Alckmin discursa ao inaugurar a Fatec e o Banco do Povo em Diadema

Diadema, 27 de maio de 2013

seg, 27/05/2013 - 19h45 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Boa tarde! Boa tarde a todas e a todos, quero cumprimentar o prefeito anfitrião, o prefeito Lauro Michels, de Diadema, a Silvana Guarnieri, vice-prefeita. O vereador Maninho, presidente da Câmara, saudando aqui toda a bancada de vereadores. Acho até que deu quórum aqui, né? O deputado Silvio Torres, secretário da Habitação, Carlos Ortiz, secretário do Emprego, deputada estadual Regina Gonçalves, deputada Vanessa Damo, Orlando Morando, Alex Manente e Ramalho da Construção, Luís Marinho, prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio do Grande ABC, Gabriel Maranhão, prefeito de Rio Grande da Serra, o Kiko, ex-prefeito de Rio Grande da Serra, o José Augusto, o nosso sempre deputado, ex-prefeito, secretário de Saúde, professora Laura Laganá, superintendente do Centro Paula Souza, Antônio Carlos do Amaral Filho, presidente da CDHU, Antônio Mendonça, diretor-executivo do Banco do Povo, Lucinda Giampietro Brandão, diretora da Fatec Luigi Papaiz. E quero cumprimentar aqui os familiares do patrono da Faculdade Luigi Papaiz, a sua esposa, Ângela Papaiz, seus filhos: a Sandra, o Paolo, a Roberta e o Ricardo Franco.

A Célia Pereira dos Santos, presidente da Associação Pró-Moradia Liberdade, os professores aqui da Fatec, funcionários, toda a equipe, alunas, alunos desse importante curso inédito no Brasil que é Cosmetologia – Tecnologia em Cosméticos, curso superior, Faculdade de Tecnologia em Cosméticos, e esse é um dos mais importantes pólos da indústria de cosméticos no Brasil que é aqui, Diadema! Importante sob o ponto de vista econômico, gera produtos, riqueza, produção. Sob o ponto de vista social, muita empresa, pequena empresa, o que é muito importante para São Paulo. Hoje nós estamos assinando aqui o Banco do Povo, o Carlos Ortiz explicou, esse é o microcrédito, nós chegamos a R$ 1 bilhão emprestados, 0,5% ao mês, dá 6% ao ano, a inflação está 6,5%, então é juro negativo! Não é juro 0%, é juro negativo, não paga a correção monetária, é abaixo da inflação, dinheiro de graça para poder o pequeno empreendedor, é até R$ 15 mil, Ortiz? A gente financia de R$ 7 mil a R$ 15 mil, emprestamos já R$ 1 bilhão, inadimplência? Não, zero, não, mas é menos 2%! É menos de 2%. O Mario Covas dizia o seguinte: “rico, quando deve vai para Paris; as pessoas mais simples, quando devem, não dormem de noite”. Quer dizer, inadimplência baixíssima! Então é uma conquista, é o de número 501, o Banco Povo. Depois a CDHU, nós estamos assinando aqui dois convênios: um de R$ 2,2 milhões para fazer o projeto para as famílias lindeiras à Imigrantes já para ganhar tempo, e a outra estamos colocando R$ 4,8 milhões a fundo perdido, junto com o programa do governo federal, o Minha Casa Minha Vida, o Casa Paulista para as famílias, para habitação de interesse social, famílias de menor renda, são 228 apartamentos.

O terceiro é aqui, a Fatec, a Faculdade de Tecnologia, um prédio próprio e isso vai possibilitar, Laura, que a gente possa, hoje aqui é filho único, né? Só tem uma faculdade, um curso aqui que é o Tecnólogo em Cosméticos, então a comunidade aqui, Laura, você poderia, com os industriais, com os empresários, ver qual seria o outro curso necessário, para a gente já ter uma segunda faculdade aqui em Diadema. Nós temos aqui a Etec Juscelino Kubitschek no bairro da Serraria, que tem mil alunos, então podemos aumentar, também! Então, nós podemos crescer a Etec, nós temos Fatec nas cinco cidades: Mauá, São Bernardo, Santo André, São Caetano e Diadema, as cinco maiores, e temos Etec em todas; Rio Grande da Serra em agosto está pronta! Então, nós teremos nas sete cidades a formação do técnico gratuito, um ano e meio, agora estamos fazendo… Aqui já tem quase mil alunos, nós estamos fazendo aqui o integrado, o aluno entra na Etec e faz junto com o Ensino Médio, escola de tempo integral, e ele sai com os dois diplomas: o diploma do Ensino Médio e o diploma do técnico, já ganha um ano e meio e já sai com dois diplomas. Então, nós podemos ampliar aqui, Laura, o número de alunos, nós já estamos com 19 mil alunos aqui no ABC, podemos ampliar o técnico, um ano e meio e a Fatec em mais cursos. Os melhores alunos… Nós temos 211 Etecs? 211 Etecs e 56 Fatecs, o melhor aluno de cada Etec e de cada Fatec, a cada semestre, então dá 500 alunos por ano, até mais, 550 alunos por ano e 100 professores vão por conta do governo, ficam 30 dias estudando inglês ou nos Estados Unidos: Boston, São Francisco, Honolulu, não é fraco, não, hein? No Havaí, Chicago, Londres na Inglaterra e Auckland na Nova Zelândia, tudo pago: hospedagem, o curso de inglês de 30 dias, e ainda ganha US$ 400,00 para uma pequena despesa que ele possa querer gastar lá, ele tem US$ 400,00 lá de reserva, mas tudo pago.

Então todo ano a gente está fazendo essa parceria. Queria também dizer aqui, eu passei pelo viaduto no km 16, e a passarela já está autorizada, já. A gente sabe que a saúde, ela é sempre prioridade. Eu estou saindo de Mauá. Nós temos aqui dois hospitais na região, do Estado. Em Diadema, o Hospital Serraria, e em Santo André, o Hospital Mario Covas. Aí, nós ajudamos em São Bernardo, com R$ 20 milhões no ano passado, para o Hospital de São Bernardo e acabamos de sair de Mauá, que não tem hospital estadual, então, nós liberamos R$ 6,5 milhões para investimento e R$ 12 milhões para custeio, porque atende também Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Então, a gente vai cobrindo aqui a região toda. Aqui, no Hospital Serraria, me lembrou bem a deputada Regina, já autorizamos a ressonância magnética, o novo aparelho, R$ 2,4 milhões e mais R$ 3,6 milhões de aumento de custeio. Porque o problema da saúde não é investir, mas é custeio. Quando você faz um viaduto, terminou a obra, terminou o gasto! Quando você faz um hospital, terminou a obra, começou o gasto! Então, o problema todo é custeio, não é prédio. Então, aqui vai ter também ressonância magnética, o custeio para a ressonância magnética. O hospital cobrindo aqui a região, e nós vamos verificar, o Zé Augusto e o Lauro, o que mais a gente pode ajudar aqui na saúde. Também vamos autorizar o Poupatempo. O avô do Lauro foi meu colega de prefeitura – vê que eu estou ficando velho, agora que caiu a ficha -, o deputado Mauro Bragato, que vocês conhecem, ele é de Presidente Prudente. Então, nós fomos lá a Presidente Epitácio, aí, veio uma moça muito bonita e tal, e “olha, deputado”, elogiando muito o Bragato. O Bragato ficou todo entusiasmado, então ela falou: “olha, a minha avó foi sua eleitora”. Poxa vida, agora, acabou com o Bragato. Mas eu fui colega de seu avô. Porque o Lauro Michels foi prefeito em 1977.

Nós demos sorte: década de 70, milagre brasileiro. O Brasil crescia mais que Japão e Alemanha. Crescia 12%, 13% ao ano o PIB. Têm ideia do que seja isso? Em Pindamonhangaba abria assim, a cidade é bem menor. Diadema está com 400 mil habitantes. “Pinda” tem um terço disso, 160 mil, abria uma lanchonete por semana, uma loja por semana. A Villares, a Vibasa, teve 11 mil trabalhadores para erguer a siderúrgica. Era Coca-Cola, Confab, Alcan, Alcoa. É década de 70, a década do milagre, em que a economia teve uma explosão. Para você ver, na faculdade, eram disputados cinco, seis empregos, podia escolher. Impressionante. E o nosso mandato, que era de quatro anos, foi prorrogado. Então, nós íamos ficar quatro anos, 76 a 80, aí, para coincidir os mandatos, a gente dizia que fomos tão bons prefeitos que o povo pediu para ficar mais dois, mas na realidade, foi prorrogado. E o seu avô, também. Então, ficamos até 82. Aliás, eu sempre acho, tenho um pouco de dúvida se deveria existir reeleição, ou talvez, ter um mandato maior. Quatro anos normalmente é pouco. Como? Um puxadinho, é. O nosso foi dois anos de puxadinho. Aliás, o prefeito de Piquete, quando surgiram os boatos de que iria prorrogar, declarou no jornal da região, que seria como o Diário do Grande ABC aqui. Lá no Vale era o Vale Paraibano: “se prorrogar, eu renuncio. Não aceito um mandato ilegítimo da ditadura militar. Renuncio ao mandato” e tal. Aí, eu liguei para ele, era o Zé Armando, em Piquete, e disse: “Zé Armando, quer dizer que se prorrogar, você vai renunciar? Porque não adianta, vai assumir o vice e vai ficar do mesmo tamanho.” Aí, ele falou: “não, Geraldo, não vai prorrogar nada. Isso aí é coisa da imprensa. Eles não têm notícia e ficam aí. Você acredita em Papai Noel? Não vai ter prorrogação nenhuma.” Passaram 15 dias, o ministro César Cals, ministro de Minas e Energia, foi a Pinda para visitar Villares, a Vibasa, e ele falou para mim: “o senhor está preparado para ficar mais dois anos?”. Eu falei: “por quê?” Ele falou: “porque vai prorrogar”. Realmente, três meses depois, prorrogaram. Aí, a imprensa foi em cima do Zé Armando para a renúncia. Aí, o Zé Armando falou: “olha, eu vou consultar o povo, fazer um plebiscito, para saber se o povo quer que eu fique ou quer que eu saia.” Passou mais um mês, nada. Aí, a imprensa foi em cima e ele falou: “eu consultei o Tribunal Eleitoral e o Tribunal disse que o meu plebiscito não tem amparo legal. Então, eu vou fazer uma consulta popular para saber se o povo quer que eu fique ou quer que eu saia”. Passaram mais 30 dias, a imprensa apertou, ele falou: “eu reuni os funcionários da prefeitura. E só do gabinete. Eles fizeram um apelo para eu continuar”. Até hoje eu encontro o Zé Armando e falo: “Zé Armando, e a renúncia?”. Mas eu quero deixar um grande abraço e nós vamos nos dedicar à questão da mobilidade urbana.

Realmente é uma das maiores cidades do Brasil, com mais de 400 mil habitantes, em um território pequeno, são 27,5 km². São Caetano tem quanto? 14 km². Qual é a menor do Estado? Tem 3 km². Não, Buri é grande. Não, Pinda é grande. Não, 3 km². Águas de São Pedro! Tinha o hotel lá e pertencia a São Pedro. E aí, emancipou. Então, tem 3 km² e é o dobro do principado de Mônaco! Rei Rainier. O principado de Mônaco tem 1,5 km². Tenho um amigo jornalista que uma vez foi cobrir uma corrida de automóvel lá e disse: “olha, é verdade mesmo”, porque não tinha onde sentar. O principado é tão pequeno que não tinha lugar para sentar para ver a corrida. Mas nós vamos ajudar nessa questão da mobilidade urbana, que beneficia a região. Por exemplo, nós viemos de São Bernardo para cá. Então, agora está em São Bernardo! Agora, mudou para Diadema! E ali, o Ribeirão dos Couros, do outro lado é Diadema, quando caía no buraco, o Lauro dizia: “São Bernardo!” Quando melhorava era: “Diadema!”. Enfim, então, você fazendo uma obra, você beneficia a região. Vai beneficiar Diadema, vai beneficiar. Disseram até que do Palácio dos Bandeirantes, vem direto para cá, não é isso? Como é que vem, Regina? Nós vamos caprichar nessa questão e nós temos que pensar no futuro. O mundo não acaba, nem nasceu com os nossos mandatos, nós damos continuidade. Isso aqui é uma continuidade: começou no Mário Reali e o Lauro está entregando. Ele vai entregar um monte de obra no futuro que outros vão continuar. Então, não começa com a gente e nem acaba o mundo com o fim do nosso mandato.

O caminho aqui é nós unirmos duas grandes linhas de Metrô: a Linha 18, que vai sair lá de Tamanduateí, vem para São Caetano, Santo André, São Bernardo, vem para cá, e a Linha 17, que sai lá do aeroporto de Congonhas e vem para o Jabaquara e aí integrar tudo isso, porque automóvel pode fazer mais viaduto, é só postergar o congestionamento para a esquina seguinte, quer dizer, não tem jeito! Nós tínhamos 12 milhões de veículos, 12 anos atrás, hoje tem 24 milhões de veículos. Pindamonhangaba, sábado de manhã trava o centro da cidade, é em tudo quanto é lugar! Fui a Brasília agora, levei 50 minutos do aeroporto para chegar lá no Congresso! Então, só tem um caminho: transporte de alta capacidade e qualidade! Alta capacidade e qualidade! Mas eu quero agradecer aqui à família Papaiz, toda a família, se não nós não estaríamos inaugurando aqui esta grande obra para a nossa juventude, que é muito importante. Agradecer aqui à diretora, a Lucinda Brandão e à professora Laura, que são craques, né? Agradecer aqui ao nosso secretário Ortiz e ao Antônio Mendonça, ao dr. Amaral e ao Sílvio Torres, da Habitação, agradecer aqui aos nossos deputados: a Regina, deputada de Diadema, os deputados aqui da cidade e da região, Orlando Morando, Vanessa Damo, Alex Manente e o Ramalho da Construção, grande líder sindical. E deixar um abraço aqui, agradecer à Câmara e um abraço muito especial ao Lauro Michels, que é um entusiasta! Um entusiasta, e eu tenho certeza de que vai fazer, aqui, um bom trabalho em benefício da nossa população! Em especial deixar um abraço muito carinhoso para cada um de vocês, que deixou os seus afazeres, os seus compromissos, a família para trazer aqui o brilho da sua presença, o que nos alegra muito! Muito obrigado!