Alckmin discursa ao assinar decreto para implantação de ciclopassarela sobre o rio Pinheiros

São Paulo, 26 de março de 2013

ter, 26/03/2013 - 20h59 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos! Quero saudar o presidente da Bayer Brasil, doutor Theo Van Der Loo, deputado José Aníbal, secretário de Estado de Energia, o vereador da cidade de São Paulo, da Capital, vereador Goulart, presidente da CESP, dr. Mauro Arce, presidente da EMAE, Ricardo Borsari, subsecretário de energias renováveis, deputado Milton Flávio, secretário Eduardo Jorge, foi secretário do Verde da Capital, a quem quero agradecer a sua ótima ajuda, ao dr. Roberto Loeb, arquiteto responsável por esse belo projeto, dra. Stela Goldenstein, diretora executiva das Águas Claras do Rio Pinheiros, conselheiros, diretores e colaboradores da Bayer, amigas e amigos!

Primeiro, dizer da alegria, presidente, de vir aqui à Bayer, conhecer aqui o site da indústria! Aliás, a fábrica, a indústria dá sorte, não é? Porque o Laudo Natel está com 95 anos de idade, ótimo, melhor do que nós, viu? Então, é a excelência aqui da indústria farmacêutica, química, agricultura. E eu aqui, mato saudades do meu pai que era veterinário, e eu até os 16 anos de idade só morei na zona rural, em fazenda, onde meu pai trabalhava. E ele dizia que o contato com a natureza aproxima o homem de Deus. E adorei um livro que fala da agricultura aqui dos trópicos, essa espetacular agricultura brasileira! Mas quero destacar que eu acho que nós estamos fazendo um grande projeto de requalificação urbana aqui em São Paulo, com a ponte da Bayer. Aliás, um belíssimo projeto, estruturalmente baseado na vitória-régia, um projeto muito bonito e nós vamos complementá-lo com 2,8km de ciclovia. Então vai do canal de Guarapiranga para a ponte do Socorro, então encaixa lá na ponte do Socorro e vai da ponte da Bayer, no canal do Guarapiranga, interliga com a estação de metrô, a estação Santo Amaro da Linha 5 e vai até o Projeto Pomar. Então nós vamos ter ligação dos dois lados: a Bayer no meio, de um lado para a ponte de Socorro, do outro lado para o Metrô e até o Projeto Pomar. Esses 2,8km da nossa conta, o crédito que nós estamos abrindo é de R$ 1,9 milhão e quem vai executar é a EMAE, não é isso? A EMAE vai executar. Você tem que entrar no ritmo da Bayer, senão vamos passar vergonha: em agosto a ponte está pronta e a ciclovia não está!

E nós abrimos um outro crédito de R$ 4 milhões. Nós temos um lado do rio… Aliás, essa é a primeira ciclovia na margem de cá, porque só tem na margem esquerda, porque o rio corre… É, na margem esquerda, porque o rio corre para o Tietê, né? Se bem que esse rio também dá marcha a ré, né? Porque o projeto, ele tem bombeamento para a represa, para a Billings. Aliás, um projeto fantástico, no começo do século passado, em que a reversão do rio Pinheiros joga água na Billings e a Billings despeja no paredão da Serra do Mar e movimenta a usina Henry Borden, lá em Cubatão. Aliás, é a melhor usina hidrelétrica em termos de eficiência, porque a queda d’água é gigantesca!

Mas, o fato é que nós vamos ter a primeira ciclovia. Nós temos do lado de cá do rio, a Universidade de São Paulo, a USP, melhor universidade latino-americana e do outro lado do rio, o Parque Villa-Lobos, que vamos expandir agora, nós vamos ter um outro parque do lado do Villa-Lobos, aquele terreno que o Metrô usava para a Linha 4, Linha Amarela do metrô, desocupamos, então vai ter um outro parque do lado. Então nós assinamos hoje aqui o recurso para Fupam, para fazer o projeto executivo de uma mega passarela sobre o rio Pinheiros, ligando a USP, toda ela com ciclovia, até o Parque Villa-Lobos. Então, é uma obra grande, essa passarela, ciclopassarela ela tem inclusive um mirante lá no alto, lugar de parada, um projeto muito bonito de arquitetura. E aí nós… E vai também derrubar o muro da USP, tudo nesse projeto, cai aquele muro da USP, ali vai ter uma grade, abre a Universidade de São Paulo para a cidade, faz a ciclovia, faz a ciclopassarela e chega ao Parque Villa-Lobos, cruza o rio Pinheiros. E esse projeto aqui, à medida que a gente puder ir prolongando, já podia fazer o projeto executivo para ganhar tempo, para a gente continuá-lo. Temos dois desafios aí: continuar para a USP e continuar para a Guarapiranga, a represa de Guarapiranga… A represa Billings. Que tem ciclovia lá, não é? Aí emenda do outro lado.

Mario Covas conta, presidente, que tinha uma senhora, quando ele era prefeito de São Paulo, tinha uma senhora de um bairro que ele dizia que era uma baixinha, agitada, e que ela ia lá para pedir para asfaltar as ruas do bairro, isso há 40 anos. Aí, ele: “ó, vocês se tranquem aí na sala, discutam, discutam, discutam e me tragam as prioridades”. Aí, eles discutiram, discutiram, dez ruas, eram 40 ruas no bairro, asfaltava dez. Dez meses depois volta todo mundo de ônibus lá na prefeitura e tal, “queremos asfaltar mais”. “Vocês se tranquem na sala, me tirem mais dez”. Até que no finalzinho, faltavam três ruas e uma das três era a rua dela, ela deixou a dela para o final e foi fazendo. Nós temos duas ciclovias aqui: para a USP e para a Billings. Então, vocês se tranquem na sala e digam qual é a primeira! Não é que não vá fazer as duas, mas qual seria a mais urgente, e o custo.

Mas quero aqui agradecer à Bayer por esse exemplo de cidadania de ajudar a cidade, melhorar o aspecto urbano, atender aos seus trabalhadores. Nós vamos ter, nessa primeira etapa, já 2,8km de ciclovia. E ciclovia não é só lazer, ela é meio de transporte, no mundo inteiro, ciclovia a pessoa usa para estudar, usa para ir para o lazer, usa para trabalhar, então um importante instrumento. E só a Bayer… Tem quantos colaboradores aqui, presidente? Dois mil. É uma cidade, praticamente aqui. Então vai ter que ser uma ligação muito estratégica. Mas queria agradecer ao José Aníbal, nosso secretário de Energia, ao Ricardo Borsari, que vai correr até agosto aí para entregar, ao Goulart, ao Milton Flávio, o Eduardo Jorge, nosso arquiteto Loeb e especialmente aqui, ao dr. Theo e toda a equipe aqui da Bayer. E se Deus quiser, já que ficou 40 anos sem o governador vir, vou vir duas vezes para bater o recorde, não é? Então, em agosto tomaremos outro café. Muito obrigado!