Coletiva de José Serra em visita a Bauru

Coletiva aconteceu na Associação Hospitalar em 10 de abril de 2007

qua, 11/04/2007 - 11h34 | Do Portal do Governo

Coletiva do governador José Serra, durante assinatura de convênio do Projeto Pró Santas Casas, na Associação Hospitalar, em Bauru, em 10 de abril de 2007.

José Serra: Vim aqui, hoje, para assinar um convênio com a Associação Hospitalar de Bauru. Vamos dar R$ 4,5 milhões, em parcelas mensais, durante nove meses. É uma ajuda de emergência às Santas Casas e instituições filantrópicas do Estado de São Paulo. O Governo Estadual está fazendo isso devido à insuficiência nas transferências do SUS de Brasília, do Ministério da Saúde. Estamos fazendo um investimento de emergência. E como contrapartida, esses hospitais oferecem o melhor serviço, metas de qualidade, de quantidade. São hospitais sob gestão estadual, têm que destinar 20% do atendimento, pelo menos, para pacientes da região, têm que ter, pelo menos, 30 leitos para o SUS, Enfim, é uma alocação de verbas muito bem feita, muito conscienciosa, e que vai ajudar o sistema de Saúde em São Paulo.

Repórter: Governador, algumas cidades da região estão tendo casos de dengue. O senhor tem acompanhado…

Serra: Nós estamos fazendo uma campanha imensa com relação à dengue, uma grande mobilização. Este é um trabalho que tem que ser feito de casa em casa, que tem que ser feito pelas pessoas, porque o acúmulo de água limpa em pequenas superfícies é o lugar ideal para que o mosquito prospere. A batalha não é apenas em São Paulo mãe em todo o Brasil, as secretarias de saúde municipais, estaduais e o ministério da Saúde estão dando a luta.

Repórter: O governo vai contemplar alguns outros hospitais da região com o Pró Santas Casas?

Serra: São 100 hospitais incluídos no programa. São 250 milhões de reais (a verba total do programa). E esses hospitais têm que obedecer determinados requisitos, entre eles: estar sob gestão estadual, ter pelo menos trinta leitos do SUS, serem regionais, ou seja, atender mais de 20% fora da cidade onde estão localizados, se submeterem a metas quantitativas e qualitativas, e até a cursos de gestão e administração hospitalar proporcionados pela Secretaria da Saúde.

Repórter: Há possibilidade de ajudar o Hospital Estadual Arnaldo Prado Curvelo?

Serra: Este hospital estadual vem recebendo ajuda o tempo inteiro. É mantido pelo Governo do Estado, que o criou. É um hospital novo e agora em julho, por exemplo, vai inaugurar os serviços de hemodiálise, que vão ampliar o atendimento de hemodiálise em Bauru e região. Isto é um investimento fundamental.

Repórter: Na região de Sorocaba os pacientes dizem que o hospital regional lá tem atravessado certas dificuldades…

Serra: É verdade.

Repórter: Ele será contemplado também?

Serra: O hospital estadual é outra coisa. Nós estamos fazendo isto aqui, agora, para as Santas Casas. Os hospitais do governo têm outro sistema. Mas nós estamos investindo em Sorocaba R$ 2,5 milhões para reformar integralmente o pronto socorro. E estamos investindo pouco a pouco no hospital que tem problemas de funcionamento. A meu ver, não é um hospital que funciona satisfatoriamente. É um hospital estadual, de funcionários públicos, estamos fazendo concurso agora para médicos neurologistas, estamos preocupados em melhorar esse atendimento lá na cidade de Sorocaba e região.

Repórter: E verba para o Centrinho…

Serra: Estamos dando R$ 8 milhões neste ano pra isso (para o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, ligado à USP de Bauru e conhecido como Centrinho)  e mais R$ 12 milhões que entrarão no orçamento do ano que vem. Nós estamos sempre presentes, ajudando o Centrinho, que não é uma coisa para   Bauru, não é nem para São Paulo, é para o Brasil. Pelo trabalho pioneiro que (o Centrinho) desenvolve, e eu o ajudei muito quando era ministro da Saúde.

Repórter: Como o senhor avalia os primeiros 100 dias do seu governo?

Serra: Olha, 100 dias é muito pouco tempo. O que eu posso dizer é que estamos no rumo. São Paulo está no rumo. Dos oitenta e tantos objetivos do meu programa de governo, nós já começamos a acionar setenta. Ou seja: já se avançou bastante. Agora, é um catorzeavos da minha gestão, então, é muito pouco tempo. É como se você fosse avaliar um homem de 70 anos quando ele tem cinco anos de idade. Ou seja, tem catorze vezes mais de tempo para fazer o nosso trabalho.

Repórter: Governador, como o senhor avalia os rumos da segurança pública em São Paulo?

Serra: Eu acho que está melhorando. A segurança pública é uma área delicada aqui em São Paulo, mas já vinha melhorando no governo passado, principalmente (em relação à) diminuição de homicídios. E estamos avançando, tendo a PM e a Polícia Civil mobilizadas como nunca estiveram na sua história. Outro dia, eu fui à cerimônia de admissão de 1.266 PMs a mais. E vem aí também um número maior de delegados que, neste momento, estão cursando a academia de polícia. Portanto, estamos aumentando os efetivos, e fazendo um trabalho muito integrado entre administração penitenciária, segurança e Justiça, com vistas a melhorar as condições de segurança em São Paulo.

Repórter: Tem a CPI lá da Nossa Caixa, o senhor concorda ou acha que num…

Serra: Isso é problema da Assembléia Legislativa.

Repórter: O senhor falou das vicinais. E as estradas estaduais? O senhor pode privatizá-las para…

Serra: O governo vem investindo na Bauru – Marília, é uma estrada grande. Para  vocês terem uma idéia, faltam duzentos e tantos milhões, não é brincadeira, mas nós vamos dar prosseguimento a ela. Sobre a hipótese de concessão ou não, privatização, não há estrada privatizada em São Paulo. O que há são concessões. É uma questão que está em estudo, mas não há nenhuma decisão a esse respeito até agora. E ela será oportunamente comunicada, se for o caso.

Repórter: O senhor pretende fazer um programa de compensação financeira de presídios?

Serra: Financeira, não. Nós fazemos…

Repórter: Há previsão de construção de novos CDPs?

Serra: CDPs, claro. Eu tenho por meta tirar as cadeias das cidades. As cadeias e delegacias. Isso já foi feito, não totalmente, mas em grande medida na Grande São Paulo. A etapa agora é o interior. Então, nós vamos até o final do mandato fazer a maioria das substituições necessárias.