Geraldo Alckmin: Boa noite a todas e a todos. Estimado ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é uma alegria recebê-lo no seu estado, aqui em São Paulo. Prefeito Gilberto Kassab, prefeito da capital. Lembrar com carinho do doutor Pedro Kassab, seu pai, presidindo a AMB e a Associação Médica Mundial. Professor José Luiz Gomes do Amaral, que deixa a presidência da AMB; presidente da Associação Médica Mundial.
Dizer que nós todos estamos muito felizes com sua eleição em Montevidéu. Uma honra pra nós, médicos, o reconhecimento internacional da medicina brasileira, muito bom trabalho, em tão alta responsabilidade. Eu quero cumprimentar o presidente da Associação Paulista de Medicina que deixa o cargo, doutor Jorge Curi. O doutor Florentino de Araújo Cardoso, presidente eleito da AMB. Florisval Meinão, presidente eleito da APM. O presidente do Conselho Federal de Medicina e do Conselho Regional, das nossas entidades médicas todas.
Aqui me faz lembrar, Florentino, a história do governador, é do Nordeste, mas não é do Ceará. Dizem que no interior, um prefeito fazia muitas citações. E ele chamou o prefeito e disse: ‘Prefeito, vamos ganhar tempo, economia processual. Você só faça duas citações. Lá no hospital, profissionais de saúde e pacientes. Era uma escola, professores e alunos. Aí num local com muita gente, senhoras e senhores. Olha, a meta são duas citações’.
O prefeito, passado uns meses, houve uma solenidade no cemitério municipal. E a secretária trouxe aquele pacote de fichas e tal, o prefeito lembrou do governador, guardou as fichas, pensou, pensou: ‘Meus conterrâneos e meus subterrâneos…
Amigas e amigos, é uma grande alegria recebê-los. Estamos muito felizes em receber a todos, entidades como a Associação Médica Brasileira, e pra nós aqui é a Associação Paulista de Medicina, que tem liderança, que tem história, representando os médicos, ajudando a saúde do país.
E vejo que nós temos a comemorar, porque no Brasil, há cinco décadas, a mortalidade infantil era quase 100 por 1.000 nascidos vivos. Hoje é 23. São Paulo é 12. Expectativa de vida média é um salto, há cinco, seis décadas se vivia menos de 50 anos, expectativa de vida média ao nascer hoje é 74. Se passar dos 30, sai da vulnerabilidade juvenil, vai pra mais de 80. Eu acho que em 2050, então, Padilha, nós vamos chegar a 100 anos, as mulheres não morrerão mais.
É extraordinário o avanço da ciência, extraordinário. Winston Churchill, na Segunda Guerra, disse: ‘Nunca tantos deveram tanto a tão poucos’, se referindo aos heróicos pilotos da Força Aérea Britânica, a RAF. Pois nós devemos muito aos médicos, muito. Ao avanço científico, à farmacologia, à cardiologia, à cirurgia, à anestesia, à imagem no diagnóstico precoce, às formas de tratamento, um avanço extraordinário, o que não aconteceu em milênios, aconteceu em poucas décadas. Então, é com grande alegria que nós temos a honra, aqui em São Paulo, de participarmos dessa posse da AMB e da APM. Uma corrida de revezamento, um passa o bastão pro outro, e entidades com a respeitabilidade, a seriedade das nossas instituições.
Eu vou encerrar, porque ser o último orador, anestesista, e nesse escurinho do Teatro Municipal, não quero correr o risco de alguém cochilar.
Bom trabalho a todos.
