Alckmin discursa ao assinar convênio para a construção de 4,9 mil moradias na região de Campinas

Campinas, 10 de janeiro de 2013

qui, 10/01/2013 - 19h02 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos! Dizer da alegria de nos encontrarmos aqui em Campinas. Cumprimentar o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Barros de Munhoz, o prefeito anfitrião, prefeito de Campinas, Jonas Donizette, a Sandra, alegria em revê-la. Cumprimentar o vice-prefeito, Henrique Magalhães Teixeira, vereador Campos Filho, saudando aqui toda a Câmara Municipal. O vereador de Campinas é senador, não é, presidente? Os deputados federais, o Carlos Sampaio, nosso líder em Brasília; Wanderlei Macris, deputado federal, que nos acompanha hoje desde cedo, deputados estaduais, a Célia Leão, estávamos juntos, o Feliciano Filho, deputado estadual, deputado federal Sílvio Torres, secretário de Estado da Habitação, deputado Davi Zaia, secretário de Estado de Gestão Pública, secretário Edmur Mesquita, prefeita de Sumaré, Cristina Carrara, prefeito de Americana, Diego de Nadai, de Nova Odessa, o Benjamim de Souza, que também está aqui conosco, o Dr. Glauber Marques Correia, superintendente regional da Caixa Econômica Federal, abraçando aqui toda a equipe da Caixa Econômica Federal, Reinaldo Iapequino, da Casa Paulista, Dr. Licurgo Nunes Costa, do Deinter-2, coronel Luís Marcos Teodoro de Souza, comandante da região, a Ester Viana, secretária executiva aqui da região metropolitana de Campinas, Dr. Luís Alberto Küster, presidente do aeroporto de Viracopos, o artista plástico Egas Francisco, a quem quero agradecer a fidalguia, muito obrigado por sua homenagem, a aquarela, secretários aqui dos municípios, representantes de entidades de classe, lideranças.

É uma grande alegria, nós estamos desde cedo aqui na região. Primeiro fomos a Jaguariúna para lançar o pedágio ponto-a-ponto. Nós já lançamos na Rodovia Santos Dumont, em Indaiatuba, já lançamos na Rodovia Jundiaí-Itatiba, lá em Itatiba; e hoje, em Jaguariúna. Já temos até agora 5,8 mil carros de Jaguariúna cadastrados. E à meia-noite começa a vigorar. O tag é de graça, é gratuito e quem colocar o tag terá um desconto de 50% a partir da meia-noite de hoje. E vamos continuar esse cadastramento para a cidade de Jaguariúna, e depois que tiver o pórtico pronto, para toda a região. Aliás, beneficia não só Jaguariúna, mas também o bairro de Bananal, aqui de Campinas. E iremos agora, em seguida, a Espírito Santo do Pinhal. Nós já tínhamos contratado 120 leitos a mais no Instituto Américo Bairral, em Itapira, inclusive tratamento em fazenda, comunidade terapêutica para dependentes químicos de álcool e droga. E agora estamos indo a Espírito Santo do Pinhal já assinar mais 105 leitos no Hospital Bezerra de Menezes. Com isso, nós chegamos a 691 leitos no Estado de São Paulo, gratuitos, só para dependente químico. A nossa meta é chegar a 1,3 mil leitos. Vamos inaugurar em março um hospital em Botucatu só para essa questão da saúde mental e dos tratamentos.

Esse é um problema grave de saúde pública hoje no Brasil inteiro, é um problema… O Brasil, infelizmente, é o segundo maior consumidor de cocaína do mundo, e o primeiro maior consumidor de crack, que é gravíssimo sob o ponto de vista social. Então, é prender o criminoso que faz tráfico de droga e dar a mão ao doente. Dependência química é doença, como é apendicite, pneumonia. Precisa de tratamento. Nós vamos fazer junto com as prefeituras, dando a retaguarda das comunidades terapêuticas e dos leitos hospitalares. É comum você ver uma mãe, uma pessoa da família, dizendo: “olha, meu filho, alguém da família, a situação é difícil”… Então, é oferecer a oportunidade do tratamento e da recuperação. E hoje, aqui, no 10º dia do mandato do Jonas, da Cristina e o nosso Diego já é o segundo mandato, para podermos assinar com a Caixa Econômica Federal, este convênio. São 4.916 unidades. Se a gente imaginar aí cinco pessoas em cada família, nós estamos falando de uma cidade de 25 mil pessoas, que vão realizar o sonho da casa própria, sair do aluguel. É uma boa parceria. O Brasil é uma república federativa, a federação não é para o governo municipal disputar, competir com o estadual, ou o estadual competir com o federal, mas é para unir esforços. E aqui está um bom exemplo de união. Nós assinamos com a presidenta Dilma, no ano passado, 100 mil unidades no Estado de São Paulo, onde nós vamos colocar, a fundo perdido, até R$ 20 mil por unidade. Ou seja, pode chegar a R$ 2 bilhões a participação do governo do Estado. Com que objetivo? Possibilitar a quem ganha um salário mínimo, dois, três, a famílias de menor renda, poderem realizar o sonho da casa própria. O nosso não é financiamento. Então, 100 mil só com a Caixa Econômica Federal. Agora entrou também o Banco do Brasil, mais 20 mil unidades. E aqui, hoje, na região: Campinas, 600 apartamentos, no Bairro dos Amarais; Americana, 896; Hortolândia, 740; e Sumaré, 2.680 unidades. E esse modelo, com o setor privado, ele é rápido. Eu estou entregando unidades habitacionais da CDHU do meu outro mandato, agora que estamos entregando. Aqui, as 5 mil estarão prontas entre dezembro desse ano e abril do ano que vem. Ou seja, 14, 15 meses está tudo inaugurado. O setor privado compra o terreno, faz a infraestrutura, executa tudo, entrega a chave. E, quem tem dinheiro, não falta casa, quem é rico tem casa à vontade, está sobrando. O problema é como quem tem renda menor poder comprar uma casa.

A prestação é muito elevada, não sobra dinheiro do salário. Então, esse programa atende a quem precisa, que são as famílias de menor renda. Ele tem o objetivo da moradia, da habitação, que é a segurança da família, e tem o objetivo do emprego, porque cada apartamento são três empregos na indústria da construção civil. É pedreiro, servente, engenheiro, secretária, motorista, comércio, todo mundo trabalhando. Então, gera muito emprego, ajuda o Brasil a criar mais postos de trabalho. Aliás, ontem, Barros, conversando com a minha esposa, com a Lu, ela está fazendo um programa… A maioria são mulheres, mas não só mulheres, a gente chama de qualificação profissional. Então, tem a parte de gastronomia… Tudo que é “eiro” está faltando, tudo que é “eiro”: padeiro, chapeiro, marceneiro, carpinteiro, pedreiro, o que é “eiro” não tem. Então, tem lá o curso… Como? Dinheiro! Bom, é preciso profissionalizar para chegar lá. O pessoal é rápido aqui, hein?! Campinas não é fraca, não, hein?! Mas o fato é que ela estava dizendo o seguinte: tem o curso de gastronomia, tem o curso de imagem pessoal – cabeleireiro, pedicure, manicure, maquiagem… Tem o curso de costureira, piloteira, bordadeira e tem construção civil. Impressionante as mulheres. Pedreiro, assentar azulejo. Olha, é nota 10. Em quantidade de mulheres e capacidade de trabalho.

Então, aqui nós estamos falando de quase 15 mil empregos, R$ 397 milhões de investimento na região. E o mais importante, a família poder ter a casa própria. Diz que na vida a gente vive de sonho, eu vejo lá a minha netinha, é a boneca para cá, boneca para lá. Os netinhos… É o carrinho de brinquedo, o cavalinho. Depois a gente sonha com a namorada, sonha com o namorado, depois sonha com os filhos. E o sonho da família é a casa própria, é você poder sair do aluguel, ter aquele segurança de um teto, poder deixar para os filhos. Esse é o grande sonho. E nós estamos trabalhando aí de manga arregaçada. E quero aqui agradecer à Caixa Econômica Federal, cumprindo uma importantíssima função social, e ao governo federal, porque, além do financiamento, também tem recurso orçamentário. E agradecer aqui ao Silvio Torres, ao Iapequino, à toda a equipe da Secretaria da Habitação. Eu sempre defendi que nós não deveríamos, Jonas, ficar construindo casas. Não tem muita razão o governo do Estado ficar fazendo prédio, isso aí é função do setor privado. Nós temos é que equalizar a taxa de juros e subsidiar famílias de menor renda. O setor privado faz mais depressa e entrega tudo pronto, nós entramos… Aí nasceu a nossa agência, a Casa Paulista, no sentido desse novo modelo, de você trabalhar junto com o setor privado, com os órgãos de financiamento, como é a Caixa Econômica Federal, que trabalha com o recurso do FGTS. E nós entramos equalizando taxa de juros ou com o Fundo de Habitação de Interesse Social, com recurso a fundo perdido para possibilitar a moradia para as famílias de menor renda.

É uma grande alegria, quero aqui agradecer aos nossos parlamentares, que lá em Brasília estão defendendo os interesses da população de São Paulo, o Carlão e o Macris. Os nossos deputados estaduais, o presidente da Assembleia, um grande parceiro, o Barros Munhoz. O Feliciano Filho, a Célia Leão. Dizer que nós temos uma lei que está no orçamento: 1% do ICMS é só para habitação. São Paulo é o único Estado do Brasil que põe dinheiro do orçamento para moradia, para não deixar ninguém para trás. Então, quem ganha um salário pode realizar o sonho de ter a casa própria. Porque quem ganha um salário, era até agora R$ 622,00, 15% disso dá R$ 93,00. Quanto é o aluguel aqui em Campinas? R$ 500,00? R$ 400,00? R$ 600,00? Quem ganha um salário vai pagar? R$ 90,00… Porque não pode passar de 15% da renda da família, no caso da CDHU.

Então, ou seja, ajuda a população que mais precisa. Mas quero deixar um grande abraço e pedir licença para vocês para a gente ir lá para o Espírito Santo do Pinhal, mas, logo, logo, pode pôr o café no bule aí, Jonas, porque nós estaremos de volta. E quero cumprimentar o Jonas. Ele… Médico tem olho clínico, né? Vai ser bom prefeito, viu Sandra? Ele vai fazer um grande trabalho. Eu sou um grande fã da democracia, um grande fã. Acho que a população erra menos que as elites, muito menos. O povo não é bobo, separa o que está certo do que está errado, acerta, não espera mágica. Mas quer dedicação, empenho, seriedade, e aquela paixão que deve mover quem trabalha pelo coletivo. Nós não trabalhamos para uma empresa dar lucro, nós trabalhamos… O nosso abraço é coletivo, nós trabalhamos para melhorar a vida de todos e principalmente de quem mais precisa, e fazer justiça. Uma vez eu, conversando com o meu saudoso pai, nós discutíamos: qual seria a maior virtude? Ele falou: “Meu filho, é a Justiça. Porque quem é justo ama, quem é justo é fiel.” A justiça é um grande sentido, justiça social, justiça tributária, a justiça traz liberdade, é o grande valor da vida pública. E eu vejo no trabalho do Jonas, que montou uma boa equipe. O Montoro dizia… “É como uma orquestra: você não precisa saber tocar todos os instrumentos, mas o maestro precisa formar a equipe”. E essa é uma equipe… Aqui em Campinas só tem Neymar ou o Cássio, o goleiro do Corinthians não é o Cássio? Ou o Lucas, o Lucas não, é do São Paulo? Ou do Palmeiras, ajuda aí… Barcos. Ou aqui do Guarani, da Ponte Preta. Aliás, para encerrar, um convite: aqui do lado, à noite, show cultural – o Peixe jogará hoje lá! Um grande abraço!