Alckmin discursa na entrega do Prêmio Octavio Frias de Oliveira

São Paulo, 06 de agosto de 2012.

seg, 06/08/2012 - 13h03 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos. Professor Giovanni Guido Cerri, secretário de Saúde; professora Linamara Battistella, comanda a Rede Lucy Montoro, nossa secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência; deputado federal Arnaldo Faria de Sá; professor Paulo Hoff, diretor aqui do Icesp; professor José Otávio Costa Auler Junior, diretor da faculdade. Nós somos colegas de especialidade e eu sempre brinco, Arnaldo, se as coisas complicarem chame o anestesista, não é? Maria Cristina Frias, Otávio Frias Filho, saudar toda a família do patrono dessa instituição; Marisa Madi, diretora executiva; Dr. Marcos Fumio Koyama, superintendente do HC; Dr. Paulo Kron, representando o prefeito da capital; Rubens Ermínio de Morais e Regina Helena Velloso de Morais representando a família Ermínio de Morais, que recebem o prêmio personalidade destaque, o terceiro Prêmio Octavio Frias; Dr. José Barreiro Carvalheira e Guilherme Rocha, representando o grupo premiado na categoria pesquisa em oncologia, grupo da Unicamp; professor Flávio Fava de Morais, professor Marcos Fernando de Oliveira Morais. Saudar aqui todos os colegas da área da saúde, colaboradores aqui do Icesp; saudando o professor Miguel Srougi; pesquisadores, amigas e amigos.

Uma palavra breve, mas primeiro pedir desculpas pelo atraso. Eu recebi o ministro Guido Mantega e anunciamos lá juntos dez bilhões de financiamento novo no PAF, Programa de ajuste Fiscal do Estado. Então, um recurso importante ajudando na infraestrutura de São Paulo, Metrô, trem. Só em compra de trens serão 520 carros para a CPTM. Essa é a maior compra da história da indústria ferroviária. O Brasil teve um ano, 20 anos atrás que não construiu um trem para passageiros, um carro, só essa compra são 520 carros novos.

Mas peço desculpas aqui pelo involuntário atraso. E depois dizer da importância do trabalho aqui do Icesp, não é? Foi escolhido pelos usuários como o melhor hospital público de São Paulo. Um centro de excelência na pesquisa, no diagnóstico e no tratamento das pessoas. Sempre faço a minha pesquisa, não sou IBOPE, mas faço o meu olho clinico. A gente passa por entrada de hospital, pronto-socorro, acaba sendo ali o ouvido de muitas reclamações, dificuldade, angustias, sofrimento e é impressionante. Aqui quando a gente passa pela entrada ou saída do Icesp, percebemos o nível de satisfação das pessoas. Um hospital humanizado que consegue aliar alta tecnologia, ciência, qualificação profissional e humanização. Olhar as pessoas, enxergar quem sofre.

Então é um orgulho para São Paulo, professor, ter uma instituição como essa e na ponta da ciência. E aqui prêmio Octávio Frias de Oliveira, que, aliás, completa este ano pelo seu centenário. Um grande empreendedor. Um homem que mudou o jornalismo brasileiro. Entendo que para ter liberdade precisa ter independência. Isso mudou. Profissionalismo na imprensa brasileira mudou e foi um grande ganho para o país essa nova visão. E esse terceiro prêmio estimulando a pesquisa.

Eu hoje de manhã estava lendo lá o trabalho da gordura que produz inflamação celular. A inflamação agindo sobre a célula, modificando-a e começando o processo neoplásico, processo canceroso, no caso o intestino. E o estudo procurando bloquear esse processo inflamatório e com isso evitar o câncer. Acho que nós avançamos muito no diagnóstico. Hoje se faz diagnostico precoce. Avançamos muito no tratamento, na cirurgia, quimio, rádio, imunologia, enfim. Mas temos ainda um enorme desafio de como evitar a doença, né? É um trabalho coletivo, é educação, ou seja, bons hábitos. Dizem que bons hábitos podem fazer mais pela a nossa saúde do que hospitais de alta tecnologia. Então esses bons hábitos de saúde são muito importantes. O avanço da ciência no sentido de se poder ter instrumentos mais eficazes para evitar. Mas a boa notícia é que o câncer é uma doença curável, e que a pessoa vai poder ter uma bela de uma sobrevida.

Quero aqui, também, cumprimentar a família Emílio de Moraes. Eu convivi muito com o Dr. Antônio no tempo da Beneficência Portuguesa. Trabalho de décadas de dedicação para atender o SUS. Aliás, era um dos poucos hospitais que hoje atende o SUS. Todo mundo vai saindo do SUS, mas lá atende. Para atender o SUS, me lembro ainda do tempo do professor Zerbini. Quantas vezes fui lá a Beneficência Portuguesa, acompanhar também caso de cardiologia. Um trabalho muito bonito, o AC Camargo, do José Ermírio, agora seus filhos, as novas gerações, na ACD, na faculdade de medicina, aqui no ICESP, novo laboratório, doado pelo saudoso Carlos Ermírio.

Enfim, eu sempre falava ao Dr. Antônio que Chesterton dizia que “há grandes homens, que perto deles todo se sentem pequenos, mas o verdadeiro grande homem é aquele que perto dele todos nós podemos nos sentir grandes”, Eu acho que a homenagem é justíssima a família Ermírio Moraes, as suas várias gerações de dedicação a saúde e ao amor a pessoas. Mas quero trazer um grande abraço, dizer que temos aqui um duplo desafio estando aqui com médicos e cientistas. O primeiro, expectativa de vida média, aqui em São Paulo, rompermos a barreira dos cem anos, hoje é 75, expectativa de vida média, mas subindo, homens e mulheres. E a outra é que as mulheres não morram mais.