Coletiva de José Serra em visita a Jaú

Coletiva aconteceu no Hospital Amaral Carvalho, em Jaú, em 10 de abril de 2007.

qua, 11/04/2007 - 10h17 | Do Portal do Governo

Coletiva do governador José Serra, durante assinatura de convênio do Projeto Pró Santas Casas, no Hospital Amaral Carvalho, em Jaú, em 10 de abril de 2007.

José Serra: Bom, eu vim aqui assinar essa liberação para ajudar a saúde de Jaú e região. São recursos diretos para a Santa Casa através da prefeitura e para a Fundação Amaral Carvalho. São R$ 900 mil no caso da Fundação e R$ 500 mil no caso da Santa Casa. Isso ajuda a segurar a situação da saúde, que está prejudicada pela diminuição dos repasses do Ministério da Saúde em termos relativos, quer dizer, não está atendendo as necessidades. Isso porque o governo federal está usando recursos da saúde para pagar, por exemplo, Bolsa Família, que eu não tenho nada contra, mas isso tira dinheiro da saúde e o Sistema SUS fica com problema. O governo de São Paulo, então, vem e cumpre o seu papel, que é de socorrer e de ajudar as instituições de saúde que estão em dificuldade. 

Repórter: Por outro lado governador, existe a contrapartida? 

Serra: Sem dúvida nenhuma. Elas têm que se adequar ao contrato de gestão de qualidade, de quantidade. Têm que atender pessoas que não são da cidade. Têm que ter o mínimo de 30% dos leitos destinados ao SUS. Enfim, tem uma série de requisitos importantes para justificar a vinda desse dinheiro. 

Repórter: O senhor pretende expandir esse programa? 

Sem dúvida. Esse programa envolve 100 hospitais aqui no Estado de São Paulo. Todos cumprindo esses requisitos que eu apontei aqui. 

Repórter: Governador, o senhor disse ao prefeito de Jaú que vai atender a reforma da vicinal, e com relação a vinda do hidroavião e também ao mosteiro do Frei Galvão… 

Serra: Bom, isso não depende da gente, mas no que eu puder ajudar eu ajudo. 

Repórter: Governador, em relação a essa nova ala aqui do Hospital, existe uma perspectiva que seja necessário R$ 11 milhões para que ela seja finalizada e realmente possa funcionar. Existe alguma previsão sobre isso? 

Serra: Na medida do possível, a gente vai ajudar sempre. Agora, queremos também que o Ministério da Saúde ajude. Quando eu fui ministro destinei para cá R$ 16 milhões. Inclusive este local onde estamos foi construída com esses recursos. Então nós temos que ter uma parceria entre a própria Fundação, o governo federal e a secretaria Estadual da Saúde. 

Repórter: Como o senhor vê esse anuncio do MST de abril vermelho, invasões? Como o governo vai reagir a isso? 

Serra: O governo vai agir mantendo a ordem dentro do Estado. Nós somos contra essas invasões, elas não levam a nada. O assunto reforma agrária não é estadual, ele é federal. Vamos cumprir as ordens judiciais que forem estabelecidas para a desocupação se a Justiça assim determinar. 

Repórter: Como está o avanço da dengue no Estado?

Serra: Estamos dando a batalha. É uma batalha dura que tem que ser travada nas casas, nos bairros, porque se trata de não ter água parada em pequenas superfícies. As famílias têm que cooperar para isso, inclusive para evitar que o mosquito com vírus as atinja. 

Repórter: O senhor pretende fortalecer as parcerias com os municípios? 

Serra: Sem dúvida. Estamos fazendo isso. Há um empenho muito grande. Uma campanha estadual. Estamos contratando inclusive 150 pessoas para ajudar nos municípios. 

Repórter: Falou-se muito da implantação de um Centro de Detenção Provisória em Jaú, já que ela é pessimamente atendida em termos de presídio. Como é que fica isso? 

Serra: O Centro de Ressocialização, que inclusive tirou a cadeia pública que já era importante, foi um avanço. O resto a gente vai no ritmo da necessidade, das prioridades. 

Repórter: Governador, sobre a CPI da Nossa Caixa… 

Serra: Esse é um problema da Assembléia.  

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