Abertura do Festival da Juventude

O evento aconteceu no Memorial da América Latina, na zona oeste da Capital

seg, 01/12/2008 - 20h58 | Do Portal do Governo

O governador José Serra participou, nesta segunda-feira, dia 1º, da abertura do II Festival da Juventude Paulista, organizado pela Coordenadoria de Programas para a Juventude, da Secretaria de Relações Institucionais. O evento aconteceu no Memorial da América Latina, na zona oeste da Capital. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.

Governador: Queria meu boa noite a todos e a todas. Cumprimentar aqui o nosso secretário, doutor João Henrique Lobo, que nos falou. O deputado Ricardo Montoro, que é secretário de Participação e Parceria da Prefeitura de São Paulo. Ele toca os Telecentros por toda a cidade de São Paulo. Eu digo porque esta é uma atividade da qual a juventude participa muito, na região da cidade de São Paulo, e que ampliamos para todo o Estado.

A Mariana, que é coordenadora dos programas da juventude da Secretaria de Relações Institucionais. O Fernando Lessa, presidente da Fundação do Memorial da América Latina. E a Laura Laganá, superintendente do Centro Paula Souza. O Centro Paula Souza é o centro que organiza todo o ensino técnico no Estado de São Paulo, tanto as Etecs quanto as Faculdades de Tecnologia.

Tem gente mal humorada que diz que a juventude é um mal que somente o tempo cura. Não há dúvida de que é uma reflexão bastante mal humorada, que considera juventude um mal que o tempo vai curar. Cura para cada um. Mas eu não penso assim. Para mim, a juventude é sempre um bem, é sempre uma coisa boa, principalmente quando é bem vivida. É isso que a gente quer para São Paulo: que a juventude possa ser bem vivida por toda a garotada. Nesse caso, ela pode se estender, também, por toda a vida. Senão na aparência física – aliás, vocês viram aqui o secretário Lobo, continua jovem, apesar da idade – mas pelo menos no espírito, o que é muito importante.

Por isso, a gente vem se empenhando bastante no governo. No lado da formação escolar e acadêmica, é um desafio muito grande melhorar o sistema de ensino. São Paulo tem 5,5 milhões de alunos, só o Estado. O setor mais difícil é o do ensino médio, que cresceu bastante, mas não tem boa qualidade, e a gente tem feito um esforço enorme para melhorar isso.

O estímulo à presença no esporte: eu acabei de estar em Piracicaba, na penúltima semana, abrindo os Jogos Abertos do Interior de São Paulo, onde participaram 17,6 mil jovens esportistas. Criamos até uma bolsa, Bolsa-Atleta, para manter aqueles jovens que têm aptidão para disputas olímpicas internacionais.

O incentivo à atuação da juventude na cultura, nas artes, como é o caso das Fábricas de Cultura: a propósito, vai haver uma apresentação aqui, hoje, do espetáculo “Pedrinho Luz”, que é do programa de Fábricas de Cultura, da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.

O nosso avanço no ensino técnico: eu estava vendo hoje, agora que vinha para cá. Numa pesquisa, foi perguntado às pessoas: “O que você prefere que expanda mais, o sistema de ensino tradicional ou das escolas técnicas?”. Setenta por cento opinam a preferência pelas escolas técnicas que dão uma profissão, e de nível médio. Ou seja, não precisa ter o ensino médio feito. Pode fazer o ensino médio junto, no próprio Centro Paula Souza, que é o braço do Estado que atua nessa área.

Para vocês terem uma idéia, nós tínhamos 70 mil alunos em São Paulo, quando começou o governo. Nós vamos levar para 170 mil, até o final do governo. Sem falar das Faculdades de Tecnologia que são de três anos, já de nível superior: também estamos duplicando o número delas em todo o Estado de São Paulo.

Enfim, o futuro de São Paulo é o futuro dos nossos jovens. Isso é o que a gente precisa ter bastante claro. O jovem precisa ter oportunidade na vida, auto-estima, melhorar o amor próprio – coisa que a arte e a cultura ajudam muito – e formação profissional. Esta formação, para nós, é uma prioridade, realmente, essencial.

Agora, este Festival da Juventude Paulista também é um exemplo, porque reúne diversas atividades artísticas feitas por jovens e promove também encontros para debater as políticas públicas para a juventude, na sua relação, por exemplo, com a cultura e com a geração de renda.

Eu quero lembrar que quem sai de uma Etec, de uma escola técnica, que dura três anos, ou melhor, dura três semestres, oitenta por cento – quer dizer, quatro em cada cinco dos que se formam – já têm emprego garantido, para sublinhar a importância dessa questão da renda.

Este, portanto, é um encontro bastante sério. Ele reúne gestores municipais de juventude de todo o Estado de São Paulo, de todos os cantos do Estado, para refletir, trocar experiência sobre ações e temas importantes. Mas também é um evento alegre, porque são feitas muitas coisas no plano artístico. E onde há juventude, há alegria.

Esse encontro aqui, aliás, foi precedido por 15 encontros regionais, em 15 regiões administrativas do Estado. Ou seja, é uma experiência democrática, reunindo opiniões, situações de todo o Estado de São Paulo.

Nós – eu quero dizer – estamos planejando, para 2009, fazer um mapeamento de todas as experiências de arte e cultura juvenis existente em São Paulo, que a Coordenadoria da Juventude, juntamente com a ONG do Rio de Janeiro, o Serp, vai fazer ao longo do ano que vem.

Nós vamos enriquecer, esse conhecimento vai permitir um enorme intercâmbio, um enorme desenvolvimento recíproco. À medida que um conhece a experiência, as coisas que se fazem pelos outros, também vai aprender a fazer, vai poder melhorar a diversificação e a criatividade.

Eu queria, por último, cumprimentar e agradecer – como fez o Lobo aqui – o Memorial da América Latina, as Secretarias da Cultura e a da Justiça, o Centro Cepam, que é o Centro de Apoio aos Municípios do Estado de São Paulo, e a Secretaria de Relações Institucionais, à qual a Coordenadoria está vinculada, e cujo secretário nos falou aqui.

Muito obrigado pela atenção.

Vamos em frente, então, curtir esse encontro.