Alckmin discursa na cerimônia dos 150 anos do médico sanitarista Emilio Ribas

São Paulo, 11 de abril de 2012

qua, 11/04/2012 - 17h59 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos. Estimado amigo, desembargador Thiers Fernandes Lobo, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, ex-prefeito da nossa cidade; professor Giovanni Guido Cerri, secretário do Estado da Saúde; professor David Uip, diretor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas; Lucília Ribas, bisneta do nosso homenageado, Dr. Emílio Marcondes Ribas; Dr. José Lelis Nogueira, grande médico e escritor, autor do livro Emílio Ribas – O Guerreiro da Saúde; Bento Luchetti Júnior, prefeito de Fernando Prestes; Mirian Alckmin Nogueira, vice-prefeita de Pindamonhangaba; João Bosco Nogueira, ex-prefeito da nossa cidade; vereador José Carlos Gomes, o Cal de Pinda; professor Paulo Hoff, diretor do Instituto do Câncer, do ICESP; Ademir Costa, aliás, quero agradecer ao Ademir pela beleza do quadro, muito obrigado pela lembrança; padre João Inácio Mildner, capelão aqui do Hospital Emílio Ribas; uma saudação especial ao Dr. Seixas, nos alegra aqui com a presença, corpo clínico, administrativo, colegas profissionais de saúde, amigas e amigos.

É uma grande alegria, no sesquicentenário de nascimento do Emílio Ribas, nós termos a oportunidade de hoje assinarmos o decreto, declarando Emílio Ribas o patrono da saúde no Estado de São Paulo. Emílio Ribas dedicou a sua vida a uma causa, e uma causa de melhorar a vida das pessoas. Nós ainda somos do tempo em que o Brasil tinha heróis, heróis como Tiradentes. Emílio Ribas é um desses heróis que usou uma vida generosa a serviço da sociedade e da população, e dos que mais sofriam. Hansenianos, pacientes de febre amarela, tuberculose, e um avanço extraordinário para aquele tempo. Imaginem tudo isso ocorrendo há um século atrás, os avanços da ciência e a devastação que representou a moléstia infecciosa naquele tempo.

Entrava a estrada de ferro Mogiana, Sorocabana e vinha atrás a doença a devastar populações. Em 1918, só a gripe espanhola matou 320 mil brasileiros. Até o presidente da República morreu de gripe espanhola. O presidente Rodrigues Alves, eleito pela segunda vez, morreu antes da posse. Assumiu Delfim Moreira, que era o vice-presidente e ficou louco. Você vê que aquele período não foi fácil. Mas o fato é que foram momentos… hoje houve uma mudança tremenda, com os avanços da ciência, antibioticoterapia. O professor Davi Uip, José Lelis, é a melhor pontaria do Brasil. É impressionante como é certeiro o tiro medicamentoso, no sentido das graves septicemias, das infecções.

E a melhor homenagem que nós podemos prestar a um homem que fez tanto pelo Brasil como Emílio Ribas, é dando condições para sua obra continuar. O Hospital Emílio Ribas, este ano, entregamos o novo ambulatório totalmente reformado, ampliado em 70%. Inauguramos agora, também no final do ano, o Emílio Ribas II, o novo hospital do Guarujá. Já começou com 16 leitos e até o final do ano teremos 56 leitos de retaguarda para a moléstia infecciosa naquela região. E o prédio central aqui, o Hospital Emílio Ribas, já contratamos o projeto executivo, ele será inteirinho reformado e restaurado. Mas entendo que a melhor homenagem que Emílio Ribas pode receber é o compromisso de todos nós com a saúde.

Quero dizer da alegria de constatar aquilo que disse Monteiro Lobato, que se referindo a Pindamonhangaba dizia que era a terra roxa do talento e da aptidão. Então, modéstia a parte, Emilio Ribas retrata bem que Monteiro Lobato tinha razão. E o Vale do Paraíba ainda deu, São Luís do Paraitinga, Osvaldo Cruz. Que dupla. Parece a dobradinha Pelé e Neymar. Então é com grande alegria que nós queremos receber a todos vocês e declarar com muita alegria, de forma muito carinhosa, que hoje São Paulo faz justiça. Aquele que comprou a Fazenda Butantan, que hoje é o maior instituto soroterápico da América Latina, que é o Instituto Butantan, declarando-o como patrono da saúde de São Paulo.

Muito obrigado.