Alckmin discursa na abertura da Hospitalar 2011

Geraldo Alckmin: …E aliás, saudar a todos presentes. Não sei, (ministro da Saúde, Alexandre) Padilha, se você conhece a história de um prefeito aqui de São Paulo, do interior, que […]

ter, 24/05/2011 - 15h30 | Do Portal do Governo

Geraldo Alckmin: …E aliás, saudar a todos presentes. Não sei, (ministro da Saúde, Alexandre) Padilha, se você conhece a história de um prefeito aqui de São Paulo, do interior, que fazia muitas citações: “senhor governador, senhor ministro, deputado federal, estadual, secretário, prefeito, vereador, presidente…”, 40, 50 citações.

O governador da época, com pressa, falou: “prefeito, economia processual, vamos ganhar tempo, duas citações. Vai a um hospital: profissionais de saúde e pacientes. Vai a uma escola: professores e alunos. Vai a um local com muita gente: senhoras e senhores”. Ele guardou, tal.

Passado uns meses, houve uma solenidade no cemitério municipal, aí a secretária já veio com aquele pacote de fichas, tal, ele lembrou do governador, guardou as fichas, pensou, pensou… falou: “Meus conterrâneos e meus subterrâneos”…

Amigas e amigos, uma palavra breve aqui, mas dizer da alegria de estarmos juntos aqui na 18ª Hospitalar. Completou a maioridade, é um sucesso absoluto, talvez hoje a segunda maior feira do mundo da área de saúde, trazendo gente do Brasil todo, visitantes, expositores estrangeiros, nacionais, fórum de debate, de reflexão, para se aprimorar, para se avançar. Negócios importantes, que geram empregos, oportunidades que alavancam a economia.

Aqui foi muito bem colocado, o maior PIB do mundo vai ser saúde, e crescente, o que é bom, saúde é emprego, saúde é mão de obra intensiva, altíssima empregabilidade. A maioria dos avanços tecnológicos eles empregam, se pegar a agricultura, ela se mecaniza, São Paulo é o maior produtor de cana de açúcar do mundo. Então cortador de cana é uma profissão que vai desaparecer, porque as máquinas modernas é tudo mecanizada e nem pode mais queimar em razão do meio ambiente, e a indústria robotiza, ela fabrica muito mais com menos gente.

Emprego é serviço, setor terciário da atividade econômica, e aí se destaca enormemente a saúde, o que é muito positivo. Acho que nós temos a celebrar a vida, a saúde, os avanços do Brasil. Aquele Brasil do século passado, que a mortalidade infantil era 140, hoje é 22, alguns estados, como São Paulo, 12; alguns municípios, um dígito, índice europeu. Expectativa de vida subiu, o homem primitivo vivia 18 anos, expectativa de vida média. No Império Romano, 22. No mundo inteiro hoje a expectativa de vida aumenta fortemente e melhor, com qualidade de vida.

Aliás, um dia desses estava uma discussão, a senhora mais idosa do mundo parece que é brasileira, 116 anos. O meu cunhado é cardiologista, doutora Waleska (Santos, diretora e presidente da Hospitalar), e ele tem uma paciente que fez 100 anos. Eu falei: “Você precisa fazer propaganda, você como médico”, mas ele disse: “Não, mas ela só é minha paciente há dois meses”.

Mas é um espetáculo, quer dizer, mudou a demografia, são conquistas extraordinárias e novos desafios. Dizer ao Paulo Skaf que nós vamos verificar a questão do ICMS, nós já fizemos nesses poucos meses um outono tributário, baixando imposto aqui em São Paulo. E diz que aparelho de som é igual gerente de banco, quando a gente mais precisa ele falha, né?

Mas nós vamos verificar a questão do ICMS, viu, Paulo? O Giovanni Cerri, que é um homem da área, radiologista, enxerga tudo, ele vai verificar… As filantrópicas tëm um tratamento diferenciado, mas no caso de importado que não tem similar nacional, mas nós vamos checar direitinho, vai ter toda a competitividade, a indústria nacional.

E nós da área da saúde temos um provérbio chamado “Sublata Causa Tollitur Effectus”, “suprima a causa que o efeito cessa”. O Brasil não pode ficar um país caro e perder competitividade e eficiência. Mundo moderno é o mundo globalizado da eficiência e da competitividade. Então nós precisamos agir nas causas: política monetária, política cambial, política fiscal, no sentido de que o país tenha competitividade e possa melhorar a vida da população, crescendo, distribuindo renda e melhorando a vida da nossa gente.

Mas eu quero é trazer um grande abraço, cumprimentar aqui a nossa queridíssima doutora Waleska Santos, abraçar a todos os participantes dessa grande feira, que São Paulo fica muito feliz em recebê-los, dizer ao ministro Padilha que conte conosco, nós temos um grande desafio do financiamento do SUS, a medicina ficou cara e ela é complexa, e ninguém quer voltar a uma medicina antiga. São avanços que se incorporaram e que são importantes para a gente garantir à população.

A saúde disputa com dois concorrentes duros, o guarda-chuva da seguridade social brasileira, que é a previdência e a assistência social, cujos déficits são crescentes. Então, todo o esforço, conte conosco para a gente poder melhorar a questão do financiamento do SUS para poder atender bem a população.

Mas quero é trazer um grande abraço, boa feira a todos.