Alckmin discursa ao assinar projeto de lei que cria a Fundação Univesp e decreto que institui a Residência Educacional

Palácio dos Bandeirantes, 18 de abril de 2012

qua, 18/04/2012 - 15h28 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia. Bom dia a todos e a todas. Estimado governador Alberto Goldman; nossos reitores: João Grandino Rodas; Fernando Ferreira Costa, da Unicamp; Júlio César Durigan, da Unesp; José Vicente, da Unipalmares; Eduardo Storópoli também aqui conosco; deputados Vitor Sapienza e Pedro Tobias; nossos secretários de Estado, Sidney Beraldo; Paulo Alexandre Barbosa; Herman Voorwald; Lourival Gomes, o José Mendes Junior; o Rogério Menezes; Rubens Rezek; querida Maria Helena Guimarães de Castro; nossos prefeitos e prefeitas aqui presentes; professor Carlos Vogt e sua esposa, dona Deise; Hubert Alquéres; professor chanceler Celso Lafer; professora Laura Laganá; Fredric Litto; Ricardo Haus; vice-reitores, pró-reitores, professores, nossos ex‑reitores, amigas, amigos; João Sayad, professor Brito, uma grande alegria.

Hoje assinamos um decreto e um projeto de lei. O decreto instituindo a Residência Educacional. Aliás, o Beraldo adora um decreto, podendo ele sapeca um decreto. E a residência educacional, ela é super importante. Eu me lembro do meu primeiro plantão na residência médica. Hoje o ensino superior é extremamente relevante, mas nem sempre é suficiente para o exercício profissional, tal é a complexidade que algumas profissões e algumas atividades ganharam nos últimos tempos.

Eu lembro que no meu primeiro plantão de residência, Goldman, tinha um sujeito chamado Mineirinho, um colega que era de Minas. A nossa residência foi no Hospital do Servidor Estadual, dois anos, em anestesia. Hoje é obrigatório três anos, antes de passar um tubo no paciente, fazer respiração artificial… Mas eu me lembro do primeiro plantão, que o colega… o professor era o professor Dubier, chefe do plantão. “Professor, e se tiver uma arritmia?” “Você atropiniza, pega tropina, injete lentamente, endovenoso.” “Professor, e se der uma queda de pressão?” “Você pega Veritol, dilua em dez, injete lentamente.” “Professor, e se tiver um choque pirogênico?” E tal, e foi indo… E eu vi que o Dubier estava ficando irritado. Quando chegou na décima pergunta… “Professor, e se acontecer…” “Aí você chama o médico, viu?”

Então, eu diria o seguinte: a questão da residência para completar a formação profissional, ela é extremamente relevante. E não há nada mais importante do que a formação de professor, nada mais importante. Então a residência educacional pode fazer uma grande diferença, além de motivar os melhores alunos da universidade para vir para o magistério, para motivá-los, para trazer para o magistério e reforçar, fazer aí um plus importante na sua formação.

A outra é o projeto de lei que nós estamos mandando para a Assembleia, criando a Fundação, a quarta universidade, modelo bastante enxuto, a nossa Univesp. O Brasil tem 11% da população com nível superior. O Chile tem 24%. Os Estados Unidos têm 41% da população. O Canadá tem 50% da população com nível superior. Nós temos um percentual pequeno e o acesso é difícil, grande parte da população não consegue ter acesso. E vivemos uma nova linguagem, a linguagem do século 21, que é a rede de computadores.

O ensino a distância, que começou na década de 70, na Open University, na Inglaterra, hoje se espalhou pelo mundo inteiro. Imagina-se que, em uma década, metade dos alunos de nível superior do mundo estudem através da rede de computadores. Então nós estamos frente a uma outra realidade, ótima, que vai possibilitar incluir mais, atender mais e melhor a quem mais precisa, utilizando-se das mais modernas tecnologias para esse trabalho. E em várias áreas, inclusive nas engenharias, que hoje há uma falta enorme. Nós temos um déficit de 20 mil engenheiros por ano, inclusive engenharias já estão sendo preparadas, de computação, de produção, enfim, nas mais variadas áreas para a gente levar o ensino. Está aqui o Lourival Gomes, que tem sob seu comando quantos presos, Lourival? 188.500 presos. O Lourival, ele anda nas penitenciárias, Goldman, e o lema é: “Estou contigo e não abro”, não é?

A possibilidade de levar a educação, cursos, capacitação, qualificação, é enorme. Nós podemos atuar nas mais variadas atividades, nos 645 municípios do Estado de São Paulo. A palavra é de entusiasmo, enorme entusiasmo e a gente tem uma ferramenta nova, um instituto novo para poder fazer mais, melhor, com custos menores, com qualidade e poder atender melhor a população de São Paulo.

Como toda grande obra, é fruto de muitas mãos. Então, quero aqui agradecer ao Goldman, ao Serra, que iniciaram o programa Univesp. Agradecer a todos os nossos secretários; agradecendo aqui ao Beraldo, Dr. Mendes, Paulo Alexandre Barbosa, o Herman Voorwald; os nossos reitores. Nós começamos aqui com padrinhos fortes, as melhores universidades do Brasil, a USP, a Unesp, a Unicamp, da América Latina, ranqueadas mundialmente, as nossas três universidades públicas de São Paulo; Centro Paula Souza, centro de excelência, ensino técnico e tecnológico; Fundação Padre Anchieta, TV Cultura, um instrumento extraordinário do trabalho; Fapesp, uma fundação de amparo à pesquisa, importantíssima também; bons parceiros para esse trabalho.

E, em especial, agradecer o professor Carlos Vogt. Hoje inicia aqui uma jornada, estamos só dando o start. Vai para a Assembleia. Pedir aqui aos nossos deputados, o Pedro Tobias, o Vitor Sapienza, a todos, para a gente o mais rapidamente acelerar a aprovação, instituí-la e queremos, em menos de quatro anos, já passar aí de 24, 25 mil alunos tendo essa oportunidade de estudo. Deixo um grande abraço aqui ao Carlos Vogt e agradecendo muito aqui a presença honrosa, que deu brilho a esse nosso encontro, de cada um de vocês. Muito obrigado.