Aniversário de 75 anos da USP

O governador José Serra participou da cerimônia dos 75 anos da USP, comemorado no dia 25 de janeiro. Governador: Queria dar meu boa noite a todos e a todas. Cumprimentar […]

dom, 25/01/2009 - 17h55 | Do Portal do Governo

O governador José Serra participou da cerimônia dos 75 anos da USP, comemorado no dia 25 de janeiro.

Governador: Queria dar meu boa noite a todos e a todas. Cumprimentar o ministro da Educação, Fernando Haddad. A reitora Suely Vilela, por intermédio de quem cumprimento e saúdo toda a comunidade da Universidade de São Paulo. O prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab. O secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Kalil, que é professor da Universidade. A professora Lina Ranieri, que é a secretária de Estado Adjunta da Secretaria do Ensino Superior. Queria também me associar às homenagens ao poeta Paulo Bonfim e ao maestro Júlio Medaglia.

Bem, eu vim hoje aqui com muita alegria, com muita satisfação, lembrando que quando eu entrei na Universidade ela tinha 26 anos de idade e hoje tem 75. É bem verdade que eu era o mais novo da minha turma, mas de todo modo (…). E também quero esclarecer, a propósito do que o Kassab observou, que eu realmente não pude concluir a Escola Politécnica. Mas não foi por ter sido reprovado, foi por causa do golpe de 1964, que me obrigou a sair do Brasil.

Quis o destino que eu mudasse até de curso universitário, para Economia, e que todos os meus títulos de graduação – dois mestrados e doutorado – fossem obtidos no exterior e não no Brasil. Eu confesso que para mim sempre foi uma frustração não poder ter concluído o meu curso na Escola Politécnica.

Mas São Paulo é um Estado que cumpre tarefas nacionais, mais do que qualquer outro. Especialmente na educação e na área da ciência e da tecnologia. Lembrava, outro dia, os Institutos de Pesquisas Agropecuárias do Brasil: todos estiveram concentrados em São Paulo, eram estaduais. Desde  o Agronômico, de Campinas, criado por Dom Pedro II, até a criação da Embrapa, uma boa empresa federal nos anos 70. Mas praticamente a pesquisa agrícola no Brasil, boa parte dela, deste então, é feita por instituições paulistas mantidas pelos recursos dos contribuintes paulistas.

A mesma coisa com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas, o IPT, que é onde, é incrível que eu me lembre do IPT assim. Nós almoçávamos na Cidade Universitária, a minha turma na Politécnica inaugurou a Cidade Universitária, as instalações da Poli na Cidade Universitária.

Então, nós tínhamos aula no Bom Retiro e tínhamos aula no Butantã, às vezes no mesmo dia, tendo que ir de ônibus de um lugar para o outro. E nem circular tinha ainda na Cidade Universitária. Tinha um circular nominal, mas na prática a gente tinha é que andar mesmo do Butantã até a Faculdade. E o IPT era o lugar onde almoçávamos. Graças a Deus, foi feito em frente à Escola Politécnica, ou melhor, a Poli foi feita em frente do lugar em que o IPT até hoje está. Lugar esse, aliás, que vai sofrer grandes mudanças porque nós estamos preparando, já existem os recursos para um dos maiores investimentos da história do IPT, um instituto que está associado à nossa Universidade.

Quis o destino também, voltando para o Brasil, que eu fosse para a Unicamp, e não para a USP. Aí mais em razão do próprio Instituto de Economia.

Mas o fato é que as três Universidades estão entre as melhores do nosso País e seu conjunto, realmente, representa um motivo de orgulho para o Governo de São Paulo, pela produção científica, pela qualidade e pela excelência que sempre mantiveram.

Universidade, de verdade, não se cria da noite para o dia, improvisadamente, a toque de caixa. Universidade exige tempo, exige acúmulo de experiência, exige tradição, para que ela possa se materializar na forma que seus idealizadores sempre sonharam. É o caso destas três Universidades, muito especialmente da USP, da Universidade de São Paulo, que é a minha Universidade, assim eu a considero.

Meus parabéns à Universidade, na pessoa da reitora, e a toda a sua comunidade. Quero dizer que continuem contando conosco. São Paulo faz um esforço enorme em matéria de ensino universitário: quase 10% da nossa receita do principal imposto. Além do que, o nosso Estado é praticamente o único que não recebe, no limite, transferências federais. E se formos acrescentar ainda mais a Fapesp, essa outra instituição que é motivo de  permanente orgulho para todos nós, mais os institutos de pesquisas que não são universitários, não são estritamente das universidades, mas que são de grande categoria. Lembro também o Instituto Butantã. Tudo isso mostra o grande esforço que São Paulo faz para si e para o País. É, na verdade, um Estado nacional, como são as duas universidades, como é a Universidade de São Paulo.

Parabéns.