Alckmin discursa em lançamento do Programa Rede Ensino Médio Técnico

Geraldo Alckmin: Bom dia, bom dia a todas e a todos. Estimado secretário da Educação, professor Herman Voorwald; secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, deputado Paulo Barbosa; […]

seg, 11/07/2011 - 19h00 | Do Portal do Governo

Geraldo Alckmin: Bom dia, bom dia a todas e a todos. Estimado secretário da Educação, professor Herman Voorwald; secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, deputado Paulo Barbosa; professor Arnaldo Augusto Ciquielo Borges, reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo; professora Laura Laganá, superintendente do Centro Paula Souza; nosso secretários de Estado: deputado Emanuel Fernandes, deputado José Aníbal, deputado Edson Aparecido, deputado Silvio Torres, coronel Admir Gervásio. Deputados federais: doutor Willian Dib, que falou aqui em nome dos parlamentares; Luiz Fernando Machado; Duarte Nogueira, o líder da bancada; Salvador Zimbaldi, Carlos Roberto. Deputados estaduais: deputado Simão Pedro, presidente da Comissão Parlamentar de Educação; deputado André do Prado; deputado Marcos Neves; professora Célia Falótico, secretária municipal da Educação, representando o prefeito da capital, o Gilberto Kassab; professor Hubert Alquéres, presidente do Conselho Estadual de Educação. Prefeitos aqui presentes: de Itapevi a doutora Ruth; Santa Fé do Sul, Favaleça; Nova Luzitânia, o Germiro; Santa Isabel, o Helio Buscarioli; Capivari, o Luiz Donizete; de Garça, Cornélio Marcondes; Mairiporã, o Aiacyda; Catanduva, Afonso Macchione; professores, coordenadores, dirigentes de ensino, amigas e amigos. Uma palavra breve.

Mas dizer da alegria de estarmos juntos num grande desafio que é a questão do ensino médio. No mundo inteiro como tornar o ensino médio mais atrativo para que o aluno goste mais, que ele terminando o nono ano, que ele continue os estudos e que entrando no ensino médio ele não abandone. Às vezes, o aluno diz “Por que eu vou estudar Filosofia? O que isso vai me ajudar?”. Então, quando a gente termina o nono ano, 12% não vão para o ensino médio. Vai 88%, mas 12% para. Já vai para o mercado de trabalho, e dos que entram no ensino médio, de cada 100 saem quantos? Sessenta e oito, ou seja, 30% não terminam. Então, qual é o desafio? É reforçar o ensino médio, para que todos os alunos do nono ano continuem os estudos e, de outro lado, que a escola seja atrativa, que ele não pare no meio, que ele termine o curso, e uns de caminho é dar a formação técnica.

Então, nós estamos lançando agora em agosto já, agora no meio do ano, uma chamada pública para 30 mil vagas, dizendo: nós vamos oferecer, para os alunos do segundo ano ensino médio, em 145 cidades do Estado de São Paulo, cidade acima de 40 mil habitantes, nós estamos oferecendo 30 mil vagas, você estuda de manhã no ensino médio e a tarde faz o técnico, e daqui a um ano e meio anos ele vai sair com dois diplomas, o diploma do ensino médio e o diploma de técnico. Se parar o ensino médio não pode fazer o técnico, é obrigatório. Com isso, nós queremos diminuir a evasão escolar e que ele tenha o aprendizado ainda melhor e, terminando o ensaio médio, se ele quiser, ele vai para o mercado de trabalho. De cada cinco jovens que saem da Etec, quatro já saem praticamente empregados no primeiro ano e com melhores condições de ir para a universidade; 30 mil vagas já agora no meio de ano.

Nós teremos dia 23 de agosto a publicação de instituições credenciadas. É uma chamada pública para o setor privado, 23 de agosto a 4 de setembro, as inscrições, 5 de setembro, tendo mais candidato do que vaga nós vamos fazer um sorteio, 6 a 13 de setembro, matriculas dos candidatos, 14 a 20 matriculas dos excedentes, outubro início das aulas. Hoje nós temos 20 mil, não é isso Glauber? Que faz o concomitante, médio e técnico. Então, nós vamos ter mais de 100%, de 20 mil nós vamos pular para 50 mil, e o ano que vem, aí o integrado, o aluno entra no primeiro ano já numa escola de tempo integral, onde tem um currículo integrado, ensino médio e o técnico juntos, ai a nossa boa parceria com o Instituto Federal – e queremos aqui agradecer ao Intuito Federal de Ensino Técnico, o IFET, e o Centro Paula Souza, que também sistema ERSE, setor privado, e nós pretendemos em 2012 para 100 mil alunos, em 2013, 120 mil; em 2014, 150 mil alunos. E aí, integrado, ele faz nos três anos os dois cursos e vai com o currículo diferenciado. E vai sair com o ensino médio com o diploma do técnico, vai fazer o curso médio, com dois períodos, praticamente, em tempo integral.

E o segundo objetivo, que é melhorar esse casamento entre formação profissional e mercado de trabalho. Hoje eu diria que tem duas placas, uma placa assim: “Faltam empregos” – gente anda na rua e volta… Eu tenho o hábito de ler todas as cartas que eu recebo, que a pessoa me entrega, cartinha feita à mão, no bar, bilhete, e tem lá “Minha filha está desempregada”, “Meu marido está desempregado”. É impressionante, a cada dez cartinhas, uma ou duas de saúde e oito é emprego. De outro lado, tem uma outra placa: “Sobram vagas”. Hoje, tem 31 mil vagas abertas no Emprega São Paulo, que não são preenchidas por falta de qualificação. Então, nós estamos formando pessoas para um emprego que não existe e tem um emprego que não é preenchido por falta de qualificação. Há um estudo muito bem feito de um dos grandes economistas brasileiros dizendo que o grande gargalo que nós podemos ter no Brasil é um desafio mundial: é mão-de-obra. A indústria não consegue expandir porque não tem gente, o agronegócio não consegue expandir porque não tem gente, outro não consegue expandir serviço porque não tem gente – falta de mão-de-obra. Então, esse fortalecimento do ensino técnico, profissional, também tem essa lógica.

E complementando a isso, quinta-feira nós vamos lançar o Via Rápida. Por quê? Porque a gente vai verificar quem está desempregado, e ele tem baixa escolaridade. Então, ele não tem o ensino médio completo, ele não vai passar no vestibulinho. Então, para esse nós vamos dar a mão, não pode ficar ninguém para trás. Então, é o Via Rápida. Quinta-feira é lançado, já começa esse mês de agosto. Cursos de 80 horas, 100 horas, 200 horas. Não precisa vestibular, não precisa ter diploma de nada. E esse que vem fazer o Via Rápida, se tiver desempregado e sem receber Seguro Desemprego e Previdência, vai receber uma bolsa de R$ 210, fora o transporte e o seguro, para poder estudar. E esse do Via Rápida, ele vem fazer o curso, 80, 100, 200 horas; chapeiro, pizzaiolo, eletricista, operador de maquina, motorista, costureira. Demanda regional: ABC precisa tal profissional, Santos precisa outro, Americana precisa outro, cidade importante, Pindamonhangaba, precisa outro. Então, nós vamos fazer regionalmente. E aquele que não tirou diploma, por exemplo, o ensino médio, venha fazer o EJA, nós vamos já oferecer o EJA, olha venha aqui e faz o EJA – Escola de Jovens Adultos – já pegar o diploma do nono ano de ensino fundamental ou do ensino médio.

É uma grande alegria nós nos reunirmos hoje para darmos início a uma tarefa árdua, mas uma tarefa muito necessária de fortalecimento do ensino médio, de oferecer o concomitante para o aluno do segundo ano, já agora em agosto, e o integrado a partir do ano que vem, já desde o primeiro ano, o médio ou integrado. Agradecer o Instituto Federal, através do seu reitor, agradecer o Centro Paula Souza, através da professora Laura Laganá, agradecer os nossos secretários, o Paulo Barbosa e Herman Voorwald – eu estou aprendendo! -, agradecer a suas equipes extraordinárias, agradecer os nossos parlamentares estaduais e federais, nossos prefeitos e prefeitas e dizer que o programa Rede, que e a rede de ensino médio e técnico, ele vai ser um importante passo para gente fortalecer a educação e com isso fortalecer o desenvolvimento de São Paulo e do Brasil.