Alckmin discursa ao inaugurar instalações da Etec de Garça

Garça, 16 de fevereiro de 2013

sáb, 16/02/2013 - 21h32 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Boa tarde! Boa tarde a todas e a todos! Estimado prefeito, anfitrião, prefeito Faneco, uma alegria retornar aqui, ao seu município e vê-lo, prefeito, governando com seriedade, com competência, com amor ao povo, à cidade de Garça. Parabéns. Doutor Marcos, nosso vice-prefeito. O Juninho, vereador Francisco Christóforo Júnior. Cumprimentando aqui todos os vereadores. Meu querido amigo, deputado, doutor Pedro Tobias, Juliana Tobias, sua esposa, que nos alegra com a presença, doutora Mônica Bergamaschi, secretária de Estado de Agricultura e Abastecimento. Dá um passinho aqui, Mônica, para o pessoal te ver. Nós daqui, estamos indo lá, a Pompéia, na formatura de um curso de tecnólogo em mecânica de agricultura de precisão, professora Laura Laganá, superintendente do Centro Paula Souza, prefeito de Marília, prefeito Vinícius Camarinha, de Júlio Mesquita, o Tirso, de Lupércio, o João Ferreira Júnior, Cândido Mota, o Zacarias. Gália, o Newton Freire, Álvaro de Carvalho, o Marcos Del Castilho, Piratininga, o Sandro, Sandro Bola. Ex-prefeito de Álvaro de Carvalho, o Beco. A ex-prefeita de Vera Cruz, a Renata, o Rodolfo de Vito. José Augusto, diretor aqui da Etec Deputado Paulo Ornellas Carvalho de Barros. A Eliana Esteves, diretora da Etec Monsenhor Antônio Magliano. A Cássia Regina, diretora da Fatec, aqui de Garça. Padre Evandro, pároco da paróquia de São Pedro. Major Marcelo Martins, dona Júlia, presidente da Associação de Combate ao Câncer aqui de Garça, meu companheiro Ari Mariano. Secretários, professores, alunos, amigas e amigos.

Dizer da alegria de voltar aqui a Garça, e em um dia da educação, porque nós estamos inaugurando aqui na Etec, nesta Etec voltada à área agrícola, inaugurando aqui os novos laboratórios, aqui, para a Etec, as novas instalações aqui da Etec, laboratórios de análises clínicas e microbiologia. E estamos autorizando mais R$ 1,5 milhão para a Etec Antônio Magliano, que é a outra, para um novo ginásio de esportes e a nova cozinha, mais R$ 4,5 milhões para a Fatec, para a gente fazer um novo bloco, um novo bloco para laboratórios lá da Fatec. Quando estive aqui, que era prefeito, da outra vez, o Faneco, no século XX, quando estive aqui, ele dizia que tinha um sonho, Garça, e aí o Marcos Monteiro perguntou, falou: “puxa, mas Garça? Bauru não tem ainda Fatec. Marília não tem Fatec. Campinas não tem Fatec… Eu falei: “é por isso mesmo, porque em uma cidade como Campinas, não vai fazer uma diferença tão grande, mas em Garça vai fazer toda a diferença.”

E, nós temos… Garça, Faneco, é a capital do ensino técnico e tecnológico, tem três escolas: uma Fatec, duas Etecs agrícola, industrial, serviços e 2.600 alunos que vão sair com o diploma técnico e tecnológico, e conseguir um bom emprego, e poder desenvolver sua atividade profissional. E a Laura colocou bem, não é só fazer a escola, mas é escola de qualidade. No último Enem, que mede o ensino médio através do MEC, das 50 melhores escolas do País, estaduais, estaduais no ensino médio, quantas? Trinta e sete, de 50 melhores do Brasil, são as Etecs do Estado de São Paulo. E na Fatec, de cada dez, nove já saem empregados. Então é um trabalho realmente, importante. E aqui, o integrado, o aluno faz o agropecuário e o médio junto, ele ganha um ano e meio, porque ele já sai com os dois diplomas, sai com o diploma do médio e o diploma do técnico, e faz escola de tempo integral. E consegue, aí, boa oportunidade no mercado de trabalho, como técnico ou tecnólogo na área da indústria, agrícola e também no setor de serviços.

Eu fico muito feliz de vir aqui, inaugurar e já começar… Daqui a pouco a gente volta para inaugurar as novas obras. E ampliando os cursos. Porque com esse novo bloco da Fatec vai poder ter mais cursos e mais alunos, e beneficia a região, não só Garça, mas toda a região. Eu queria cumprimentar a dona Júlia pelo trabalho da associação de voluntários. Parabéns. Mario Covas quando ia ao hospital, ele queria saber se tinha trabalho voluntário, falava: “não quero saber se tem aparelho. Quero saber se tem trabalho voluntário.” Então parabéns. Eu vou verificar direitinho o que nós vamos poder ajudar a associação. O Pedro Tobias, que é um grande cirurgião, já deu uma ajuda, nós vamos dar outra ajuda, aí, para a associação. E vou verificar com o professor Giovanni como é que a gente pode ajudar a resolver a questão cirúrgica. Eu sou anestesista, e sempre fui um pouco critico, porque eu fiz milhares de anestesias, e confesso que algumas eu tinha muita dúvida se realmente aquela cirurgia era necessária. Há um excesso de cirurgia. Ontem, Pedro Tobias, eu recebi o professor Ruy Vaz Gomide do Amaral, o maior anestesiologista brasileiro, ele era o anestesista do professor Zerbini, está com 86 anos de idade, escrevendo um livro. E, primeiro professor catedrático de anestesia da Faculdade de Medicina da USP, e pediu para eu prefaciar o livro. Ele foi o anestesista do primeiro transplante de coração da América Latina, com o Zerbini, anestesista do primeiro transplante de fígado da América Latina, o anestesista do primeiro transplante de rim, fez a anestesia das cinco cirurgias do Tancredo Neves, no Incor, quando ele estava lá. Um grande professor. Foi para Nova Iorque, de lá foi para Harvard, lá que ele aprendeu a fazer anestesia para circulação extracorpórea, no Brasil não existia circulação extracorpórea. E aí o que é que me disse o professor Ruy Gomide? Dr. Geraldo, vi muita cirurgia que não precisava ter sido feita, muitas. E ele não fez anestesia para cirurgião fraquinho, fez só para top. Nós vimos agora em Campinas três pacientes falecerem numa ressonância magnética. Ressonância magnética cura alguém? Não. Ressonância magnética é um exame. Só para o médico que está em dúvida poder ter um pouquinho mais de informação. Será que essas ressonâncias eram necessárias? Três pessoas morreram para fazer exame. A medicina está muito intervencionista. Cuida pouco de saúde e muito de doença. Precisa ter protocolo, precisa ter médico mais bem formado, precisa ter mais demora nas consultas, menos exame, menos intervenção. Estão aumentando muito as chamadas doenças idiopáticas, em que o sujeito não tinha nada e fica doente pela intervenção médica do hospital.

Um dia desses um deputado foi lá fazer colonoscopia. Porque disseram: olha, passou dos 50, precisa fazer colonoscopia para ver intestino e tal. Ao invés de dizer: você precisa comer fibra, precisa comer verdura, precisa comer fruta, precisa ter menos proteína, menos carboidrato e mais fibra, coma mais alimento com fibra. Tem que fazer colonoscopia. Aí fizeram a colonoscopia, perfuraram o intestino e não perceberam. Quando ele chegou a São Paulo… Fez em São José dos Campos. Chegou a São Paulo com a barriga desse tamanho, aí vai correndo para o hospital, opera, perdeu… Ele não tinha nada. Perdeu 30cm de intestino e ganhou uma bolsa de colostomia. Intervenção médica desnecessária. E a medicina caríssima… Os gastos vão lá para cima. Um excesso de intervenção. Por insegurança médica, com medo de processo, tem medo de tudo. Então, vai para frente, porque tem medo de assumir responsabilidade, ter problema e os custos elevados. Essa é uma primeira autocrítica que nós, até médicos, temos que fazer. Será que estamos fazendo o melhor? Será que o doente está tendo aquilo que é o mais adequado? E ter protocolo para poder fazer as coisas funcionarem bem.

Nós em Marília estamos investindo R$ 60 milhões no Hospital das Clínicas, que é o Hospital Universitário. Para poder ajudar, alta complexidade como referência. Vamos levar o Instituto do Câncer, o ICESP para todo o Estado de São Paulo. Nós vamos ter uma rede. Vou até dizer aqui em primeira mão, chamada “Rede Hebe Camargo”. Nós vamos homenagear a Hebe Camargo criando uma rede de combate ao câncer. Em Bauru, nós assumimos a maternidade Santa Isabel, assumimos o hospital de base. E nós já tínhamos o hospital regional, o Manuel de Abreu, e o Centrinho, e o Souza Lima. Seis hospitais do Estado, seis e mais o AME. Então, o Estado está fazendo a sua parte. Mas foi muito bem colocado pelo Pedro Tobias. O que é que está acontecendo com as Santas Casas e as entidades filantrópicas? Todo ano tem aumento de salário, dissídio, tem a data do dissídio: enfermeira, médico, funcionário, aumento, inflação foi… Eu estava vendo agora na viagem, diz que não tem inflação, não é? Os colégios do Rio de Janeiro, o que menos reajustou mensalidade escolar foi 8,5% e alguns reajustaram 12%. Um ano só, 12% de reajuste. Aumenta salário, aumenta remédio, aumenta oxigênio, aumenta alimento, aumenta limpeza, aumenta água, luz. Há dez anos você não corrige a tabela do SUS, aí tu pifa. Não há quem consiga atender o SUS. Nós estamos fazendo um programa chamado “Pró-Santa Casa”. Eu estou indo segunda-feira na Santa Casa de São Paulo, que é de 1.558. Ela vai fazer 400 anos. A Santa Casa de Santos é de 1.534. Vai fazer 500 anos daqui a 20 anos. Ela deve, a Santa Casa de São Paulo, R$ 180 milhões para banco. Um hospital, R$ 180 milhões. Por que é que nós assumimos a maternidade lá em Bauru e o hospital de base? Porque quebrou, simplesmente quebrou. Estou indo a Taubaté no mês que vem assumir o Hospital Universitário. Por quê? Quebrou também.

Então, o Estado está fazendo o que pode, as prefeituras também. Mas é inconcebível que o Brasil, com uma população em envelhecimento, o governo federal saia do financiamento do SUS. Como é que o governo federal está saindo do financiamento do SUS, só se ele corrigir a tabela. Então, o tempo vai passando, não corrige, então os 60% do financiamento foram caindo: 59, 58, 57, hoje está em 40%. Então é uma coisa grave, quer dizer, a falta de recursos para o Sistema Único de Saúde brasileiro. Nós pusemos na Constituição Federal, a saúde é um direito da população e o governo federal tira o dinheiro. Como é que você pode cumprir o direito sem ter orçamento para poder executá-lo? Mas nós vamos te ajudar. Vou verificar a melhor maneira de fazê-lo. E também orçar aqui a sua obra aqui do acesso e do viaduto. Como é que chama? Da Nove de Julho. É a estrada. Mas aqui é a avenida e tem uma obra de arte também… Então é um viaduto grande, não é? Vai aumentar o viaduto é dobrar… Nós vamos ajudar. Eu queria cumprimentar o Marcos Elias, prefeito de Oscar Bressane, também está aqui conosco, aqui atrás. Agradecer ao Pedro Tobias. E dizer o seguinte, eu já fui deputado. O Pedro Tobias é um dos melhores deputados do Brasil, do Brasil, viu? Melhor. Dedicado… É impossível o Pedro Tobias levar lá uma proposta que não tenha interesse público. É impossível. Não há hipótese da gente receber uma proposta dele que não seja baseada num interesse coletivo, num interesse da população. Briguento no bom sentido. Mas queria dizer da alegria de rever aqui a Juliana, sua esposa. Cumprimentar aqui o Faneco. E eles têm razão, a Laura é craque, viu? Eu acho que ela é do time do Santos. Corintiana, olha aí. A Laura é craque. E ela comanda o time no Centro Paula Souza, de diretores, professores, funcionários, que é tudo craque. Se fosse do Santos seria tudo Neymar. Do Corinthians, quem que é? Romarinho. Quem que é lá? O Cássio, o bom goleiro lá, salvou o time. Se fosse do Palmeiras seria tudo Valdívia. Do São Paulo, Luís Fabiano, não é isso? Rogério Ceni, time muito bom. Mas eu quero é deixar um grande abraço e dizer da alegria de voltar aqui a Garça. Muito obrigado!