Alckmin discursa como patrono da primeira turma do curso de Mecanização em Agricultura de Precisão da Fatec Pompéia

Pompéia, 16 de fevereiro de 2013

sáb, 16/02/2013 - 23h49 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Boa noite a todas e a todos! Estimado presidente da Assembleia Legislativa, deputado Barros Munhoz, ex-secretário da Agricultura, ex-ministro da Agricultura, Jiro Nishimura, presidente da Fundação Shunji Nishimura, em nome que de quem quero cumprimentar aqui toda a família Nishimura, prefeito Oscar Yasuda, Elizete Yasuda, presidente do Fundo Social de Solidariedade, Jorge Gouveia, vice-prefeito e dona Wanderly Gouveia, vereador Claudirlei Santiago Domingues, presidente da Câmara, deputado federal Duarte Nogueira, ex-secretário da Agricultura de nosso Estado, engenheira agrônoma Mônika Bergamaschi, secretária de Estado da Agricultura e Abastecimento, pró-reitor da UNESP Carlos Antônio Gamero, professora Laura Laganá, superintendente do Centro Paula Souza, Carlos Eduardo de Mendonça Otoboni, diretor da Fatec Pompéia Shunji Nishimura, João Carlos Saad, diretor da Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP de Botucatu, Francisco Kurimori, presidente do CREA, professor Leonardo Teodoro Büll, paraninfo da turma e membro do Conselho Deliberativo do Centro Paula Souza, Carlos Orvate, orador aqui da turma de tecnólogos, Cláudia Cristina Teixeira Nicolau, diretora da Fatec de Marília, em nome de quem quero saudar aqui todos os diretores, professores, funcionários do Centro Paula Souza, alunos, formandos, familiares, presidentes de associações, empresários do setor da agroindústria, amigas e amigos.

É uma grande alegria, e a minha primeira palavra é de agradecimento, muito obrigado a vocês que me honraram, me convidando para patrono para esta turma, a primeira turma, uma noite histórica, como bem colocou o Barros Munhoz. Quando a professora Laura Laganá me procurou, eu era secretário do governo Serra, dizendo, “olha, eu tenho aqui uma ideia, fruto de muitas mãos, de nós fazermos uma Fatec em Pompéia junto com a Fundação Shunji Nishimura. Tem fazenda, tem prédio, tem escola, tem laboratório, tem tudo. E um curso que não existe, Tecnólogo em Mecânica em Agricultura de Precisão, não tem na América Latina, é inédito, vanguarda da tecnologia”. E falei Laura, isso é uma maravilha, uma coisa fantástica. Primeiro, vamos aproximar a academia, a faculdade do setor produtivo, da indústria, da agricultura. Muitas vezes a faculdade está muito longe do setor produtivo, vamos colocar junto, depois unir com a sociedade civil: a Fundação Shunji Nishimura. Isso é excelência, credibilidade, fazer uma parceria!

A prefeitura nos ajudando também, o prefeito Oscar, e um curso que não existe, que vai fazer toda a diferença, pioneiro na América Latina, só tem em Oklahoma, nos Estados Unidos, mas o nosso é melhor, garantiu a professora Laura. E eu vinha no caminho, explicando para a Lu, o que é agricultura de precisão? Esse é o futuro da competitividade, de preservar recursos naturais com o meio ambiente, de se ter eficiência, ganhos de produtividade. Isso faz a diferença. O Jiro, eu perguntava a ele, quando foi feita a primeira colheitadeira de café do mundo, aqui em Pompéia? Ele me dizia: 1989. E me dizia mais, “se não fosse a mecanização, a cafeicultura brasileira tinha acabado, ela não conseguiria competir, ela não teria competitividade, faz toda a diferença, nós estarmos aí na vanguarda”. Aliás, um curso que tem alunos – e hoje já temos 400 alunos – do Brasil inteiro, de dez estados, de mais de 100 municípios. A minha cidade natal, Pindamonhangaba, muito bem representada aqui, por um tecnólogo que está se formando aqui, representando muito bem a nossa cidade. Eu quero cumprimentar aqui todo esse time de campeões e campeãs, eu acho que se fosse, seria assim um time como… Se fosse do Santos, o Neymar, do Corinthians, o Alexandre Pato, do São Paulo, o Rogerio Ceni, do Palmeiras, Valdívia. Só tem craque, aqui no Paula Souza e na Fundação Shunji Nishimura.

O Carlos Orvate, o orador da turma, o Carlos Orvate, falou que pode ter orgulho, sem ter pecado, e ele tem razão. Há orgulho que é virtude, esse é um orgulho justo, orgulho justo de Pompéia, de São Paulo, do Brasil, essa faculdade! E eu quero, ao encerrar, dizer que o sr. Shunji Nishimura, nos deixou muitas lições, mas eu me lembrei de três só, a primeira: estudem, estudem, estudem! Ele veio para cá e começou a fazer canequinha para as pessoas poderem pegar água e depois foi todo dia aprendendo. Uma pequena oficina, e transformou numa indústria que exporta para 90 países. O meu pai tinha 85 anos de idade, e a última vez que o visitei em vida, eu perguntei para ele, “papai, o senhor precisa de alguma coisa de São Paulo?”. Ele falou, “meu filho, traga para mim o dicionário, o novo dicionário do Houaiss”: 85 anos! Todo dia a gente está aprendendo alguma coisa nova, trabalho, trabalho. O sr. Shunji Nishimura, não tinha moleza, era disciplina, disciplina. Educar vem de duco, do latim, que quer dizer como se conduzir em sociedade, é ter disciplina para as coisas, trabalhar. E a terceira: compromisso ético, nós não estaríamos aqui se não fosse o compromisso ético do Shunji Nishimura e a perseverança dos seus filhos e da sua família. Ele não precisava ter doado fazenda, feito prédio, escola, hotel, laboratório, criado fundação, nada disso precisava ter feito, mas fez por um compromisso ético. Diz que a verdadeira vocação de cada homem e de cada mulher é servir as pessoas, nós nascemos para servir as pessoas. Nós estamos aqui porque alguém pensou, trabalhou, se esforçou para servir as pessoas. É com esse patrono dessa Fatec que quero deixar um grande abraço aos novos tecnólogos em Mecanização em Agricultura de Precisão. Parabéns, bom trabalho!