Assinatura de convênio entre o governo e a Fiesp

Evento aconteceu na quarta-feira, 5, em São Paulo

qua, 05/09/2007 - 12h45 | Do Portal do Governo

O governador José Serra assinou na quarta-feira, 5, um protocolo entre o governo do Estado e a Fiesp (Federação das Industrias do Estado de São Paulo) para facilitar os contratos entre usinas produtoras de energia elétrica a partir de biomassa e biogás e as distribuidoras.

Queria cumprimentar o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, dizer da minha satisfação de vir aqui novamente, e realmente nós temos da Fiesp, pelo Paulo Skaf, parceiros no nosso trabalho em prol do desenvolvimento de São Paulo, parceiros de verdade. Queria cumprimentar a secretária Dilma, o secretário em exercício, Carlos Pacheco do Desenvolvimento Econômico e o Xico Graziano do Meio Ambiente. Aqui estão também os deputados estaduais; o Edson Giriboni, que é presidente da Comissão de Planejamento da Assembléia e tem muito a ver com o assunto de hoje, aqui; o deputado Uebe Rezek, lá de Barretos e o Jonas Donizette lá de Campinas, mais a Rita Passos, de Itu e (inaudível) na Assembléia Legislativa. Queria cumprimentar também o deputado Geraldo Vinholi, que é deputado estadual e o secretário municipal do Trabalho. Também aqui saudar o vice-presidente e diretor titular do departamento de infra-estrutura da Fiesp, o Saturnino Sérgio da Silva; o João Guilherme Ometto, o segundo vice-presidente da Fiesp; professor José Goldenberg, coordenador da Comissão Especial de Bioenergia do Estado de São Paulo e o Benedito da Silva, diretor do departamento de agronegócios da Fiesp. Saudar também os representantes, presidentes de associações e entidades de classes, empresários, ambientalistas e palestrante.

Nós realmente, do governo, estamos dispostos a dar to do o impulso, toda a cobertura necessária ao desenvolvimento da oferta de energia elétrica de fontes alternativas em São Pauloe entre elas, na atual geração, a cana-de-açúcar, mas não apenas. A médio prazo há um risco de déficit de energia elétrica bastante elevado no Brasil. Muitas previsões convergem para 2011, previsões que não são das mais pessimistas convergem para 2011. empreendimentos importantes como o Rio Madeira e Angra 3 não vão estar produzindo antes de 2012, 2013 e a expansão do (inaudível) no mercado brasileiro demanda a cada ano cerca de R$ 2,5 milhões mega watts, portanto temos aí um grande desafio pela frente, que também envolve outro desafio, que é o de agregar qualidade (inaudível) energética, perseguindo o mínimo de desenvolvimento necessário que valorize os ativos ambientais. Do lado da demanda, isso significa evoluir para um padrão de consumo mais eficiente e mais limpo. Pelo lado da produção, o desafio representa a utilização cada vez mais intensa de fontes renováveis. Esses aspectos vem sendo cada vez mais cobrados pela sociedade. Temos boas oportunidades, por exemplo, o crescimento da demanda mundial de bioenergia e oportunidade que envolvem diretamente o estado de São Paulo, por exemplo, o crescimento da demanda mundial de bioenergia; Oportunidades que envolvem diretamente o estado de São Paulo que produz o maior mercado de energia do Brasil. Cobre cerca de 60% da produção brasileira do etanol, 75% (inaudível) das exportações desses produtos e da cana.

São Paulo tem possibilidades muito promissoras para as energias alternativas; cogeração é o mais importante, biodiesel, gordura animal e etc.

Sendo líder mundial da produção do álcool, da cana – de – açúcar, é também líder na produção de máquinas, de equipamentos, de serviços para essas atividades. Dispões uma excelente capacidade empresarial, domina totalmente a tecnologia do ciclo de produção do açúcar e do álcool.

Além disso, é o estado que tem também o maior investimento em pesquisas, seja da área privada, seja da área governamental.

Recentemente, inclusive a Fatesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) que recebe 1% – que é bastante – 1% da receita tributária do estado lançou o projeto de pesquisa em cooperação com a área privada

No caso dessas etapas do etanol, desde a produção de variedades mais eficientes do ponto de vista energético até a produção e organização, e os avanços dos equipamentos. O esquema de cooperação de confiança é bastante vultuoso com a Fatesp, bastante vultuoso.

Além disso, nós temos também um potencial aqui em São Paulopara ampliar essa produção e aumentar a disponibilidade do bagaço da cana para a geração de energia, coisa que vai ajudar o estado e o país, porque como vai faltar energia, onde quer que ela (inaudível) para o país ajuda (inaudível) e ajuda a nação como um todo. O plano de bioenergia para São Paulo vai ordenar as responsabilidades e delinear as ações concretas para garantir a produção, o transporte, a distribuição e o uso de fonte alternativa de energia de forma sustentável, além do desenvolvimento tecnológico necessário para que São Paulo se mantenha na liderança de produção de álcool da cana. As ações decorrentes desse protocolo de intenções vão promover o desenvolvimento da co-geração a partir do bagaço de outros subprodutos da cana.

No instante (?) as vantagens comparativas que o estado possui é importante ressaltar que há uma série de iniciativas a serem tomadas nessa área para aumentar a capacidade e eficiência das unidades industriais existentes e atraindo novos empreendimentos. Essas medidas são, primeiro, aperfeiçoamento dos instrumentos institucionais normativos e regulatório, garantindo um ambiente seguro e competitivo para o desenvolvimento da atividade pós-geração e a identificação e eliminação dos gargalhos.

A Dilma citou o aspecto, os dois importantes, nesse lado institucional, de que a delegação publicitária vai tratar do planejamento das redes de conexão, isso é fundamental. Nós representamos a economia de (inaudível) imensa e além de ser uma área onde vamos trabalhar junto com a iniciativa privada. A outra questão ainda que é que essa descentralização, que é uma pontada na direção dos estados, que têm capacidade para isso, para atuar mais desenvoltamente nessa área.

Outro desafio, outro item presente na agenda é a identificação de novas tecnologias, para a qual, inclusive, nós podemos apelar para o plano da SAPESP (?) a melhoria da qualidade dos projetos, especialmente do ponto de vista ambiental, chegando também a redução de tempo para licenciamento e capacitação do (inaudível) ciclo produtivo etanol-açúcar. A preocupação, aliás, com a questão da energia nos levou a essa questão em abril passado da Comissão Especial de Bioenergia do Estado de São Paulo, essa comissão é presidida pelo professor José Goldenberg, reunindo seis titulares de secretarias estaduais e representantes da USP, da UNESP, da UNICAMP e da FAPESP, no âmbito da Secretaria de Desenvolvimento. Ela tem como principal objetivo a elaboração do plano de bioenergia do estado de São Paulo, para o qual esse workshop realizado em parceria com a Fiesp, sem dúvida vai trazer um valioso subsidio. Eu, hoje, se tivesse pensado melhor no assunto dias atrás, teríamos convidado também o BNDES, para que através da sua representação no estado diretamente pudesse integrar e participar desse protocolo. O BNDES vai ser especialmente importante no que se refere a questão do preço, porque o preço da energia ao qual o esquema, da qual a geração das usinas, chamemos assim, com equipamentos velhos é muito alto. Isso exige renovação desse equipamento e no meu entendimento deve haver subvenção, subsídios governamentais para a troca dos equipamentos. O BNDES tem uma parte integrante desse esquema, dessas possibilidades. É algo que a gente tem que em muito curto prazo integra-los. O Ometto me explicava a diferença que tem entre uma usina nova, com equipamentos novos daquele que tem que renovar os seus equipamentos, os custos pra isso é que são mais elevados. A meu ver, esse é o principal problema que nós temos que vencer, sem menosprezar os outros.

Quero concluir dizendo que compartilhando com o governo do estado a preocupação com a questão da energia, a Fiesp tem sido muito eficiente na identificação das oportunidades e dificuldades do setor. E tenho certeza que o protocolo de intenções firmado hoje vai produzir ótimos resultados.

Um bom trabalho e muito obrigado.