Centro da Juventude Ruth Cardoso

O evento contou com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

sex, 17/10/2008 - 19h52 | Do Portal do Governo

O Centro Cultural da Juventude da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da capital, recebeu nesta sexta-feira, 17, o nome da antropóloga e ex-primeira-dama do país, Ruth Cardoso. O evento aconteceu no Teatro de Arena do Centro Cultural e contou com a presença do governador José Serra e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, entre outras autoridades. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.

Governador: Queria dar o meu bom dia a todos e a todas. Saudar o presidente Fernando Henrique Cardoso. O vice-governador Alberto Goldman. O prefeito Kassab. Os deputados Arnaldo Madeira, Celino Cardoso. Os secretários aqui presentes, na pessoa da secretária da Educação, Maria Helena de Castro, e da Prefeitura, por intermédio do Clóvis Carvalho.

Os vereadores do município aqui presentes: Gilberto Natallini, Juscelino, o Claudinho. E também o Floriano Pesaro, que é vereador eleito. A deputada Zulaiê. O Carlos Augusto Kalil, que é o secretário municipal da Cultura. O Caio Luiz Carvalho, presidente da SPTuris. Marcos Gadelha, subprefeito da Casa Verde e da Cachoeirinha. Na pessoa do Marcos eu cumprimento todos os  subprefeitos aqui presentes. A Luciana Guimarães, que é diretora do Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso. Educadores, funcionários, usuários, lideranças comunitárias.

Eu tenho sempre dito que, de todas as coisas que nós promovemos na Prefeitura enquanto estive lá, a mais significativa para mim – do ponto de vista individual – foi a criação deste Centro Cultural da Juventude. Isto aqui era um mercado a meio do caminho e abandonado. Uma estrutura incompleta, cheia de ratos e outros animais caçando ratos.

Conheci isto já na campanha de prefeito de 1988. Depois, de 96 e, finalmente, em 2004. Estivemos aqui presentes, estava o Celino comigo, que me trouxe aqui. Aliás, toda vez em que eu vinha, ele me trazia para cá, para urgir que aqui deveria ser feita alguma coisa. Estava ele e estava o Claudinho. Nós viemos, portanto, pela última vez em 2004.

Uma vez começado o governo, eu pensei muito a respeito da utilização deste equipamento, e me ocorreu o que deveria ser andando de helicóptero pela região. Aqui não tem praças, não tem ponto de encontro, não tem lugar para convivência das pessoas e da juventude. Então, a idéia era, realmente, criar este ponto de encontro. Esta foi a idéia que me bateu naquele momento e me pareceu factível, aproveitando a estrutura existente.

Deu certo por três motivos: em primeiro lugar, pela qualidade do pessoal da Edif, da Prefeitura – a quem eu quero aqui fazer uma homenagem – que era comandada, naquela época, pela Valéria, uma arquiteta que conseguiu transformar aquela estrutura horrorosa num belo centro. Aliás, a arquitetura de São Paulo é melhor, às vezes, para refazer as coisas dentro de parâmetros limitados, ampliar um museu antigo, às vezes, com um casarão antigo, fazer improvisações, do que para fazer obra de autor. Provavelmente, se tivesse saído do zero, não seria tão bom quanto é. Está de acordo, Kalil? Eu sei que o Kalil discorda, mas concorda também, no fundo da alma. É que é politicamente incorreto concordar.

Segundo, por causa do Kalil, do secretário da Cultura do município, que – não é que topou – ajudou a conceber o que seria aqui, como é que nós organizaríamos isso. Eu trouxe, aliás, numa visita, várias pessoas ligadas à juventude. Fizemos um grupo para vir aqui, para a gente apresentar a idéia que havia. Eu não quero, eu não vou falar quem era porque não vou me lembrar de todos. Ao menos que vocês lembrem, mas para dar palpite, do que a gente pretendia fazer, o que não pretendia, etc.

Em terceiro lugar, deu certo também por causa da pessoa que veio para cá dirigir, que era a Luciana. A Luciana era coordenadora da Juventude da Prefeitura e saiu da Coordenadoria para vir dirigir, aqui, o centro. Sem ela, de maneira nenhuma, o centro teria chegado a ser o que é hoje. Queria fazer aqui esse reconhecimento público.

Uma vez concluído o centro, eu me dediquei a perturbar a Ruth com a idéia da necessidade de ela vir aqui. Fernando Henrique deve lembrar. Falei: “Você tem que ir ao Centro Cultural da Juventude. Isto é o que você mais vai gostar. Você vai adorar o centro e vai poder ajudar muito.” Uma vez até eu disse a ela: “Eu fiz em parte esse centro para te agradar e agora você precisa ir lá para ver, para dar palpite, para conhecer, etc”. E sabia, além do mais, disse: “Você ficar amiga da Luciana, porque pensam parecido”. E foi exatamente o que aconteceu.

Ela esteve aqui cinco vezes, e numa primeira reunião, simplesmente, sentando num grupo, como todo mundo. Não veio aqui dar uma orientação predeterminada, discutindo qual seria a programação, que é uma programação fantástica e se reproduz a cada mês. Cada mês, a Luciana me manda um e-mail. Como eu não respondo, ela acha que eu não dou bola. Mas, na verdade, todos os meses eu vejo qual é a programação. É um centro, realmente – eu diria – maravilhoso, o que de melhor a gente podia ter feito aqui em São Pauloe nesta região.

Queria registrar, também, a presença da vereadora Soninha, que também fazia parte daquele grupo que veio aqui, aquelas pessoas que eu convidei. Eu vou tentar dizer quem eram. Eram a Soninha, o Raí, o Gilberto Dimenstein, o Luciano Huck, que veio no outro dia, quem? O vereador Carlos Alberto Bezerra, o vereador Claudinho. O Alexandre Youssef e o Caio, o Caio Carvalho. Viemos aqui, no porão aqui, no meio da confusão, dar uma olhada e discutir o projeto.

Portanto, é uma homenagem mais do que apropriada à Ruth. O que eu queria sugerir para a Luciana é que fizesse um painel biográfico da Ruth aqui. Hein? A placa. Mas com frases dela a esse respeito, a respeito de juventude, do que pensava, etc. Dá para organizar um belo painel para que os jovens que aqui freqüentem saibam quem se está homenageando. É um orgulho para a gente poder homenagear uma pessoa como a Ruth, com uma obra, com uma entidade, com uma instituição como essa.

Tenho certeza de que ela estaria felicíssima da vida sabendo desta homenagem. E sabendo que esse centro vai continuar funcionando cada vez melhor. Mesmo sem a ajuda direta dela, mas sob a inspiração dela.

Era isso o que eu tinha a dizer.

Queria, realmente, agradecer muito ao prefeito, ao Clóvis Carvalho, ao Kalil e à Luciana que tiveram a iniciativa desse batismo.

Muito obrigado.