Alckmin discursa na festa da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo

Jundiaí, 11 de maio de 2013

sáb, 11/05/2013 - 16h45 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos! Estimado Cláudio Magrão, presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, sua esposa Ângela, cumprimentando também todas as senhoras, todas as mulheres aqui presentes. Prefeito aqui de Itupeva, Ricardo Bocalon, prefeito da nossa grande Jundiaí, nosso caro prefeito Pedro Bigardi, deputado federal Paulinho, Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, Osvaldo Vergínio, deputado estadual João Batista Inocentini, presidente nacional do Sindicato dos Aposentados, Ivan Torres, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos e também do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, um grande gigante na luta da classe trabalhadora, o Ageu Henrique dos Santos, é uma alegria revê-lo, meu amigo José Pirlo, ex-presidente aqui da federação, grande sindicalista do nosso Vale do Paraíba, de Cruzeiro, presidentes e diretores dos sindicatos, toda a família metalúrgica aqui presente, uma palavra breve.

Aliás, essa questão de muita citação humana, diz que um prefeito, não é nem o Ricardo e nem o Pedro Bigardi, mas o prefeito fazia muitas citações, isso lá na Paraíba, quando o governador da época, o Ronaldo Cunha Lima, que já faleceu, o pai do Cássio Cunha Lima. O Ronaldo com pressa e o prefeito falava… Senhor, senador, deputado, presidente, diretor… E ele com pressa chegou e falou: “prefeito, duas citações só: economia processual, vamos ganhar tempo, você vai numa escola, professores e alunos, vai no hospital, profissionais da saúde e pacientes, vai num lugar que vai muita gente, senhoras e senhores, só duas”. Aí passaram uns dias e houve uma solenidade no cemitério municipal. Aí tinha o secretário trouxe as fichas todas, o prefeito pensou, guardou as fichas: “meus conterrâneos e meus subterrâneos”. Amigas e amigos, é uma alegria trazer um grande abraço aqui à federação, 70 anos de luta, né? Não é isso? Nada a gente consegue sem luta, nada vem por geração espontânea, é luta, é conquista, e a luta dos metalúrgicos beneficiou toda a classe trabalhadora, foi a vanguarda da luta dos trabalhadores. São Paulo se confunde com o trabalho e os trabalhadores, e a Federação dos Metalúrgicos se confunde com a luta da classe trabalhadora de São Paulo. Então é com alegria que a gente vem trazer aqui um grande abraço, e os cumprimentos nesses 70 anos da Federação de São Paulo. Nosso Estado está crescendo, nós crescemos acima da média do PIB brasileiro, estamos acima, no ano passado o PIB do Brasil cresceu 0,9% e nós crescemos 1,3%, o Brasil cresceu esse ano 3% e nós crescemos 3,5%, nós estamos sempre crescendo acima da média.

Acabou de ter a Agrishow, o setor de máquinas foi recorde, tem fila lá para comprar máquina agrícola. Setor automobilístico, acabamos de inaugurar a Toyota, em Sorocaba com 12 fábricas especialistas. A Hyundai, em Piracicaba, a Sherwin está com uma grande fábrica em Jundiaí, a Comil, em Lorena…. A indústria ferroviária, fizemos uma encomenda só, Magrão, uma encomenda de 105 trens, cada trem tem oito carros, então são 840 carros em uma encomenda, indústria brasileira. Então um setor importantíssimo da economia e do emprego em São Paulo. Mas o Paulinho chamou atenção para uma questão, que eu quero aqui colocar: uma fábrica, uma empresa que nós temos empregos e melhores salários, não só emprego, mas gerar emprego com salário melhor, esse é o desafio, ela vai prolongar porque tem uma mão de obra bem qualificada, nós temos os melhores recursos humanos, ensino técnico, tecnológico, Via Rápida, qualificação, sistemas de escola, Centro Paula Souza, do Senai. Logística nós temos as melhores estradas, aeroportos, portos, fechando Rodoanel Metropolitano, só faltam melhorar os índices do Brasil, mas também o imposto, porque pesa muito e a carga tributária é alta. Então o que se fez para evitar a guerra fiscal? Hoje tem duas alíquotas, 12% e 7%, então o que se acertou, todo mundo 4%, Brasil inteiro uma alíquota só, unificado, interestadual, de 4%. De um lado evita a guerra fiscal, fica entre o Fundo de Compensação e o norte, nordeste e centro-oeste o Fundo de Desenvolvimento.

O que o Senado está votando terça-feira? Não uma, mas três alíquotas, quatro para o Sul e Sudeste, são as mais prejudicadas. Sete para o Norte, Nordeste e Centro-oeste, e 12% para a Zona Franca de Manaus, quem entrou aqui viu uma grande terraplanagem, um centro de logística da Natura… O que pode acontecer se isso for aprovado? Ir para a Zona Franca indústria de cosméticos, indústria química, autopeças, indústria eletrônico-eletrônica, tem 20 mil empregos no Paraná, tem 20 mil empregos em Santa Catarina, e o pior é que grande parte não vai para a Zona Franca, a gente vai é importar, nós vamos é começar a importar mais produtos, importar mais produtos. Ontem eu entreguei 1.000 carros para a Polícia Civil, 1.000, 400 Hilux, todas fabricadas na Argentina, como é que pode, nós compramos 400 carros para polícia e a fábrica da Argentina tem benefício que a indústria brasileira não consegue competir, 400 Hilux fabricadas na Argentina. Então eu chamo atenção, acho que nós não podemos deixar votar essa reforma do ICMS, para… Deixa para 2015, está muito perto da eleição do ano que vem, acaba o processo eleitoral contaminando esse debate, isso deve ser feito longe de eleição… É o melhor momento da gente brecar essa reforma do ICMS, deixar mais para a frente, no primeiro ano de um novo mandato, quem ganhou já ganhou, quem perdeu já perdeu, faz uma coisa que interessa ao Brasil, não a um Estado ou a outro Estado. Mas eu quero é deixar aqui meu compromisso com a família metalúrgica trabalhadora aqui do nosso Estado, abraçar aqui o Magrão, que preside essa grande Federação. O Mario Covas disse, nós todos queremos ouvir o nosso presidente Magrão. E o Mario Covas me ensinou o seguinte: você nunca fure fila, interrompa partida de futebol e atrase churrasco, né? Nós queremos ouvir o Magrão, parabéns a todos!