Alckmin anuncia investimentos no Projeto Tietê III

Palácio dos Bandeirantes, 15 de março de 2013

sex, 15/03/2013 - 20h04 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos! Quero cumprimentar o doutor Luciano Coutinho, presidente do BNDES, deputado Edson Giriboni, secretário de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos, deputado Júlio Semeghini, secretário de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Regional, doutora Dilma Pena, presidente da Sabesp, Ricardo Borsari, presidente da EMAE, o José Manuel Coelho, o Manu, prefeito de Tatuí, vereador Mario Covas Neto, vereador da capital, dirigentes e colaboradores da Sabesp, do BNDES, empresários do setor do saneamento, da construção. Nossa palavra é de agradecimento, Luciano Coutinho.

Uma importante parceria, esse recurso vem em boa hora para o Projeto Tietê III, completando aí o funding do financiamento. Uma obra de grande importância em termos de esgoto; coleta e tratamento de esgotos. Eu até estava vendo o mapa ali e eu pedi à presidenta Dilma para nos fazer um cronograma. Porque a gente olha o Tietê e fica desanimado, não é? Então, para a gente ter ânimo, esperança, nós precisamos acompanhar a volta da mancha. Ela estava em Barra Bonita, ela retrocedeu 160 km, hoje está em Salto. A pergunta é: onde estará em 2014? Onde estará em 2015, 2016, 2017? Então, qual é a próxima etapa? É chegar a Cabreúva, depois Pirapora do Bom Jesus, Santana do Parnaíba, Barueri. Para a gente ir acompanhando, eu dizia ao Luciano Coutinho que é uma tarefa muito mais difícil do que foi a despoluição do Tâmisa, em Londres, ou do Sena, em Paris, que são rios de foz, perto do mar, muita água. Aqui é muito pouca água. É rio de cabeceira, 700 metros de altura!

O Tietê, quando passa por São Paulo é um corregozinho, não é? Porque a maior parte é poluição, não é água. No inverno então, como é que você dilui? Quando chega ao rio Paranazão, aí sim: aí é o baixo Tietê. Recebe muitos afluentes e aí vai limpando tudo. Então é uma tarefa muito mais difícil. E a 700 metros de altura, nós temos aqui 22 milhões de pessoas. A terceira metrópole do mundo, só atrás da grade Tóquio e da grande Nova Délhi. Maior que Nova Iorque, Cidade do México, Mumbai, na Índia, Xangai, na China. Então o desafio é muito maior, e por isso o esforço redobrado aí da Sabesp. Aqui foi mencionada uma coisa importante, que às vezes se faz um investimento muito grande, mas hoje, onde que tem menos saneamento? É na periferia. E as famílias que têm menor renda e não tem dinheiro para pagar a ligação. Você investe bilhões em estação, interceptor, grandes bombeamentos, mas a pessoa não tem R$ 1.800,00 para fazer a ligação, então o Se Liga na Rede, vai indo casa por casa, aí se a pessoa ganhar até três salários, faz a ligação gratuita: 80% o Estado paga e 20% a Sabesp. Um investimento importantíssimo do ponto de vista econômico, injeta na economia R$ 1,35 bilhão.

Construção civil que é emprego na veia, emprego direto no setor de construção, saneamento básico, que é saúde. Eu já fiz anestesia na Santa Casa de Pinda em criança com obstrução intestinal por bolo de ascaris, tem tanta lombriga ascaris lumbricoides que vai embolando que nem um novelo de lá e fecha o intestino. Então você opera, pega um monte de minhoca, de bolo de ascaris, então sai pelo nariz, pelo ouvido, enfim, é impressionante… Então, isso já melhorou muito, mas as verminoses eram questões graves. E criança é direto, põe a mão no chão e põe a mão na boca, põe a mão no chão e põe a mão na boca, então afastar o esgoto de perto de casa e tratar o esgoto é fundamental. E a outra é limpar os rios. As cidades nasceram em torno dos rios e depois acabaram tendo que esconder os rios porque os rios ficaram fétidos, poluídos. Nós precisamos agora é recuperar as nossas bacias hidrográficas até porque, eu ainda tenho esperança, de que este é o ano do Peixe, do Santos Futebol Clube.

Mas queria agradecer ao Luciano Coutinho pela grande parceria com São Paulo do BNDES, muito obrigado a toda sua equipe pela eficiência, competência, seriedade do BNDES. Agradecer ao Júlio Semeghini, aos nossos secretários, ao Edson Giriboni, à Dilma, que preside uma grande empresa, uma das maiores do mundo, que é a Sabesp, que foi a primeira empresa estatal a entrar no novo mercado que exige governança coorporativa, transparência, respeito aos minoritários e principalmente à população de São Paulo, porque vai ser a maior beneficiária desse trabalho. Colocar água é a prioridade absoluta. São Paulo tinha rodízio de água há poucos anos, já está resolvido. Agora a tarefa é coletar e tratar esgoto. Parabéns à equipe!