não é fazer belas obras. Portanto, ao fazer esta bela obra, o que nós estamos é assumindo um compromisso de fazer a manutenção dessa obra, de fazer com que esse hospital funcione – e funcione bem.

O prefeito estava dizendo uma coisa importante: a rede de atendimento municipal é fundamental para que o hospital não fique congestionado. Porque, hoje em dia, um grande problema que existe no Brasil – em São Paulo, em menor proporção, mas existe também – é que as pessoas vão para o hospital porque não têm para onde ir. Então, acaba sobrecarregando o hospital com consultas, com procedimentos menores que poderiam ser feitos em ambulatórios, poderiam ser feitos em postos de saúde. É muito caro fazer isso num hospital, até porque atrapalha o atendimento do qual o hospital, realmente, tem que dar conta: o atendimento de doenças mais graves,   cirurgias e outros tratamentos, como é o caso de câncer.

Portanto, eu vejo também com muito agrado a idéia de que esta Prefeitura e as outras se esforcem para a ampliação do atendimento primário da saúde, porque isso facilita o atendimento hospitalar.

Bem, eram essas palavras que eu queria dizer aqui. É a quinta vez que eu venho aqui à região do Alto Tietê. É a região que eu mais visitei no Estado de São Paulo, tocamos muitas coisas. Aqui mesmo eu estive para a inauguração de uma escola técnica, em Ferraz. Uma escola técnica que vai preparar os jovens para ter emprego, porque desemprego é um problema grave. O que a gente vê? Muitas vezes as empresas se instalam e não tem pessoas qualificadas para isso. Por isso, aliás, é que nós programamos não só esta Etec, mas outras aqui na região, e também no município vizinho de Suzano. Ainda estou esperando o prefeito fazer o favor de disponibilizar o local para a gente poder fazer a Escola Técnica, porque, da mesma maneira que aqui em Ferraz, nós fizemos a Escola Técnica em parceria com a Prefeitura.

O Estado faz a parte mais cara, que é a manutenção, mas a Prefeitura colabora na instalação. E vamos criar além do mais uma Fatec, e, além dessa Fatec, mais três Etecs aqui no conjunto da região. Fatec é Faculdade Tecnológica e Etec é Escola Técnica para os nossos jovens, fundamentalmente. Quem faz uma Etec, uma Fatec, já sai praticamente com emprego garantido. E olha que a Etec é apenas um ano e meio de curso, que faz simultaneamente ao ensino médio.

Quero dizer também que temos prestado muita atenção a um aspecto importante para a vida aqui de toda a região: o transporte ferroviário. Nós estamos investindo nas linhas E e F, até 2010, cerca de R$ 1,8 bilhão. Trem custa muito caro, mas é necessário para estreitar as distâncias aqui em São Paulo, para que as pessoas possam circular e ir para o seu trabalho com mais rapidez – e não com essa perda de tempo desumana que tanto abala a vida da nossa Grande São Paulo. A nossa tendência é ir transformando os trens da CPTM, pouco a pouco, em metrô de superfície com a mesma qualidade do metrô. Como, aliás, foi feito na linha de Itaquera – Guaianases, que muita gente pensa que é metrô, mas não é. É linha de CPTM. Por quê? Porque foi um investimento importante feito nessa transformação.

Mas hoje não é dia de falar de outras coisas além da questão da saúde. Meus parabéns a Ferraz, por abrigar este hospital tão importante para a sua população e para a população das cidades vizinhas.

Contem conosco, podem contar comigo, com o Governo do Estado. Da mesma maneira que a gente conta com vocês.

Muito obrigado.