Alckmin entrega leitos para dependentes químicos, autoriza instalação do Poupatempo e libera recursos para Bragança Paulista

Bragança Paulista, 21 de maio de 2013

ter, 21/05/2013 - 15h09 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia! Bom dia a todas e a todos! Quero saudar o prefeito, o nosso anfitrião, o prefeito Fernão Dias, a sua esposa, presidente do Fundo Social de Solidariedade, a Rosângela, a vice-prefeita Huguette, o presidente da Câmara, o Tião do Fórum, saudando todos os vereadores, dom Sérgio Colombo, nosso bispo diocesano, frei Francisco Belotti, presidente da associação Lar São Francisco de Assis, o professor doutor Hector Huanay Escobar, reitor da universidade de São Francisco de Assis, secretário de Gestão Pública, deputado Davi Zaia, secretário dos Transportes, dr. Saulo de Castro, deputado federal Vanderlei Macris, deputados estaduais Edmir Chedid e Beto Trícoli, prefeito de Socorro, o André, de Vargem, o Aldo, Águas de Lindóia, o Toninho, Tuiuti, o Nande, Atibaia, o Saulo, Morungaba, o Roberto Zen, Bom Jesus dos Perdões, o Edu, Nazaré Paulista, o Júnior, ex-prefeito, o Jango, frei Bento, o nosso diretor administrativo aqui do hospital, dr. Caleb, diretor clínico, dra. Nádia, aliás, a Nádia, quero, cumprimentando todo o corpo de voluntariado, de voluntários aqui do hospital, dra. Márcia, diretora regional de Saúde, dr. Cleyton, diretor do DER, colegas todos da área da saúde, profissionais, amigas e amigos.

Uma palavra breve, mas dizer da alegria de estar aqui no hospital. Nós temos aqui uma bela universidade, faculdade de Medicina, Enfermagem, Odonto, Fisioterapia, Direito, Administração… Enfim, um pólo universitário… Farmácia. Um pólo universitário muito importante! E não é fácil hoje manter hospital, não é? Infelizmente, a tabela do SUS não é corrigida já há muitos anos. As Santas Casas e hospitais filantrópicos e quem atende o SUS passa por grande dificuldade. Então, todos vão ficando em situação de insolvência, quase. Vai diminuindo o atendimento, dificuldade financeira. Então nós fizemos aqui um bom entendimento com o hospital, colocando recursos do Estado. Passamos o custeio de R$ 8 milhões para R$ 18 milhões por ano, então pusemos R$ 10 milhões a mais e saúde, saúde é custeio. Porque fazer prédio é fácil, o problema é que quando você faz uma estrada acabou o gasto, você faz um hospital, começou o gasto. E a medicina ficou cara, a população mais velha, o que é muito bom as pessoas viverem mais e com qualidade de vida, mas precisa ter investimento. Então, aqui no hospital nós aumentamos em R$ 10 milhões o custeio, de R$ 8 para R$ 18 milhões por ano. Aumentou em 40% o atendimento para a cidade e para a região. É um grande hospital, tem 220 leitos, CTI, é uma referência importante e R$ 2,7 milhões em investimento. A recepção será inaugurada hoje. Em obras, centro cirúrgico, centro obstétrico, que vão ser separados, central de material e os leitos para álcool e droga, então com esses 20 leitos aqui em Bragança, nós chegamos a 1.024 leitos só para álcool e droga no Estado de São Paulo, 1.024.

E infelizmente, o Brasil é hoje o maior consumidor do crack do mundo e o segundo maior consumidor de cocaína, só perde para os Estados Unidos. Então é uma epidemia verdadeira a questão do crack e nós vamos levar uma esperança aí para as famílias, para as mães, um trabalho importante. No Dia das Mães eu estive lá na Nova Luz, na Cracolândia, em São Paulo: só a missão Belém do padre Giampietro, ele na missa ali tinha 400 ex-dependentes. Pai, mãe, uma coisa maravilhosa. E um rapaz de 28 anos, mais ou menos, subiu no altar e contou a história dele. Que ele estava lá na rua, morador de rua, viciado em crack e dois ex-dependentes da Missão Belém foram ao encontro dele. E disseram: “você é um abençoado, você é um abençoado!” Aí ele contou lá: “está me gozando.” “Eu morador de rua, nessa situação, dizer que eu sou abençoado?” e foi tirar satisfação com os dois jovens. Aí eles falaram: “você é um abençoado!” Deus nos mandou aqui para tirá-lo daqui. Sentou com eles na calçada, conversa vai, vai, nós temos uma perua lá, 24h, já pôs na van, já foi para casa transitória, de lá foi para Jarinu, comunidade terapêutica. O rapaz se recuperou. Ele estava com a esposa e duas crianças, dois menininhos.

Aí o padre perguntou para ele, o padre Giampietro: “você foi para o Haiti”, ele se recuperou no ano passado, “você foi para o Haiti, ficou três meses lá, o que você foi fazer?”. Aí ele contou que ele se especializou, arrumou uma profissão nessa construção rápida que envolve aço, metais, workframe, e aí é um técnico importante nisso. E aí ele falou: “olha, eu nunca ajudei ninguém, eu só dei trabalho para os outros, dei trabalho para os meus pais, dei aborrecimento para a minha mulher, para os meus filhos, para os meus amigos, só dei dor de cabeça e aborrecimento para as pessoas. Eu me conscientizei de que eu fui ajudado e que eu precisava ajudar os outros! Então fui para o Haiti, fiquei três meses no Haiti erguendo prédio lá da Missão Belém, três meses, para ajudar e fui escolher quem mais precisava!” Onde teve um terremoto, está no país mais pobre da região, então veja como é possível recuperar. E aí faz a internação, a desintoxicação, o tratamento médico, mas a doença é crônica e é recidivante, aí volta para a rua. Então, o Cartão Recomeço é quando sai do hospital, o Cartão Recomeço não é para o hospital, o hospital é nosso dever. A parte de hospitais da nossa rede e conveniada, é para as entidades, as comunidades terapêuticas, ele precisa ter um novo plano de vida, arrumar uma profissão, arrumar um emprego, ter um novo plano de vida. Então, o Cartão Recomeço não é só para as 11 cidades, são 11 regiões do Estado, mas nós vamos levar a todas onde há necessidade e abrimos agora um edital para cadastrar as entidades, as boas entidades do Estado de São Paulo, temos mais de 200 entidades. Então nós vamos pagar R$ 1.350 por mês para ele poder ter o seu encaminhamento e lá vai ter profissão, escola, escola profissional, arrumar emprego, para ele poder se encaminhar.

Então a gente fica muito feliz de que Bragança Paulista tem 20 leitos aqui para retaguarda hospitalar e vai ter o Cartão Recomeço. Nós precisamos ver as entidades da região para cadastrá-las, e pode ter certeza que o hospital vai ter mais ainda investimento. Guarde esse sempre um lugarzinho de anestesista aí para mim, viu, Frank? Depois queria trazer uma palavra sobre o Daesp, nós acabamos de descer aqui no aeroporto e só falta a homologação da Anac, aqui vai operar noturno também, então nós vamos ter um bom incremento aqui no aeroporto de Bragança Paulista, até como retaguarda para a região, inclusive, com operação noturna, investimento que o dr. Saulo e o Daesp já fizeram. E também estamos cedendo para a prefeitura 12 mil m² passando para a prefeitura para poder adequar o viário da região. Também autorizamos o Poupatempo, esse é o serviço público mais bem avaliado do Estado, então Bragança Paulista terá Poupatempo e novo Detran, tudo junto. Então, ganhamos eficiência, Poupatempo e novo Detran. E quero agradecer ao prefeito Fernão Dias aí pela boa parceria, e estamos liberando também os recursos do DADE. Bragança é uma das cidades mais bonitas do Estado de São Paulo, eu acho que é a vice-campeã, né? Só perde para Pindamonhangaba. Mas, é belíssima! É difícil uma cidade tão boa, né? A região toda bragantina. Então ela é uma estância turística, nós temos 67 estâncias turísticas. Então nós estamos liberando hoje R$ 5,8 milhões para a prefeitura, a prefeitura escolhe quais são as obras que mais ajudam a população, vocês é que escolhem aqui.

Então, está liberado, autorizamos hoje aí. Os DADEs, os DADEs anteriores foram para reforma e restauro do prédio do Matadouro, o restauro do antigo prédio do Colégio São Luiz, a duplicação da avenida norte e sul, sinalização e iluminação pública, asfaltamento de ruas, Lago do Taboão e recuperação das suas margens, corredor turístico e circuito das águas, enfim, sempre coisas de interesse aqui da população. E, finalmente, as boas rodovias aqui da região vão ficar melhores. Nós vamos investir R$ 800 milhões, está em obra Bragança/Piracaia, está em obra Bragança/Vargem, está em obra Vargem/Joanópolis, está em obra Pedra Bela/Pinhalzinho, vamos licitar Bragança até Socorro, passando por Pinhalzinho, R$ 100 milhões de investimento nessa última, vai gerar muito emprego, Bragança até Socorro. Vamos licitar também Bragança/Tuiuti até Amparo, e de Amparo até Itatiba. E vamos licitar, é a maior obra, vai ser duplicada de Bragança até Itatiba, R$ 150 milhões de investimento. Itatiba, Morungaba e Bragança.

Enfim, depois nós temos a duplicação Jaguariúna/Pedreira/ Amparo, temos Holambra/Santo Antônio da Posse e Amparo, temos de Amparo até Itapira, temos de Amparo, Serra Negra, Lindóia até Águas de Lindóia e de Serra Negra até a rodovia que vai para Itapira. Enfim, são R$ 800 milhões de obra que vão gerar bastante emprego. Mas eu quero agradecer e dizer o seguinte: São Paulo é um Estado cada vez melhor, 15 anos atrás, a dívida do Estado de São Paulo era duas vezes, 2,2 vezes a receita do Estado. A Lei de Responsabilidade Fiscal diz que a dívida deve ser duas, no passado e duas receitas, hoje é 1,5, nós temos meio ponto até abaixo do que a lei estabelece, a dívida do Estado reduziu bastante. Há 20 anos, eu dizia que, eu brincava… O Mario Covas brincava e dizia o seguinte: “olha, nós somos o segundo país da América do Sul, o Estado de São Paulo, empatado com a Argentina. Mas temos uma vantagem sobre a Argentina, é que estamos dentro do Brasil, né?” Hoje, o PIB de São Paulo é duas vezes o da Argentina, o nosso Produto Interno Bruto é… Argentina tem o PIB de US$ 400 bilhões e pouco; São Paulo, US$ 738 bilhões, quase duas vezes. Estamos trabalhando aí dia e noite no sentido de fortalecer a economia do Estado, indústria, agronegócio, turismo e serviços. A área de saúde vai ser uma das grandes empregadoras, o que é muito bom, porque a agricultura mecaniza, até café você colhe com máquina hoje. Eu sou de uma área de café do Vale do Paraíba. Antigamente para colher café você tinha pai, mãe, compadre, vizinho, hoje passa uma máquina e colhe. A indústria robotiza, a Volkswagen chegou a ter 40 mil funcionários, hoje produz muito mais carros com 14 mil.

O emprego do mundo moderno é principalmente no setor de serviços. Quantas pessoas trabalham aqui? Oitocentas pessoas trabalham aqui, fora os empregos indiretos, indiretos. Então é impressionante! Ontem eu fui ao Santa Marcelina, Hospital Santa Marcelina, das Irmãs Marcelinas, na zona leste, nós começamos ontem, frei Francisco. Toda a obra do pronto-socorro fica pronta até abril do ano que vem. O hospital está a dez minutos do Itaquerão, então vai ser a referência para a abertura da Copa do Mundo. Aí, fomos lá começar a obra. O hospital, em 1961, 52 anos atrás, ele começou com 20 irmãs – 20 freiras – 20 irmãs, 30 funcionários e oito médicos. Hoje tem 800 médicos, tem 4,5 mil funcionários e 800 leitos. Faz desde transplantes de órgãos, tem Faculdade de Medicina também, Enfermagem, várias faculdades. Aí a Irmã Marcelina, ela administra, como vocês aqui, vocês administram o AME de Atibaia, além do… Quer ver, olha, só o frei Francisco, se somar tudo, Presidente Prudente, os AMEs, dá quantas pessoas trabalhando? Nove mil e quatrocentas pessoas. Saúde e educação é emprego direto, o que é muito bom, distribui bem a renda, e o principal, atende bem às pessoas. A gente fica muito feliz. Contem com a gente, viu, prefeito, conte conosco aqui em Bragança.

Ele lembrou do Castello Branco, que é o meu secretário, Castello Branco, um dia desses eu precisava falar com o prefeito do interior, teve uma tromba d’água em uma cidade e tal, falei para o Castello: “liga lá para o prefeito”. Ele procurou, não achou, deixou recado com a mãe do prefeito. Passaram umas duas, três horas, o prefeito me ligou: “olha, a minha mãe ligou aqui, o governador está atrás de você, é urgente e tal. Quem ligou aqui foi o presidente Castello Branco”. O Fernão Dias ainda não ligou, né? Mas, quero agradecer aqui ao Dr. Saulo, nosso secretário, grande secretário dos Transportes. Olha o que é que faz a diferença: quanto nós economizamos só na obra do Rodoanel Norte? Um bilhão e duzentos reais de economia para o povo de São Paulo. Uma obra, que é uma grande obra do Rodoanel Metropolitano de São Paulo. Quanto nós economizamos na Tamoios? Setecentos milhões. A duplicação de São José dos Campos até Caraguatatuba e os contornos para Ubatuba até duas obras, quase R$ 2 bilhões de economia, com o dinheiro da população. Agradecer ao dr. Saulo, agradecer ao Davi Zaia aí pela expansão do Poupatempo, agradecer à dra. Márcia, cumprimentando aqui o Giovanni Cerri.

Agradecer aos nossos deputados, o Macris ontem fez aniversário. Cadê o Macris? Vinte e dois anos, está broto aí. Agradecer ao Edmir Chedid, grande deputado aqui de Bragança, tem nos ajudado muito. O deputado Beto Trícoli, também aqui da região, ótimo deputado também. Cumprimentar e agradecer ao nosso prefeito, o Fernão Dias, deixar um grande abraço, e cumprimentar em especial aqui todo mundo que trabalha aqui nesse hospital. Tolstói dizia que a maior vocação de cada homem e de cada mulher é servir às pessoas, nós nascemos para servir às pessoas. A gente fica mais feliz quando tem oportunidade de poder ajudar mais ainda a nossa população, então eu deixo um abraço muito carinhoso aqui ao frei Francisco, ao frei Bento, todos os colegas aqui da área médica, todo o pessoal aqui da área de saúde, eu tenho muita saudade, porque eu fiz três mil anestesias. Em Pindamonhangaba, eu trabalhava na Santa Casa de Misericórdia, era prefeito. Eu me lembro que prefeito da cidade dava plantão normalmente, uma noite por semana e um fim de semana por mês. Eu era responsável pelo plantão da anestesia, aí me chamaram para fazer, um sábado à noite, uma cesariana. Aí fui lá de madrugada, máscara, gorro, fiz uma raquezinha ali e tal, tranqüilo, a criança já tinha nascido, finalzinho da cirurgia e eu de máscara, gorro, controlando pulso, perfusão, pressão, a paciente virou e falou: “doutor, e no bairro do Jardim Rezende, quando é que o senhor vai pôr rede de esgoto?” O pessoal cobra né? E a melhor foi do prefeito de Franco da Rocha, teu colega, Fernão Dias, o Haddad que me contou essa. Franco da Rocha é uma região problemática, problema de área de risco. Então deu enchente agora em janeiro, lá, tremenda, e o prefeito novo, entusiasmado, foi lá para o mutirão ajudar e tal, e na hora que estava ajudando lá, o prefeito… Uma senhorinha queria atravessar ali uma área de enchente, ele pegou ela no colo e atravessou a enchente com ela no colo, a hora que está no meio da travessia, ela falou para o prefeito, falou: “olha, muito obrigado, você é um anjo da guarda, Deus lhe pague, muito obrigado, que esse prefeito que está aí não faz nada, viu?” Grande abraço!