Alckmin discursa em anúncio do novo modelo de cobrança de pedágio na região de Campinas

Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos. Estimado secretário-chefe da Casa Civil Sidney Beraldo; doutor Saulo de Castro Abreu Filho, secretário de Logística e Transporte; o deputado Edson […]

sex, 04/11/2011 - 22h00 | Do Portal do Governo

Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos. Estimado secretário-chefe da Casa Civil Sidney Beraldo; doutor Saulo de Castro Abreu Filho, secretário de Logística e Transporte; o deputado Edson Aparecido, secretário de Transporte Metropolitano… de Desenvolvimento Metropolitano; coronel Admir Gervásio secretário-chefe da Casa Militar; deputado federal Vanderlei Macris, representando a comissão de transportes da Câmara Federal; deputados estatuais: Célia Leão, Edmir Chedid, presidente da Comissão de Transporte e Comunicações da Assembleia; deputado Rogério Nogueira; Reinaldo Bertin, acionistas do Grupo Bertin; Antônio Carlos Pinheiro vice-prefeito de Indaiatuba; Karla Bertocco Trindade diretora- geral da ARTESP, Sergio Santillan diretor-presidente da Concessionária Colinas, em nome de quem quero cumprimentar todos os diretores das concessionárias aqui presentes, diretores e funcionários da ARTESP, da secretária dos Transportes, amigas e amigos.

Hoje nós temos três fatos aqui, importantes: primeiro a questão especifica lá de Indaiatuba, onde se busca um sistema mais justo chamado “Ponto a Ponto”, ou seja, quem percorreu um trecho menor, paga menos; quem percorreu um trecho maior, paga mais. O outro dado um avanço de natureza tecnológica, esses paredões de concreto no meio das rodovias, o sujeito tem que parar pegar troco, fila, demora, um avanço tecnológico necessário. Todos os carros, a partir do ano que vem, vão sair com a mesma tecnologia do chamado SINEAV todos os carros já com… Chipados, os carros novos, o que nós queremos então? Introduzir o pedágio eletrônico por quilometro rodado.

Então, começamos na SP 75 a Rodovia Santos Dumont entre Sorocaba até Campinas; hoje tem uma barreira R$ 10. R$10 na ida, R$ 10,10 na volta, correto o Rogério? Então quem mora em Indaiatuba e trabalha em Campinas tem que pagar R$ 20,20. Por dia para poder ir a Campinas e voltar. Evidente que a população de Indaiatuba é prejudicada. Quem sai de Sorocaba e vai antes de Indaiatuba, vai a Salto, não paga nada. Então o que nós queremos? Eu aprendi com meu pai, que das virtudes, a mais importante é ser justo. É o sentido de justiça. Então, quem andar um trechinho pequeno, vai pagar menos, quem andar um trecho maior vai andar mais. Quem percorrer a rodovia inteira vai pagar R$ 10,10, quem percorrer um trecho da rodovia vai pagar proporcionalmente.

Então quem sair de Indaiatuba e for a Campinas deixa de pagar R$ 10,10 e vai pagar R$ 4,10. Quem sair de Indaiatuba e for pegar a Bandeirantes, deixa de pagar R$ 10,10 e vai pagar R$ 0,90 mais R$ 1,40, R$ 2,30. Quem for pra Viracopos, sair de Indaiatuba e for pra Viracopos e paga R$ 10,10, vai passar a pagar R$ 0,90. Ou seja, é por quilômetro percorrido. Então R$ 0,14 por quilômetro percorrido. E a outra o ganho tecnológico. Pórticos. Hoje está sendo autorizado, vai ser feita uma licitação pela ARTERSP pra comprar os pórticos, nove pórticos, e um milhão de TAGS. É voluntário, ninguém nesse momento vai obrigar a nada, é voluntário. O cadastramento será feito nas sete cidades ao longo da rodovia, e nós iniciamos então o projeto piloto. O TAG é de graça, não tem mensalidade, e para não ter risco de inadimplência é pré-pago. E neste modelo a gente vai procurar então caminhar para um pedágio eletrônico, carro chipado, já no modelo do SINEAV federal, pórticos e cobrança por quilômetro rodado. Se isso trouxer uma arrecadação maior, todo esse recurso vai ser utilizado para reduzir tarifa de pedágio nesta concessão. Isso estabelece um critério mais justo e se ganha tempo.

E eu quero agradecer aqui a rodovia Colinas pela parceria. E dizer que nós temos muita confiança de que nós vamos poder avançar em um modelo mais justo, que nós vamos poder ter todo mundo em um pedágio eletrônico, mais rápido, com portais, com chip, sistema nacional, e tendo modelo mais moderno. Pretendemos a operação, fazer o cadastramento até janeiro e a operação começar em fevereiro.

A segunda medida é a SP 340. O que nós queremos e estamos em entendimento com a concessionária? É o mesmo modelo. É quilômetro rodado. Então a população de Jaguariúna, a exemplo de Indaiatuba, que em razão da sua localização geográfica acabava sendo penalizada, que ela também tenha o mesmo modelo de pedágio eletrônico nesta forma, por quilômetro rodado. Aí surgiu um problema, nessa análise, porque há um pleito da região, e aqui está o Edson Aparecido, que é o secretário de Desenvolvimento Metropolitano das 19 cidades da região de Campinas, que querem o desmembramento do pedágio, exatamente para não onerar tanto a população que passa por um pedágio só e com um valor mais alto. E aí nos deparamos de que o edital determinava que já se tivesse duas praças de pedágio. Como surgiu um problema jurídico, vai para justiça. Quinta-feira nós entraremos com ação judicial. E independentemente disso, vamos trabalhar para ter o mesmo modelo que nós estamos implantando na SP 75 e na SP 340.

A terceira é Itatiba/Jundiaí, SP 360, de novo o problema de não ter pedágio por quilômetro rodado. Então na divisa entre Itatiba e Jundiaí nós temos alguns bairros, são nove bairros, mil famílias, o maior deles é o Parque da Fazenda, que não tem opção. Porque quem for de Indaiatuba para Campinas tem opção internamente. Quanto tempo leva, Rogério? O Rogério Nogueira é corredor de motocicleta, eu acho que é só na sua moto que você leva nove minutos. O Saulo está dizendo que se o trânsito estiver bom leva 40 minutos. Mas o fato é o seguinte: lá ao menos tem alternativa. Agora, os moradores da divisa de Itatiba com Jundiaí, esses nove bairros, não tem alternativa. Até nós vamos abrir aqui uma exceção, porque a prefeitura deveria para aqueles bairros oferecer uma alternativa. E as prefeituras ficam com 5%, não é do resultado líquido, é do faturamento das empresas. O que eu acho um absurdo um ISS de 5% sobre faturamento. Mas o fato é que no caso ali nós vamos fazer o que? Nós vamos fazer o cadastramento das mil famílias e de novo o TAG. E não será de graça, vai pagar por quilômetro rodado. É o mesmo princípio de justiça.

Então hoje a pessoa para sair de casa e ir a Itatiba e voltar, na mesma cidade, ela paga R$ 2 pra ir e R$ 2 pra voltar. E não tem opção, porque ali não tem saída. Então o que nós vamos fazer? De novo: TAG, lá o chipzinho, e vai pagar quilômetro rodado. Isso vai dar R$ 0,60 para essas famílias que estão lá. Claro que se ela pegar e usar a rodovia inteira, ela vai pagar tudo, mas se ela usar para ir só a Itatiba, ela vai pagar por quilômetro rodado, vai reduzir de R$ 2,00 para R$ 0,60. Vão ser todos cadastrados e nós vamos fazer esse modelo também. O mesmo também pretendemos fazer em Paulínia, que era também uma outra questão bastante localizada.

Quero também saudar ao deputado estadual Marcos Neves, mas é o seguinte: o mais importante, eu diria que é a filosofia. O que se procura fazer nesse modelo? O primeiro ponto: justiça, ou seja, quilometro percorrido: andou menos, paga menos; andou mais, paga mais, então esse é o primeiro objetivo e isso vai corrigir uma série de distorções que existem no sistema. A outra é caminhar para todo mundo ter eletrônico, ou seja, acabar com essas barreiras de concreto, para todo mundo, dá troco e não sei o que, ou seja, ter o pedágio eletrônico implantado só pórtico. Eu vejo na Europa, Estados Unidos, você nem percebe que está passando pelo pedágio, porque é tudo pórtico. E todo mundo ter o pedágio, você ganha tempo, diminui problemas de segurança, acidentes, melhora tráfico, enfim tem um ganho tecnológico importante.

Mas, eu quero cumprimentar o doutor Saulo e a doutora Karla Bertocco pelo trabalho. Trabalho sério, bem feito, responsável, pautado no interesse público, respeitando os contratos e, ao mesmo tempo, procurando aperfeiçoar! Esse é o modelo de 1998, nós estamos em 2011, então contratos de 10, 20 anos, eles são dinâmicos, você tem… Você vai por passo, você vai avançando, né, São Paulo avançou, agora nós temos que estar em uma segunda geração de avanços e um desses avanços, nós temos muita confiança que vai dar bastante certo aqui na SP 75 que não… Esse retrato não é da SP 75, como?

Ah, esse é o pórtico que está na Anhanguera! Não, eu digo essa estrada, é essa não é da… Você que é da região, não é, o Rogério? Não é, mas não tem importância é só ilustrativo aí, mas o que é importante é o conceito… Acho que pelo jeito estrada chique dessa deve ser em Pindamonhangaba, não é? Mas o importante é o conceito do ponto a ponto, é a 75… A 75 da Santos Dumont, região de Salto!

Mas, eu quero agradecer os nossos deputados, agradecer os nossos parceiros e agradecer os nossos secretários de Estado e a doutora Karla Bertocco, dizer que o caminho da gente sempre está avançando para poder fazer mais e melhor em benefício da população.

Muito obrigado!