Alckmin discursa ao lançar o Programa Melhor Gestão, Melhor Ensino

São Paulo, 2 de abril de 2013

ter, 02/04/2013 - 19h33 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos! Cumprimentar os que estão aqui conosco, os que estão melhor do que nós, estão em Águas de Lindóia, o professor Herman Voorwald, secretário de Estado da Educação, o professor João Carlos Cardoso Palma Filho, secretário adjunto de Educação, a Maria Elizabete da Costa, a Bete, coordenadora de Gestão da Educação Básica, que está em Águas de Lindóia, a professora Sílvia Paleta, coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores Paulo Renato Costa Souza, Roseana Morales, subsecretária de Articulação Regional da Secretaria, coordenadores, dirigentes, diretores de escola, professores, professoras.
Dizer da alegria de nos encontrarmos aqui, no início deste grande programa, que tem o objetivo de formação continuada dos diretores das escolas. E como o bom diretor e o bom trabalho em uma escola mudam a escola! Eu, no meu tempo de ginásio… A escola naquele tempo chamava “primária”. E tinha em Pinda uma escola famosíssima! Escola igual às outras, do Estado, mas que tinha uma diretora que tornou a escola um exemplo. Então, escolas que se destacam! Então, esse trabalho de gestão, de capacitação para a direção, a boa gestão da escola, resolver os seus desafios, os seus problemas, avançar… Faz toda a diferença! E a outra, a formação continuada de professores e professoras em Português e Matemática, novas metodologias, linguagens, interpretação, para a gente poder avançar mais. Duas áreas básicas, não é? Se o aluno souber Português e Matemática, ele já deu um salto enorme. Eu, às vezes, vejo… Meu avô era professor de Português em Guaratinguetá. Aliás, veio para São Paulo para ser professor, meu pai, também, professor, de meu tio, professor de Português, o outro tio, de Latim. E quem sabia Latim, sabia melhor Português. O Português… Até poucos anos atrás, eu ia escrever um texto, tinha que ligar para Pindamonhangaba! Para tirar dúvida, não é?
E me lembro do meu pai. “Passagem a nível’: você quer ter um enfarte, não é?”, “‘De encontro’: você vai trombar com alguém!”. Enfim, o Português é central, a Língua Portuguesa. E não é fácil a Língua Portuguesa. Lembro o doutor Ulysses Guimarães, fui colega do doutor Ulysses na Constituinte, e encontrei um dia uma professora, que me contou o seguinte: o doutor Ulysses queria ser presidente da República, mas não sabia falar Inglês. Então resolveu, aos 70 anos de idade, estudar Inglês: se ele chegasse à Presidência, ele conseguia falar a Língua Inglesa. E arrumou uma professora, uma americana. As sessões da Câmara Federal terminavam muito tarde, às 11h da noite, meia-noite, 1h da madrugada. E no outro dia, às 7h, estava lá a professora de Inglês e o doutor Ulysses: “he is, she is, it is, we are, they are”. Ele já estava meio cansado daquilo e um dia falou para ela: “olha, eu vou parar. Vou parar porque seu eu for presidente, vai ter intérprete e aí para mim não tem problema! E segundo, que essa língua é muito difícil, o Inglês”. Aí, ela falou: “não, doutor, o Inglês é muito fácil, o difícil é o Português, porque quando você fala pois sim, é não, e quando você fala pois não, é sim. Isso que é uma língua difícil”.

Eu diria que tem que valorizar a Língua Portuguesa, tornar ao jovem, ao estudante uma coisa agradável, estimulá-lo é central. A educação é para nos melhorar, nos realizar melhor, melhorar nossa qualidade de vida, nos aproximarmos da felicidade. Ontem, eu vi um filme, que, aliás, vai estrear sexta-feira, “Paixão e Fúria”, do Luís Rosenberg, e o ator principal é o Selton Mello. O filme é nacional, é um filme de animação, um dos primeiros de animação para adulto. Conta desde a história da luta entre tupiniquins e tupinambás em São Vicente, até 2093, como é que vai estar o mundo em 2093, a luta pela água, e vai passando, os tupiniquins contra os tupinambás, a luta que os tupinambás achavam que os tupiniquins estavam muito próximos dos franceses; depois a balaiada no Maranhão; depois a ditadura militar. Tem um romance, uma menina, Janaína, que é a Camila Pitanga, mas o fato é que no filme o Selton Mello não aparece em nenhum momento, ele só fala, só narra. A Camila Pitanga, também, lamentavelmente, não aparece em nenhum momento, só narra. Então, o filme é um filme de animação e só narrativa. O filme é um espetáculo do começo ao fim, um espetáculo o filme. Começa agora sexta-feira nos cinemas.

Então, a língua portuguesa é uma língua maravilhosa. Foi feito o Museu da Língua Portuguesa, e é o terceiro museu mais visitado do Brasil. E de outro lado, a Matemática, que é a base de tudo. O astrônomo italiano, o Galileu Galilei, ele dizia que o livro da natureza é escrito em linguagem matemática e que é preciso entender os seus caracteres. Então, o entendimento da matemática é a base de todas as outras atividades, a química, a física, todas as outras disciplinas. Eu diria que esse esforço da Escola de São Paulo, da Secretaria da Educação, das equipes aqui, todas pedagógicas, professores, diretores, no sentido de caminharmos mais, superarmos mais desafios na gestão desse núcleo maravilhoso que é a escola… A capital de São Paulo, hoje terceira megalópole do mundo, nasceu em torno de uma escola de jesuítas, né – padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta – está no nosso DNA esse compromisso com a escola. E de outro lado, o fortalecimento da Língua Portuguesa, da Matemática, dos novos métodos de interpretação, de linguagens, de avanços. Falar com jovem não é fácil, a criança, o jovem, às vezes se distraem muito, têm concentração mais difícil, mas é fundamental esse esforço no sentido de melhorar o seu aprendizado. Eu quero trazer um grande estímulo, um grande abraço e cumprimentar o professor Herman, que está lá em Águas de Lindóia, abraçar toda a turma lá de Águas de Lindóia, e dizer da alegria de estarmos aqui com vocês. Bom trabalho!