Alckmin discursa no início das obras da SP-66

Guararema, 19 de maio de 2012

sáb, 19/05/2012 - 15h12 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia. Bom dia a todas e a todos. Começar pelas pessoas mais importantes, que são as mulheres. Saudar aqui a Conceição, querida amiga, ex-prefeita aqui de Guararema. A alegria de reencontrá-la e abraçar aqui a nossa querida Conceição. Cumprimentar o prefeito anfitrião, o Márcio Alvino; a Sirlene Messias de Moraes, que é a vice-prefeita; vereador Dirceu Jacinto Granato, presidente da Câmara, saudando todos os vereadores; Dr. Saulo de Castro Abreu Filho, secretário de Logística e Transportes; deputados André do Prado e o Hélio Nishimoto; prefeito de Mogi das Cruzes, o Marco Bertaiolli; de Poá, Dr. Testinha; Igaratá, o Elzo; Arujá, o Abel Larini; Santa Isabel, Hélio Buscariolli e Biritiba Mirim, o Inho; presidente da Dersa, Laurence Casagrande; superintendente do DER, Clodoaldo Pelissioni; Dr. Deni Loretti Filho, diretor do DER 10; Dr. Marcos de Almeida Tourinho, delegado-titular; capitão Elton Luiz Ribeiro, comandante da 3ª Companhia. Saudar aqui a banda, agradecer a presença dessa belíssima banda municipal de Guararema; o regente, o maestro Luiz Ricardo de Toledo; Dr. Sérgio Luis Trona, diretor de obras da FIRPAVI, que vai fazer a obra. Vice-prefeitos, secretários, lideranças aqui da comunidade.

Eu sempre fico feliz, Márcio, quando tenho oportunidade de vir a Guararema. Primeiro, porque a cidade é muito bonita, muito aconchegante. E nós bebemos da mesma água. Eu sou de Pindamonhangaba e Pindamonhangaba em tupi guarani quer dizer ‘local onde se fabricam anzóis’. A cidade nasceu por causa do rio Paraíba. Os índios viviam da pesca do rio Paraíba, então nós somos o mesmo rio. O rio que é a união do rio Paraitinga, que nasce lá na Serra da Bocaina, quase divisa com o Rio de Janeiro, lá em Areias. Depois ele se junta ao rio Paraibuna, que nasce em Cunha, na represa de Paraibuna. Aí vem vindo para a capital. Quando chega aqui em Guararema, faz a curva e volta pelo Vale, volta pelo Vale do Paraíba, percorre todo o Vale do Paraíba, entra no Rio de Janeiro, Rezende, Barra Mansa, abastece a capital do Rio de Janeiro. É o Guandu, é água do Paraíba. Vai para Minas, recolhe as águas de Juiz de Fora e vai desaguar quase na divisa do Espírito Santo, em Campos dos Goitacazes, terra lá do Garotinho. E aí, ele deságua no Oceano Atlântico. Um rio triestadual: São Paulo, Minas e Rio de Janeiro.

E quero voltar aqui, se Deus quiser, em julho, para a gente inaugurar 100% de esgoto coletado e tratado aqui em Guararema. O rio, aqui, ele já está limpo, mas nós queremos que ele fique mais limpo ainda. Então, 100% de esgoto coletado e tratado. Acho que em julho, não é isso Márcio? Eu tentei falar com a presidenta da Sabesp, mas ela está voando. Mas eu depois vou confirmar a data, mas acho mais 60 dias e nós entregamos toda a obra concluída de saneamento básico, 100% de esgoto coletado, 100% de esgoto tratado.

E nós estamos vindo hoje aqui a Guararema para começar uma grande obra, que é Mogi-Guararema-Jacareí, SP-66. De novo, é uma ligação São Paulo-Rio. Porque antes de ter a Dutra, nem se falava em Ayrton Senna, Carvalho Pinto, nem a Dutra, essa era a Rio-São Paulo. Estrada velha, que chamava. Então ela vai caminhando, vai para Jacareí, São José, Caçapava, Taubaté, Pinda, vai embora, vai lá para o Rio de Janeiro. Então, é uma rodovia muito importante. Perto de Mogi, onde o trânsito é muito grande, cidade maior, nós vamos duplicar. Então, ela vai ter 5 km de duplicação, quando sai de Mogi, porque é perto das grandes cidades que têm mais acidentes. Porque tem mais interferência. Atropelamento, trânsito local. Então ela vai ser duplicada, 5 km. Depois, ela vai ser, toda ela, recapeada, acostamentos asfaltados, trechos de terceira faixa. Aqui terá um grande trevo, aqui terá uma grande obra de arte e ela vai até Jacareí. Então começa hoje; quanto tempo de obra? São 36 km, 17 meses. Então, 17 meses, começou agora em maio, final do ano que vem. E à medida que vai ficando pronto, nós já vamos entregando. Essa é uma obra que já está contratada e começa hoje. A outra nós estamos licitando. Quando é que abre a licitação? Hoje também. Está aqui. E olha, isso aqui é o que se chama de telepatia, não é? Porque o prefeito pediu e já está publicado no Diário Oficial.

Está aberta no DER, obra de serviço de melhorias, recapeamento, pavimentação de acostamento, implantação.. ah não, acho que é a de baixo aqui. Qual que é aqui? É a mesma, está certo. Do km 0 ao km 6,77, no valor de R$ 8,3 milhões, cinco meses de obra. E está incluído o trevo da Cerejeira já.

Eu cheguei mais cedo, aí o prefeito foi me mostrar as obras dele. Gostei de ver as escolas. Que escolas bonitas. Que beleza. A cidade muito limpa, muito bem cuidada, turismo crescendo. Guararema tem que população? Tem 25, 26, 27 mil habitantes, mas fim de semana tem quanto? Quase dobra. É muito perto de São Paulo, então vem muita gente para cá. Diz que o pessoal de Mogi gosta também, não é?

E liberamos também uma creche aqui para o município. Nós vamos fazer, o André colocou, R$ 1 bilhão nós vamos investir em ensino infantil, que é creche e pré-escola. Aqui temos as escolas, que o prefeito citou, e eu queria aqui agradecer ao André do Prado. Vocês elegeram um deputado muito trabalhador, viu? Anteontem, fez 100 anos de nascimento do Prof. Zerbini. Então, foi feita no Incor uma homenagem à memória do grande cirurgião cardíaco, Prof. Zerbini. Então, contaram uma história de que o Zerbini passava visita no hospital às 6h30 da manhã. Então, os residentes tinham que chegar antes, tinham que chegar às 6h. Tinham que acordar às 4h30 da manhã. Aí fizeram lá uma comitiva, foram lá, elogiaram muito o professor, agradaram muito e aí pediram se podia a visita ser um pouquinho mais tarde. Aí ele ouviu, muito educadamente, explicou porque não podia, ia saindo, aí voltou e falou: “Olha, nada resiste ao trabalho”. Então, essa questão do esforço, do trabalho, do reconhecimento ao trabalho é muito importante. Aliás, essa é a marca de São Paulo. São Paulo é terra do trabalho. Os primeiros foram os bandeirantes, que alargaram o tratado de Tordesilhas, ampliaram a fronteira do Brasil. Vejam o tamanho do Brasil. O Brasil é um país que hoje tem a pior seca dos últimos 30 anos no Nordeste, a maior enchente, nível de água, da região Norte, e neve em Santa Catarina. É um país continental. A América portuguesa, ela não se dividiu, é um verdadeiro continente. São Paulo é terra de imigrantes. Aqui veio gente do mundo inteiro e veio para o trabalho. Porque é o trabalho que nos faz feliz; poder, através da nossa vocação, servir às pessoas. Então, André, continue dedicado aí ao trabalho, viu?

Quanta coisa boa para a cidade e para a região. Infraestrutura, equipamentos, ambulância, asfalto, pavimentação, fruto do trabalho aí do André. Queria agradecer ao Hélio Nishimoto. O Hélio é de São José dos Campos, da nossa região, também do mesmo rio aqui, do Paraíba, excelente parlamentar. Nós estivemos agora lá em São José e Paraibuna agora na terça-feira, começando outra grande obra, que é a duplicação da Tamoios, de São José até Caraguatatuba. Agradecer ao Dr. Saulo, fazendo um grande trabalho. Está aqui também o Clodoaldo, diretor do DER.

A malha que estava licitada para a conservação de estrada era 12 mil km. Nós aumentamos para 15 mil. Então eram 12 mil quilômetros contratados por manutenção privada. Ampliamos para 15 mil. Nós aumentamos três mil quilômetros a mais. E o preço, R$ 80 milhões a menos. Então aumentamos três mil quilômetros de malhas, para ser conservada, e diminuímos R$ 80 milhões, de economia. Então agradecer ao Dr. Saulo. A esposa dele trabalhou aqui em Guararema, em 88. Agradecer ao Dr. Laurence. Nós estamos indo para Bertioga. Nós vamos inaugurar as obras de Bertioga e fazer uma nova travessia Guarujá-Bertioga. Inclusive, fazendo dois píers novos e o novo sistema de travessia. Hoje são 800 metros. Vai diminuir para 400 metros a travessia, entre Bertioga e Guarujá. Agradecer a eles, agradecer aos nossos prefeitos. Cumprimentando aqui o Márcio. A gente vê o entusiasmo.

O pai dele foi meu colega. Seu Tiãozinho foi prefeito quando eu fui prefeito em Pinda. 1977. O nosso mandato era de quatro anos. Aí foi tão bom que prorrogou para seis. E foi muito engraçado isso, Bertaiolli. O mandato era de quatro anos. Nós fomos eleitos em 77, período difícil, período Militar, eu era do “Manda Brasa”, do MDB. Aí, quatro anos. Aí, o jornal lá no Vale do Paraíba, o Vale Paraibano, põe na primeira página o prefeito de Piquete, José Armando de Castro Ferreira. Era nosso colega na época, colega do seu pai. Aí, o José Armando dizendo o seguinte: “Se prorrogar, eu renuncio ao mandato. Eu não aceito mandato ilegítimo, que não seja nascido de um voto popular”, “coisa da ditatura” e tal. Fez o discurso. O José Armando era meu amigo, nós do MDB, liguei para ele: “José Armando, quer dizer que se prorrogar, você vai renunciar ao mandato?” “Não, Geraldo…” “O que adianta você renunciar? Você foi eleito. Você vai renunciar, não vai adiantar nada”. Aí ele falou: “Não, não vai ter prorrogação. É a imprensa, o pessoal não tem notícia, então fica inventando moda. Não vai ter prorrogação nenhuma. E eu estou ocupando meu espaço aí. Hoje eu dei entrevista na rádio Jovem Pan, na Eldorado de São Paulo, a primeira página do Vale Paraibano, eu estou aí. José Armando está aí no pedaço”.

Bom, quinze dias depois, estava em construção em Pindamonhangaba a Villares, a Vibasa, indústria de aço e siderúrgica. O ministro César Cals, era ministro de Minas e Energia, ele foi visitar a fábrica, a indústria. Fui recebê-lo. Ele falou: “Dr. Geraldo, o senhor está preparado para ficar mais dois anos?”. Eu falei: “Por quê?” “Porque vai prorrogar”. E, realmente, dois meses depois, o Congresso Nacional aprovou e prorrogaram-se os mandatos.

Aí a imprensa foi em cima do José Armando. Aí o José Armando falou: “Olha, eu vou fazer um plebiscito para saber se o povo quer que eu fique ou quer que eu saia.” Vinte dias depois e nada de plebiscito. A imprensa foi em cima dele. O José Armando falou: “Olha, eu consultei o Tribunal Eleitoral e o TRE disse que o meu plebiscito não tem previsão legal. Então eu vou fazer uma consulta popular.” Já deu mais um passinho para trás. Mais 30 dias e a imprensa foi em cima e o José Armando falou: “Olha, eu reuni os funcionários da Prefeitura e eles fizeram um apelo para eu continuar.” E só reuniu os do Gabinete, para não ter risco.

Mas eu quero é deixar um grande abraço. Tomem conta aí da obra, que a obra é para servir Guararema, para as pessoas poderem vir mais ainda a essa cidade, poderem curtir aqui essa cidade tão calorosa, tão bonita, essa capital do turismo aqui da região, gerando emprego, renda, oportunidade e desenvolvendo o município. Muito obrigado.