Alckmin participa da abertura do I Congresso Ícones do Direito em São Paulo

São Paulo, 16 de maio de 2013

qui, 16/05/2013 - 14h03 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos! Quero saudar o ministro Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, Marcelo Figueiredo, diretor da PUC, coordenador científico do 1° Congresso Ícones do Direito de São Paulo, desembargador federal Nery Júnior, do Tribunal Regional Federal, desembargador Sérgio Martins, do Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul, dr. André Puccinelli Júnior, jurista, professor e aqui representando o nosso governador André Puccinelli, secretário de Estado dr. João Carlos de Souza Meireles, conselheiro Carlos Alberto de Jesus Marques, da OAB, diretores aqui do instituto, João da Silva Gonçalves Lopes e João Paulo Alves, juristas, advogados, professores, acadêmicos, alunos de Direito, amigas e amigos.

É uma dupla alegria, primeiro sediar aqui, André, o 1º Congresso Ícones do Direito aqui em São Paulo. Nosso Estado tem o compromisso com o Direito, que é a base da sociedade, do respeito à pessoa humana, da democracia, da transformação social, da paz social. Eu me lembro que aqui em São Paulo nós temos uma data especial, que é o Nove de Julho, que celebra a Revolução de 32. O Estado foi às armas, morreram brasileiros em São Paulo para que nós tivéssemos uma Constituição digna desse nome. Perdemos a revolução, mas os seus valores permaneceram e veio a Constituinte de 1934. Aliás, quando, pela primeira vez, foi eleita uma mulher, a dra. Carlota de Queiroz, Constituinte de 1934, se lutou pelo voto secreto, pela Justiça Eleitoral, pela cabine indevassável. Naquele tempo, votava quem já tinha morrido, votava quem não tinha nascido. O voto… Tinha os chamados currais eleitorais. Contam, ministro Gilmar, que levavam o envelope, então o eleitor, ele passava no escritório político e levava o envelope, e aí depositava o envelope. Então o eleitor vai em um curral eleitoral para votar e o coronel político da região, dá a ele a marmita – a marmita era um envelope em cima do outro – então um envelope era o deputado estadual, o outro era o federal, o outro era o senador. Aí ele perguntou para o coronel: coronel, eu posso saber em quem eu vou votar? Aí o coronel falou para ele: não pode, porque o voto é secreto, né? Bom, eu digo isso, por quê? Porque nós temos um compromisso, que não é de hoje, um compromisso histórico com o Estado de Direito.

Vocês escolheram uma das mais belas profissões do mundo, que é o Direito. E a gente quer dar as boas-vindas aqui a esse 1° Congresso Ícones do Direito aqui, em São Paulo. E a outra alegria muito grande é participar aqui da homenagem ao ministro Gilmar Mendes. Eu conversava com ele ali, eu tenho um primo muito brincalhão que dizia, eu falei: por que você foi fazer Direito? Ele falou: “não, porque papai tinha um amigo advogado que fazia palavra cruzada em alemão”. Aí eu fiquei fascinado. Faz palavra cruzada em alemão e foi fazer Direito. Então, o ministro Gilmar Mendes é um dos profundos conhecedores do Direito Constitucional brasileiro, alemão, português, seis anos na Alemanha, uma grande experiência, uma carreira jurídica, formação sólida, um homem corajoso. Chesterton dizia que “a coragem é a primeira das virtudes do estadista, porque sem ela, na hora do perigo, todas as demais virtudes desaparecem”. Um homem corajoso para defender as suas posições naquilo em que acredita, um patriota que defende os interesses do País. Por isso é uma grande alegria dizer que a homenagem é justíssima. Se há um ícone do direito brasileiro, certamente, entre eles está o ministro Gilmar Mendes! Um grande abraço!