Alckmin discursa no lançamento da Rede de Atenção à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Sexual

São Paulo, 8 de outubro de 2012.

seg, 08/10/2012 - 13h23 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos. Quero cumprimentar a vice-prefeita de São Paulo, representando nosso prefeito, a Alda Marco Antônio. Eloisa Arruda, secretária de Estado da Justiça e Defesa da Cidadania. Professor José Manuel de Camargo Teixeira, secretário do Estado da Saúde, em exercício. Deputado estadual, Dr. Pedro Tobias. Dr. Luiz Henrique Gebrim, diretor-geral do Hospital Pérola Byington. A delegada Rose, presidente do Conselho Estadual da Condição Feminina. Karine Calif, coordenadora de Saúde da Mulher, da Secretaria de Saúde. Jefferson Drezett, chefe do Núcleo de Violência Sexual aqui do Hospital Pérola Byington. Antônio Carlos Arruda da Silva, coordenador de Políticas para as Populações Negra e Indígena, da Secretaria. O corpo clínico, administrativo, colegas da área de saúde aqui do hospital. Membros do conselho estadual da Condição Feminina. Amigas e amigos.

É uma grande alegria voltar aqui a esse belo hospital. Logo, logo, estamos trabalhando rapidamente para ter casa nova. Já tem a nova proposta do professor Gebrim, de que ele possa funcionar aberto com cirurgias eletivas 24 horas. Que seja um hospital que não pare aí para atender a nossa população que precisa a saúde das mulheres. E voltar aqui ao hospital para assinar o decreto que cria a Coordenadoria da Saúde da Mulher, perdão, a Coordenadoria para Políticas Públicas para a Mulher, na Secretaria da Justiça. Essa coordenadoria vai coordenar todo esse trabalho de novas políticas públicas, importantes ações afirmativas necessárias para as mulheres.

Igualdade de gêneros não basta na lei, ela precisa ser no cotidiano. Enquanto não se muda o comportamento, a cultura, nós precisamos implementar um conjunto de políticas públicas. E a coordenadoria para as mulheres, as políticas públicas para as mulheres é que nós assinamos hoje através desse decreto. É uma luta e uma conquista do Conselho Estadual das Mulheres, presidido pela delegada Rose.

Além da criação da coordenadoria, a expansão do programa ‘Bem-Me-Quer’. Nós temos um programa bem-sucedido, 12 anos, mais de 20 mil atendimentos; 52 mil atendimentos, atendimento completo, atendimento médico, psicológico, social, jurídico, orientação. É um trabalho bonito, e nós queremos que esse projeto, que é o Bem-Me-Quer, ele possa ser expandido aqui mesmo no Pérola Byington, com investimentos aqui e nas principais regiões de São Paulo, na Baixada Santista, no Hospital Guilherme Álvaro, em Campinas, no CAISM da Unicamp, em Ribeiro Preto, no Hospital das Clínicas, em São José do Rio Preto, no Hospital de Base, enfim, que a gente possa expandir para o Estado.

E integrá-lo também com os nossos agentes. A Secretaria da Justiça, o Bem Querer, que já está funcionando lá e não tem a parte médica, mas tem toda a orientação, agentes preparados para orientar e integrar esse trabalho da Secretaria da Justiça e da Cidadania com a área da saúde, e podermos atender melhor. E estamos avançando. A Alda lembrava aqui do Montoro. Eu me lembro quando o governador Montoro criou a primeira Delegacia de Defesa da Mulher, DDM, que a delegada Rose era menor de idade, ela assumiu a delegacia. Hoje, já são 129. Um dia desses teve até um fato interessante.

Eu fui a Indaiatuba inaugurar lá uma fábrica e também visitar uma escola, e uma delegada de polícia insistia muito para eu ir ver a Delegacia de Defesa da Mulher. “Olha, reformamos o prédio e tal, uma beleza! Trocou tudo, mobiliário. Eu queria que o senhor fosse lá.”. Mas eu estou atrasado, tenho mais três cidades. Ela insistiu, insistiu, eu falei: está bom. Eu vou passar lá, mas rapidinho. Aí passei lá. Realmente, muito bonito! O prédio foi todo reformado, aquele capricho, né? Flores, tudo pintado, novo, brilhando, e ela animadíssima e tal. Fomos andando no corredor, no fim do corredor, uma sela, uma grade, uma cadeia. Aí ela me chamou de lado e falou no meu ouvido: “Aqui, doutor, é onde os homens choram e ninguém ouve. Ninguém ouve”.

Mas o fato é que nós precisamos de uma mudança cultural e punição, porque a impunidade é que estimula os atos delituosos. Isso vale para tudo, para tudo. É a impunidade que estimula. A hora que começa a punir, as coisas mudam.

Mas eu quero dizer da alegria de voltarmos aqui ao Pérola Byington, assinarmos hoje, a coordenadoria, eu tenho certeza que a Dra. Ana Luiza, e com a nova coordenadoria vai dar um impulso ainda maior nessas políticas públicas tão necessárias. Expandir um projeto extremamente bem sucedido como o Bem-Me-Quer para o nosso estado de São Paulo, tendo aqui a matriz do Pérola Byington, integrá-lo com as agentes do Bem Querer, da Secretaria de Justiça e dos Centros Integrados de Cidadania, que estão bem distribuídos na região metropolitana, nas regiões mais vulneráveis e de maior vulnerabilidade instalar o CIC, o Centro de Integração de Cidadania. Muito obrigado a todos.