Alckmin discursa em encontro com setor produtivo de Presidente Prudente

Geraldo Alckmin: Muito boa tarde a todos. Dizer da alegria de estarmos juntos aqui em Presidente Prudente, saudar o prefeito, nosso anfitrião, o Tupã; o deputado federal e secretário de […]

sex, 01/07/2011 - 17h30 | Do Portal do Governo

Geraldo Alckmin: Muito boa tarde a todos. Dizer da alegria de estarmos juntos aqui em Presidente Prudente, saudar o prefeito, nosso anfitrião, o Tupã; o deputado federal e secretário de Estado do Planejamento e Desenvolvimento Regional, deputado federal Emanuel Fernandes; cumprimentar aqui o deputado federal Eleuses Paiva; os deputados estaduais: o Ed Thomas, o Mauro Bragato, o Sebastião Santos; os nossos secretários: Doutora Mônika Bergamaschi, secretária da Agricultura e Abastecimento; o Sidney Beraldo da Casa Civil; Júlio Semeghini, Gestão Pública; Edson Aparecido, o deputado Edson e o deputado Júlio, do Desenvolvimento Metropolitano; prefeitos aqui presentes; o Fernando Carballal, que é o diretor regional do CIESP; o Francisco José Ferreira Jacinto, o “Jão”, presidente do Sindicato Rural de Presidente Prudente. Eu acho que é filho ou sobrinho seu que é veterinário nos Estados Unidos… Seu filho, não é? Meu colega de inglês lá nos Estados Unidos. O Luiz Antônio Nabhan Garcia, que preside a União Democrática Ruralista; o Marco Antônio Carvalho Lucas, representando as agências de viagens; Ricardo Anderson Ribeiro, que preside a nossa Associação Comercial; Luiz Gustavo Ribeiro, preside o nosso SINDUSCON, é o diretor regional; o Eduardo Santo Chesini, o “Gringo”, que é diretor da FIESP; Luiz Roberto Fernandes, da Associação das Empresas  do Distrito Industrial; Antônio Carlos Fernandes, do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas; Ângelo Frasca, representando a OAB; Vitalino Crellis, presidente do Sincomércio; José Ademir Infante, prefeito de Teodoro Sampaio; o Júlio Teles Neto, diretor de fomento da Nossa Caixa Desenvolvimento; saudar aqui todos os membros dos sindicatos, entidades; amigas e amigos. Uma palavra breve. É uma alegria voltar a Presidente Prudente.

Nós estamos vindo de Tupã, onde lá tivemos a entrega, nos três distritos de Tupã, de moradias populares. Nós vamos ter um investimento muito forte na área da construção civil, o que é muito bom porque gera muito emprego e desenvolvimento à economia, o que possibilita moradia a essa população e também anunciamos um programa na área da Polícia Civil. Nós estamos fazendo um grande esforço de investimento na Polícia Civil, prédios, só lá em Tupã são mais de R$ 3 milhões em equipamentos na área de investigação, 1.600 investigadores e escrivães, 140 novos delegados de polícia, vamos fazer um esforço grande na área da Polícia Civil.

Tivemos agora aqui um encontro em Prudente com os nossos dirigentes regionais, ouvindo Educação, Saúde, DER, Transporte, CDHU, todas as áreas, Polícia, vamos fazer uma plenária daqui a pouco e amanhã ainda vamos ao Hospital do Câncer, depois, se não me falha a memória, Taciba e Martinópolis. E vi aqui a pauta e essa reunião é muito importante porque o carro-chefe é a questão do desenvolvimento. Se a gente fizer um estudo, por que as pessoas mudam para um lugar, ou mudam de lugar? É trabalho, é salário e renda. Então, vai para o gráfico: conseguiu um trabalho. Salário, muda de lá porque conseguiu outro. Então, a questão do desenvolvimento regional ela é central, de como é que a gente pode atrair mais investimento em um momento bom da economia brasileira, o Brasil tem escala, tem tamanho, se a gente verificar o BRINC, Brasil, Rússia, Índia e China, os BRINCs, qual é característica comum ao Brasil, à Rússia, à Índia e China? É tamanho, é escala, não é? Um País de mercado interno forte, de escala importante, o Brasil será, em 15 anos, o maior produtor mundial de alimentos, e aí não é só agricultura, mas a agroindústria, você faz uma sinergia entre essas duas áreas.

Há uma preocupação mundial com a questão da Europa, com a crise, especialmente no sul da Europa, e com o baixo crescimento dos Estados Unidos e do Japão, mas ainda nada mais grave. E nós temos aí uma boa possibilidade do Brasil de crescer. São Paulo é uma economia muito dinâmica, mais ou menos uma força agropecuária, industrial e de serviços, e todo o nosso empenho na questão do desenvolvimento regional, então é o primeiro PIB do agronegócio, da agroindústria, da agropecuária. A Doutora Mônika Bergamaschi é a primeira mulher na história da Secretaria da Agricultura nesses últimos 100 anos; engenheira agrônoma, uma larga experiência, professora, e vai… temos aqui um belo desafio para somar esforços aqui e trabalharmos juntos em todas as áreas. Extensão rural, que nós vamos recuperar e avançar com a CATI na extensão, profissionalismo, apoio à agropecuária, pesquisa e desenvolvimento, São Paulo tem centros de pesquisas, o mais importante centro de pesquisa da cana-de-açúcar do mundo está aqui em São Paulo.

Anunciei no Ethanol Summit, nós retiramos o ICMS, o diferimento do ICMS para bens de capital e para máquinas, para a retrofit das usinas, para bioeletricidade. Hoje, o Estado de São Paulo produz além do que consome nas usinas para exportação, para colocar na rede, 600 megawatts, nossa meta é ir para 5.500 megawatts, 5 mil megawatts a mais é uma Belo Monte, é uma usina de Belo Monte a mais através de bioeletricidade. Então, um forte investimento nessa área, tendo uma forte repercussão no setor sucroalcooleiro. Estou chegando de Sumaré essa semana, onde a Rumo Logística vai investir R$1 bilhão só em logística para açúcar com a compra de 50 locomotivas, 768 vagões, duplicação da ferrovia entre Sumaré até a descida da serra para Santos, o porto de Santos, que fica seis dias por ano fechado para exportação de açúcar por causa de chuva e umidade, vão ter investimentos que vão possibilitar operar os 365 dias. Então, além da hidrovia Tietê-Paraná, entra os alcooldutos. Apoio na questão dos caminhos da produção, que são as estradas, seja um programa de vicinais, nós temos o programa Vicinal 4 aqui na região, de recapeamento, de recuperação das estradas, e o programa Melhor Caminho, aí podia ir até o Sindicato Rural e encaminhar também as questões das Prefeituras Municipais para a gente avançar também pavimentação e programa Melhor Caminho na região.

Crédito, estamos lançando nas próximas semanas o Pró-Trator 2 e o Pró-Implemento, com juros zero, cinco anos para pagar e carência de até três anos para pequenos e médios agricultores. É um programa importante de máquinas, implementos agrícolas. Também programa de microbacias, nós vamos também avançar e queria dizer em relação à questão fundiária que nós mandamos um projeto de lei para a Assembleia, aliás, está aqui o documento… O projeto de lei 578-2007. Qual o problema, se a gente for verificar, por que não se avançou na questão fundiária? Uma das razões, é que você precisa ter um documento que aquela área que será titulada ela não será desapropriada para assentamento, para a Reforma Agrária. Se você tem um assentamento aqui, como é que você vai justificar na área do lado que ela não pode ser desapropriada para assentamento? Agora à tarde, nós estamos assinando um projeto de lei que nós vamos mandar ele para a Assembleia retirando isso da lei estadual. Eu acho que com isso, queria até que vocês fizessem uma análise da nossa proposta, se isso vai atender o pleito da região no sentido de a gente poder… A lei que eu fui autor..

Orador não identificado0: É 11.600.

Geraldo Alckmin: Onze mil e seiscentos, se a gente for verificar na prática, não houve titulação.

Orador não identificado: As terras inaptas à Reforma Agrária seriam passíveis da regularização e…

Geraldo Alckmin: Exatamente isso que está sendo corrigido. Nós estamos assinando agora, 4h da tarde lá na Plenária, um projeto de lei que vai modificar a lei 11.600. Eu acho que com isso nós vamos conseguir finalmente avançar na questão da legalização. Mas diz que o diabo vive nos detalhes. Então, olhem lá o projeto de lei, olhem antes de mandar, chegando lá eu vou tirar uma cópia, aí vocês olham, examinam, vê se é isso mesmo, para não ter problema aí vamos dar uma boa examinada.

Orador não identificado: Eu posso me estender?

Geraldo Alckmin: Pode.

Orador não identificado: Governador, eu gostaria antes de cumprimentar todos os presentes: os deputados, os prefeitos, seus secretários, empresários e cidadãos e cidadãs aqui presentes. A lei 11.600, o senhor… O senhor acaba de trazer uma notícia que vai nos trazer muita alegria, muita satisfação, principalmente, porque se trata de médios proprietários que tem áreas de até 500 hectares, tinha que ser o senhor pra corrigir, o que não foi corrigido, lamentavelmente, em governos anteriores. O senhor chegou e corrigiu, muito bem! A lei 578… O projeto de lei 578, houve uma certa discussão, quando ele foi encaminhado pelo então governador Serra, em questões de percentuais. Essas questões nós temos que ceder pro nosso lado em contrapartida o que pode ser reajustado a Assembléia Legislativa vai discutir e ajustá-las. Mas a sua capacidade de convencimento, a sua base governista é muito forte e eu tenho certeza que bom senso que a Vossa Excelência tem, o senhor vai resolver esse problema nosso, que na verdade é um pesadelo que se estende por décadas como já disse o meu amigo, o João Jacinto. Nós não temos segurança jurídica. Consequentemente, governador, como é que vamos trazer a agroindústria pra cá, se ela depende fundamentalmente do produtor rural, lá na base?

E essa segurança jurídica, eu não quero dizer aqui, que eu vim aqui pra puxar o saco do governador, mas eu tenho consciência, como todos os nossos produtores que aqui estamos, que só a Vossa Excelência vai conseguir fazer isso, eu tenho convicção que o senhor com a sua força, com o seu carisma, o senhor vai conseguir resolver esse problema, porque não dá mais para agüentar, tem proprietários aí, que… Perdemos há duas semanas, um amigo que já não agüentava mais. Ações discriminatórias, governador, lamentavelmente são feitas pelo próprio Estado, não no seu Governo é óbvio, mas de governos aí há 20, 30 anos atrás, aonde nos qualifica como grileiros de terra, governador. Nós viemos aqui, os meus avôs que foram os colonizadores, abrir estrada no tempo do sertão que isso aqui não tinha estrada, não tinha cidade, não tinha energia, só tinha sertão e roça. Nós fundamos cidades, nós trouxemos desenvolvimento, pagamos imposto, pagamos as nossas escrituras, o imposto pro Estado.

Agora de uma forma irônica, que é uma inversão de valores, o Estado vem dizer que nós somos grileiros de terras, nós temos que devolver as nossas propriedades receber uma indenização que é uma… É lamentável, sempre, pra dar lugar a quem invade, a quem comete crime, a quem vive nas páginas policias e alguns deles até, agora, no último episódio, atrás de grades penitenciárias. Então tenho certeza que em nome de todos os proprietários aqui do Pontal, que aqui estão há mais de 100 anos, que o senhor vai consertar essa falha, essa injustiça e nos poderemos ter tranquilidade e trazer a agroindústria pro oeste, pro sertão, porque essa é a nossa missão. Obrigado, governador.

Geraldo Alckmin: Olha, pode confiar, nós vamos trabalhar. São duas tarefas: Uma, é alterar a lei anterior, a lei que nós aprovamos. Então, esse é o projeto que nós vamos assinar agora à tarde, e era bom dar uma checada direitinho lá para ver se é exatamente o “x” da questão. A outra é aprovar o Projeto de Lei 578/2007. Estão aqui os nossos deputados, está aqui o Mauro Bragato, está aqui o deputado Ed Thomas, está aqui o Deputado Sebastião dos Santos, e nós vamos fazer um mutirão lá para a gente ter aprovado o Projeto de Lei 578, e agora também o que nós vamos mandar hoje. E aí, nós vamos ter um arcabouço jurídico necessário e importante para poder trazer tranquilidade e investimentos aqui para a região. Acho que o nosso desafio chama-se renda, garantir renda no campo. E nós vamos garantir essa renda, principalmente com a questão da titulação com investimentos que vão dar competitividade à região e sustentabilidade.

[…]

Geraldo Alckmin: Pegar aqui o meu roteiro aqui. Guerra fiscal. Primeiro ponto, guerra nunca é coisa boa, não é bom caminho fazer guerra. O Brasil é uma federação, 27 estados. Para evitar uma luta interna, a legislação federal foi muito inteligente, criando órgão chamado CONFAZ. Então quando alguém quiser fazer aí um estímulo e tal, os outros precisam ser consultados. Então, por exemplo, nós tiramos o ICMS para os taxistas do Estado de São Paulo; carro depois de dois anos, taxista que usa muito, ele pode trocar porque aquele carro é um instrumento de trabalho e ele troca o carro por outro novo sem pagar o ICMS, para que a população que usa, possa usar um carro novo, com segurança, não quebre na rua, em uma viagem. Então, o taxista aqui, de Presidente Prudente, na região, na capital, ficou o exemplo. Nós fomos ao CONFAZ: Vocês nos autorizam? “Está autorizado”. O problema é nosso, nós é que vamos abrir mão do imposto. Mas nós respeitamos.

O que é que alguns estados fazem? Eles não reduzem o imposto para o setor, eles devolvem o dinheiro para uma empresa. Ora, você empresário venha pra cá, você faz de conta que paga o imposto, mas eu lhe devolvo esse imposto através de dinheiro subsidiado, através de financiamento, e você vai ter então diferencial tributário. O consumidor não ganha nada, faz renúncia fiscal, às vezes, para empresas bilionárias, multinacionais biliardárias. Quem paga é o próprio povo brasileiro, que vai ficar sem arrecadação, não vai ter hospital, não tem escola, muitos estados quase quebraram, com essa história de guerra fiscal e depois não consegue cumprir. O Supremo, e isso é ilegal, então o Supremo Tribunal Federal finalmente tomou a decisão, e julgou 15 casos e declarou todas as leis estaduais inconstitucionais, tudo, mas não ficou uma de pé. Opa, então mudou o quadro. Por quê? Olha o problema que vai surgir: uma empresa lá no estado “X”, lá, deu… “Venha para cá”, dez anos atrás, “Tem uma lei aqui que você não paga nada.” Agora, não só que vai ter que pagar imposto daqui para frente, vai ter que pagar desde a lei que é inconstitucional, todo o atrasado, olha o passivo, quebra todas as empresas. Aí eles vão vir para o CONFAZ. “Anistia”. “Negativo, nós queremos o cumprimento da lei”.

São Paulo não faz isso. São Paulo faz o quê? Álcool etanol, reduz para 12%, é na bomba, é para o consumidor e beneficia o setor, porque o produto fica mais competitivo. Então, o carro flex fuel, todo mundo põe álcool no carro, porque ele é mais barato. O ICMS da gasolina: 25%, altamente poluente, causa o efeito estufa, mudança climática. O etanol é menos poluente, energia limpa, verde, renovável, emprego. Então, você estimula o setor sucroalcooleiro, olha como cresceu. O setor gera emprego no campo, emprego na indústria, emprego na usina, empregos indiretos, serviços. Mas não faz guerra fiscal, simplesmente faz o que a lei me permite. Eu fui agora em Itapetininga, o Grupo Duratex anunciou investimento de meio bilhão de reais em uma nova fábrica, segunda maior fábrica do mundo em MDF. Aqueles compensados de fibra, tem MDP, por partícula, MDF por fibra. Segunda fábrica do mundo em tamanho, é gigantesco. Nós simplesmente reduzimos o ICMS de 12% para 7%, para todo mundo, inclusive a empresa que já estava instalada, também vai ter o 7% da indústria, porque é para o setor.

Então, queria dizer duas coisas. Primeiro, essa decisão do Supremo Tribunal Federal, ela mudou, agora é um outro momento, nós estamos vivendo um outro momento sob o ponto de vista jurídico. A outra é que eu gostei dessa proposta da Agência do Desenvolvimento Regional. Então, o que eu vou sugerir aí? Que venha aqui nos próximos dias, pode combinar com o setor produtivo aqui, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Paulo Alexandre Barbosa, venha o presidente da Agência Investe São Paulo, nós temos uma agência só para atrair investimento, só para conversar com investidores, o Luciano Almeida, e o presidente da Nossa Caixa Desenvolvimento, que é agência de fomento. Nós temos R$ 1 bilhão, está aqui o Júlio Themes Neto, ele já está aqui. Pode voltar aqui com o presidente, Dr. Milton, então, nós temos… Nós podemos fazer a Agência de Desenvolvimento Regional, ter a Agência de Investimento pra checar todas as áreas, por que o que é importante? Tem uma empresa querendo vim pra cá, nós vamos analisar, por que ela vai para outro estado, qual é a vantagem comparativa? E, nós vamos chegar lá. Então, nós não temos perdido ultimamente investimento, e alguém que também tenha problema de querer ir pra outro estado, a gente faz aqui o trabalho.

Então, eu estou otimista aqui na questão tributária… Na questão tributária, até porque se está estudando também a redução da alíquota interestadual, porque surgiu uma outra guerra fiscal pior pro Brasil, que é a guerra fiscal dos importados. O câmbio está muito ruim, então tá barato importar e está caro exportar, quer dizer o Brasil está um país caro, é só ir num feriado em Buenos Aires pra ver que é só brasileiro. Eu… O meu filho… Os meus netos nasceram no México, dois gêmeos, e eu fui correndo lá, porque um estava meio doentinho, prematuro, fui lá visitar o filho e nora e os netinhos. Quando eu voltei, avião de carreira, domingo a noite, tal, metade do meu avião era só lua de mel, só casal de lua de mel, e eles agendam o Brasil inteiro, tudo em Cancun, turma de Campinas, Sorocaba, São Paulo, interior. Está mais barato lua de mel em Cancun do que no nordeste, o Brasil está caro! Então, nesse momento, ao invés de ajudar a exportação e dar um chega pra lá na importação, o que alguns estados fizeram? Criaram um programa chamado pró-emprego, que diz assim, ‘importe aqui pelo meu porto, que eu te devolvo uma parte do ICMS de importação’ e aí o sujeito entra por ali, não industrializa nada, é só passagem, não paga imposto quer dizer pró-emprego na China, né? Quer dizer contra a indústria brasileira. Então há um estudo, hoje, para reduzir alíquota interestadual que é 12,7%, se for reduzindo vai também acabar com isso, porque aí vai ficando cada vez mais no consumo e menos alvoroço. Então guerra fiscal, Agência de Fomento e o nosso encontro aqui com as duas Agências de Investimento e o Fomento… Agência de Desenvolvimento, aqui, Regional.

A questão da infraestrutura, nós estamos aqui, hoje, anunciando os investimentos importantes. A duplicação da Raposo Tavares ia começar em março, nós já estamos antecipando pra janeiro, iniciar já no comecinho do ano, a duplicação. A Assis Chateaubriand, nós vamos recuperá-la inteirinha e inclusive duplicar de Prudente a Pirapozinho. Depois tem também as demais SPs: SP-284, SP-294… É a 294 é Comandante João Ribeiro de Barros lá com a ponte aumentou… Ponte nova, né, ligando Mato Grosso do Sul aumentou muito o movimento, então nós vamos recuperar o trecho pior de Adamantina até Tupi Paulista. Depois a 425 é a Assis Chateaubriand lá do Rio Paranapanema até Pirapozinho: recapeamento, acostamento e modernização, duplicação de Pirapozinho até Prudente, depois até Martinópolis, de Martinópolis até Osvaldo Cruz.

Vamos recuperar também a de Martinópolis, deixar até Quatá que é a 284, depois vamos recuperar também de… da Raposo de Taciba até aqui o Rio Paranapanema, de novo, uma outra ligação aqui com… Aqui embaixo, enfim, e gradualmente, também na SP-501, nós vamos fazer uma obra grande de duplicação de ponte e viadutos, como é que chama a região lá? 501, o bairro lá? Jardim Tropical até Jacinto, uma obra importante ali pra evitar acidentes, e… Aeroporto de Presidente Prudente, nós teremos aqui  R$ 10 milhões de recuperação de pátio, reformas, modernização do sistema de balizamento noturno, adequação de terminais de passageiros, esteiras de bagagem, veículo de combate a incêndio, enfim, R$ 10,8 milhões, nós vamos investir no Aeroporto de Presidente Prudente. E ter mais um aeroporto na região operando a noite com iluminação, balizamento que vai ser também recapeamento de pistas, Dracena, nós vamos ter dois aeroportos na região aí, além dos terminais rodoviários, nós temos aqui 12 cidades, nós vamos liberar recurso pra ampliar terminal, reformar terminal, construir terminal novo, enfim, tem um conjunto de investimento.

Mas acho que o importante é… Eu aprendi o seguinte: quando a gente trabalha juntos, nós vamos errar menos, não é que não vamos errar, mas nós vamos errar menos e vamos acertar mais! Vamos prevenir uma série de problema lá na frente e vamos corrigir rápido, o que tem que ser corrigido, então a ideia é estar sintonizado aqui, né, a gente tem uma proa, tem um caminho aqui de trabalho. E sempre com o foco do desenvolvimento. São Paulo tem uma marca, né, diferente, São Paulo não bajula muito, coisa chapa branca, né? São Paulo não dá muita bola pra governo, São Paulo é terra do trabalho, empreendedores, mas nós precisamos o que? Nós precisamos estimular os empreendedores fortalecer essa cultura de empreendedores. Governo não gera emprego, governo só gera emprego de forma complementar. Quem gera emprego é agricultura, é indústria, é serviços, turismo, comércio, atividade empreendedora.

Nós precisamos fazer fortalecer essa atividade empreendedora, valorizar o trabalho, a questão educacional ainda é importante, então aqui temos Etecs, Fatec, Unesp. Vamos ampliar e trazer pra cá o Via Rápida. Onde é que está o desemprego? O desemprego está na baixa escolaridade. Então esse desempregado da baixa escolaridade, ele não vai entrar na universidade, ele não vai entrar na Etec, ele não tem ensino médio completo, pode não passar no Vestibulinho, que nós não podemos deixar para trás. São Paulo não pode deixar ninguém para trás. Então nós vamos trazer para cá o via rápida do emprego, cursos de 100 horas, 200 horas, 400 horas, não precisa fazer vestibular e capacitar. Do que precisa? Motorista, operador, pedreiro, servente, chapeiro, pizzaiolo, enfim. De acordo com cada região, nós vamos ter todas as regiões por via rápida, aqui vão ser quase 1.000 direto já, que nós vamos ainda agora, no segundo semestre, fazer uma capacitação pela Rede Paula Souza, pelo Sistema S, também, pelo Ifet federal, e curso rápido, curso de 100, 200 horas, seja na área rural, seja na área urbana. Mas, quero deixar um grande abraço, agradecendo aqui aos nossos secretários, o Emanuel, que é o engenheiro do ITA, engenheiro a baixa custa, né? Por favor.

Orador não identificado: Boa tarde, senhor governador. Em nome de Vossa Excelência queria cumprimentar as autoridades, a todos, boa tarde. Eu sou da Secretaria de Turismo, represento a AVIESP – Associação de Agências de Viagens do Interior do Estado de São Paulo. Queria parabenizar o governador por vir até aqui, ouvir os empresários, à medida que representa a democracia que nós temos no estado de São Paulo hoje, também parabenizar pela criação ou recriação da Secretaria de Turismo exclusiva, o turismo normalmente é legado a várias e várias outras secretarias entraram no fim da fila. E isso para nós significa que o Governo do Estado está olhando para o turismo de uma forma diferente, que é uma indústria sem poluição, geradora de uma cadeia de prêmios enormes. Nós estamos aí às vésperas de sediar grandes eventos, com Copa do Mundo, então aproveitando essa criação da Secretaria de Turismo, e já agradecendo também a questão do aeroporto, que é uma guerra, no bom sentido aí sim, governador, e de toda a comunidade aqui, que se iniciou há muitos anos atrás para que o nosso aeroporto seja aparelhado. Então, nós entendemos que inclusive com essa movimentação da Copa do Mundo, e o grande movimento que tem nos três maiores aeroportos de São Paulo, que o interior pode, sim, representar uma via de solução em que nós vamos ter ligação norte/sul durante a Copa.

Então, seria o caso de se estudar para que esses aviões, em vez de descer nos grandes centros, passassem pelo interior, trazendo desenvolvimento. Daí a necessidade de realmente investir nos aeroportos tidos como regionais. Em relação ao turismo, à Secretaria de Turismo, nós estamos até participando de câmaras setoriais, para desenvolver o turismo rodoviário interno, e eu faço um apelo a Vossa Excelência que determine a regulamentação desse setor, de turismo rodoviário, que hoje sofre intervenções, principalmente da Artesp, de legislação editada em 89, que não reflete mais o que o nosso segmento representa. Há de urgência haver uma regulamentação correta para esse setor, porque nós podemos, inclusive, com isso, governador, trazer o turismo interno de São Paulo, desenvolvimento que hoje ele não tem. O governador sabe que o estado de São Paulo é o estado que mais emite turismo para fora. Muita gente foi para Cancun, representa esses números que o senhor falou. Então, se nós fizermos o desenvolvimento do turismo interno através de uma boa regulamentação, ligadas a excelentes estradas que nós temos, certamente nós vamos, enfim, encerrar esse êxodo do turista para Sul e Nordeste, e fazer com que essas pessoas viagem para o nosso estado. Muito obrigado.

Geraldo Alckmin: Podiam mandar para mim um resuminho, quais as sugestões nessa questão do turismo rodoviário. Vocês mandam e eu peço para a Artesp, que é a agência reguladora, verificar como é que a gente pode estimular o turismo rodoviário.

Orador não identificado: Governador, no fim do governo de 1930 dizia-se que São Paulo conduzia, nunca foi conduzido e essa máxima permanece. Graças a Deus e a Vossa Excelência, São Paulo tem um excelente turismo e São Paulo é a locomotiva, ainda. Só que São Paulo está desgastado como todo o País está desgastado. O ambiente, hoje, a nível nacional é o Código Florestal, é o meio ambiente, onde não vai se poder derrubar sequer, sequer uma árvore. Aqui em São Paulo nós vamos ter que plantar árvores. Consequentemente, a área disponível para a produção vai diminuir. Isto que acontece com São Paulo é para todos os 26 estados do País. Eu tenho, particularmente, gostaria, que a secretária de Agricultura, oportunidade de sugerir não só para São Paulo, um programa de fomento que já existiu neste País nos idos de 1950, 60, onde eu fui altamente beneficiado. Só que naquela época era com dinheiro americano, era em dinheiro do Ponto Quatro. Hoje, eu entendo que o País está na hora do BNDES ao invés de financiar Pão de Açúcar para comprar Carrefour ou Casino, está na hora de financiar a produção. Então, governador, eu queria conversar com a secretária o que aconteceu comigo, o que aconteceu comigo e que deve ter acontecido com outras pessoas. O que é perfeitamente factível, ou seja, não se vai poder ampliar mais a área de produção, não vai, isso é tranquilo. E a população que consome vai aumentar no Brasil e no mundo. Então, qual é a solução, governador? É fazer aumentar a produtividade nestas áreas que já estão exploradas e é isto que eu gostaria de conversar com a secretária, que é a prova que existiu um plano que não era brasileiro, era americano, conforme eu falei, no Brasil. Quem sabe o BNDES tivesse o raciocínio de sondar, de fazer isso a nível disso para o Brasil. Vossa Exa., como o maquinista do País, ninguém melhor para conduzir, fazer a cabeça do Luciano Coutinho, inclusive. É verdade, também, que eu detalharei em minúcias esse plano de 50, 60 anos atrás. Era isso, muito obrigado.

Geraldo Alckmin: Aliás… pela oportunidade, eu queria até sugerir essa reunião, nós poderemos fazer com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Paulo Alexandre Barbosa, a secretária da Agricultura e Abastecimento, pela Mônika Bergamaschi e o secretário de Turismo, o Márcio França. Então, viriam os três, mais as agências e a gente faz uma reunião já mais completa em termos de desenvolvimento. Mas agradecer muito a vocês, que nós temos uma plenária a seguir e dizer que esse é só o início, se Deus quiser, de uma boa caminhada de trabalho. Muito obrigado.