Entrevista Coletiva concedida em Guaratinguetá

O governador José Serra falou na cerimônia de inauguração de obras em estradas vicinais do município, na terça-feira, 8.

qua, 09/05/2007 - 17h44 | Do Portal do Governo

O governador José Serra falou na cerimônia de inauguração de obras em estradas vicinais do município, na terça-feira, 8.

… Mais 6 km de estrada nova, aqui na região de Guaratinguetá, nessa estrada vicinal, que certamente vai ser chamada, para o resto dos tempos, a “estrada do Papa”, uma vez que está sendo preparada especialmente para a visita da Sua Santidade, que irá até a Fazenda Esperança. Esta é uma grande demonstração do que é possível fazer na sociedade para apoiar aqueles setores da população que são mais vulneráveis, mais carentes de apoio e de solidariedade.

Repórter – Quanto foi gasto?

Serra – Foi um gasto em torno de R$ 1,5 milhão a R$ 2 milhões, em material, porque o DER fez a obra diretamente, e isso não está contabilizado em termos monetários, mas representa sem duvida um recurso significativo.

Repórter – O sr. ficou satisfeito?

Serra- Estou satisfeito, agora vou ver, vou andar na estrada e creio que vou ficar bem mais satisfeito.

Repórter – O Estado está 100% para receber o Papa?

Serra- Olha, fizemos o possível, e estamos fazendo ainda. Na verdade, o Papa estará na região da cidade de São Paulo e aqui na cidade de Aparecida e Guaratinguetá, que foi brindada com esta visita histórica, graças ao fato de que nós temos aqui a basílica, temos o Frei Galvão que nasceu em Guaratinguetá, e temos a Fazenda Nova Esperança, que o Papa fez questão de ver e que vai atrair a atenção de todo mundo, uma obra tão importante.

Repórter – Governador, foi difícil adaptar o orçamento?

Serra – Não, não foi não. Nós demos um jeito. Na verdade, desde janeiro estávamos apostando que esta visita aconteceria, eu pelo menos achava que ela ocorreria.

Repórter – Mudando um pouco de assunto, essa transferência do Marcola, o que o senhor tem a dizer a respeito?

Serra- Nada.

Repórter – Foi uma decisão do governo?

Serra – Não é uma decisão do governo, é uma decisão da Jstiça. O governo acha que o regime de RDD deveria ter duração indefinida, mas não é o que a lei estabelece. O judiciário acha que não tem motivo para ele continuar em RDD agora e, portanto, determinou essa liberação.

Repórter – Essa não é uma decisão do governo, é uma decisão do judiciário.E o que o Sr. acha? Ele deve ficar em RDD? Essa é a posição do governo?

Serra – Se a lei permitisse, deveria ficar, mas infelizmente uma lei aprovada há pouco tempo estabelece períodos para isso. Não é uma lei, ao meu ver, adequada ao combate do crime organizado, mas é uma lei aprovada.O sr.  acha que a visita do papa (inaudível)  …São cerca de 100 famílias ao redor dessa estrada e elas disseram que gostaram do asfalto, mas ainda reclamam da iluminação.

Repórter – O  Estado pode ajudar aqui a prefeitura a colocar iluminação?

Serra- Isso ai a prefeitura tem que ver, eu vou conversar com o prefeito. Eu acho que é bom, as vizinhanças do centro urbano, as moradias terem melhor iluminação, é importante para a segurança e para o bem estar das pessoas. É uma responsabilidade da prefeitura, mas no que a gente puder ajudar, ajudaremos.

Repórter – Que tipo de obras de revitalização o Sr. espera da prefeitura de Guaratinguetá, até o próximo sábado, como o Sr. citou?

Serra – Não. O que eu quero aqui é que embeleze as margens da estrada, para receber bem Sua Santidade.

Repórter – Recepção dos próprios moradores também?

Serra – É, dos moradores, cuidar de toda a paisagem. Cerca de cinco mil pessoas do mundo inteiro virão, metade disso jornalistas, e todos eles devem ser bem recebidos.

Repórter – Para finalizar, o Sr. fará algum pedido ao Papa?

Serra – Não, não vou fazer nenhum pedido especial, somente que abençoe o nosso país e, especialmente, a nossa população. Agora, eu também falei hoje, aqui, da segunda ponte sobre o Paraíba e da estrada dos Tropeiros, e nós vamos pegar a obra para poder concluir e estamos já fazendo esta segunda ponte que é o que eu havia dito que faria, quando aqui estive durante a campanha eleitoral.

Repórter – Como ex-ministro da saúde, como é que viu a quebra da patente?

Serra – Na verdade, ela está baseada em uma legislação que nós mesmos aprovamos quando eu era ministro, inclusive na mudança que foi feito por iniciativa do Brasil , no governo do Fernando Henrique, particularmente por mim, na Organização Mundial do Comércio, que permitiu que houvesse quebra de patente, licenciamento compulsório em caso de interesse público em medicamentos de natureza social, que atingem grandes coletividades. E o governo, ao meu ver, agiu corretamente nesse caso, uma vez que não houve entendimento com o laboratório em torno dos preços. Durante a minha administração na saúde nós tivemos três eventos dessa natureza, mas nos três casos os laboratórios cederam nos preços e, portanto, não foi necessário levar a quebra de patente ao limite. Aparentemente, nesse caso, o laboratório não cedeu e o ministério tomou essa decisão, ao meu ver corretamente.

Agora, é importante sublinhar que esta medida se tornou possível pela experiência que foi acumulada no governo Fernando Henrique e pelas medidas legais que o próprio governo  Fernando Henrique estabeleceu e que conquistou junto à Organização Mundial do Comércio.

Repórter – O Sr.  falou de obras viárias, existe alguma previsão de quando fica pronta a Tamoios, ou ainda não?

Serra – A duplicação da Tamoios está na lista de prioridades, é uma obra dificílima, pelas questões ambientais que envolve, mas não tenha dúvida que nós vamos tocar para frente.Sai ainda nesse semestre ou não? 

Repórter – A estrada sai nesse semestre. E o (inaudível)?

Serra – Nós temos que ter projetos, projetos executivos, estudos, isso já significa para mim o começo da obra, inclusive fazer com mais rapidez, a parte fora da Serra, que tem um trecho grande, que já pode ser levado a cabo mais rapidamente, porque a outra vai exigir toda uma discussão, todo um ajustamento do ponto de vista ambiental.E…(inaudível)?

Meus parabéns a Guaratinguetá, pelo primeiro Santo brasileiro nascido no Brasil, Frei Galvão, isso já quer dizer que é um prêmio para Guaratinguetá e de um simbolismo muito importante para a cidade.