Os motoristas em trânsito pelo Vale do Paraíba não terão mais problemas para acessar as rodovias Presidente Dutra e Carvalho Pinto. O Governo do Estado iniciou nesta sexta-feira, 19, a terceira etapa de duplicação da Avenida Mario Covas, principal interligação rodoviária da região. O anúncio foi feito pelo governador José Serra nesta tarde, em São José dos Campos. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.
Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Cumprimentar o nosso prefeito Eduardo Cury, de São José; o deputado Emanuel Fernandes, o deputado Afonso Lobato, todos muito sintéticos para falar; o deputado Aloísio Vieira; o nosso amigo Luís Maximo, aqui presente; o Mauro Arce, secretário de Transportes do Estado; os prefeitos de São José do Barreiro, de Aparecida, de Monteiro Lobato; vereadores, secretários, entidades de classe, presidentes das comunidades de …….. e São Judas. Enfim, a todos e a todas.
Eu vim hoje aqui para fazer um anúncio da construção da fase três da ligação entre a Dutra e a Carvalho Pinto. A fase quatro será já a parte do planalto da Tamoios, que nós vamos fazer também mais adiante. Nós estamos agora percorrendo uma etapa importante. São cerca de cinco quilômetros e trezentos e cinqüenta metros, que custam muito caro. Isso custa R$ 49 milhões, mais a desapropriação, que fica por conta da Prefeitura. Portanto, é uma obra que ultrapassa, folgadamente, os R$ 50 milhões. Mais uma vez, fazemos uma parceria com a Prefeitura. A Prefeitura de São José é sempre parceira nas coisas que a gente faz aqui na região. Nós vamos, aliás, trazer uma melhora que serve muito ao município, além de servir ao conjunto da região.
Como foi dito aqui, nós já programamos mais dez estradas vicinais. Deve-se levar em conta que a região é um vale, é longitudinal. Ela não tem uma demanda de estradas vicinais semelhante à de outras regiões do Estado, que são mais redondas e até maiores do ponto de vista territorial. Um conjunto de mais dez vicinais, totalizando 83 quilômetros, que serão inteiramente refeitas para serem estradas novas, praticamente.
Quero aproveitar aqui para falar de algumas outras coisas. Por exemplo, no caso da saúde, eu tinha anunciado anteriormente que nós faríamos três AMEs na região, Atendimento Médico de Especialidades. Mas, refazendo os estudos, nós ampliamos o número para quatro e já definimos a localização. O AME é para fazer consultas médicas, que é uma das coisas que mais gera reclamações no Estado de São Paulo. Nós vamos fazer 35 em todo o Interior e remodelar outros dez. Vamos ter 45 AMEs, segundo uma distribuição geográfica. E aqui nós vamos fazer em São José um, em Lorena, em Taubaté e em Caraguatatuba. Ou seja, vai cobrir o conjunto da região.
Quero dizer também, voltando à área de estradas, que em outubro ainda, ou até novembro, nós reiniciaremos as obras de recuperação da Rodovia Oswaldo Cruz, que enfrentou um problema, porque tinha recursos do BID que ainda o governo federal não liberou. Não é que é dinheiro federal. É problema de autorização, para pegar, para complementar, para ter um aditivo, etc. Então, eu decidi que nós vamos pôr recursos do Tesouro e, depois que chegar o dinheiro do BID, faz a troca, porque não dava para esperar esse trabalho de recuperação. As obras estão paralisadas desde o final do ano passado pela falta de dinheiro. São R$ 28 milhões que nós estamos pondo do Tesouro para essa obra poder recomeçar. E também o lançamento hoje, em São Paulo, do edital para refazer a ligação Queluz – Areias. Hoje está saindo o edital para concorrência.
Bem, há outras questões muito importantes sobre as quais eu havia falado muito na campanha, e têm a ver com recursos humanos, qualificação, treinamento. Nós vamos criar duas Etecs no Litoral Norte – São Sebastião e Ubatuba – e outra Etec em São José; no local vai ser o antigo Cepam. O prédio é bom? Eu não conheço. E vamos criar também um segundo curso na Fatec de Taubaté, com especialidade na área da saúde.
A idéia é fazer Fatecs e Etecs ajustadas às demandas locais. Por exemplo, em São Sebastião haverá cursos relacionados com o petróleo. Com isso, a gente onsegue impulsionar o emprego, o crescimento e dar emprego para as pessoas, porque 80, 90% dos alunos de Etecs já saem com o emprego garantido. E de Fatec também. Esta é uma linha de ação muito importante para nós. É a linha de ação de preparar São Paulo para mais desenvolvimento, mais empregos e expansão da sua economia.
E também queria dizer que nós vamos localizar o escritório integrado do Vale do Paraíba na antiga fábrica de cobertores Paraíba. Eu não sei se essa notícia já chegou aqui. Vai ser lá na antiga fábrica, que vai ser restaurada e o escritório vai ficar localizado lá. É um escritório que vai racionalizar as nossas ações aqui no Vale. Não diminui essa centralização de todas as questões num único lugar. Diminui despesas desnecessárias e aumenta a despesa necessária, porque nós vamos fazer mais com os mesmos recursos, mediante a racionalização administrativa.
Bem, são essas as questões fundamentais. Quero dizer também que nós estamos liberando recursos das emendas de parlamentares. Já foram R$ 3,5 milhões de parlamentares daqui da região. Por quê? Porque a gente acha que tem que trabalhar em parceria com a Assembléia Legislativa no que se refere à locação de recursos.
E ainda queria dizer que nós faremos… saiu uma notícia de que seriam duas, mas não são. É uma penitenciária feminina lá em Tremembé. É uma espécie de ala anexa do semi-aberto. Isso vai permitir, aliás, a desativação não só do presídio localizado no centro daquela cidade, como também das cadeias de outros municípios da região, das cadeias de delegacia que nós queremos acabar em São Paulo. Só não pode acabar de uma hora para outra porque não tem onde pôr, mas a idéia é fazer CDPs para substituir as delegacias. CDPs mais afastados, instalações mais adequadas e desintoxicar, em geral, as regiões centrais das cidades.
Enfim, há muitas mais coisas. Eu vim no caminho falando para o Cury que fica até difícil fazer um relato de todas as múltiplas iniciativas. É difícil memorizar e é mesmo entediante ficar aqui enumerando. Mas o que eu quero que fique é a aceitação legítima de que nós estamos trabalhando e trabalhando bastante. Não apenas para o Vale, mas para todo o Estado de São Paulo.
Podem contar conosco, da mesma maneira que nós contamos com vocês.
Muito obrigado.
