Alckmin abre o VI Seminário de Gestão de Cidades em Tempos de Integração Regional

Ribeirão Preto, 20 de março de 2013

qua, 20/03/2013 - 15h03 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos! Dizer da alegria de nos encontrarmos aqui na Faap, aqui em Ribeirão Preto. Cumprimentar o governador Claudio Lembo, a prefeita anfitriã, a prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera, o vice-prefeito Marinho Sampaio. O doutor Antonio Bias Bueno Guillon, diretor presidente da Faap, cidadão ribeirão-pretense. Professor Victor Mirshawka, diretor cultural da Faap, agradecer as suas palavras. Diretor-geral do campus aqui, de Ribeirão Preto, professor Tarso Campos. Deputado federal Duarte Nogueira, deputado Baleia Rossi, o doutor Silvio Ribeiro de Souza Neto, juiz de Direito. Prefeitos de Santa Ernestina, Ricardo, de Guariba, doutor Francisco, Monte Alto, Silvia, Santo Antônio da Alegria, o Ricardo, Pontal, o André, Morro Agudo, o Amauri, Franca, doutor Alexandre Ferreira, Ipuã, Nenê, Sertãozinho, o Zezinho Gimenez; Jardinópolis, o José Jacomini, Itápolis, o Mazinho, Jeriquara, o Sebastião dal Piccolo, Matão, o José Francisco Dumont, Santa Cruz da Esperança, o Dimar, Taquaral, Laércio, Cravinhos, o Boi, Vista Alegre do Alto, Kalil Aidar, Cândido Rodrigues, o Falchi, Dumont, o Nenê, Cristais Paulista, o Miguel Marques. Cumprimentar o doutor Sérgio Paupério Sério, diretor da Artesp, nossa agência reguladora de transportes. O Linomar Barros Deroldo, diretor, também, da área de concessionárias. O doutor José Francisco Nogueira, diretor da Autovias, doutora Olga Maria Cotrim, diretora da Vianorte, Paulo Rizzi, vice-presidente da Associação Comercial, vice-prefeitos, vereadores, queridos alunos, professores, amigas e amigos.

Primeiro, falar da alegria de vir aqui a Ribeirão Preto, voltar a Ribeirão Preto. Depois estar aqui na escola. A Cora Coralina dizia que todos nós estamos matriculados na escola da vida, onde o professor é o tempo, né? A gente todo dia está aprendendo. E como é bom a gente vir à escola, né. Meu pai tinha 85 anos de idade, e eu fui a Pinda, e passei lá na casa dele, comi uma pizza, falei: “Pai, eu estou indo para São Paulo, o senhor precisa de alguma coisa?” Ele falou: “meu filho, se você puder consiga para mim um novo dicionário do Houaiss”, 85 anos de idade, queria o novo dicionário do Houaiss. Todo dia a gente está aprendendo alguma coisa e transmitindo alguma coisa. Então é um privilégio estar aqui, na escola, e uma escola com renome internacional, como é a Faap. E ainda quero saudar, também, meu queridíssimo colega de Câmara Federal, o suplente senador, o Airton Sandoval. Eu brinquei com ele, ele é sobrevivente duas vezes, sobrevivente de avião, porque ele estava naquele voo da Vasp que caiu em Brasília e partiu no meio, saiu metade para um lado, metade para o outro. E depois, nós estávamos juntos na campanha, de helicóptero, para Cubatão, quando na serra do mar, um urubu nos surpreendeu. Então, duas vezes sobrevivente. Mas obrigado, viu Airton, de revê-lo. Mas dizer da alegria de estar aqui com vocês. Eu separei aqui meia dúzia de telas sobre tema do desenvolvimento do Estado, regional e local, que é o mais importante.

O governo mais importante é o governo das cidades. É o governo do município, próximo das pessoas, né? E que não é fácil. Exatamente pelo fato de está muito próximo é muito cobrado. Um dia desses, o prefeito da Capital, Fernando Haddad, me contou que um colega prefeito dele, lá da grande São Paulo, deu uma enchente agora, em janeiro, e lá na cidade, prefeito novo, tinha assumido dia primeiro. Então deu uma enchente brava lá, e ele foi lá ajudar, e aí tinha uma senhorinha com dificuldade de atravessar ali, a área das águas da enchente, ele a pegou no colo, o prefeito, a senhorinha e atravessou, no meio da travessia, ela falou para ele, falou: “olha, muito obrigada. Você é o anjo da guarda. Que coisa maravilhosa. Muito obrigada. Que esse prefeito que está aí não faz nada, viu. Esse aí…” Não é fácil, né?

Mas o fato é que é o governo mais perto, o mais próximo, o que mais pode fazer de benefício da população. Então vamos lá, então. A primeira mostra um pouquinho o tamanho de São Paulo. Nós somos um Estado com tamanho de país. São Paulo é o segundo país da América do Sul, atrás apenas do Brasil. Então, nós temos 42 milhões de habitantes. O segundo país da América do Sul é a Argentina, tem 40 milhões de habitantes. Aqui o PIB… Eu me lembro quando o Mario Covas assumiu, 20 anos atrás, a gente dizia: “olha, São Paulo tem o tamanho da Argentina em economia.” Mas tem uma vantagem, é que está dentro do Brasil. Hoje é quase o dobro. Em 20 anos, nós, daqui a pouquinho, seremos o dobro do tamanho do PIB da Argentina, que é o segundo país na América do Sul. Aqui o PIB per capita, o Brasil é US$ 10.700, a Argentina US$ 11.500, São Paulo US$ 19 mil. Aqui, se o nosso Estado fosse um país, nós seríamos a décima-oitava economia do mundo. Somos o maior produtor mundial de açúcar e álcool. Aliás, quero dar aqui uma boa notícia, nós assinamos na segunda-feira, nós vamos ver em seguida, o diferimento do ICMS para o lastro do álcool, do alcoolduto que vai ser inaugurado na Agrishow, ligando Ribeirão Preto até Paulínia, para dar mais incentivo a um setor importantíssimo da economia de São Paulo, que é o setor sucroalcooleiro, açúcar e álcool.

Aliás, pouca gente lembra, mas o ICMS da gasolina é 25% e o do álcool também. No Brasil inteiro. Nós reduzimos o álcool, lá atrás, para 12%. Então, o carro flex fuel bicombustível, no Brasil inteiro, todo mundo põe gasolina, aqui em São Paulo põe álcool, porque é mais barato, é mais barato, o álcool é mais competitivo. Nós somos o maior produtor mundial de suco de laranja. O maior exportador do mundo de carne, não o maior produtor, mas o maior exportador. O Brasil passou a Austrália e os Estados Unidos em produção de carne. Nós somos o maior produtor brasileiro de ovos, de frutas e flores, de borracha. Então, São Paulo tem um grande agronegócio, além de ser um dos grandes produtores da indústria brasileira, 51% da indústria brasileira está em São Paulo.

Aqui mostra a recuperação financeira do Estado. A Lei de Responsabilidade Fiscal, ela diz que a dívida sobre a receita não pode passar de 2%. Então a dívida sobre a receita corrente líquida não pode passar de 2%. E nós estávamos em 2,27%. O Lembo lembra no nosso período lá do governo, que a gente não podia ter nenhum financiamento. Nenhum financiamento! E aí fizemos um esforço grande e conseguimos reduzir hoje, para 1,53%! Isso abriu a possibilidade de novos empréstimos, novos financiamentos. Então nós contraímos R$ 20 bilhões de financiamentos. Para metrô, trem, estradas, hospitais. Então o BID, o Banco Mundial, a JICA, ADF – Francesa, CAF, Pacto Andino, BNDES, Caixa Econômica Federal… Então, o Estado reduziu fortemente a dívida e vai reduzir muito mais. Porque, ontem, eu estive em Brasília no Senado na CAE – Comissão de Assuntos Econômicos, nós pagamos praticamente juros elevadíssimos para o governo federal, porque é IGP-DI mais 9, o ano passado IGP-DI deu 8,5%, 8,5 mais 9 dá 17,5%, a taxa Selic é 7,25%. Então o governo, ele capta o dinheiro a 7,25% e nos empresta, aos municípios e aos governos estaduais a 17%. Não é possível! Então agora, nós estamos mudando para IPCA mais 4. Ou Selic a menor. Então isso vai abaixar de 17% para 7% a taxa de juros, o indexador. E aí vai cair mais rapidamente ainda a dívida.

Aqui, a recuperação de capacidade de investimento do Estado. Nós investimos perto de R$ 24 bilhões/ano e grande possibilidade de PPP. Nós estamos lançando um conjunto de parcerias público-privadas, são 30 projetos: penitenciária, hospital, trem, metrô, estrada, porto… É um conjunto de PPPs, saneamento, piscinões, todas em parcerias público-privadas perto de R$ 50 bilhões. Aqui na Educação, a responsabilidade do Estado começa com a criança aos seis anos de idade, então nós somos do Ensino Fundamental para cima: Fundamental, Médio, Técnico, Tecnológico e Superior. Mas nós resolvemos ajudar as prefeituras, então pusemos R$ 1 bilhão em quatro anos no programa Creche-Escola, então os 645 municípios é só dar o terreno, vale para todas as prefeituras, e a gente libera o recurso. Tem creche de cidades menores, com 80 crianças, maiores até 150 crianças e pode ter creche e EMEI do lado, pode ter as duas juntas. Então a gente entrega mobiliado, integralmente pronta, no programa chamado Creche-Escola, porque ainda não universalizamos a creche. Aqui já está universalizado, mas a maioria dos municípios, ainda não. Então é importante avançar mais.

Aqui o programa de escolas técnicas e faculdades de tecnologia. Nós temos a maior rede da América Latina de Ensino Técnico e Tecnológico, cursos de um ano e meio, faculdade, três anos. A Etec, nós aqui no caso de Ribeirão, vamos fazer uma grande reforma, são R$ 20 milhões, Etec Martimiano, não é isso? Na Martimiano, uma grande reforma e ampliação. E a Fatec, estamos ampliando, aqui na região nós já temos na Franca, temos Sertãozinho, temos Jaboticabal… Vamos fazer mais três: Ribeirão Preto, São Carlos e Araraquara. Ribeirão, dia 28 agora, na semana que vem, nós já recebemos as propostas e a obra começa em maio. São R$ 30 milhões de investimento. Aliás, veja como o mundo moderno é rápido. Nós temos o maior canavial do mundo, maior cana-de-açúcar do mundo: São Paulo. Como é que cortava a cana? Era o cortador de cana! Queimava… Queimava e cortava manual. Agora não pode mais queimar, em razão da questão ambiental e da saúde das pessoas. Não podendo queimar, não pode mais cortar manual, então tudo máquina, mecanizou tudo! De um lado, acabou a profissão de cortador de cana, de outro lado essas máquinas modernas, elas demandam um nível de tecnologia, de manutenção, de conhecimento, enorme! Então, nós criamos uma Fatec em Pompéia, do lado de Marilia com um curso que só tem aqui e em Oklahoma, nos Estados Unidos, só dois no mundo, que é Tecnólogo em Mecanização de Agricultura de Precisão. Agricultura de Precisão é você colocar os elementos no solo corretamente, não ter nenhum desperdício de nitrogênio, de fósforo, de potássio, pH correto, produtividade máxima, ganhos ambientais, tudo com GPS, computação embarcada nas máquinas, então máquinas que exigem grande especificidade. Então tem profissões que somem, desaparecem e outras que são criadas. É impressionante a velocidade da mudança no nosso tempo! Aqui mostrando a região da Franca, Ribeirão Preto, São Carlos, Araraquara essas regiões com todas as Etecs e Fatecs.

Aqui as universidades. Nós temos a USP em Ribeirão Preto e em São Carlos e em ambos os campi, tanto da USP de Ribeirão, quanto de São Carlos, ampliados. E a Unesp, nós temos na Franca, temos Araraquara, temos Jaboticabal, temos também a presença da universidade, aqui. A Unesp, novo campus, campus lá em Franca, ampliamos. Nós criamos 11 engenharias a mais na Unesp, Araraquara também ampliou engenharia. E a USP ampliou Ribeirão Preto e ampliou São Carlos, inclusive com o novo campus.
Essa manifestação aí fora, o que é? A universidade, ela conquistou, pela Constituição paulista, autonomia. Então o reitor da universidade não pede autorização para o governador, a universidade tem autonomia financeira, você passa o dinheiro, e fim de papo! Administrativa e pedagógica. Pedagógica é o seguinte: se for para criar um curso, precisa ser aprovado no Conselho Universitário, tem autonomia total! Administrativa: eu para aumentar R$ 100,00 o salário de um funcionário, eu tenho mandar uma lei para? A Assembleia. A universidade não pede ordem para ninguém, vida própria! Então, o reitor da universidade recebe a lista tríplice de cada faculdade. Aí a Faculdade de Medicina mandou uma lista tríplice e ele escolheu o segundo colocado, que é perfeitamente normal. Se são três, você pode escolher o primeiro, o segundo ou terceiro. E o pessoal não gostou, queria que fosse o primeiro.

Aqui pesquisa: nós temos a Fapesp… Aliás, em educação, quanto é que os municípios investem em educação no Brasil, quantos por cento da receita corrente líquida? Vinte e cinco, no mínimo, todos. Vira e mexe você fala: “fulano não passou na Lei Ficha Limpa”, foi brecado lá. Por quê? Investiu 24,6, então o Tribunal de Contas rejeitou as contas dele porque faltou lá um pedacinho; 25%. E os Estados quanto? Vinte e cinco também, tudo igual. Ninguém pode investir menos de 25. Tem um ente federado no Brasil, um, que a Constituição disse que tem que ser 30, é o Estado de São Paulo. Eram dois, eram o Estado de São Paulo e a Capital, a Capital baixou para 25, nós mantivemos os 30. E mais um para pesquisa, então é 31% em educação e pesquisa. A Fapesp, ela é superimportante, eu digo isso porque aqui vai ter parque tecnológico, e ela é grande financiadora de inovação tecnológica, pesquisa e desenvolvimento. Aqui mostra, nós já estamos com 14 parques tecnológicos no Estado de São Paulo, você pega o Parque Tecnológico de São José dos Campos, ele é voltado à indústria aeronáutica e aeroespacial. O Parque Tecnológico de Piracicaba, voltado à bioenergia; Parque Tecnológico de Ribeirão Preto, equipamentos hospitalares, parque de saúde, biotecnologia, fármacos e cosméticos; a indústria de cosméticos. Aliás, nós estamos assinando hoje, tem até diretores de laboratórios de outras cidades, mas a maioria está aqui em Ribeirão Preto, nós tínhamos reduzido de 18 para 12% o ICMS para os soros, toda a parte de injetáveis, os soros. E hoje estamos assinando o decreto reduzindo para 7%, para dar mais competitividade à indústria de fármacos do Estado de São Paulo, fortalecer mais a competitividade da indústria. Aliás, criamos um comitê, chama Comitê Paulista de Competitividade, com cinco câmaras, instalamos na semana retrasada. Uma câmara de desburocratização, todas as medidas de simplificação e desburocratização. Aliás, para abrir uma empresa era difícil. Dizem que para fechar, impossível. Agora, pequena e média empresa no estado de São Paulo é algo declaratório, você declara que fechou e está fechada, aí a Fazenda que vai correr atrás para documento, o que precisar, mas passou a ser auto-declaratório.

Então, uma câmara de desburocratização, uma câmara de recursos humanos, educação; uma câmara de inovação tecnológica, pesquisa e desenvolvimento; uma câmara de infraestrutura e logística; e, finalmente, uma câmara de competitividade, a parte tributária. Então, parque tecnológico aqui junto da área da USP está indo muito bem, vai ser muito importante para a cidade.

Aqui a questão da saúde, uma boa e uma má notícia, né? A boa notícia nós estamos vivendo mais, é espetacular o ganho de vida. É incrível! Mudou. Hoje em dia… Antigamente 60 anos era um idoso, hoje se for mulher é brotinho, né? Então, mudou tudo, é impressionante a mudança demográfica que nós vivemos. Mas, o Brasil que era jovem ficou maduro, e vai ser idoso, mas falta dinheiro, que ficou caro, medicina muito sofisticada. Nós temos quatro hospitais aqui em Ribeirão Preto, vamos investir no Hospital das Clínicas, nós fizemos um programa para recuperar os hospitais universitários, todos do Estado, Rio Preto, Ribeirão Preto, Marília, até o da federal; Hospital São Paulo da Unifesp, em São Paulo nós vamos recuperar. Meio bilhão, aqui vão ser, aqui está 14 esse ano, mas vão ser R$ 68 milhões no HC, no Hospital das Clínicas. O Hospital da Criança, mais R$ 40 milhões, e vai ser materno-infantil, gravidez de alto risco, tem a Mater, mas grande parte vai ser aqui. O hospital de Serrana, fica pronto agora no fim do ano, uma retaguarda importante para o HC de Ribeirão, e a Mater, é a Maternidade Sinhá Junqueira, que é também saúde da mulher, vai ser modernizado todo lá o prédio. E ainda o Hospital Santa Tereza que vai ser a referência para álcool e droga, para a questão dos dependentes químicos. Chamar atenção pra isso, o crack chegou ao Brasil em 1990, tem 23 anos só, uma coisa nova no Brasil, o crack, que é borra de cocaína.

Infelizmente o Brasil hoje é o maior consumidor de crack do mundo, e o segundo maior consumidor de cocaína do mundo, só perde para os Estados Unidos. É uma epidemia! É triste, nós não podemos ignorar isso. Então nós começamos em São Paulo o Cratod, juiz, promotor, defensor público e advogado, e uma grande equipe de saúde mental para tratamento dos nossos jovens. A vítima, ela é jovem, pobre, de menor poder aquisitivo, menor escolaridade, estudou menos e família desestruturada e jovem. Então nós estamos fazendo um grande trabalho, nós tínhamos 300 leitos no Estado de São Paulo, estamos hoje com 930 leitos, vamos chegar em 90 dias a 1.200 leitos, além de comunidades terapêuticas, casa transitória, grande trabalho com entidades religiosas também, no sentido de dar a mão para os nossos jovens. Aqui o hospital, o novo hospital em Ribeirão Preto, privado, da Unimed, que a Agência Desenvolve São Paulo está financiando.

Aqui, na área da habitação temos grande programa habitacional, São Paulo é o único Estado que põe dinheiro no orçamento para habitação, um por cento para construção de moradia e habitação de interesse social, para famílias de menor renda. Aqui nós temos na região central, de São Carlos e Araraquara, 872 unidades em obras, Franca, 1.373 na região; Ribeirão Preto, 2.013.

Na área dos aeroportos, tem o livro que eu ganhei do professor Victor Mirshawka, muito bonito, “Aerotrópolis”, professor Victor Mirshawka fala uma coisa muito correta. Antigamente cidade para crescer, lá atrás, elas estavam na beira do mar, litoral. Então, qual é o primeiro município brasileiro, célula mater do Brasil? São Vicente. São Vicente, né? Depois você pega cidades antiquíssimas: Santos, Rio de Janeiro, Salvador, tudo à beira do mar; Depois os rios, as bandeiras, então, São Paulo, rio Piratininga, província de Piratininga, é o antigo rio Tamanduateí. Minha cidade, Pindamonhangaba, em tupi-guarani quer dizer fábrica de anzóis. Os índios tupi-guaranis viviam da pesca, rio Paraíba, Piracicaba, rio Piracicaba; aqui rio Mogi, rio Pardo. Então, na beira dos rios. Depois a ferrovia, a ferrovia teve um papel indutor do desenvolvimento. Depois as highways: Anhanguera, as autoestradas, Castello Branco, Bandeirantes. E hoje, aerovia. Para crescer precisa ter? Aeroporto.
Depois da Capital, qual é a maior cidade do Estado depois da Capital? Guarulhos. O que é que tem em Guarulhos? Cumbica, aeroporto. Qual é a maior cidade depois de Guarulhos? Campinas, Viracopos. Então, aerovia é o modal de tudo. Então tem que ter aeroporto, aerovia. Então nós teremos… Isso cresce… Nós temos hoje, tem três aeroportos federais: Cumbica, que é o maior do Brasil, no ano passado transportou 38 milhões de passageiros. O segundo maior do Brasil é São Paulo de novo: Congonhas, transportou 12 milhões, o terceiro é o Galeão, no Rio; 11 milhões. E o governo federal tem então: Cumbica, Congonhas e Viracopos. E nós temos 29. Então, Leite Lopes, Ribeirão Preto, teremos um investimento de R$ 170 milhões, conseguimos resolver o problema jurídico da chamada curva de ruído. A prefeitura é nossa parceira no sistema viário e nós vamos deslocar a pista e aumentar em 500m a pista e, combinei de depois que sair daqui, visitar lá o terminal alfandegário, todo o terminal de carga que fica pronto dentro de um, dois meses, e aqui nós vamos ter então o aeroporto internacional.

Aqui o alcoolduto. Hoje, todo o álcool, para ser exportado, vai tudo de caminhãozinho para o porto de Santos, tudo de caminhão. Então ficou pronto, a Logum, ela é uma associação da Petrobrás, Copersucar, Cosam, Uniduto, Camargo Côrrea, Odebrecht fez uma mega de uma empresa, e a Logum está pronto o alcoolduto, prontinho! Vai inaugurar no dia do AgriShow, entre Paulínia até Ribeirão Preto. Isso está pronto, então ao invés de usar caminhão, já chega a Paulínia. Depois a segunda fase vai até Uberaba, Triângulo Mineiro; depois vai a Itumbiara, Goiás, Quirinópolis e Jataí, também em Goiás, atende a região centro-oeste. E a região oeste aqui do Estado, tudo por hidrovia. Nós estamos investindo R$ 1,7 bilhão na hidrovia Tietê/Paraná. Então, as barcaças aqui em Presidente Epitácio, no rio Paraná; Aparecida do Taboão é Mato Grosso do Sul, mas aqui está Rubinéia, vai ser em Rubinéia, do lado de São Paulo que vai ser o terminal. Então, Rubinéia, Presidente Epitácio e Araçatuba. Aí vem tudo por Barcaça, Anhembi, Paulínia. E daqui de Paulínia por poliduto, o duto que leva o álcool… O diesel, o combustível, o petróleo, também leva o álcool. Por isso chama poliduto, não é? Então, aí vem para o porto de Santos e para o porto de Caraguatatuba. E o navio não precisa nem chegar no porto, por isso que está aqui em Caraguatatuba, vejam que o porto é em São Sebastião. Não precisa chegar, você por monoboia, você leva o duto até o navio e abastece o navio. Então, vai ganhar muito a logística do etanol, do álcool, porque o álcool nosso é o mais competitivo. Veja que os Estados Unidos faz álcool, etanol, a partir de milho, proteína. A Europa faz álcool a partir de beterraba. Nós sim, fazemos o álcool a partir da cana-de-açúcar, é eficientíssimo! Então, o alcoolduto melhorando a logística.

Nós tiramos o ICMS do lastro porque até encher isso aqui é muito álcool, então depois que encheu o lastro, aí entrou, paga o ICMS, mas o lastro nós fizemos o diferimento do ICMS na segunda-feira. Aqui, outra logística para chegar ao porto de Santos, que é o maior porto do país e da América do Sul, além da hidrovia, além da dutovia, além de tudo isso, evidente que tem que ter rodovia. Então o rodoanel, ele está pronto, o trecho… quem vem pela Anhanguera/Bandeirantes, aqui, Anhanguera/Bandeirantes, cai no trecho Oeste.

Aqui o Sul, aqui está porto de Santos, em março do ano que vem nós entregamos o trecho Leste. Está bem adiantado, em março está pronto. Vamos chegar então ao rodoanel, lá em Mauá, até a Ayrton Senna e a Dutra. E começamos na semana passada o trecho Norte, com grande parte em túnel sob a Cantareira, e aí fecha os 178Km do rodoanel metropolitano de São Paulo, que é a terceira metrópole do mundo. Qual é a maior metrópole mundial, a primeira? Trinta e tantos milhões? A grande Tóquio, 34 milhões; a segunda? Nova Délhi, na Índia, 24 milhões; a terceira? Grande São Paulo, 39 cidades, 22 milhões. Para se ter uma ideia do problema de congestionamento, Maurílio, nós tínhamos há 11 anos a frota de veículos no Estado de São Paulo, Daniela, eram 12 milhões de veículos. Hoje são 23,5 milhões. Dobrou em 11 anos! Pindamonhangaba, sábado, 11h da manhã trava, trava. Qualquer cidade, qualquer cidade! Eu fui a Brasília ontem, travou tudo. Tem muito carro, não é?

Então, nós precisamos hidrovia, dutovia, aerovia, ferrovia, que nós vamos falar em seguida, e tirar caminhão da cidade. Vai tirar 17 mil caminhões/dia da Região Metropolitana de São Paulo; logística, reduzir custos: “ô, tinha uma brigalhada com o governador lá em São Paulo”… A turma acha que tirando de São Paulo, os outros vão ficar ricos, não é? Como se você reduzisse o dinheiro de quem tem mais, a do pobre melhorasse. Mas no Brasil o problema não é esse. O problema não é São Paulo, o problema do Brasil é competitividade, produtividade, economia de escala, especialização, externalidade, esse é que é o problema. Não é um tomar do outro, mas é você buscar eficiência para poder avançar.

Então, o rodoanel está indo super bem e aqui, o norte, que é o último trecho. O pessoal fala às vezes que o meio ambiente atrapalha. Não atrapalha. Meio ambiente muitas vezes é pretexto também, pretexto. Uma que não quer fazer obra, põe a culpa também na área ambiental. A Cetesb/SP, que é o nosso órgão regulador e fiscalizador, ela está rápida, está rápida. E se não for rápida, avisem que a gente aperta lá. Tudo aprovado, tudo, tudo: licença de instalação, licença prévia, tudo, tudo aprovado. Estão com seis frentes de trabalho. Nesta obra: concorrência pública internacional. Economizamos em uma obra, R$ 1,2 bilhão a menos na obra em seis lotes. Ela foi licitada por 5,1, assinamos os contratos por R$ 3,9 bilhões. Ferrovia: hoje o trem passa dentro da Luz em São Paulo, para chegar ao porto de Santos. Então ele tem que passar por dentro da cidade, dentro da Luz. E a bitola é diferente. Então nós vamos fazer a ferrovia, acertamos com a presidenta Dilma para fazer do lado do Rodoanel, vai economizar R$ 1,3 bilhão, o fato de fazer a Asa Norte do Ferroanel, do lado do Rodoanel. E também a Asa Sul do Ferroanel tira o trem de São Paulo, melhora muito a logística, a ferrovia está crescendo.

Aqui é o maior porto do Brasil: Santos. Aqui o porto do lado de Santos, aqui a margem de Guarujá, Vicente de Carvalho. Então, isso aqui é só navio, cada vez maiores e cada vez mais intenso o tráfego, o porto está super lotado. E aqui tem uma travessia de balsa, que é a maior travessia de balsa do mundo: Santos/Guarujá. Alguém já deve ter ficado na fila lá, não é? Então, não tem jeito mais de compatibilizar isso aqui. Então, o que é que nós fizemos? Tinha um projeto de fazer ponte, só que a ponte na entrada do canal ia limitar o porto, porque os navios estão cada vez mais altos, então não tinha jeito. A ponte muito alta invade Santos, invade o Guarujá, destrói as cidades, então fizemos túnel. Vai ser uma das maiores obras de engenharia da América Latina, um túnel que passa a pé, de bicicleta, de moto, de carro, de ônibus, de caminhão e de trem. O VLT – Veículo Leve sobre Trilhos -, que já está começando a obra, ligando Santos até… Santos até São Vicente, depois Praia Grande, ele vai até o Guarujá, então está previsto dentro do túnel a passagem do trem do VLT e acaba a travessia de balsa. Então você faz o túnel, a ligação seca, seca, Santos/Guarujá. Qual o outro porto de São Paulo, além de Santos? O outro porto é São Sebastião. Então aqui está São Sebastião. Por que é que a Petrobrás está aqui em São Sebastião? Porque esse canal entre São Sebastião e Ilhabela, chamado Canal de Toque-toque, esse canal é como Antuérpia, na Bélgica. As correntes marítimas lavam o canal, então ele não tem assoreamento, é um canal natural, é um porto natural, e de grande profundidade, grande profundidade. Por isso que a Petrobrás está aqui, toda a parte de petróleo, na chegada e saída de petróleo. Qual o problema do porto de São Sebastião? Ele não tem ferrovia, não tem ferrovia – é um grande limitador. Então, o que nós estamos fazendo com o porto que é do Estado? Grande investimento aqui para supply-boat para a Petrobrás, pré-sal. O pré-sal está a 300Km de distância da costa, 300Km de distância. O pós-sal está a 120km, ainda é muito distante. Então a base de retaguarda de helicópteros e de navios é muito grande. Então, estamos duplicando a Tamoios, dia 18 de dezembro inaugura a Tamoios duplicada. Quem for para Caraguatatuba, já vai na rodovia duplicada. Economizamos aqui R$ 780 milhões.

E o contorno de Caraguá. O contorno de Caraguá começa em abril. Quem chegar a Caraguá vem para Ubatuba com a pista por fora, pista nova até Massaguaçu. E, para São Sebastião, tudo túnel, porque não tem como duplicar na beira do mar, na beira da praia. Então uma nova pista ligando até o porto de São Sebastião. Em três obras da Dersa, três: o contorno de Caraguá, que é Dersa; a duplicação da Tamoios e o rodoanel Norte, o povo de São Paulo economizou R$ 2,3 bilhões, em três obras apenas. O porto de São Sebastião, então passará de 400 mil m² para 1,2 milhão m², com mais seis berços para grandes embarcações e oito para embarcações menores.

Aqui, investimentos aqui na região: a Cândido Portinari, vamos duplicar até a divisa com Minas Gerais, além das demais obras aqui da região. Aqui o Henry Nestlé, o viaduto Henry Nestlé ligando a avenida Henry Nestlé com a avenida Guadalajara, foi uma importantíssima ligação na cidade de Ribeirão Preto, e finalmente chegamos ao Trevão, Anhanguera com as rodovias, Abraão Assed, a que vai pra Araraquara; Antônio Machado Santana; avenida Castello Branco, enfim. Aqui no pico tem oito mil veículos/hora, e 90 mil veículos/dia. Então uma obra de R$ 150 milhões de reais que começa em maio e nós vamos entregar a primeira etapa em julho do ano que vem. São 11km de viadutos, passarela,
ciclovia. Hoje até a polícia tem que tomar conta lá para administrar o congestionamento. Esse é o que existe hoje, essa é o que vai ficar. É uma grande obra de engenharia para reduzir o congestionamento e vai beneficiar não só Ribeirão Preto, mas beneficia toda a região, porque a região vem a Ribeirão Preto. Mas eu quero deixar um grande abraço, dizer da alegria de estar aqui com os jovens, com os estudantes. Fico muito contente de estar aqui com vocês! Diz que o futuro começa hoje: ele se chama juventude. Bons estudos!