Entrega da primeira fase do Complexo Viário Jacu-Pêssego

População terá como alternativa a alça que liga a rodovia Ayrton Senna à Avenida Jacu-Pêssego

qui, 20/12/2007 - 21h25 | Do Portal do Governo

O Governo do Estado entregou nesta quinta-feira, 20, a primeira fase do Complexo Viário Jacu-Pêssego, obra rodoviária crucial para aliviar o fluxo de trânsito na zona leste da região metropolitana da Capital. Nessa etapa, a população terá como alternativa a alça que liga a rodovia Ayrton Senna à Avenida Jacu-Pêssego, aliviando o trânsito na Avenida Assis Ribeiro. Na ocasião, José Serra fez o seguinte pronunciamento.

– Tirar o Lula, hein? Tirar o Lula.

Hein? Não, em vez de tirar o lula, vamos terminar a Jacu-Pêssego. Mas, olha aqui, queria cumprimentar o prefeito Gilberto Kassab.

Bom, em vez de tirar o Lula também, vamos ajudar o Corinthians a sair da B, está bom?

O Portella me contou uma ótima ontem – mas eu não posso falar porque têm senhoras aqui presentes – sobre o São Paulo, Corinthians e Palmeiras. Sugiro que se pergunte ao Portella em privado. O Portella é capaz de me interromper no meio da tarde, em algum assunto grave de algum trem, para falar mal de alguns dos times aí.

Bem, eu queria cumprimentar o prefeito Gilberto Kassab, que é o nosso parceiro nesta obra da Jacu-Pêssego. Queria cumprimentar o nosso secretário Mauro Arce, que vem vindo tão bem à frente de uma Secretaria tão complexa, grande; o Samuel Moreira, deputado estadual.

O Samuel é um produto típico da nossa gestão na Prefeitura, porque o Samuel é do Vale do Ribeira, de Registro; foi prefeito lá. E quando nós assumimos a Prefeitura, trouxemos ex-prefeitos para serem subprefeitos, inclusive o de Itaquera. Cadê o Laerte de Lima Teixeira? Tá aí. O Laerte foi prefeito de São João da Boa Vista. Foram vários: o Estevão… o Estevão não está aqui, não é? O Estevão, de Guaianases, que foi subprefeito de Guaianases, que era prefeito de Suzano. E essa experiência deu muito certo: eles já entraram na Subprefeitura trabalhando, gente experiente, que sabe tirar suco de pedra, fizeram excelentes gestões nas suas Prefeituras. O Samuel, hoje a gente tem o ato da Jacu-Pêssego, ele é o deputado orador daqui. Quer dizer, não apenas foi subprefeito, como fincou também raízes políticas aqui, nesta região.

Queria cumprimentar o secretário municipal de Infra-Estrutura Urbana e Obras e presidente da Emurb ao mesmo tempo – também muito competente – o Marcelo Cardinale Branco; o Alexandre Moraes, nosso secretário municipal de Transportes. Da mesma maneira que eu fui ministro da Saúde, ele que é jurista, autor de livros de Direito Constitucional, hoje toca a área de Transportes; os ônibus da Prefeitura; e vai indo muito bem. O Thomaz de Aquino, que é o diretor presidente da DERSA que está tocando o Rodoanel trecho sul e vai tocar também o trecho leste; o Roberto Salvador Scaringella, presidente da CET; os subprefeitos de São Miguel, o Décio José Ventura; de Guaianases, o Carlos Eduardo Felippe; o Eduardo Camargo Afonso, que é de Ermelino Matarazzo e o Laerte – que eu já falei- que é de Itaquera.

Queria cumprimentar também os dirigentes da DERSA, da Emurb, da empresa que toca esta obra; as lideranças comunitárias.

Esta obra é muito importante, muito importante para duas coisas essenciais: o acesso à região e, segundo, para gerar empregos aqui na região. A alça vai comunicar lá na Ayrton Senna, não é? Cadê aquele mapa lá? Na verdade, o que nós estamos inaugurando hoje é o vermelho. Aqui é a Cidade de São Paulo, e nós estamos inaugurando essa alça vermelha. Portanto, para vir a Itaquera agora, para vir para esta região, pode vir pela Ayrton Senna. Essa é uma economia de tempo enorme, uma diversificação que se abre. E não é só para as pessoas que têm automóvel, é para quem anda de ônibus.

E as outras etapas … Mostra aí, Mauro. E a vinda em direção ao Rio de Janeiro e a alça para ir para São Paulo nós teremos que concluir tudo no primeiro semestre. A expectativa é março, mas não quero marcar a data, porque acaba dando azar. Mas a expectativa é terminar no primeiro semestre. Com isso, nós vamos abrir o mundo aqui para a região. Um milhão de pessoas são beneficiadas. Isto mais tarde vai ligar com a região do ABC por aqui mesmo. Nós vamos ter uma ligação direta com Mauá. Vai complementar, vai fazer as vezes do trecho leste do Rodoanel – não é Mauro? – enquanto não se faz o trecho leste. Como nós estamos fazendo o sul e já tem o oeste, nós vamos ter uma ferradura praticamente para interligação dentro da região da Grande São Paulo.

Esta é uma obra que eu encontrei na Prefeitura. Se eu não me engano, ela começou na época da Erundina. Jânio? Puxa vida. Começou na época do Jânio, em 87. Passou pela Erundina, passou pelo Maluf, passou pelo Pitta, passou pela Marta e coube a nós pegar essa obra ainda inacabada na Prefeitura. Então, o que nós fizemos? Nós fizemos um pleito ao Governo do Estado para que ele assumisse boa parte da obra e assumisse a construção totalmente, assumisse a maior parte dos custos, e assumir a construção. Isso foi feito ainda na gestão do Governo do Estado do Alckmin. Nós assinamos o convênio em janeiro de 2006 e depois foi materializado já na gestão do Lembo. Coube a nós, no Governo do Estado, com o Kassab, na Prefeitura, tocar a obra para frente.

E já estamos chegando ao final da primeira grande etapa da obra. Para que se tenha uma idéia, com o dinheiro do poder de compra de janeiro de 2006, o investimento feito aqui foi de 368 milhões, sendo 185 milhões do Tesouro do Governo do Estado. Quero ressaltar aqui o papel do Luna, que já vinha da Secretaria de Planejamento da Prefeitura quando entrou para o Estado, na viabilização, na organização financeira do projeto. Cento e dezenove milhões da Prefeitura e 64 milhões da Caixa Econômica Federal, com contrapartida da Prefeitura. Quem toma da Caixa é a Prefeitura. Portanto, são 64 milhões da Prefeitura, porque é a Prefeitura que está se endividando para isso. De maneira que a obra está praticamente dividida, em termos financeiros, entre duas entidades: o Governo de São Paulo e a Prefeitura de São Paulo trabalhando juntos pela Zona Leste de São Paulo. Essa é que é…

Bem, quero dizer também que não apenas o acesso de São Paulo vai ser facilitado, como também o tráfego local e a garantia de acessibilidade.

E nós vamos fazer aqui também, executar o Parque do Jacu através da transformação das áreas remanescentes do viário. Vamos fazer um parque. Mais um parque. Há vários parques novos em São Paulo.

Nós começamos, o Kassab concluiu o Parque do Trote da Vila Guilherme – não é isso? – que é uma beleza, lá na Zona Norte, e vários outros parques. Quantos foram, Gilberto?

– Nós encontramos 40 parques e hoje tem 140 parques em projeto ou em construção.

Ou em construção. Estamos recheando a área da cidade e a área da Grande São Paulo de parques. Olha aqui os parques. Aqui é a área de desapropriações, e nós vamos colocar no meio um parque, da mesma maneira que aqui tudo na parte de baixo do complexo viário.

Quero dizer que, para nós, o meio ambiente não é apenas uma questão para marketing, para fazer o desencargo de consciência, mas é uma prática de governo, cada vez mais. Eu estava vendo nos jornais – certamente a imprensa vai perguntar – a respeito das garrafas pet. O Chico passou para uma repórter que nós vamos enfrentar esse assunto, e é verdade. Ainda não tem uma estratégia integralmente definida a esse respeito, mas nós vamos entrar pesado. Porque essas garrafas hoje são um grande foco de poluição, de enchentes e de deterioração da condição urbana de vida. E São Paulo vai sair na vanguarda no Brasil nessa matéria.

Bem, aqui é importante ter presente que bairros são os beneficiados: são os bairros de São Miguel. Cadê o subprefeito de São Miguel? Quantos habitantes tem São Miguel? Quatrocentos e sessenta mil. Quanto tem Itaquera? Vocês estão inflando para ver quem tem mais. Novecentos e sessenta mil. São Mateus. Cadê o Clóvis? Não veio? Então vai ser castigado, não vai ser dito quanta gente tem lá. Guaianases. E aí, Eduardo? Quatrocentos e trinta mil. Vocês vêem que prefeitos – todos eles, não, pelo menos o Eduardo e o Laerte foram prefeitos – têm mania de inflar o tamanho e de acusar o IBGE também. E de Ferraz de Vasconcelos e Guarulhos também. Cadê o prefeito de Guarulhos? Não está aqui, o Eloy? Eu espero que ele tenha sido convidado, porque isso aqui para Guarulhos é muito importante. Guarulhos está aqui pertinho. E Ermelino também. Quantos habitantes tem? Trezentos e cinco mil.

Portanto, a previsão inicial para começar é que nós vamos ter um tráfego de 25 mil veículos por dia em média e 80 mil/ dia em termos de viagem. Eu não sei o que isso significa, você sabe, Tomás? Ah, o número de pessoas? Ou seja, 80 mil pessoas dia no começo. Vocês imaginam isso aqui mais adiante.

Pois bem, portanto aqui é um dia de comemoração, um dia de alegria e temos aí o desafio de poder terminar tudo em março ou abril. E vocês sabem qual é a linha do Governo do Estado – está também o Zé Araújo aqui que é o subprefeito da Penha, que é indiretamente beneficiado – mas vocês sabem aqui qual é a linha que eu imprimi na Prefeitura e agora no Governo do Estado. O mérito – se a obra ficar pronta – é do Kassab e meu. Se ela não ficar pronta, a culpa é do Mauro Arce, do Alexandre e do Marcelo, principalmente. Cadê o Marcelo? Viu, Marcelo, você não está acostumado com isso, mas esse é o espírito. Se sair tudo bem, nós somos os responsáveis, se sair mal, vocês dois são os culpados. Você concorda ou não? Olha aí, ele está concordando.

Muito obrigado.