Entrega de prêmio da II Jornada de Matemática

Estudantes foram recebidos no Palácio dos Bandeirantes pelo governador José Serra

ter, 02/12/2008 - 20h06 | Do Portal do Governo

O governador José Serra recebeu, nesta terça-feira, 2, no Palácio dos Bandeirantes, os finalistas da 2ª Jornada de Matemática, promovida pelo Governo do Estado para estimular e envolver os alunos na aprendizagem da matemática. Foram entregues diplomas e prêmios aos estudantes e professores que chegaram à final da competição. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.

Governador: Eu só queria dar parabéns aos vencedores e aos que não venceram e que participaram.

Foram 202 mil alunos nessa Jornada de Matemática. Ela se destina exatamente a treinar todos os nossos estudantes em Matemática e Aritmética, principalmente, nessa fase. E também divertir, também reunir, também aumentar o conhecimento de uns em relação aos outros.

Eu tenho insistido muito sempre na importância do aprendizado, de melhorar o aprendizado de matemática. Os exames gerais que a gente tem feito mostram que o pessoal vai melhor em Português do que em Matemática. Eu acho que tem que ir melhor ainda, em Português, e melhorar em Matemática. É muito importante para a vida isso, é muito importante para poder continuar bem os estudos depois.

Daí a jornada e os prêmios. Não foi só a equipe vencedora que ganhou prêmio. Claro que eles ganharam o doce de côco dos prêmios, que é o laptop. Mas todos têm prêmios também aqui a receber. Não estão aqui no palco porque teria criado um pouco de confusão, mas vão receber também.

Eu queria dar meus parabéns também aos professores e professoras, que também estão sendo premiados, uma vez que, em grande parte, o aprendizado é fruto do seu trabalho. O que nós queremos é que eles sirvam de exemplo também dentro de todo o Magistério no Estado de São Paulo.

Tem uma música do Roberto Carlos que fala que dois mais dois é cinco, não sei se alguém conhece. Você sabe cantarolar? Tão certo quando dois e dois são cinco, mas em Matemática não sé assim. Dois e dois são quatro, e errou é um erro completo. Então, a gente deixa os erros para as músicas, para brincadeiras, mas, no mundo real, é muito importante sermos precisos.

Eu estava olhando algumas provas, realmente são criativas, no sentido de despertar interesse do aluno, dos garotos, das garotas.

Agora, nada substitui uma boa sala de aula. Eu, particularmente, sou defensor de que todo dia, em cada sala de aula – eu espero um dia convencer a Secretaria de Educação a fazer isso – todo dia, em cada sala de aula, tenha duas coisas no começo. Primeiro, torneios de tabuada, todo dia. Segundo, leitura em voz alta. Fica de pé e lê, porque aí aprende a ler e vê os erros de quem está lendo também, e ajuda reciprocamente. Que isso entre na tal da grade, Maria Helena, como coisa obrigatória, porque vai permitir dar um salto grande no nosso sistema de ensino. Não que seja só Português e Aritmética, mas, sem dúvida, essas duas disciplinas são a base do aprendizado todo.

Enfim, estamos avançando bastante aqui em São Paulo, e o nosso foco é a melhoria da qualidade da educação. Aliás, ontem eu estava vendo uma pesquisa, feita aqui no Estado de São Paulo, muito interessante, sobre educação, que mostra o seguinte: só cinco por cento das pessoas estudaram em escola particular. Noventa e cinco dos entrevistados – é uma entrevista bem feita, estatisticamente – noventa e cinco por cento estudou em escola pública.

Mas agora, 25% da garotada estuda em escola particular e 75% em escola pública, porque muitos pais que estudaram em escola pública têm filhos que estudam em escolas particulares. Comigo mesmo aconteceu isso. Eu estudei só em escola pública, mas os meus filhos estudaram em escola particular. Mas mostra o peso do ensino público: 75%. Entrevista-se, pergunta-se sobre o ensino. O que os pais e mães querem? Que melhore o ensino na sala de aula.

Merenda, uniforme, material escolar, transporte, uma série de coisas todo mundo considera importante. Mas o fundamental – que os pais, as famílias consideram – é a sala de aula. É onde se aprende ou se deixa de aprender.  Esse é o nosso foco: a sala de aula. Esse é todo o esforço que a equipe comandada pela Maria Helena tem feito. Na área da educação, ela tem uma equipe, realmente, excelente, tocando todas as nossas ações – eu não vou repetir aqui – em muitas áreas, atacando o problema educacional para melhorá-lo de todos os lados. Esta jornada é um dos exemplos que a gente tem a dar desse esforço.

Muito obrigado, e meus parabéns aos vencedores. E meus parabéns aos não vencedores, que também participaram. Aliás, só tem vencedor, porque tem aquele não ganhou. As disputas são assim, como campeonato de futebol. Quem merece, no caso, ganhar o Campeonato Brasileiro, que é o Palmeiras, não vai ganhar. Quem vai ganhar, provavelmente, é o São Paulo. Mas sem o Palmeiras, o São Paulo não ganharia, essa é a verdade. Quer dizer, sem a participação geral. Hem? Não, eu gostei dessa roupa aí, dessa roupa verde. Está bom?

Muito obrigado e um abração.

Governador: (…) vezes cinco, dividido por quatro, vezes cem, vezes 50, mais 1500, menos 15, vezes 20, mais 250, menos 19, vezes 40. Ele fez em quanto tempo isso? Em 22 segundos. Quem é o craque aqui? Quem é o Daniel? Foi você? É da equipe verde. Você é o Daniel? Pô, você vai ganhar de mim assim.

Eu me achava craque de Matemática. Eu não faço em 22 segundos isso aqui não. Muito bom. Você fez de memória? Também não. Quer dizer, na conta.

Muito bom. Parabéns, viu?