Entrega da estrada vicinal na região de Itápolis

Serra fez o pronunciamento foi feito nesta sexta-feira, 25

sex, 25/07/2008 - 20h10 | Do Portal do Governo

O governador José Serra foi ao município de Itápolis nesta sexta-feira, 25, onde entregou a vicinal que liga o município a Santa Adélia. Dos 23,3 quilômetros, 13,8 ficam no Distrito de Tapinas, em Itápolis, e os 9,5 quilômetros restantes no distrito de Botelho, em Santa Adélia. Na ocasião, ele fez o seguinte pronunciamento.

Governador: (…) Cumprimentar os três deputados aqui presentes: o Lobo, o Massafera e o Vinholi. O nosso secretário, o Mauro Arce. O Evandro Losacco, que é o coordenador do programa de vicinais. O Laerte Biazoti, que representa neste ato o prefeito e, que apesar de descendente de italiano, é corintiano, o que é uma coisa inusitada.

Voz: Um sofredor.

Governador: O Dorival Monteiro, nosso prefeito de Santa Adélia, o Lalo que, acho que faz anos hoje. É verdade? Parabéns. Prefeito Maurício, de Monte Alto. O Arnaldo Roque, subprefeito do distrito de Itapinas. Padre Altair Tonon, reitor do Santuário de Aparecida de Monte Alto. Os prefeitos de Boa Esperança do Sul, Ibitinga, Pindorama, Fernando Prestes, Santa Lúcia, Tabatinga, Jaboticabal. Bonini, que falou hoje, aqui, representando a comunidade, que tem o bom gosto de torcer para o meu time, Palmeiras, se tiver dúvida. Está errado ou não?

Vereadores, secretários municipais, líderes comunitários outros, presidentes de associações e entidades de classe, moradores beneficiados por esta obra.

Sempre vim muito aqui, mas fazia tempo que não vinha. É com muita alegria que eu vim hoje para inaugurar essa vicinal e nós andamos por ela. Realmente, está uma beleza, dá gosto, porque o carro não faz nem barulho, não é? O importante, agora, é mantê-la bem para que não se ponha a perder.

Creio que foi o Vinholi que deu um dado. Os caminhões de cana são muito mais pesados. Ouvi dizer que há uns agora de 100 toneladas. Não há estrada que agüente. Por isso é que nós queremos que o pessoal da cana participe, também, com dinheiro, da construção, da reforma e da manutenção das estradas vicinais. É um assunto em relação ao qual eu estou bastante ligado.

Queria dizer que esta obra tem 23 quilômetros. Beneficia Itápolis e Santa Adélia. Gastamos quase R$ 3 milhões e vale a pena. Estamos fazendo coisas iguais em todo o Estado de São Paulo. Isso significa mais, atualmente, uns 4.500 quilômetros no Estado, e vamos levar até 12 mil até o final da gestão. Vamos ter toda a rede de vicinais como novas, sem contar as novas que nós vamos fazer.

É disso que o Interior precisa: infra-estrutura para poder prosperar, porque é uma região que progride, tem um dinamismo muito grande, incomparável, dentro do Brasil e da América Latina. É praticamente a região mais desenvolvida de toda a América Latina, o Interior do Estado. O que a gente tem de problema em São Paulo é muito mais localizado, hoje, na área da Grande São Paulo. Mas o governo não pode nivelar por baixo. Nós não vamos deixar um lado de lado para só cuidar de outro que tem mais problemas. A gente tem que nivelar por cima, e é isso que a gente está fazendo no governo. Para isso estamos trabalhando.

Hoje começa uma expansão que nós fizemos no Feap, Fundo de Expansão da Agropecuária, da agricultura paulista, que é um financiamento subsidiado. Os juros são de 3% ao ano. É um programa de incentivo. Ele tinha um teto de R$ 60 mil de empréstimos, a 3% ao ano. Mas, agora, para a citricultura, nós vamos ampliar esse teto. Isso começa a valer a partir desta semana, para R$ 100 mil. Para os pequenos produtores, aqueles que têm uma renda bruta de até R$ 400 mil. Vão poder, então, ter financiamento de até R$ 100 mil bastante facilitado para poder melhorar suas plantações, seus pequenos sítios. Esta é uma novidade, digamos. Vai estar em circulação já esta semana.

Outra questão importante é da Paula Souza. Eu vou ver o assunto que me foi levantado aqui, mas quero dizer que nós vamos ampliar o ensino técnico aqui em Itápolis, criando um curso de manutenção para a indústria aeronáutica.  Portanto, a escola técnica daqui vai ser ampliada. Essa questão do reconhecimento, não reconhecimento, eu não estou a par, mas o fundamental é a ampliação dos serviços, aqui, para criar um curso a mais, que será o de Manutenção.

Estamos trabalhando em todo o Estado, também, na direção do ensino técnico e tecnológico. A minha meta é mais do que duplicar as Fatecs, Faculdades de Tecnologia existentes. E mais do que duplicar as vagas no ensino técnico. Essas vagas significam jovens com mais emprego e significam jovens, também, com oportunidade de colaborar para o desenvolvimento. Hoje, emprego é um problema, mas quando está na hora de contratar, quando se instala uma empresa, em geral não há mão-de-obra qualificada.

Portanto, estamos fazendo um esforço muito grande. É o maior do Brasil. Está se fazendo muito mais, aliás, do que o Governo Federal, nesta matéria. São as Etecs e as Fatecs, que são coordenadas pelo Centro Paula Souza e, às vezes, fica só anúncio do Paula Souza.

Então, as pessoas vêem a Paula Souza e devem pensar: “Essa Paula deve ser boa gente, porque ela faz as escolas e tudo mais”. Mas, na verdade, ela é inteiramente governamental. É do Governo do Estado. Estamos, realmente, turbinando como nunca, e o Centro Paula Souza tem respondido muito satisfatoriamente aos desafios que são postos.

Bem, queria, ainda, falar que nós vamos fazer, também, um acesso aqui a Itápolis. Melhorar o acesso rodoviário. Estamos fazendo um programa que é para todo o Interior. São 211 acessos em centenas de municípios de São Paulo. Com isso, vamos agilizar o trânsito e vamos, também, proteger vidas, porque estradas têm que significar mais segurança, também. Esta é a minha preocupação número um.

Há pouco, me perguntavam por que haverá pedágio para motocicleta nas novas concessões. Nas antigas não foi incluído. Eu dei um número, que impressiona a mim mesmo. O número de acidentes de motocicleta nas estradas hoje concedidas passou em mil, em 2002, para seis mil, no ano passado. É, realmente, impressionante. Também, com esse volume todo, tem que ter uma divisão melhor do peso do pedágio. Se um não paga, o outro acaba pagando mais. Isso para todas as concessões novas. Para as existentes, a gente vai ver o que se vai fazer nessa matéria.

Agora, enfim, eu teria muito mais coisa. Eu não vou me alongar, mas quero dizer que nós estamos prontos a continuar cooperando com a região e cooperando com o município de Itápolis. Nós, aqui, já demos recursos para  pavimentação. Nós já fizemos e vamos fazer mais habitação. Uma terceira faixa na estrada da Taquaritinga a Itápolis. Enfim, há muita coisa em cada um dos municípios aqui. Eu poderia falar muito tempo, mas o que eu quero mesmo é sublinhar a cooperação com as Prefeituras.

A gente trabalha junto com as Prefeituras. Prefeito, no nosso governo, não precisa ir pedir. Eles estão, agora, até ficando mal acostumados, porque a gente vai fazendo, pressiona para fazer. Quando eu vou ao município, me cobram – não pelas coisas que eu estou fazendo – mas pelo que eu não fiz, estimulando a imprensa a perguntar o que não foi feito, em vez de sublinhar aquilo que foi feito.

De toda maneira, é uma contrariedade boa, que significa que a gente está trabalhando bastante e em parceria com as Prefeituras. As vicinais são das Prefeituras, aliás, mas em todas iniciativas a gente tenta compartilhar esforços com elas. E também com a Assembléia Legislativa, que tem sido nossa parceria de verdade.

A Assembléia, com a sua independência, debate, uma coisa demora mais, outra demora menos, mas tem apoiado todos os principais projetos que a gente tem mandado lá para serem votados e serem transformados em leis. A Assembléia, realmente, tem funcionado e eu queria cumprimentar, aqui, os dois deputados, o Massafera e o Vinholi, pela cooperação que dão ao governo na Assembléia Legislativa.

É o governo que está em melhor situação na Assembléia, quanto ao apoio, desde o começo dos anos 90. Não é pouca coisa, é uma relação complicada que nós conseguimos equacionar bem. Com isso, pudemos, também, juntar mais recursos e tomar mais iniciativas na ação do governo no Interior e em todos os municípios do Estado.

É isso que eu queria dizer. Tem muito corintiano aqui? Só queria dizer aos corintianos que não criem nenhum clima adverso porque eu estou torcendo para o Corinthians saltar da Série B para a Série A. Estamos todos solidários, está certo? Podem ficar tranqüilos. E tem mais. Estou torcendo para o Santos não ir para a Série B também. Não sei se tem santista aqui.

Voz: E o São Paulo?

Governador: Não, o São Paulo, eu não estou torcendo para nada, porque não precisa. O São Paulo está aí, gostosão como sempre. Está bem? Muito obrigado. Contem com o Governo do Estado. Podem contar comigo.