Alckmin discursa ao anunciar investimentos e desocupar a Cadeia Pública de São Roque

São Roque, 3 de abril de 2013

qua, 03/04/2013 - 15h04 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos! Dizer da alegria de estarmos aqui em São Roque, cumprimentar o prefeito, o nosso anfitrião. Prefeito Daniel de Oliveira Costa, prefeito de São Roque, a presidente do Fundo Social de Solidariedade, Elenice Rodrigues de Oliveira, juiz de Direito, diretor do fórum, dr. Cássio Pereira Brizola, promotor de Justiça e secretário da Promotoria de São Roque, dr. Wilson Velasco Júnior, vice-prefeito, João Paulo de Oliveira, secretário da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, secretário de Turismo, Claudio Valverde, deputado federal Arnaldo Jardim, deputados estaduais João Caramez, Gilmaci Santos e Osvaldo Verginio, dr. Maurício Blazeck, delegado geral de polícia, dr. Júlio Gustavo Vieira Guebert, delegado diretor do Deinter 7 de Sorocaba, prefeito de Alumínio, José Aparecido Tiseo, delegado seccional de Sorocaba, dr. Marcelo José Carriel Júnior, coordenador das unidades prisionais, Luiz Carlos Catirse, padre Benedito Aparecido Cesário, pároco aqui da paróquia da Igreja de São João Batista, nossos pastores aqui presentes, capitão Emerson, o presidente do Conseg, o Roque Tadeu Dias. Queria saudar também aqui o delegado dr. Marcelo, né? Cadê o Dr. Marcelo? Aqui o dr. Marcelo, que é o delegado aqui titular da cidade. Como é que chama a delegada que cuidava dos presos? Doutora Luciane também está aqui? Sobe aqui dra. Luciane, vem aqui. Cumprimentar também a dra. Luciane, todos os delegados. Vejo aqui a dra. Marilda, que preside a associação também dos delegados, cumprimentar os investigadores, escrivães, agentes policiais, enfim, toda a Polícia Civil, Militar, Científica. Cumprimentar o nosso querido coronel, o chefe da Casa Militar do Mario Covas, amigas e amigos.

Uma boa notícia… Nós chegamos a ter aqui, dizia a doutora, quantos presos: 240 presos, um cubículo verdadeiro. Uma vez, eu vi uma entrevista de um ex-presidiário na televisão, no programa da Marília Gabriela, ele escreveu um livro e aí foi lançar o livro, e ela o entrevistou, o sujeito ficou dez anos preso. Aí, ela perguntou para ele: o que você viu de melhor e o que você viu de pior no tempo em que você esteve preso? Ele falou: “olha, de melhor foi a penitenciária de Pirajuí”. É uma penitenciária do Estado, do lado de Bauru, que é uma fábrica penitenciária, todos os presos trabalham, é uma indústria, faz móvel, carteira de escola, mesa, faz toda a parte de mobiliário do Estado através da Funap. E o que você viu de pior? Ele falou: “o pior não é a penitenciária, o pior é cadeia”. Imagine você entrar num elevador lotado, você fica contando ali os segundos para sair do elevador. Agora, você imagina você morar num elevador lotado: isso é cadeia. São Paulo tinha quanto? Noventa mil presos, 35 mil em cadeia, mais de um terço, quase 40% dos presos do Estado de São Paulo estavam em cadeia, inclusive cumprindo pena em cadeia, não era preso provisório aguardando julgamento, cumprindo pena em cadeia. Uma vez, eu reuni a Polícia Civil e perguntei: o que é que nós poderíamos fazer de mais rápido que ajudasse a melhorar a eficiência da Polícia Civil, Polícia Investigativa, Polícia Judiciária? E o delegado geral na época falou: “olha, tira os presos da cadeia, tire os presos dos distritos policiais, das delegacias, o senhor vai ver como vai melhorar o trabalho da polícia”. E nós começamos esse trabalho. Hoje, nós temos 203 mil presos e 4.400 em cadeia, um por cento seriam 2.200 são 2%. Em agosto, zera preso homem, zera agora em agosto e as mulheres, as mulheres seriam antes, é que a empresa, uma empresa que construía duas, dois conjuntos de penitenciárias, a empresa quebrou e nós tivemos que relicitar a obra, então isso atrasou um pouquinho.
Mas até o meio do ano que vem zeram as mulheres também, aliás, mulher é pouco.

Dos 203 mil presos, quantos por cento são homens e quantos por cento são mulheres? Deveria ser 51% mulher, né? Se correspondesse à população. Não. Quantos por cento, Lourival? Seis por cento, 94% é homem, mulher é só 6%. Ainda é a má companhia dos homens, não é isso? Então, até o ano que vem zera, e aqui na região nós vamos já zerar tudo, praticamente Sorocaba não tem mais preso em cadeia. São Roque tinha 204, zerou; Capão Bonito, 71, zera; Buri, 34, zera; Itapeva, 111, zera; Pilar do Sul, 17, zera; Porangaba, 16, zera. São Paulo já não tem também, Campinas não tem, Guarulhos não tem, Osasco não tem, as grandes cidades. E mais cinco meses, zeram os homens, e até o ano que vem zeram as mulheres. Presos aguardam julgamento no CDP, o Centro de Detenção Provisória. Foi julgado, está absolvido, vai embora; está condenado, vai cumprir pena em penitenciária. Quantos presos trabalham hoje dos condenados? Cinquenta e cinco mil presos já estão trabalhando, a cada três dias de trabalho tem a remissão de um dia de pena. Quantos estudam, Lourival? Dezesseis mil estudando. Nós estamos ampliando tanto… Agora a Secretaria da Educação está indo para dentro das penitenciárias para poder levar o EJA, a Escola de Jovens e Adultos.

E queremos a maior parte dos presos, todos trabalhando, e adquirindo uma profissão para, quando voltar ao convívio da sociedade, estarem preparados. E trabalhamos com os egressos, porque se nós não cuidarmos deles o crime cuida, então nós trabalhamos com os egressos, dá a mão quando sai, para poder se encaminhar na vida, poder arrumar um trabalho, se capacitar profissionalmente. E agora a Polícia Civil, não tendo mais nenhum preso, aqui só vai ficar uma cela de passagem, a hora que a polícia prende alguém, já vai para o CDP. Se for fim de semana, fica sábado e domingo, segunda-feira já vai para o CDP, só passagem, o restante todo derruba as celas, cada cidade dá um destino adequado aí a esse espaço, de acordo com os objetivos da Polícia Civil. Nós vamos ganhar muito em termos de investigação, esclarecimento dos crimes e prisão dos criminosos. O ser humano não é melhor ou pior num país ou em outro. Olavo Bilac dizia que há no interior de cada homem, ou de cada mulher, um demônio que ruge e um Deus que chora. O ser humano é imperfeito no mundo inteiro. Por que é que em alguns lugares tem menos criminalidade? Porque não tem impunidade. O sujeito rouba automóvel porque ele acha que não vai ser pego, porque se ele tivesse certeza de que ia ser preso, ele não roubava, ele acha que vai escapar.

O crime do colarinho branco… O pessoal só comete crime, políticos só cometem crime porque acham que não vão para a cadeia. A diferença é que em outros países, milionário é pego dentro do avião, tira e leva para a cadeia, milionário, não tem prisão só para as pessoas pobres não, é para todo mundo. Então, não pode haver impunidade. Para não ter impunidade, tem que ter investigação e esclarecimento dos crimes, não tem crime perfeito, a gente fica triste quando vê uma injustiça ser cometida e não acontecer nada, nada. Não é possível! Isso estimula a atividade criminosa, o sujeito vai dizer: “ah, não vai pegar”. Então, infelizmente é ruim ter 200 mil presos, mas é por isso que a criminalidade cai. São Paulo tinha 13 mil homicídios por ano, baixou para 12 mil, 11 mil, 10 mil, 9 mil, 8 mil, 7 mil, 6 mil, 5 mil… No ano passado foram 4.800, e nós não estamos satisfeitos, queremos baixar mais ainda. E por isso é Polícia Militar na rua 24h, eu estou indo agora, vou passar por Sorocaba, já vai ter atividade delegada, para a gente ter mais policiais nas ruas, policiamento ostensivo, progressivo, não é polícia no quartel, é polícia nas ruas ostensivamente, preventivamente, repressivamente, e Polícia Civil investigando rapidamente, Polícia Científica com perícia técnica, nós vamos equipar muito a Polícia Científica para ter perícia rapidamente e a gente poder prestar bons serviços à sociedade.

E o Lourival, que toma conta dos 200 mil presos, tem um lema, quando ele anda nas penitenciárias, né, ele fala: “estou contigo e não abro”. A segunda boa notícia é que São Roque é uma estância turística, então nós estamos liberando aí, o Claudio Valverde está aqui. Cadê o Claudio? O Cláudio, ele é primo daquela moça bonita, a Ísis Valverde, vocês conhecem? Você diz que é prima, eu estava espalhando, né? Eu tinha uma tia em Guaratinguetá, Tia Janira, que tinha muito Alckmin lá no Vale do Paraíba, porque é família de Minas, né, Minas Gerais. Então, quando perguntava: dona Janira, o fulano, o rapaz aí é seu primo, Alckmin? Ela dizia: “Como é que ele é”? Ah, é um rapaz muito honesto, muito trabalhador. “Esse é primo, viu”? Mas, dava uma boa investigada antes, né? Mas o Cláudio está fazendo ali um bom trabalho e está liberado aí, prefeito, para você caprichar ainda mais aqui na cidade para ficar São Roque, e ofereça um vinho para a gente depois aí. E olha, já foram investidos aqui R$ 16 milhões.

Em 2007, a estrada, pavimentação da estrada do Saboó. Em 2008, foi para a requalificação da área central; em 2009 foi conclusão do sistema arterial, o centro, Jardim Renê, bairro Taboão; em 2010, avenida Bandeirantes; em 2011, conclusão do sistema arterial; em 2012, revitalização da área central. E o prefeito vai definir agora para 2013, nós vamos investir quanto nas instâncias turísticas? Duzentos? Duzentos e oitenta e oito milhões de reais. Turismo é emprego, emprego direto, na veia! Emprego direto. Então, turismo, quanto mais cresce, todo mundo trabalha, no restaurante, hotel, serviços, táxi, é emprego na veia. A indústria robotiza; a Volkswagen tinha, 30 anos atrás, 42 mil funcionários, era uma cidade, hoje fabrica muito mais carro, tem um terço dos empregados. A agricultura mecaniza, você colhe tudo com máquina, tudo com máquina, passa a máquina, até café, que antigamente precisava de muita gente para colher café, tem uma máquina, chacoalha o pé de café, tem uma rede embaixo, recolhe. O emprego no mundo moderno é o setor terciário da economia, serviços. Por isso, nós trazemos aqui uma terceira boa notícia, a Fatec aqui em São Roque… Já tinha a Etec, agora vamos fazer, já fizemos a Fatec, tem um curso já que é técnico de sistemas para a internet, é TI, é internet, é informática. E teremos no segundo semestre, segurança do trabalho, então, já terá um segundo curso aqui na Fatec. Então, aqui, a Fatec é mais serviços, a Fatec de Sorocaba mais indústria; metal-mecânica, toda a parte automobilística. Então, em Sorocaba a Fatec mais industrial, aqui mais serviços. E depois, tem uma quarta boa notícia que é a creche, o prefeito já assinou o termo de adesão. Depois temos uma quinta boa notícia, que é o saneamento básico, nós estamos investindo aqui R$ 37,7 milhões na Sabesp, para obras de coleta e tratamento de esgoto, ser uma cidade 300%, 100% de água tratada, 100% de esgoto coletado, 100% de esgoto tratado. Tem uma sexta boa notícia, que é a Defesa Civil, nós estamos liberando para a ponte sobre o rio Aracaí R$ 726 mil, a obra já está licitada, deve começar nos próximos dias, é a ponte que caiu, não é isso? Temos também o Melhor Caminho, 11,5km de estrada rural, da Capela do Cepo ao bairro Ponte Lavrada, Caetê. É isso? Estão fazendo, está concluindo já a obra. Temos obras importantes também na Raposo Tavares, e tem um problema aqui que eu estou vendo, obra paralisada no terreno do distrito Mailasqui. O que é que houve com a escola lá, que parou? É a empresa, será? Está errada a minha informação?

Então, é uma escola nova no distrito de Mailasqui, que depende só da Prefeitura, e aí conclui a escola. O prefeito também deixou aqui alguns pleitos que nós vamos analisar com todo o empenho, mas eu queria aqui agradecer ao Lourival, mais um ótimo trabalho, Lourival está à disposição 24h com o celular ligado, né? Para trabalhar pela população, é um servidor, quantos anos de administração penitenciária? Quarenta anos. Entrou como? Oficial administrativo. Quarenta anos de carreira, galgando passo-a-passo até ser o secretário de Estado da Administração Penitenciária. Um belo exemplo aí, do nosso Lourival Gomes. Queria agradecer aos nossos parlamentares, passou aqui o Arnaldo, o Arnaldo Jardim, que é deputado federal, um dos melhores deputados federais de São Paulo, grande deputado federal, tem nos ajudado muito lá no Congresso. Nossos deputados estaduais, Osvaldo Verginio, nós temos um slogan, “é dos carecas que elas gostam mais”. Gilmaci também, bom companheiro nosso na Assembleia Legislativa, tem nos ajudado muito. João Caramez, cadê o Caramez? Aqui. Falou o nome dos seus colegas, agradecer ao Claudio, secretário de Turismo. Cumprimentar aqui os nossos delegados, dr. Blazeck, toda a equipe da Polícia Civil. Nós viemos buscar aqui na região o delegado geral, que ele era o diretor aqui da região, então viemos buscar aqui a pessoa responsável pela Delegacia Geral da Polícia de São Paulo.

Hoje, eu estive de manhã com o primeiro-ministro da Bélgica, e ele perguntou quantos policiais tinha São Paulo, e eu respondi: Militar, Civil e Científica, 140 mil policiais na ativa, fora os aposentados. Ele não acreditou no tamanho da força policial que nós temos em São Paulo… E podem confiar, a polícia vai responder forte, no sentido de melhorar todos os nossos indicadores em benefício da população. Abraçando o dr. Blazeck, quero abraçar toda a Polícia Civil aqui presente, também a Polícia Militar e Científica. E dizer para o Daniel que conte com a gente, viu, Daniel? Vamos somar esforços aí no sentido de trabalhar pela população. Quando a gente une os esforços, a gente faz mais, faz melhor em benefício da população. E para mim, é uma alegria voltar a São Roque, cidade tão gostosa, tão bonita, tão hospitaleira, tão acolhedora. Muito obrigado! Voltarei sim, e bastante. É a vice-campeã do Estado de São Paulo. Por quê? Por que vice-campeã? A primeira, óbvio, é Pindamonhangaba, né? A primeira é sempre a nossa aldeia, né? Mas, é uma belíssima cidade, eu me sinto em casa. Muito obrigado!