Alckmin anuncia instalação do Poupatempo em Mauá ao visitar o Hospital Nardini

Mauá, 27 de maio de 2013

seg, 27/05/2013 - 17h40 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Quase boa tarde já, não é? Mas dizer da alegria de vir a Mauá, cumprimentar o nosso prefeito anfitrião, prefeito Donizete Braga, o vice-prefeito, o Hélcio Antônio da Silva, vereador Paulo Sérgio Soares, cumprimentando toda a bancada de vereadores da cidade e da região, deputados estaduais Vanessa Damo, que falou em nome dos seus colegas, deputados Orlando Morando, Alex Manente, Ramalho da Construção, secretário de Estado da Saúde, professor Giovanni Cerri, secretário de Gestão Pública, deputado Davi Zaia, secretário de Esporte, Lazer e Juventude, dr. José Auricchio Júnior, prefeito de São Bernardo do Campo, Luís Marinho, prefeito de Ribeirão Pires, o Saulo Benevides, ex-prefeitos que nos alegram aqui com a sua presença, o Osvaldo Dias, o Leonel Damo, o Amaury Fioravanti e o Diniz Lopes, Lumena Furtado, secretário de Saúde do município, saudando todos os secretários, o Morris Pimenta e Souza, superintendente do Hospital Nardini. Queria também cumprimentar o Admir Ferro, que é diretor de serviços ao cidadão da Prodesp, comanda o Poupatempo, o Maurício Mindrisz, presidente da Fundação ABC, o Admilson Lúcio Oliveira, presidente da Confederação dos Trabalhadores da Construção, cumprimentar aqui os diretores, profissionais de saúde, colegas da área de saúde, amigas e amigos. Queria cumprimentar a Sônia Braga, oi Sônia! Cumprimentar a melhor parte da família, né? Que é a Sônia.

Dizer da alegria de vir aqui a Mauá. Nós estivemos aqui no ano passado inaugurando o AME, um AME importante, tem 14 especialidades médicas e hoje estamos voltando para celebrar esse convênio com a prefeitura e o hospital do município, que é o hospital da região, porque também atende, especialmente Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Nós estamos chegando lá, fui com o Luís Marinho à Imigrantes, entregamos a quinta e a seta faixa da Imigrantes. A Imigrantes tinha quatro faixas, passou a ter seis faixas. E é a única rodovia do País com seis faixas, entre a intersecção até o rodoanel. Daqui estamos indo a Diadema, vamos também autorizar o Poupatempo e inaugurar a Fatec. Aqui em Mauá já tem a Fatec, e agora está terminando o prédio da Etec.
O rodoanel já chegou aqui a Mauá e no ano que vem a gente chega a Guarulhos. O trecho Leste do rodoanel está indo em um bom ritmo, agora, com todas as licenças ambientais. Então, nós vamos, de Mauá, ir até a Ayrton Senna e até a Dutra. E já começou o trecho Norte do rodoanel, que vai interligar o aeroporto de Cumbica, Fernão Dias até a Bandeirantes. Aí, a gente fecha os 178 km do rodoanel metropolitano e Mauá fica com uma logística excepcional, uma logística ótima, o rodoanel e também com a Jacu Pêssego. O prolongamento da Jacu Pêssego, chegando até a avenida Papa João XXIII. Então, eu diria que com a avenida Papa João XXIII, Jacu Pêssego, o rodoanel, à esquerda, o porto, do outro lado, o aeroporto, é a melhor esquina do Brasil, não é?

Então, precisamos apoiar aqui o hospital. O hospital é um equipamento público dos mais importantes e nós temos bons profissionais. Temos médicos, dentistas, psicólogos, assistente social, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, enfermeiros, nós temos um time campeão! O nosso problema é dinheiro, é financiamento. Por quê? Porque a população está mais velha, o Brasil que era um país jovem, hoje ele é um país maduro, caminha para ser um país idoso – o que é ótimo, a gente poder viver mais e com melhor qualidade de vida – e a medicina ficou cara, ela se sofisticou. Quando eu estudei, não existia ressonância magnética, tomografia. Então, ela ficou mais cara, a população mais idosa e nós precisamos então, somar esforços para poder garantir gratuitamente a qualidade nos serviços para todos, que é o objetivo do SUS.

Então, hoje, nós estamos celebrando aqui duas parcerias. Uma para investimento, que são R$ 6,5 milhões. Então, para obra e equipamento. É a parte do pronto-socorro e pronto-socorro, a gente precisa cada vez valorizar mais. Por exemplo: normalmente, o profissional um pouquinho mais capacitado, mais maduro, mais experiente, ele vai para outras áreas. Ninguém quer ficar de madrugada, fim de semana, carnaval, Natal, réveillon, de plantão… O único que eu conheço, lá em São Paulo, é o professor Dario Birolini, esse é um dos grandes cirurgiões do Brasil e, de madrugada, você vai lá e ele está no pronto-socorro. Mas é raro. E nós precisamos valorizar a emergência, porque ali a diferença… A rapidez, o atendimento, a experiência fazem muita diferença! Então, estamos liberando R$ 6,5 milhões para a prefeitura para a obra física. Esse é um grande hospital, tem mais de 200 leitos, 205 leitos. São quase 40 de UTI. É uma referência importante. E o outro, que é o mais difícil – porque fazer prédio não é difícil, difícil é custeio. Quer dizer, você, quando faz uma pista, um viaduto, entregou, acabou a despesa. Quando você investe em um hospital, no AME quando inaugura, começa a despesa. A despesa é muito maior, de custeio, do que de obra. Então, nós estamos fazendo uma parceria aqui, para liberar R$ 1 milhão todo mês para custeio, durante 12 meses, R$ 12 milhões. Duas parcerias: uma para obra, investimento, R$ 6,5 milhões, e uma para custeio, R$ 12 milhões, em 12 meses.

E também, fazendo aqui o convênio para o Poupatempo. Os novos Poupatempos virão também com a nova Ciretran, no padrão Poupatempo. Por exemplo, antigamente, para você tirar a CNH, Carteira Nacional de Habilitação, o jovem tirava a CNH e um ano depois, não bateu o carro, não aconteceu nada grave, ele tem que renovar. Ele tinha que ir três vezes à Ciretran e uma vez ao banco. Agora, um ano depois, se não teve nada grave, ele recebe uma cartinha: “Parabéns, você tem direito à CNH. Recolha pela internet a taxa e receba em casa a Carteira.” Não precisa ir nenhuma vez mais, sair de casa. A gente está informatizando ao máximo e o que precisa fazer no Poupatempo todo o serviço da Ciretran para a gente ganhar tempo, agilizar o trabalho e melhorar a vida da população. Serviços rápidos! Então, aqui, a prefeitura já está verificando.

Gostei de uma área ali no centro, quase do lado da estação, na região central ali, facilita para todo mundo, para quem é da cidade e para quem também vem de trem de outros municípios. Aliás, nós vamos fazer aqui três obras de estações: uma estação nova, que é Guapituba e vamos refazer a estação de Capuava e a Central. Então, são duas novas, Guapituba e Central, e reformar a Capuava. Então, vamos dar uma boa melhorada no sistema de transporte sobre trilhos. E eu queria aqui agradecer ao professor Giovanni Cerri, à toda a equipe do professor Giovanni da área da saúde, agradecer ao Davi Zaia, todo o time lá, todo o time lá da Prodesp. Nós já atendemos, nos Poupatempos, a 320 milhões de pessoas. É impressionante! É quase duas vezes a população brasileira! Agradecer aos parlamentares, à Vanessa, ótima deputada representando aqui a cidade e a região; Orlando Morando também, aqui, nosso deputado, ao Alex Manete, também aqui do ABC e o Ramalho da Construção, grande líder dos trabalhadores – nós acabamos de sair lá da obra da Imigrantes, que é a área de construção civil. Cumprimentar aqui os prefeitos, o Luís Marinho e o Saulo, de Ribeirão Pires, cumprimentar aqui o Donizete Braga – conte com a gente, viu, Donizete, para a gente fazer o máximo aqui em benefício da população. Quando perguntam: a saúde vai bem ou vai mal? Eu sempre digo: vai bem, no sentido de que, se a gente pegar o Brasil, e São Paulo não é diferente, a mortalidade infantil, há 60, 70 anos atrás, era de 140 mortes por mil nascidos vivos.

Hoje, em São Paulo, é 11. De cada mil nascidos vivos, a mortalidade infantil é 11. A maioria dos municípios é um dígito, é Europa. Então, melhorou muito. Antigamente, uma mamãe dizia: tive sete filhos, vingaram cinco. Morria muita criança. Hoje é raro uma criança morrer e olha aqui a UTI neonatal. E antigamente, morria do quê? De moléstia infectocontagiosa: de Jeca, de tétano umbilical. Hoje, é só os médicos ajudarem. Um dia desses, eu fui a um hospital privado, particular, não é do governo, nem municipal, nem estadual, nem federal. Aí perguntei: quanto tem de cesariana? 99%. Eu falei: por que não é 100% de uma vez? Quebrou o elevador, não deu tempo de chegar ao centro cirúrgico. Então, é preciso também a gente ter que fazer um esforço no sentido de evitar cesariana demais, porque, às vezes, a criança nasce antes da hora e tem, vamos ver se a minha medicina ainda… Doença hemolítica do recém-nascido, que é a falta de uma enzima chamada hialuronidase. A criança nasce um pouco antes do termo, aí, o pulmãozinho não ventila direito. Precisa ficar em uma UTI neonatal, em um respiradorzinho, para poder amadurecer o pulmãozinho.

Aliás, ontem, meus dois netinhos gêmeos, eu tenho dois netos gêmeos que nasceram no México, meu filho mora no México há cinco anos, casou com uma mexicana e teve dois filhos que moram lá, eles fizeram dois anos. Como sempre, quando são dois, quando são gêmeos, é difícil chegar a termo, geralmente nasce antes da hora porque dois é muita coisa, né? Então, nasceram prematuros, e veja o avanço da ciência. Um deles saiu com a mãe do hospital, teve alta com a mãe; e o outro, o Enzo, ficou 40 dias na UTI, ainda foi operado com um quilo e pouquinho, fez uma cirurgiazinha, chama fundoplicatura, para apertar um pouquinho aqui a região da cárdia, porque senão tem problema. É o que a vovó dizia, criança depois que mama precisa bater nas costas, pôr no colo e tal, para arrotar. Ou seja, ele tinha refluxo e o perigo de refluxo é ter pneumonia química, Síndrome de Meldelson, que é você aspirar ácido gástrico, ácido clorídrico, muito ácido e queimar o pulmão. Mas é fantástica a evolução da saúde. De outro lado, na outra ponta, nós estamos vivendo muito mais, antigamente se viviam 43 anos; no Brasil de 1940 a expectativa de vida era 43 anos; no Império Romano era 28 anos a expectativa de vida média. Hoje quem que é idoso? Idoso é quem tem pelo menos 10 anos a mais do que nós. Quem tem 40, idoso é quem tem mais de 50. Quando você chegar aos 50, é quem tem mais de 60. Quando fizer 60, que nem eu, acha que é quem tem mais de 70. Quando chegar aos 70, é quem tem mais de 80. Então, sempre idoso é quem tem dez a mais do que nós, né? Você vai empurrando a coisa. E o principal, com qualidade de vida, com qualidade de vida.

Um dia desses teve a convenção lá do PSDB e o Fernando Henrique foi junto comigo lá. O Fernando Henrique tinha chegado da Europa, no dia anterior, ficou lá dando palestras e tal, teve vários compromissos, na Escócia, na França. Chegou, aí no outro dia fomos para Brasília, fez um discurso, até exagerado, acho que de uns 40 minutos, super bem. Namorada nova, 82, está com tudo, então mudou, é uma beleza isso! As pessoas vivem mais e vivem melhor, com melhor qualidade de vida. Agora, nós temos que oferecer esse avanço da ciência a todos e de forma gratuita. Eu fui relator da Lei Orgânica de Saúde na Câmara Federal, a lei que regulou o SUS, Lei 8.080, e tem um filme muito bom do Michael Moore, que ele mostra os modelos de saúde do mundo, ele fala o modelo americano: “Saúde é negócio, é business”. É negócio. O sujeito perde três dedos em uma máquina, o sujeito fala: “isso aqui custa US$ 18 mil, isso aqui custa US$ 22 mil, você escolhe”. Tudo é pago. Você vai à Europa, chamado “Welfare State”, estado de bem-estar social. Não há hipótese de alguém pagar alguma coisa. O Michael Moore vai à França e pergunta para um casal saindo do hospital, o casal com um neném no colo: “quanto vocês pagaram”? O cara não entende a pergunta, porque não passa pela cabeça de um francês que você pague para nascer, pague para morrer, não passa pela cabeça isso! Então, saúde é dever do Estado, você tem vários modelos do mundo. O Brasil deu um grande avanço com a Constituição de 88, dizendo: “o modelo de seguridade social brasileiro, previdência é contributivo.” Se não pagar, não aposenta, tem que contribuir, não? É contributivo, você tem que contribuir para fazer jus à aposentadoria. A assistência social não é contributivo, ninguém precisa pagar para ter renda mensal vitalícia, para ter a LOAS, mas não é para todos, é só para quem a lei determina: idosos ou pessoas com deficiência, que não tenham como se manter. E a saúde é para todos e é dever do Estado. Então, cabe aos três níveis de governo, federal, estadual e municipal juntarmos aí os recursos para poder garantir uma saúde de qualidade que nos permita, a nós, homens, passarmos dos 100 anos, e às mulheres não morrerem mais! Grande abraço!