Alckmin discursa ao entregar o segundo AME em Assis

Assis, 8 de junho de 2013

sáb, 08/06/2013 - 16h33 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia! Bom dia a todas e a todos! Quero saudar o prefeito de Assis, o Ricardo Pinheiro, dona Dalva, a sua mãe, presidente do Fundo Social de Solidariedade, doutora Lenilda, vice-prefeita, vereador Camarguinho, presidente da Câmara, abraçando aqui todos os vereadores, deputado federal Abelardo Camarinha, deputado estadual Mauro Bragato, deputado Camilo Gava, professor Giovanni Cerri, secretário da Saúde, Mônika Bergamaschi, da Agricultura, Rogério Barreto, o Aparecido Bruzarosco, o Jairão, prefeito de Tarumã e presidente do Civap, prefeitos aqui presentes: de Marília, Vinícius Camarinha; de Lutécia, o Ercílio, Palmital, Ismênia, de Pedrinhas Paulista, o Boaventura, de Cruzália, o Hermann, Pompéia o Oscar, Salmourão, o Zé Luiz, Maracaí, o Tatu, Platina, o Manezinho, Florínea, o Rodrigão, Cândido Mota, para onde nós estamos indo em seguida; dr. Zacarias, Dom José Benedito Simão, bispo da diocese, presidente nato da Irmandade da Santa Casa, muito obrigado pela sua presença. Nosso monsenhor, Floriano de Oliveira Garcez, irmão benemérito da Santa Casa, nosso provedor que aqui falou em nome da Santa Casa, Sebastião Carlos Aizo, o Edson Rogatti, esse guerreiro que preside a Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos, Luiz Antônio Cirilo, superintendente do AME e da Santa Casa, que é a nossa gestora aqui, a doutora Isabelle Clóvis Salgado, diretora do hospital regional, doutor Nildo Calazans Júnior, delegado de polícia, coronel Ailton Martinez, comandante da região; coronel Rogério Duarte, comandante dos Bombeiros, tenente Diego Pecoraro, comandante do sub-grupamento de Assis, major Ricardo, idealizador da nova sede, professor Maurício, amigas e amigos.

Primeira boa notícia, que é o AME. Hoje se a gente perguntar “saúde vai bem ou vai mal?”, ela vai bem, no sentido de que a mortalidade infantil caiu. O Brasil de 80 anos atrás tinha 140 mortes por mil nascidos vivos, era comum uma mamãe dizer: “tive cinco filhos, vingaram três”, morria muita criança. Hoje São Paulo tem o menor índice do Brasil, 11/1000 nascidos vivos. E a maioria das cidades, assim como a região, é um dígito, é Europa. Por outro lado a expectativa de vida está subindo. Em 1940, a expectativa de vida média era 43 anos de idade, hoje quem tem 60, como eu, é um broto, né? Um broto, aliás a melhor definição de idoso, diz que aquele que tem pelo menos 10 anos a mais do que nós. Quando você está nos 40 quem ele tem mais que 50, quando você chegar aos 50 é mais de 60, quando chegar aos 60 é mais que 70, então é um espetáculo esse ganho de vida, né? Mas mudou perfil demográfico, mudou totalmente. De outro lado, vai mal, porque falta dinheiro, financiamento, a medicina ficou cara. O Brasil, que era um país jovem, hoje é um país maduro, caminhando para ser um país idoso, então precisa pôr mais recurso. Governar é escolher, o dinheiro nunca vai dar para fazer tudo, nunca. Governar é escolher, escolher as pessoas que mais precisam, as necessidades, o social, e a gente fica triste porque vê que na prática o governo federal, que é quem tem 2/3 da arrecadação dos impostos no Brasil, está saindo do financiamento do SUS, era 60% e hoje é 44%. É só não corrigir a tabela do SUS. Todo ano aumenta salário, tem inflação, aumenta remédio, aumenta comida, aumenta tudo e a tabela não é corrigida. Então as Santas Casas acumularam dívidas de R$ 14 bilhões. Só a Santa Casa de São Paulo deve mais de R$ 200 milhões, e é penalizada porque atendeu a quem precisa, punida porque atendeu à população.

Em São Paulo nós atendemos, inclusive, os outros Estados, não vem para cá gripe, vêm para cá transplantes, tumores mais graves, raros, queimaduras, pacientes, crianças… A medicina nossa é uma das melhores do mundo, então nós estouramos o teto, e não somos ressarcidos, mas não mandamos ninguém de volta, todo mundo é atendido aqui em São Paulo. Nós estamos apoiando as prefeituras através do financiamento do BID, foram R$ 240 mil para a reforma das UBSs aqui de Assis, e nós vamos ampliar esse ano e ano que vem dar apoio às prefeituras para reformar, recuperar o atendimento primário, que são as UBSs. Depois vamos ampliar os AMEs, o AME é atendimento secundário, é especialidade, é exame. Então hoje atende 12 especialidades em mais de 20 consultórios: diagnóstico, audiometria, cistoscopia, colonoscopia, eletroencéfalo, eletrocardiograma, Doppler, endoscopia vascular, ultrassom, teste ergométrico, estudo urodinâmico, oftalmológico, toda a parte de especialidade. Isso vai dar resolutividade à UBS e vai aliviar o hospital, porque muita gente procura o hospital porque precisa resolver, então o AME é o elo estratégico; alivia o hospital e dá resolutividade à UBS.

Fazer prédio é fácil, fazer o prédio você gasta um milhão, agora manter o AME, ele nos custa R$ 5,2 milhões por ano só de custeio. Você quando faz um viaduto, inaugurou o viaduto acabou a despesa, você faz um hospital, vai cuidar do hospital, ele custa um prédio novo por ano de custeio. Nós estamos inaugurando hoje um AME que já está funcionado e até o fim do ano ele vai passar de 12 para 23 especialidades. Ele vai dobrar o atendimento, e daqui nós estamos indo para Ourinhos, entregar mais um AME lá em Ourinhos, que vai ajudar também a região de Ourinhos. Aqui o nosso parceiro é o melhor que nós poderíamos ter. A Santa Casa de Assis. Lá em Ourinhos é… É a Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu. Estamos anunciando hoje o Poupatempo. Ninguém mais vai precisar ir para Marília ou Prudente, vai ter um Poupatempo aqui em Assis para atender. O Ricardo já está providenciando aí o prédio para a gente, rapidamente, instalar o Poupatempo. Terceiro, nós estamos entregando um novo tomógrafo, o primeiro da região fazendo arteriografia e angio, tomografias ainda neste ano. Então o hospital regional aqui nosso de Assis terá um tomógrafo de última geração para atender aqui a região. A quarta boa notícia é o Corpo de Bombeiros, o novo prédio e também a nova unidade do Resgate. A quinta boa notícia é a Santa Casa, nós vamos autorizar o provedor aqui para a Santa Casa, R$ 848 mil. Então a reforma do ambulatório de ortopedia, centro cirúrgico, central de materiais e UTI da Santa Casa.

A quinta boa notícia é a SP-333. Hoje está publicado oficial, sábado tem Diário Oficial, saiu hoje a publicação da obra da duplicação de sete quilômetros aqui na cidade, Ricardo, com barreira rígida, dois viadutos, marginais e passagem inferior. Então um investimento de R$ 53,5 milhões. A gente imagina começar a obra, obra física em outubro, e em setembro começa um outro grande investimento, são R$ 105 milhões, 40 km de obra: Assis/Tarumã/Florínea, até a divisa com o Paraná. Acostamento, segurança, segurança. A primeira causa de morte é coração e grandes vasos, tem que mexer um pouco, fazer ginástica. A segunda causa é câncer; a terceira não é doença, a terceira é acidente. Era homicídio, hoje não é mais, é acidente rodoviário: atropelamento, motocicleta, carro. Então estrada duplicada com segurança, acostamento, sinalizada é uma segurança para a população. E também vamos recuperar Assis Echaporã/Marília, também para Marília. E também teremos aqui o centro do idoso, a creche-escola. Em Marília, R$ 60 milhões no Hospital das Clínicas, que é um hospital universitário, já está em obra toda a recuperação do Hospital das Clínicas de Marília. E teremos a Rede Lucy Montoro para atender às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, toda a parte de fisiatria e fisioterapia. E a rodovia também lá em Marília até Porto Ferrão.

Mas eu queria encerrar, trazer uma palavra aqui sobre o que o Ricardo colocou. A gente tem que ter sempre uma visão regional, quer dizer, ter uma visão… Eu gosto aqui dessa organização do Civap, eu acho que é um modelo o Civap. São municípios da bacia hidrográfica. E tem uma vocação econômica importante, diversificada, agricultura, agronegócio, indústria, serviços, a universidade é de ponta, na vanguarda do conhecimento, e que trabalha unido, trabalha dentro dessa visão. Então nós já temos Fatec em Presidente Prudente, atende lá a região, é prudentina. Temos Fatec em Marília, uma bela faculdade voltada, inclusive, à indústria e ao alimento. Temos Fatec em Ourinhos, também é importante. Pompéia também, com a primeira faculdade da América Latina de tecnólogo em mecânica de agricultura de precisão, esse curso só tem Oklahoma, nos Estados Unidos. Então nós vamos, você vai me providenciar aqui a instalação física, a gente ajuda, nós vamos ter uma Fatec voltada para a região.

A Etec, que nós já temos 250 no Estado de São Paulo, a Etec, de cada cinco quatro jovens já saem empregados. A Fatec, de cada 10, 92% saem empregados. O melhor aluno das Etecs e das Fatecs, do Estado, um por Etec e um por Fatec, vai todo ano aos Estados Unidos, ou para Inglaterra ou para Austrália, ou Nova Zelândia; fica 30 dias estudando inglês por conta do Estado. O melhor aluno de cada Etec, o melhor aluno de cada Fatec e 100 professores ainda ganham US$ 400 dólares para uma despesinha lá, mas tem tudo pago, curso, a hospedagem, a alimentação, viagem; 30 dias lá de estudos de inglês. Nós temos as melhores escolas técnicas e tecnológicas do País. E a Unesp, agora, expandimos oito engenharias, oito engenharias, engenharia de materiais, engenharia da computação, engenharia agronômica além de materiais, oito engenharias foram ampliadas. Inclusive levamos a Poli, engenharia da Politécnica lá para Santos, para a parte de petróleo.

Mas eu quero, aliás, o primeiro município que colocou aqui atividade delegada, uma boa parceria na área de segurança. Mas quero deixar um grande abraço, agradecer aqui aos nossos secretários, ao professor Giovanni Cerri, que é um grande secretário da Saúde, dirigia a melhor escola médica do país, da USP. A professora Mônika Bermagaschi, da Agricultura, cadê a Mônika? Engenheira agrônoma. E daqui nós estamos indo a Ourinhos, lá na exposição agropecuária, na Fapi, lá de Ourinhos. Agradecer ao Bruzarosco, que está aqui conosco, da Secretaria de Emprego, agradecer ao Barreto, da Secretaria de Gestão, aos nossos deputados, os congressistas de São Paulo tem defendido muito bem os nossos interesses lá em Brasília. Inclusive a questão do ICMS, que vira e mexe o pessoal tem que pegar o tributo de São Paulo. E é bom lembrar o seguinte: nós temos 22% da população brasileira. E de tudo que o governo federal arrecada no Brasil, 41,5% saem de São Paulo, quase metade do recurso federal, voltam 11%, sai tudo de São Paulo. Então é uma terra generosa, para ajudar todo o País. Agradecer ao Bragato. Eu fui colega do Bragato, nós fomos deputados juntos. A água daqui é melhor, porque eu fiquei careca e ele está firme. Grande deputado. Agradecer ao Camilo, Camilo que também nos ajudou muito na Assembleia Legislativa, agradecer aqui a presença honrosa do nosso bispo da diocese, nosso monsenhor; abraçar aqui a Santa Casa, eu sou um fã de Santa Casa. A Santa Casa não é estatal, não é do governo, mas também não objetiva lucro, ela é do povo, é da comunidade, é para servir à população, não tem lucro nenhum, trabalha todo mundo de graça lá na mesa provedora, e às vezes ainda tem que ouvir umas chateações porque faz parte da vida, mas o importante… Tolstói dizia que a verdadeira vocação de cada homem e cada mulher é servir às pessoas, nós nascemos para servir ao próximo. E não há maneira mais bonita de servir do que a quem está doente, do que a quem está passando por dificuldade, do que a quem está mais necessitado do nosso apoio, da tecnologia, do amor e da presença da ciência para que ele possa se curar. Quero abraçar os prefeitos, dizer ao Ricardo que conte conosco, viu. Vamos trabalhar juntos, unidos, em beneficio da população. E a todos vocês um grande abraço e muito obrigado!