Alckmin discursa em anuncio de R$ 6,3 bilhões para a região do ABC

Mestre de cerimônia: Com a palavra, a sua excelência, o senhor Geraldo Alckmin governador do Estado de São Paulo. Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos. Quero saudar […]

qua, 15/06/2011 - 14h00 | Do Portal do Governo

Mestre de cerimônia: Com a palavra, a sua excelência, o senhor Geraldo Alckmin governador do Estado de São Paulo.

Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos. Quero saudar o nosso prefeito anfitrião, doutor Aidan; saudar o nosso prefeito de Diadema, o prefeito Mário Reali, que preside o consórcio aqui do Grande ABC; saudar os secretários de Estado cumprimentando o nosso Edson Aparecido, secretário de Gestão Metropolitana, e cumprimentar pelo seu trabalho, pela sua dedicação e abraçando o Edson abraçar todos os secretários e secretárias; saudar os nossos prefeitos de São Bernardo do Campo, o Luiz Marinho; de São Caetano do Sul, o doutor Aurícchio; de Mauá, Oswaldo Dias; de Rio Grande da Serra, o Kiko; de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi; cumprimentar os nossos deputados aqui presentes; o deputado líder do meu partido Orlando Morando do PSDB; o Alex Manente, deputado da região; deputada Vanessa Damo; o deputado Donizete Braga; deputado Carlos Grana; saudar também os integrantes aqui do grupo de trabalho que participaram aqui desse dia de trabalho; os vereadores aqui presentes e deixar aqui uma sugestão ao Edson Aparecido, você que tem aqui um grupo metropolitano que estuda, debate, propõe para a região, de vereadores, então faça também uma aproximação importante com os vereadores aqui da região; presidente de empresas, autarquias, o Paulo Lage do Sindicato dos Químicos aqui do ABC; o Valter Moura, que preside a agência de desenvolvimento econômico e também a associação comercial; amigas e amigos. Pedir desculpas para vocês porque eu estou chegando do México, fui visitar os meus netinhos que morreram, perdão, que nasceram, perdão. Eu estou como o Dorneles. O Dornelles era ministro do Fernando Henrique, o senador Dornelles, e eu fui à Alemanha representar o Mário Covas, eu era vice-governador. E aí, chegamos Alemanha, era em Hannover, e São Paulo ia presidir o encontro. O Mário Covas não foi, pediu que eu fosse representá-lo e chegou o Dornelles, que era ministro do Fernando Henrique, e falou também “Olha, eu estou totalmente “desfusado”, porque eu estou vindo do Japão, estou chegando aqui agora e eu estou meio fora do fuso”. Aí, eu já vi alguém na palestra dar uma cochilada, não é isso? Estava nesse escurinho aqui, almofada bem confortável, o pessoal tirando uma cochiladinha. Agora, você já viu palestrante dar uma cochilada? Então, a gente torcia. O Dornelles dava uma parada assim e a gente torcia e ele voltava. Mas eu fui visitar o meu filho do meio, o Geraldo, a esposa dele teve gêmeos e nós fomos visitar os netinhos. O avô não é fraco, já vem de dois de uma vez. Mas foi uma grande alegria, acabei de chegar mas chegamos a tempo aqui para poder participar desse importantíssimo encontro aqui para o Brasil, para São Paulo e para a região do ABC. E aqui foi bem lembrado.

Nós aprovamos agora, em questão de 15 dias, eu quero aqui agradecer aos deputados estaduais aqui presentes, todos, agradecer o apoio na Assembleia Legislativa e destacar um aspecto importante: foi aprovado por unanimidade. Nós não devemos fazer partidarização por questões de caráter institucional. Todos nós somos passageiros, as instituições ficam, as instituições precisam ser sólidas. Aqui está um belo exemplo, o consórcio do Grande ABC, que é de 1990, não é isso? Vai completar esse ano a sua maioridade. Então, foi muito importante a Assembleia aprovar por unanimidade a Secretaria de Transporte Metropolitano, perdão, a Região Metropolitana de São Paulo, porque nós já tínhamos a Região Metropolitana de Campinas e a Região Metropolitana da Baixada Santista e não tínhamos ainda a Região Metropolitana de São Paulo, institucionalmente concebida. Foi aprovada por unanimidade, teremos o conselho de desenvolvimento regional, a agência de desenvolvimento metropolitano e o fundo de desenvolvimento metropolitano. E o consórcio, que é anterior ao consórcio aqui do ABC, nós pretendemos ter um trabalho muito próximo… O mundo moderno ele é urbano. Hoje pela primeira vez dos 6,5 bilhões de pessoas do planeta, mais da metade vive nas cidades, o mundo moderno é urbano. São Paulo, 92% da população do Estado vive nas cidades, porque o emprego está nas cidades. A agricultura hoje é mecanizada. Um dia… tinha um amigo que tem fazenda em Buri e eu ligando para ele, ele: ah, estou aqui colhendo soja, colhendo trigo. Eu falei: Quantas centenas de trabalhadores? Não, tem oito trabalhando. Tudo máquina, tudo mecanizado. O emprego moderno ele é extremamente urbano. Então o mundo moderno ele é urbano e é metropolitano. Você tende a ter uma força metropolitana, ela atrai. Eu estou saindo da Cidade do México, 25 milhões de pessoas; São Paulo, 22 milhões de pessoas; Tóquio 36 milhões de pessoas; Mumbai, na Índia; Xangai na China; Nova Iorque. Então, as metrópoles são tendências e não são apenas uma. Vejam as nove cidades da região metropolitana da Baixada Santista, é tudo uma conurbação; região de Campinas 19 municípios. Eu diria que a questão metropolitana ela demanda políticas públicas muito fortes e muito planejamento, muita sinergia. Veja que o Estado de São Paulo tem 258 mil km² e 42 milhões de habitantes; 21 milhões, metade, em 250 mil km². E a outra metade, até um pouquinho mais, 22 milhões em 8 mil km ². Então, você tem uma… essa é a quarta maior metrópole do mundo. E o ABC, com seus sete municípios o Grande ABC ele tem características muito próprias, vanguarda em todas as áreas e por isso é o mais importante dessas sub-regiões metropolitanas, que é o caso aqui do ABC. E fico muito feliz da gente estar juntos aqui, os setes municípios, o Governo do Estado, o Governo Federal, porque muitas dessas questões da região, tenho certeza, o Governo Federal já esta participando e participará ainda mais em beneficio da coletividade. Governo moderno é que interage, ouve, dialoga e decide. Essa coisa de tirar as coisas do bolso do colete, de ato do príncipe, isso é coisa superada. O Governo moderno está junto da sociedade, está permanentemente sintonizado com a sociedade, ele meio que governa junto. Aí vai errar menos e vai acertar mais. A região tem uma pauta de reivindicações, de necessidades, de desafios, enormes. Mas eu não vou cansá-los.

Eu quero apenas destacar, primeiro uma questão que é hoje um desafio no mundo todo, que é mobilidade urbana, é o ir e vir, especialmente nas grandes cidades. Como é que você consegue circular? Eu estou chegando de uma cidade, que é a terceira maior do mundo, que é viaduto para todo lado, tem viaduto um em cima do outro, tem fila de viaduto. E eu vejo que o bom caminho, é o caminho do transporte coletivo, de alta capacidade e de qualidade. Então nós temos aqui na região de questões relevantes, eu destacaria primeiro o Bilhete, o BOM chamado, não é? O Bilhete Único Metropolitano, ou seja, o cidadão, ele não é de Mauá, ou de São Caetano, ou de Diadema, ele namora em uma cidade, mora na outra, trabalha em uma cidade, estuda na outra… é uma cidade só, na realidade, os sete municípios. Então nós precisamos cada vez mais ir mantendo políticas metropolitanas. Então o Bilhete Único tem que valer para toda Região Metropolitana de São Paulo, vamos caminhando para a gente poder facilitar a vida das pessoas, ter sinergia e ações efetivas em benefício da coletividade.

Uma segunda questão importante: nós temos o corredor ABD que é um corredor espetacular, sai lá da zona leste e vai bater lá perto do Morumbi. O corredor que sai de São Matheus, passa aqui pela região, ele tem um nível de aprovação muito elevado e nós estamos liberando os recursos para aumentar a sua eletrificação. Ou seja, ele ser mais ainda eletrificado. Energia limpa, qualidade para a população, o corredor ABD.

Depois eu destacaria aqui também a questão do expresso ABC. Nós já temos a Linha 10 da CPTM, que atende a região, mas nós queremos, e a CPTM está aumentando muito. Quando o Mário Covas assumiu, eram 680 mil passageiros por dia, passou para 800, 900, um milhão… hoje a CPTM, cadê o Jurandir? Ela deve estar quanto? Dois milhões e 400 mil passageiros por dia. O metrô quase quatro? Vai dar então, nós estamos transportando hoje 6,2 milhões de passageiros por dia. Isso representa 70% do transporte metro-ferroviário do Brasil. Se juntar Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro, Vitória, Recife, Brasília, Pindamonhangaba, Campos do Jordão… se juntar o país inteiro, da 30%. CPTM, metrô sozinho dá 70% de transporte em Ferrovia, metrô e ferrovia. E expandida enormemente, então o que nós vamos fazer? Ontem, está aqui o Manoel Fernades, foi aprovado o projeto de PPP para o Expresso ABC. Nós vamos fazer um outro trem para o ABC, do lado com outra linha de trem e com poucas paradas, de tal maneira que a pessoa vai rápido para São Paulo ou vem de São Paulo rápido para o ABC. Então uma PPP, uma Parceria Pública Privada, o Expresso ABC ao lado da Linha-10 da CPTM com poucas paradas e rapidez e qualidade no transporte sob trilhos. A outra, a Linha-18 do metrô, nós tivemos uma grande conquista que é a integração Tamanduateí. Então em Tamanduateí nós temos a estação de trem e nós teremos na realidade… E além duas até, porque vamos ter a Linha-10 e o Expresso ABC e temos a estação do metrô, porque a Linha 2 do metrô estava parada lá na linha norte-sul – Santa Cruz, ela veio para Chácara Klabin, veio para Imigrantes, veio para o Ipiranga, veio para Sacomã, Tamanduateí e Vila Prudente. Hoje ela vai até a Vila Prudente a Linha2. E ela irá de Vila Prudente até Cidade Tiradentes como monotrilho, então ela vai avançando, São Matheus vai até a Cidade Tiradentes. Então em Tamanduateí, nós temos estação de metrô, a Linha-2, e estação de trem, a Linha-10 da CPTM. Dessa Estação de Tamanduateí parte o metrô leva o monotrilho para São Bernardo do Campo e será uma obra regional, porque ela sai de Tamanduateí atende São Caetano. De São Caetano, ela atende os dois, não é? De um lado São Bernardo de outro lado Santo Andre irá até o Paço Municipal e depois numa segunda etapa até Grande Alvarenga atendo as regiões ainda mais populares. Esse é um projeto… Nós estamos mandando a Assembléia Legislativa um projeto de lei, São Paulo recuperou a sua capacidade de investimento, então nós estamos mandando o pedido de autorização a Assembléia Legislativa para contrair financiamento junto ao BNDS para a Linha-2, que já está em obra que é a Linha2 do metrô a Vila Prudente até a Cidade Tiradentes, R$ 922 milhões de financiamento. Linha18 – Tamanduateí – São Bernardo do Campo R$ 445 milhões, aí para o metrô e a CPTM o Expresso ABC, R$ 550 milhões. Totalizando tudo isso, nós vamos ter aqui perto de quase… Mais de R$ 2 bilhões só para transporte sobre trilho, alta capacidade, trem e metrô. Então, a ideia é a CPTM está sendo toda ela modernizada, nós vamos receber 50 trens zero quilômetro, estamos entregando dois trens a cada 15 dias, feitos aqui, em Hortolândia, na CAF, que é uma fábrica de trens. Trem novinho, com ar-condicionado, com câmeras de vídeo, sistema de frenagem, motorização. O trem mais antigo da CPTM era 33% de motorização, um é motorizado, dois sem motor; agora é 50% da motorização, um motorizado e outro sem. Então, ele freia rápido, ele acelera rápido, ele é mais confortável, silencioso… Cinquenta trens. Cada trem tem oito vagões; são 400 vagões novinhos, zero quilômetro para a CPTM. Então, a Linha 10, ela já vai melhorar. Agora, além da Linha 10, nós vamos ter o Expresso ABC, CPTM. E, além disso, a Linha 18 do metrô saindo de Tamanduateí. Então, todos esses trabalhos são frutos de um esforço coletivo da região, de trabalho, de parceria, de união de esforços.

E quero aqui, também, destacar, ainda na questão da mobilidade urbana, destacar o Rodoanel, e o Rodoanel, estamos autorizando hoje, está aqui o doutor Saulo e também o presidente da DERSA, aquelas obras… Mauá, não é isso? Está aqui no mapa. Então, a Av. Rosa Kasinski, então, tem viadutos, avenidas, marginais, enfim, um conjunto de obras além da que já está em obra. É mais uma outra obra que vai iniciar, melhorando o acesso da Jacu Pêssego, da Av. Jacu Pêssego, ligando São Paulo, ligando a Ayrton Senna, ligando com o Rodoanel, a asa sul do Rodoanel. E a asa leste do Rodoanel começa em setembro… Não, a leste. A norte mais no fim do ano, novembro. Então, a asa leste já está contratada, nós assinamos o contrato. Não vai ter dinheiro público, é tudo pela concessionária. Começa a obra em setembro, 36 meses para ficar pronta. Ela vai até a divisa de Arujá com Guarulhos. E a norte, essa não será concessão, será obra pública, participação de um terço do Governo Federal, dois terços do Estado. Nós imaginamos estar iniciando a obra, se não tiver nenhum problema jurídico, e ela ainda vai ser licitada em novembro. Também 36 meses. E aí nós vamos ligar o mais importante aeroporto brasileiro, que é Cumbica, com o mais importante porto do país, que é o porto de Santos. E hoje, também, ficam aqui liberadas as verbas já para poder iniciar… Quando é que inicia essa obra? Começa hoje? Começa hoje as obras… Trinta de julho? Ok.

Mas, enfim, todas as áreas, seja segurança pública, eu tenho aqui o doutor Ferreira Pinto, nós vamos começar agora, dia 24 de junho a fazer boletim de ocorrência na região em bases da polícia Militar. Em São Paulo isso já foi feito, está sendo feito em seis minutos… Oito minutos faz um boletim de ocorrência. Então, no ABC começa dia 24 de junho a nós termos, também, o BO feito pela Polícia Militar. E teremos mais 400 policiais militares até o final do ano aqui para região, para reforçar aqui, a região. Vamos ter, também, na região, via rápida. Tá aqui o Paulo Barbosa… Nós vamos ter, em São Bernardo do Campo, uma sede física, Luiz Marinho, Orlando Morando, nós vamos ter em São Bernardo uma sede física, vamos ter cinco no Estado de São Paulo, para poder ter um esforço permanente de capacitação de qualificação. O que é que a gente observa? Tem muita gente desempregada e falta mão de obra. É um paradoxo, não é? Tem vaga sobrando e, de outro lado, tem pessoas desempregadas. E quem é que está desempregado? Quem tem baixa escolaridade. Então, essa pessoa, ela não vai entrar na FATEC, ela não vai passar no vestibular; ela não vai entrar na ETEC, porque ela não tem ensino médio completo. Ela não tem ainda o ensino médio. Então, o Via Rápida é curso… Não tem vestibular. É curso de 80 horas, 100 horas, 200 horas, 300 horas… É curso rápido de capacitação profissional e voltado para o mercado de trabalho da região. O que é que precisa? É pizzaiolo? Chapeiro? Pedreiro? Eletricista? Operador de máquina? Motorista? O que precisar, faz um esforço grande e rápido no sentido da capacitação. E já convida para fazer o EJA. Olha, você que não conseguiu tirar o diploma da 9ª série, ensino fundamental, venha fazer o antigo supletivo, que é o EJA – Escola de Jovens e Adultos. Você que não pôde fazer o ensino médio, volte a estudar, faz de noite, faz fim de semana, faz feriado… Volte a fazer o EJA para se qualificar melhor para o mercado de trabalho. Enfim.

Eu queria agradecer, e aqui vieram, praticamente, todos os secretários. Nós vamos ter investimentos na habitação, investimentos em esporte, investimentos na área da justiça, PROCON, Fundação Casa, Centro Paula Souza, Poupatempo, nós vamos… A área do trabalho, também, as capacitações, Banco do Povo, crédito, nós vamos ter área ambiental, que é super importante, desenvolvimento sustentável, saneamento. Nós estávamos ali numa discussão sobre o Piscinão Jaboticabal, se ele é Couros ou Meninos…Couro e Meninos, ou é um ou é outro. Mas enfim, a discussão era que o piscinão… Os dois, olha lá. O rio é Jaboticabal. O Jaboticabal deságua no Meninos ou é no Couros? O Couros deságua no Meninos, o Jaboticabal deságua no Meninos, o Meninos deságua na Tamanduateí, o Tamanduateí deságua no Tietê, o Tietê deságua no Paraná, o Paraná se une com o Paraguai, e aí chega em Montevidéu onde o Santos vai ganhar o jogo. Mas eu quero saudar aqui a todos, deixar um grande abraço e dizer para o Consórcio do Grande ABC que conte conosco. Somos parceiros pra trabalhar juntos em benefício da coletividade.

Muito obrigado.