Alckmin nomeia 14,5 mil professores para a Rede Estadual de Ensino e de mil agentes de organização escolar

Geraldo Alckmin: Dizer que nós estamos… Esquecer o X da questão. Nós estamos sempre ensinando e aprendendo, não é? Essa é uma bela arte, mas saudar o nosso secretário chefe […]

qui, 05/01/2012 - 6h30 | Do Portal do Governo

Geraldo Alckmin: Dizer que nós estamos… Esquecer o X da questão. Nós estamos sempre ensinando e aprendendo, não é? Essa é uma bela arte, mas saudar o nosso secretário chefe da Casa Civil, o Sidney Beraldo; o professor Herman Voorwald, secretário de Estado da Educação; os deputados estaduais, o João Caramez e o Roberto Massafera; a professora Vera Cabral Costa, coordenadora da Escola de Formação de Professores; Paulo Renato Costa Souza; professor Jorge Sagae, coordenador de Recursos Humanos da Secretaria; saudar os prefeitos aqui cumprimentando o prefeito de Cunha, o Felipinho, Osmar Felipe, o Sebastião Misiara, preside a União dos Vereadores do Estado de São Paulo, a UVESP; dirigentes de ensino, professoras, professores, toda a equipe da educação, profissionais da área de educação, área administrativa, amigas e amigos.

Primeiro desejar muita saúde ao professor Herman, a vida de atleta não é fácil, desejar saúde, São Paulo e o Brasil, precisam muito de você, então capricha aí na recuperação ai, estamos na torcida para você está ótimo logo. Depois dizer da alegria que estarmos aqui hoje, hoje nós não tratamos de nenhum prédio, nada de concreto, nenhum equipamento, só de que há de mais importante: Recursos Humanos, educação são Recursos Humanos, isso é o que faz toda a diferença. São quatro projetos de lei e quatro decretos, primeiro projeto de lei foi que o deputado Caramez se referiu, cuida da questão do programa de aprimoramento da gestão participativa e resolve o problema ocorrido com a questão das APMs, resolve de forma definitiva e aprimorar essa questão da gestão participativa, segundo o projeto de lei trata de uma reforma administrativa da Secretaria, a última é de 1976, por tanto 36 anos depois se faz uma reforma administrativa, onde se extingue 1.834 cargos e se criam os cargos 1.401, sendo de diretores, técnico II, técnico I, analista administrativo, analista sociocultural, enfim, uma reforma importante na estrutura da Secretaria; a terceira é a lei complementar, que estabelece a questão da quarentena, ela é transitória, e a quarta é o regime de dedicação plena, ou seja, nós pretendemos acelerar e começamos com o projeto piloto, as escolas de tempo integral e os professores em período integral, e esses professores em período integral, inclusive com uma gratificação de 50% a mais e a gente procurar encaminhando para as escolas em tempo integral e professores também em período de tempo integral.

Os decretos, são quatro decretos. O primeiro já fizeram a escola de formação de professores, e já começam agora o ano letivo 14.473 mil professores. O ano passado, foram 9.900 professores, fizeram concurso, foram aprovados, fizeram quatro meses da escola de formação de professores e foram efetivados. Hoje, 14.473. E em seguida, no meio do ano, mais nove mil. Então nós chegaremos a quase 34 mil professores concursados efetivos, tendo feito a escola de formação de professores, que é um fato recorde no sentido de nós termos em um período de pouco mais de um ano, 34 mil professores sendo efetivados, concursados, que é o que nós queremos para a rede. O outro decreto: são 993 cargos de agente de organização escolar. Ele cumpre uma tarefa de ajudar na área administrativa e também no funcionamento da escola. Os antigos inspetores de alunos. Eles se somarão a mais 6.400 já existentes. Depois, 1.149 mil cargos de oficial administrativo, que vai ajudar a liberar os nossos supervisores, diretores, pra se dedicarem ‘full’ time a área pedagógica, ficando mais liberados das questões de ordem administrativa. E 245 executivos públicos. Então a parte de compras, administrativa, documental, toda essa parte vai ficar bem atendida, e nós teremos supervisores, diretores concentrados não em área burocrática, mas naquilo que é mais importante, que é a área pedagógica.

Então nós queremos reiterar o nosso compromisso com a educação, valorizando os nossos recursos humanos. Tenho conversado sempre com o professor Herman, falando: “Nós não vamos fazer mágica, mas nós vamos caminhar rapidamente para a carreira do magistério ser a mais valorizada carreira do funcionalismo público estadual”. E vamos procurar fazer isso, no menor espaço de tempo. Aí todo mundo vai querer ser professor, não é? E é o professor que faz a diferença. Professor mexe com a vida da gente. Essa é uma tarefa maravilhosa, essa arte de aprender e ensinar. A gente está fazendo isso todo dia. Todo dia a gente está aprendendo alguma coisa. Aqui é direto. Você está o dia inteiro, é uma escola verdadeira. E não é fácil a atividade nossa, pública.

Eu fui relator no Congresso Nacional, quando era deputado, da lei de doação e transplante de órgãos. Lei complexa, difícil porque você estabelece o regramento para poder fazer a doação e transplante de órgão. Então, doador vivo, tinha um comércio de órgãos, o sujeito é motorista de um milionário, daqui a pouco resolve dar o rim para o outro, ninguém fala que comprou, ninguém fala que pagou, mas é evidente que tinha uma relação comercial. Então nós estabelecemos limite, olha, parente pode, marido, mulher, filho, parentes próximos ou, caso contrário, com autorização judicial, tem que ir à Justiça, olha, eu quero doar, eu preciso receber, mas o juiz tem que autorizar, para saber se tem uma relação comercial, as vezes é da mesma igreja, tem um laço afetivo, enfim. Depois a doação do cadáver, então qual o conceito de morte encefálica? Você só, a pessoa morreu e morte natural só aproveita a córnea, três, quatro horas depois no verão, cinco, seis horas depois no inverno, o restante, tudo, não tem jeito, no máximo uma coisa de pele. Mas coração, fígado, rim, tudo, o coração tem que estar batendo. Então, mas como é que está morto se o coração ainda está batendo? Então é o conceituo de morte encefálica, que não é fácil para o leigo entender que a pessoa morreu, mas o coração ainda bate durante algumas horas, que é o momento de retirar os órgãos.

Tema complexo, difícil, e aprovado na Câmara Federal por unanimidade, o projeto vai ao Senado. Chegando ao Senado há um debate e o professor da Escola Paulista de Medicina era oftalmologista do Fernando Henrique, que era senador, então convidou o Fernando Henrique para um debate na Escola Paulista. Ele era senador, ele foi. Aí com a palavra o senador Fernando Henrique numa escola de medicina para falar sobre doação e transplante de órgãos. Eu só olhando aquilo. Eu fui convidado porque era o relator na Câmara. Aí o Fernando Henrique começou dizendo, falou, “olha, o problema de nós políticos é que a gente esquece o que sabia e tem que falar sobre o que não sabe”.

E você tem falar de tudo, né? É uma tarefa difícil, então você tem que estar todo dia estudando. Uma hora é economia, uma hora é saúde, uma hora é dependência química, uma hora é educação, uma hora é infraestrutura, uma hora é metrô, uma hora é trem, uma hora é enchente. Então todo dia aprendendo, e todo dia também, ensinando, olha o que você aprendeu o outro não sabe passa para o outro. Essa tarefa ela é maravilhosa, e ela precisa ser valorizada, e isso faz uma difícil extraordinária. O que nós estamos fazendo hoje aqui é o melhor investimento público que São Paulo pode fazer, investindo na sua juventude, investindo na qualidade de vida, investindo no presente e no futuro para as nossas populações. Eu queria aqui agradecer o professor Herman, agradecer a sua equipe, o professor Herman é de uma enorme dedicação, tem a objetividade do engenheiro do ITA, mas tem a sensibilidade do educador, dedicando toda a sua vida que fez a carreira universitária. A gente fica muito feliz, deseja aí ótima saúde, cumprimenta aqui a equipe e convidamos todos aqui para um café.

Muitíssimo obrigado!