Alckmin discursa ao entregar 88 leitos de retaguarda ao Hospital Arnaldo Pezzutti

Mogi das Cruzes, 7 de janeiro de 2013

seg, 07/01/2013 - 18h35 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos, estimado prefeito Bertaiolli, vereador Bibo, quero saudar aqui todos os vereadores aqui presentes, deputados federais, o Junji Abe e o Roberto Lucena, secretário de Estado da Saúde Giovanni Guido Cerri, Dra. Keila Alves Franklin, diretora técnica do Hospital Estadual Arnaldo Pezzutti, na pessoa de quem que quero saudar aqui toda a equipe, profissionais de saúde, administrativos, os nossos prefeitos, Paulo Tokuzumi, o Abel Larini, o Testinha, o Benedito Rafael da Silva, deputado Jooji Hato. Amigas e amigos, uma palavra breve. É dizer da alegria de estarmos hoje entregando uma grande obra, são 88 leitos a mais para doentes crônicos.

A medicina ela vai evoluindo. Então antigamente nós tínhamos muitos problemas de moléstia infecto-contagiosa, mal de Hansen, as colônias agrícolas, esta era uma delas, da década de 30 do século passado. Hoje você trata a doença do mal de Hansen em casa. Você trata, não precisa internar a pessoa, não precisa ir para isolamento. Tuberculose: a minha região, Campos do Jordão, tinha 16 sanatórios para tuberculose, então tudo isto mudou. De outro lado… Então as moléstias infectocontagiosas, elas reduziram, eram a grande causa de morte do passado. A gripe espanhola matou 300 mil brasileiros em 1918 e matou mais que a 1ª e a 2ª grandes guerras mundiais somadas, a gripe espanhola. Foi uma epidemia grave, uma pandemia mundial. Hoje mudou isso com a antibiótico-terapia, aumento e melhoria da química, da farmacologia e a população está vivendo mais, então tivemos um ganho espetacular de expectativa de vida. Em compensação aumentaram as doenças crônicas, então esse hospital que nós estamos praticamente inaugurando, com mais 88 leitos ele é muito importante, ele vai beneficiar o Estado e especialmente a região. Então o Professor Giovanni já determinou: aqui será também retaguarda para o Luzia Pinho Melo e para o futuro hospital aqui do lado do distrito de Brás Cubas.

Governar é escolher, nós escolhemos a saúde, então o Luzia Pinho Melo funcionava pela metade, porque a outra parte estava parada a construção. Nós terminamos, o hospital quase dobrou de tamanho, quimioterapia já começou para a parte de oncologia, para câncer, e agora vamos ter também a radioterapia, além da parte cirúrgica. Estamos apoiando o novo hospital, uma beleza, nós vimos agora lá o prédio do hospital de Brás Cubas, do distrito. Inauguramos o AME de Mogi das Cruzes, com mais de 20 especialidades médicas. Vamos ter aqui do lado o hospital novo de Suzano, temos o hospital de Itaquaquecetuba do Estado, o hospital de Ferraz de Vasconcelos, vamos contratar mais 40 médicos, e com o novo plano de cargos e salários nós não vamos ter dificuldade mais de ter médico, porque o plano é extremamente importante para o serviço público, e o maior beneficiário com o novo plano de cargos e salários dos médicos vai ser o povo, que vai ser bem atendido pelo SUS, tendo médico e médicos bem qualificados e aqui estamos entregando 88 leitos e iniciando três grandes investimentos.

O primeiro é a urbanização aqui da área, saneamento daqui da área toda, a parte de esgoto, reforma da parte de cozinha e fisioterapia, nós vamos recuperar o prédio antigo, a segunda obra é UTI que é o doente mais grave que precisa mais da nossa atenção e investimento. Adulto passa de 10 para 20 leitos dobra, e criança passa de 28 para 60 leitos, mais do que dobra, vai ser muito importante para a região. E o terceiro é essa tristeza que é a questão do crack. O Brasil é o hoje o maior consumidor de crack do mundo e o segundo maior consumidor de cocaína do mundo. Lamentavelmente, não é mais só passagem não, é consumo, só perde para os Estados Unidos em consumo de cocaína. E crack é o maior do mundo, ele é o mais barato, né? Borra de cocaína, é muito triste. E dependência química é doença, como é apendicite, como é pneumonia, isso é doença, precisa ter tratamento, e nós precisamos dar a mão e ajudar os jovens a se recuperarem, e é um tratamento caro, demorado, difícil, então nós estamos dobrando praticamente no Estado de São Paulo os nossos leitos para dependência química.

E álcool, a gente é muito intolerante com cigarro, né? E precisa ser, porque cigarro faz mal, mas ninguém bate na mulher porque fumou, ninguém atropela 3, 4 pessoas no ponto do ônibus e mata porque fumou, e nós somos muito tolerantes com o álcool. E grande parte dos jovens começa a beber em casa. Então nós aprovamos uma lei dura, menor de 18 anos não pode consumir álcool. Não é só vender: o cara do bar, do restaurante, é crime se ele fizer isso, e nem consumir, porque o cérebro não está ainda preparado. Então quem começar a beber com 13, 14 anos, a chance de ficar alcoólatra na idade adulta é altíssima. Então esse é um trabalho que tem que fazer o pai, a mãe, a escola, a igreja, os governos, todo mundo, o alcoolismo é tão grave quanto é o problema da drogadição. E a outra é o trabalho de ir ao encontro do dependente químico. O prefeito Bertaiolli colocou bem, uma grande parte tratamento ambulatorial, então ele terá o Caps-AD, que é o Caps Álcool e Droga, AD, que é o tratamento ambulatorial. E nós ficamos na retaguarda, os casos mais graves e internos, e nós vamos ter aqui 40 leitos só para álcool e droga. Para a região, não é só Mogi, mas é uma retaguarda para a região.

Estamos iniciando aqui três grandes investimentos. Mas eu quero dizer da alegria de estarmos juntos, agradecer ao professor Giovanni Cerri. São Paulo tem uma universidade que é a melhor do Brasil, é a Universidade de São Paulo, a USP. A melhor da América Latina é a USP, e está entre as melhores do mundo. E dentro da USP, Professor João Grandino Rodas, que é o reitor, disse que o top é a medicina, dentro da Universidade de São Paulo. Dr. Giovanni Cerri é o diretor da Faculdade de Medicina, que é a melhor escola, é uma das melhores do mundo, e está nos ajudando muito nessa questão da saúde, eu quero aqui agradecer a ele, ao José Manoel, toda equipe da saúde aqui por esse esforço e benefício do povo de São Paulo.

Agradecer aos nossos parlamentares, o Junji Abe e o Roberto de Lucena, que em Brasília trabalham pela nossa região, agradecer ao Bertaiolli, campeão de votos, né? Eu comentei na viagem vindo pra cá, falei: “É campeão de confiança do povo”, né? O povo confia em quem trabalha, não esquece de quem trabalha, se dedica com seriedade, com honestidade, para melhorar a vida das pessoas. Agradecer à Dra. Keila, né? Dra. Keila e toda a equipe aqui do Arnaldo Pezzutti, se precisarem de um modesto anestesista me chamem aqui, mas especialmente cumprimentar aqui a todos. Nós estamos iniciando o ano, né? Então a gente quando inicia o ano renova as esperanças, e aí votos de saúde e paz, saúde e alegria, saúde e fraternidade, mas sempre a saúde vem em primeiro. E é engraçado, a gente só dá valor para saúde no dia que perde. A gente esquenta a cabeça, fica bravo, se irrita com um monte de coisa pequena. Aí, eu tinha um professor que dizia: “A gente só tem uma escala de valores correta das coisas importantes da vida, é quando está doente”, é pena que seja assim. Quando você fica doente aí que você vê que a escala de valores é outra. A vida é um dom de Deus, dom maravilhoso, dom de Deus, e nós temos o dever de preservá-la, né? De ampliá-la. Um dia desses, eu fui à missa, Bertaiolli, e meu padre fez uma prédica e aí perguntou: “Quem quer ir para o céu?”, aí todo mundo… “Quem quer ir hoje?” Nem o padre, ninguém tem pressa, né? Então agora vamos esticando aí. Em Pinda tinha uma senhora, Dona Anita, ela era muito engraçada, tinha 87, 88, então ela dizia: “Olha, eu amo a vida, medo de morrer, medo de morrer”, ela dizia… “Mas como eu já estou chegando nos 90, tal, se um dia por acaso e tal eu morrer, eu quero que ponham uma lápide no meu túmulo ‘Aqui jaz Anita Cabral Moreira, que aqui está contra a vontade'”, né? Amava a vida, né? Pois vamos celebrar a vida, parabéns a Mogi!