Alckmin discursa ao implantar 11 novos cursos na UNESP

Geraldo Alckmin: Universidade Estadual Paulista (Unesp), o Professor doutor Júlio César Durigan, Secretário Chefe da Casa Civil; Sidney Beraldo, deputado Paulo Alexandre Barbosa, Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia; […]

ter, 13/03/2012 - 19h52 | Do Portal do Governo

Geraldo Alckmin: Universidade Estadual Paulista (Unesp), o Professor doutor Júlio César Durigan, Secretário Chefe da Casa Civil; Sidney Beraldo, deputado Paulo Alexandre Barbosa, Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia; professor Herman Voorwald, que, aliás, é o reitor licenciado, secretário de Estado da Educação; deputado Edson Aparecido, secretário de Desenvolvimento Metropolitano; deputado Silvio Torres, secretário de Estado da Habitação; coronel Admir Gervásio, chefe da Casa Militar; deputados estaduais: Samuel Moreira, líder do governo; deputado Mauro Bragato; deputado Reinaldo Auguz; deputado Roberto Massafera; prefeitos aqui presentes: prefeita de Registro, Sandra Viana; prefeita de Rosana, Aparecida Oliveira; prefeito de Tupã, o Waldemir Lopes; Santa Cruz das Palmeiras, prefeita Rita Zanata; Vargem Grande do Sul, o Amarildo Moraes; Mogi Guaçu, doutor Paulo Barros; Dracena, o Célio Regiane; Tambaú, o Antônio Agassi; Tapiratiba, João Carlos de Oliveira; São João da Boa Vista, Nelson Nicolau; Santo Antônio do Jardim, Luís Trincha; Águas da Prata, Samuel Binatti; São Sebastião da Grama, o Emilio Bizon Neto; Mogi Mirim, Carlos Nelson Bueno; Caconde, Luciano Semensato; prefeito de São José dos Campos, o Eduardo Cury; prefeito de Itapeva, o Cavani; Luiz Antônio Vane, que é o presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Unesp; doutor Ivani Elias Jorge Simon, diretor-presidente da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP); Marcos Monteiro, presidente da Imprensa Oficial; saudar aqui os sindicalistas, lideranças, abraçando o Araújo, presidente da Federação Estadual da Alimentação; pró-reitores, diretores, professores, pesquisadores, lideranças dos nossos municípios, vice-prefeitos, vereadores, amigas e amigos.

Uma grande alegria, senhor reitor, hoje assinarmos aqui o projeto de lei encaminhado a Assembleia Legislativa de São Paulo. A UNESP é de 1976, então é novinha, não é? E em pouco tempo se consolidou. Hoje 122ª nesse “ranqueamento” entre as melhores universidades do mundo. É um centro de excelência, promotora do desenvolvimento de São Paulo, descentralizando, criando novos polos de desenvolvimento. Presente nas barrancas do Rio Paraná, no Paranapanema, lá no Rio Grande e no litoral de São Paulo, e nas regiões metropolitanas. Universidade da inclusão, porque São Paulo não deixa ninguém para trás do desenvolvimento regional. E ficamos muito felizes, porque em 2001, a Escola Superior da Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), ela completou 100 anos, fez um século, foi a única vez que nós mudamos a sede do governo de São Paulo. Única. E fomos lá para Piracicaba, fica dois dias lá. E aí reunimos, na época, o conselho universitário: USP, Unesp e Unicamp. E surgiu a proposta dizendo: “Olha, se o governo colocar um recurso a mais nós podemos fazer uma expansão maior da universidade pública, gratuita e de qualidade, e para regiões menos desenvolvidas”. Então, aí nasceram os novos campi, Registro, no Vale do Ribeira; Rosana, no Pontal do Paranapanema; Dracena e Tupã, na Alta Paulista; Itapeva, no Sudoeste do Estado; Ourinhos, também. Só que esses campi ficaram com um curso só. Ficou meio filho único, né? Cada campus apenas com um curso.

Aí, agora, o ano passado, nós começamos a discutir a maneira da fazer um segundo momento. E eu quero destacar aqui a enorme disposição do nosso reitor, Durigan, do Conselho Universitário. Para a gente poder consolidar esse sistema. Então, todos que tinham um passaram a ter uma segunda faculdade, fortalecendo o campus. Nós vamos para Dracena, que já tinha uma faculdade, e agora passa a receber engenharia agronômica; Itapeva, que já tinha um curso passa a receber engenharia de manufatura; Registro, que já tinha o curso passa a receber engenharia de pesca; Rosana, que já tinha o curso passa a receber engenharia de recursos de energia e recursos renováveis; e Tupã, que já tinha um curso, engenharia de biossistemas. Ou seja, consolidam, não é, esses campings que eram apenas uma escola. Além de engenharia de bioprocessos em Araraquara e Botucatu, engenharia ambiental em São José dos Campos, e o novo campus de São João da Boa vista, engenharia eletrotécnica e engenharia de materiais. São 11 cursos novos, todos de engenharia. E aqui foi bem destacado o Brasil só tem 5% de engenheiros na formação de ensino superior. O México, nosso irmão latino-americano, 14%; Coréia 25%; China 35%. A China forma 650 mil engenheiros por ano. A engenharia está na nossa vida, na casa, no automóvel, na energia, na luz que a gente liga, no celular que a gente fala. Está presente no mundo moderno em todas as áreas, e hoje é emprego, porque é competitividade. Ou o Brasil tem competitividade ou vai ser exportador de commodities, de produto primário. Precisamos ter competitividade. Inovação, engenharia de engenho, de inovação, de criação, que são as bases do desenvolvimento. E os 11 cursos de engenharia distribuídos pelo nosso interior do Estado de São Paulo.

Estamos muito felizes, aliás, eu sou um grande admirador, senhor reitor, da universidade. Fomos buscar na Unesp os professores Herman para secretário da Educação, o maior desafio de São Paulo, nós temos uma rede maior que o Uruguai, com mais de cinco milhões de alunos na rede estadual, mais de 300 mil pessoas trabalhando. Poucas instituições no mundo tem essa dimensão. Aliás, nós viemos trazer um engenheiro que foi diretor da FEG, das melhores escolas de São Paulo que é a Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá, e reitor da universidade pra essa tarefa da Educação. E ficou o nosso reitor Durigan, dois Neymar, não é? Dois Neymar, é só craque. Viu que não é unanimidade, não é? Mas dizer da grande alegria a universidade que nos orgulha. Milton Nascimento dizia que o artista tem de estar onde o povo está, a universidade precisa estar onde o povo está, para fazer a diferença, e ela faz a diferença, ela muda uma região. Abre esperança, caminho, oportunidade para o jovem, gratuita de qualidade, estimula a juventude. Eu fui com o Paulo Barbosa, quando não era nem candidato, a Nova York, nós fomos visitar escolas no Harlem, em bairros periféricos, e é muito interessante as escolas de ensino fundamental. Então, a gente andava no corredor das escolas e havia flâmulas: Harvard University, College não sei o que, Heimat. Quer dizer, a criança, o aluno, ele passava todo dia ali no corredor da escola e via aquele estímulo. Eu vou chegar lá universidade tal, faculdade tal, um estímulo permanente, uma emulação pra ele poder caprichar mais, estudar mais pra poder ter acesso ao mundo do conhecimento, e ser feliz, se realizar pela sua vocação de servir através da sua profissão.

Quero agradecer ao Paulo Barbosa, que caprichou nesse trabalho todo, aliás, a USP também ampliou as engenharias. A USP foi para a baixada santista com engenharia de petróleo e gás, para Guaratinguetá com as químicas. Área de engenharia química, que também é uma expansão importante. Agradecer ao Beraldo, que elaborou todo a arquitetura, o projeto de lei. O Hospital das Clínicas de Botucatu é da Unesp, e ele passou para o Estado; tá aqui em especial. Mas a Unesp manteve o custeio que era 2,4% da sua receita. Então, nós estamos devolvendo gradualmente 2012, 2013 e 2014 encerra. Estamos devolvendo os 2,4%, o governo assumirá em quatro anos, integralmente o custeio do Hospital das Clínicas, em Botucatu, e com esses recursos, mais o recurso da Unesp, obviamente, permitiu essa expansão de 11 cursos da engenharia, 440 vagas a mais no vestibular, 2.200 alunos em 5 anos no Estado de São Paulo. Eu não tenho dúvidas que nós vamos ter grandes vocações do engenheiro. Massafera, que é engenheiro…

Eu, em Pindamonhangaba, a primeira fez que me matriculei em um cursinho, já queria fazer medicina e tinha um médico em Pinda conceituado, muito querido na cidade, já falecido, o doutor Paulo Ivaí Dantas da Gama. Doutor Paulo Gama era uma pessoa muito querida, mas tinha um filho que não gostava de estudar de jeito nenhum. Aí o filho finalmente convenceu o pai que ia estudar e que a vocação dele era engenharia. Então o pai ficou tão animado que resolveu levá‑lo para fazer a inscrição no cursinho e eu fui junto de carona. Então fomos três: doutor Paulo Gama, dirigindo; o filho, o Paulinho, e eu atrás. E o filho na viagem inteira: “Papai, agora vai. Agora vai, engenharia, matemática. Minha vocação é a matemática, engenharia, tecnologia…” A viagem inteira. Chegamos em Taubaté, fomos lá inscrever, ele subiu, olhou, entrou na área biológica, nossa área de medicina, ‘odonto’, área biológica… Só meninas, loiras, morenas, ruivas. Aí subiu, naquele tempo, nas exatas. Chegou lá, só tinha marmanjo na engenharia. Aí ele desceu, olhou para o pai dele e falou: “Ó pai, eu pensei melhor, a minha vocação é a vida, é a biologia”. O coitado do Paulo Gama levou um baque. Mas agora tudo mudou, não é? As mulheres estão presentes em todas as áreas e, especialmente, na tecnologia e nas engenharias.

Bom trabalho!