Ampliação da Linha 6 do Metrô

Anúncio aconteceu nesta quinta-feira, 4, e contou com a presença de Serra e Portela

qui, 04/12/2008 - 19h50 | Do Portal do Governo

Prevista inicialmente para ligar a Freguesia do Ó à estação São Joaquim (Linha 1-Azul), a Linha 6-Laranja do Metrô será estendida aos bairros da V. Nova Cachoeirinha e Brasilândia, na zona norte da capital paulista. A novidade foi anunciada nesta quinta-feira, 4, pelo governador José Serra, pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella e também pelo presidente do Metrô, José Jorge Fagalli. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.

Governador: Queria cumprimentar o prefeito Kassab, nosso parceiro. O secretário Portella, que cuida da área. Os deputados estaduais Celino Cardoso, João Caramez, Marcos Zerbini.

Quero dizer que o deputado Celino sempre foi o maior incentivador desta extensão do Metrô. Pelo menos a primeira vez que eu ouvi uma demanda veio da parte dele e do vereador Claudinho, a quem eu também queria cumprimentar, e pedir aqui um aplauso pelo papel que tiveram.

Queria cumprimentar o presidente do Metrô, o Faghali. Os subprefeitos da Freguesia do Ó, Brasilândia, Pirituba, Jaraguá, Perus, Vila Maria e Casa Verde, além de Santana e Jaçanã. Queria cumprimentar os líderes de associações de bairros, comunitários. A todos e a todas.

É com muita alegria que nós estamos aqui hoje para anunciar a extensão do metrô Freguesia do Ó, que nós já anunciamos aqui. Extensão para Vila Nova Cachoeirinha e Brasilândia. Vão ser 150 mil usuários por dia. São oito quilômetros. Isso vai beneficiar pelo menos 600 mil pessoas, 600 mil habitantes, ou 650 mil, sem falar dos empregos diretos e indiretos que serão gerados durante a construção.

Até este mês de dezembro, vai ser licitado, ou seja, posto em concorrência o projeto. É um projeto complicado, que vai até o Metrô São Joaquim, vindo lá da Freguesia do Ó. Dá para percorrer, ver todo percurso. Vai levar para outro lado da cidade.

Com isso, nós vamos completando – como explicava o secretário Portella – toda a rede de Metrô aqui em São Paulo.

Ela vai se tornando muito mais eficiente,  confortável e rápida, na medida em que esteja toda ela interligada. Nós estamos também, paralelamente à construção de mais metrô, reformando a CPTM, transformando os trens da CPTM em metrô de superfície, com qualidade, boas estações, trens confortáveis, também mais rápidos.

É um grande projeto. O maior que já se fez na história. Está exigindo muito dinheiro, muitos recursos. Nós pegamos financiamento do Banco Interamericano, do Banco Mundial para diferentes pedaços do Metrô em São Paulo e da CPTM. Financiamento do BNDES, vendemos a conta salário, ou seja, o direito de um banco receber os depósitos de salários dos funcionários. Isso rendeu dois bilhões.

Recentemente, iniciamos o processo de venda da Nossa Caixa, um banco comercial que não é necessário para o Estado, trocando por Metrô, trocando por CPTM, trocando por Rodoanel, trocando por reforma das Marginais que virão aí.  A Marginal do Tietê vai ser completamente refeita e isso já começa no ano que vem, vai ter uma pista a mais, todos os acessos vão ser refeitos.

Enfim, estamos mudando a composição daquilo que o Estado possui. Coisas que não são mais necessárias para aquilo que é mais fundamental para a nossa população. Este é o nosso trabalho. Esta linha não vai ficar pronta no nosso governo, não. Vocês imaginam. Tem o projeto, que é complicado. Custa quanto, Portella? Uns 80 milhões só o projeto. Depois do projeto, tem que fazer a concorrência, a construção, mas o importante começar. Se a gente não começa, não vai ter nunca.

Aqui, particularmente, pudemos iniciar logo o projeto graças à parceria com a Prefeitura, com o prefeito Kassab, que entrou no Metrô, chegou, parou com o trololó de falar de transporte, isso, aquilo, etc., e a Prefeitura fora do Metrô. A Prefeitura voltou para o Metrô – como era na origem – e é nossa parceira, agora, na expansão e na modernização do transporte em São Paulo.

Isto é o mais importante. Saúde, educação, tudo é essencial. Agora, sem poder se deslocar, a cidade fica congestionada e sofre enfartes a cada momento, porque – quando a cidade está estressada em matéria de veículos na rua, de gente se deslocando – qualquer probleminha, cai um caminhão de ovo, paralisa a cidade por todos os lados. É o organismo econômico-social da cidade que fica paralisado.

Então, nós estamos investindo na estrutura. Nós não estamos pondo ponte de safena. Nós estamos construindo pontes novas, que estão sendo todos esses investimentos na área viária, de transportes, em São Paulo.

E é investimento para trabalhador. Tem outros partidos aí com inveja que ficam falando: “O Serra está investindo em transporte, não em educação e saúde”. Mentira. Em Saúde, vai crescer 20% de novo o orçamento no ano que vem. A gente pega dinheiro emprestado para construir metrô. Eu não posso pegar dinheiro de metrô. Chega-se ao Banco Mundial, faz-se uma negociação, e aí vou usar para outra coisa. Eu tenho que usar para o transporte. Nós estamos conseguindo expandir educação, saúde, meio ambiente, uma série, saneamento. Ao mesmo tempo, estamos conseguindo expandir como nunca a área de transportes. Esse é o nosso principal anúncio, agora, aqui nesta região, num centro simbólico como este.

Ontem, começou um seminário internacional sobre cidades que deu um prêmio para algumas organizações não-governamentais que fizeram intervenções urbanas de boa qualidade. Gente modesta, coisa pequena, mas muito significativa. O prêmio principal, que ganhou um pessoal bastante humilde, foi de US$ 100 mil, não é brincadeira, para poder investir nesse projeto.

Aí eu disse: “Olha, ainda bem que não pôde participar governo, porque – se a Prefeitura entrasse – esse Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso ganharia, como uma ação isolada e muito bem feita pela Prefeitura da Capital, vocês sabem disso. Isso aqui era um mercado inacabado e apodrecido, que eu conheci, aliás, em campanhas anteriores. Cheio de ratos, abandonado, e nós transformamos num grande centro cultural.

O Portella me diz, a estação da Cachoeirinha, aqui já tem um terminal do lado, e a estação da Cachoeirinha vai ser exatamente aqui ao lado. Sabemos que é uma das regiões mais carentes de São Paulo, mas também uma das regiões onde nós mais estamos investindo, o Estado e a Prefeitura.

Hoje, em São Paulo, não tem Governo do Estado de um lado e Prefeitura do outro. Hoje, em São Paulo, há os parceiros Prefeitura e Governo do Estado trabalhando juntos por São Paulo. Trabalhando juntos por aqueles que mais precisam.

Muito obrigado.