Coletiva de José Serra no lançamento do projeto PHAI

O evento aconteceu em São Paulo, em 12 de abril de 2007, no conjunto habitacional Sacomã

qui, 12/04/2007 - 19h20 | Do Portal do Governo

O evento aconteceu em São Paulo, em 12 de abril de 2007, no conjunto habitacional Sacomã.

 Serra: Bem, hoje nós estamos lançando o PHAI, que é um programa de habitação de moradia para os funcionários públicos. Esse primeiro conjunto, situado no bairro do Sacomã, é para funcionários que moram aqui perto, como PMs, das áreas da Educação, da Saúde, tem um subsídio que é dado pelo governo e o financiamento é feito pela Caixa Econômica Estadual. O preço é de R$ 55 mil, o subsídio é de quase R$ 12 mil e a prestação será em torno de R$ 400 por mês. É algo acessível, são apartamentos de boa qualidade. São apartamentos que representam uma boa moradia. Esse é o começo do programa que nós esperamos multiplicar por todo o estado de São Paulo em parceria com as prefeituras.  

Repórter: Quantos funcionários públicos serão atendidos?

Serra: Todos seria exagero, mas uma boa parte dos funcionários públicos. Esse financiamento está restrito a quem ganha até 10 salários mínimos na área do funcionalismo e deverá estar sempre ligado ao trabalho perto da moradia. O que facilita muito o próprio desempenho e a qualidade do funcionário, que vai gastar menos tempo com o transporte.  

Repórter: Por que um programa específico para os funcionários públicos?

Serra: Porque os funcionários públicos precisam de um programa desse tipo de boa moradia, para poderem desempenhar suas tarefas a contento.  

Repórter: O senhor ficou sabendo do arquivamento do STF sobre o caso Mercadante, por falta de indícios de participação?

Serra: Não vi, sinceramente.  

Repórter: O senhor poderia falar do projeto do Metrô, do Sacomã até a Vila Prudente?

Serra: Sobre isso nós vamos tratar na sexta-feira que vem.  

Repórter: Governador, como fica a questão da inadimplência?

Serra: Aqui a inadimplência vai ser mínima, porque o financiamento da Caixa é feito com base no salário, na folha, então praticamente não vai haver inadimplência.  

Repórter: (inaudível)

Serra: Há, nós estamos enfrentando isso junto com a Caixa, instituindo melhores mecanismos de cobrança. Mas a inadimplência do CDHU historicamente sempre foi muito alta. Com medidas dessa natureza nós vamos evitar isso no futuro.

Repórter: O senhor foi consultado pelo PSDB sobre a possibilidade de uma CPI do apagão no Senado? O senhor concorda?

Serra: Não. Porque iria discordar, minha opinião, no caso, não tem relevância nenhuma. Aí é um problema do Senado e da Câmara.  

Repórter: Há um temor de esvaziamento?

Serra: Não sei, não havia nem pensado nisso.  

Repórter: Com relação às invasões do sem-teto, há alguma possibilidade de o governo negociar com essas pessoas?

Serra: A reivindicação de moradias é justa. Agora, o que não pode é sua utilização como instrumento político e demagógico. Que é o que, em grande parte, está se fazendo agora.  

Repórter: A secretária nacional de habitação deu uma declaração aos jornais dizendo que é legítima (…)

Serra: Ela foi procurada pelo estado para isto, ela foi procurada pelo Lair ( Krähenbühl, secretário da habitação e presidente da CDHU) para falar a respeito do estado de São Paulo. Porque o governo estadual não financia casa até 3 salários mínimos, e é isto que eles estão falando, reivindicando e o governo federal está fora disso, e nós queremos que eles entrem.

Repórter: Seriam manifestações políticas no caso?

Serra: Sim, eu não tenho dúvida nenhuma. Claro que isso é instrumentação política, está evidente.  

Repórter: Nós conversamos com o presidente da Nossa Caixa, ele disse que a instituição está disposta a colaborar com a instalação da CPI da Nossa Caixa. Qual seria a posição do governo?

Serra: Depende da Assembléia Legislativa.  

Repórter: Governador, existe algum tipo de mal estar entre o senhor e o ex-governador Geraldo Alckmin por conta desse assunto?

Serra: Não. Mas por conta da imprensa, sim. Mas na realidade, não. Imaginação e bobagens a imprensa está permitida a dizer a cada momento. É um problema do Vaz de Lima (presidente da Assembléia Legislativa) e da Assembléia Legislativa.   

Leia também:

Discurso de José Serra no lançamento do projeto PHAI

Discurso de Serra em São Bernardo do Campo

Coletiva de José Serra em visita a Jaú

Coletiva de José Serra em visita a Bauru

Discurso de José Serra na posse da nova diretoria da Febraban