Parque Villa-Lobos, 31 anos da parceria do Governo do Estado com a comunidade

Novos modelos de gestão possibilitaram parcerias com a iniciativa privada e entidades sociais, impulsionando a qualidade dos serviços

Eduardo Trani
Subsecretário de Meio Ambiente da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA)

seg, 29/04/2019 - 13h45 | Do Portal do Governo

A área onde se encontra hoje o Parque Villa-Lobos na cidade de São Paulo era, na década de 80, o retrato do descaso e do abandono de grandes áreas particulares da cidade. O local servia na época para descarte irregular de todo tipo de resíduos do CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) e sobras de construção.

Em 1988, após as comemorações do centenário de nascimento do músico brasileiro, Heitor Villa-Lobos, foram desapropriadas duas glebas, às margens do Rio Pinheiros, com 732 mil m² para se implantar um parque de lazer, cultura e esporte.

Os moradores do bairro Boaçava, vizinho à área do Parque, criaram um movimento para reivindicar a transformação daquele espaço. Em 1989, o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo), depois de realocar cerca de oitenta famílias que viviam irregularmente no local, iniciou a remoção do solo contaminado para a correção e preparação do terreno. Ainda no período, o córrego Boaçava que dá nome ao bairro foi canalizado.

Em 1994, o Parque foi inaugurado com projeto do arquiteto Décio Tozzi e concebido originalmente para ser um oásis musical.

Sua implantação ficou sob responsabilidade da então Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude, até ser transferido para a Secretaria de Meio Ambiente, em 2004, quando ganha nova configuração, principalmente pela valorização das áreas verdes, ampliadas em 300 mil m².

Em 2005, sua área central com 100 mil m² foi entregue ao público. No ano seguinte, mais 200 mil m² foram abertos, com a ampliação da ciclovia, formação de novos bosques, gramados, pistas de caminhada e rede de sanitários, para atender à crescente demanda de usuários.

O Parque Villa-Lobos foi um dos primeiros equipamentos de lazer da capital, adequado à acessibilidade de pessoas com portadora de necessidade especiais. Atualmente, recebe quase 600 mil pessoas por mês.

Em 2009 a administração do parque ganhou uma nova sede e uma unidade da Polícia Militar. Implantou também o Circuito das Árvores, uma novidade nos parques de São Paulo.

No ano seguinte, junto com a implantação do Orquidário Ruth Cardoso, o Villa conectou-se com o transporte de massa, atraindo pessoas de outros bairros, com a inauguração da passarela de ligação com a estação de trens Villa-Lobos e Jaguaré. Em 2013, foi inaugurada a Biblioteca Villa-Lobos, com 4.000 m², introduzindo o conceito de Biblioteca viva e que foi escolhida entre as cinco finalistas de melhor Biblioteca pela IFLA / Unesco, em 2018.

A cultura está presente na Biblioteca, no anfiteatro com 750 lugares para eventos artísticos e na Ilha Musical, um espaço com 25 mil m² para receber eventos diversos.

O lazer desfruta-se nas trilhas e playgrounds com acessibilidade a todos os usuários. Para o esporte, há quadras poliesportivas de tênis, vôlei, street-basket e futebol, além de aparelhos de ginástica.

A administração do parque conta com uma equipe dedicada da Coordenadoria de Parques e Parcerias da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo, além do apoio e ação vigilante da sociedade civil, por meio do Conselho Consultivo do Parque.

Nos últimos 5 anos, novos modelos de gestão possibilitaram parcerias com a iniciativa privada e entidades sociais, impulsionando a qualidade dos serviços ofertados. O belo Parque Villa-Lobos é hoje uma das áreas mais densamente arborizadas da zona Oeste da capital. Vamos comemorar seus 31 anos com mais qualidade de vida, caminhadas e natureza.