Nova fase para o fomento

O novo posicionamento estratégico da agência está fundamentado em três pilares de atuação: inovação, crédito e infraestrutura

Nelson de Souza
Presidente da Desenvolve SP

qua, 21/08/2019 - 18h22 | Do Portal do Governo

Com uma carteira de crédito de R$ 1,3 bilhão, a quarta maior entre bancos de desenvolvimento e agências de fomento do País, sem considerar o BNDES, a Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP) é a instituição do Governo de São Paulo que financia o crescimento de empresas e municípios em prol do desenvolvimento socioeconômico do Estado.

Em uma década de atuação são R$ 3,3 bilhões em financiamentos concedidos para estimular uma das economias mais robustas e diversificadas do país. Mas, é preciso ir além.

Se ao longo de sua trajetória a Desenvolve SP apoiou milhares de projetos de investimento do setor público e privado em 357 cidades, a meta para os próximos quatro anos é ampliar a capilaridade da empresa para alcançar beneficiários em todos os 645 municípios do Estado.

Uma iniciativa que marca o novo posicionamento estratégico da agência fundamentado em três pilares de atuação: inovação, crédito e infraestrutura. O primeiro passo nessa jornada é buscar a modernização. O mundo mudou e é preciso acompanhar a evolução, sobretudo, tecnológica. Para manter-se competitiva no Sistema Financeiro Nacional, do qual já fazem parte as fintechs, por exemplo, a Desenvolve SP sabe que a inovação deve ser um princípio transversal do seu plano de negócios.

Neste sentido, investiremos na atualização da arquitetura tecnológica da instituição, continuaremos a criar soluções inovadoras para empreendedores e intensificaremos atuação em fundos de investimento em participações de empresas de alto potencial, os FIPs.

Ampliar o funding da agência passa também a ser uma nova meta, uma vez que, do ponto de vista da captação de recursos, a atuação é mais restrita se comparada a um banco comercial. Nesse sentido, já estamos nos articulando para viabilizar novas fontes de recursos junto a organismos nacionais e internacionais de desenvolvimento, como o BID, CAF e os BRICS, além de buscar novos aportes junto ao nosso acionista controlador, ou seja, o Estado. A ideia é aumentar carteira da instituição em até 2 bilhões.

Seguindo este caminho é como conseguiremos ampliar nossa capilaridade e fazer valer o segundo pilar dessa nova gestão, que é financiar as microempresas paulistas. No Estado, elas respondem por 52% das carteiras assinadas (cerca de 16,1 milhões, segundo dados do Sebrae) e facilitar o acesso desses empreendedores ao crédito de longo prazo é fundamental para fazer São Paulo crescer. A partir de agora, portanto, o público-alvo da Desenvolve SP são as chamadas MPMEs – micros, pequenas e médias empresas.

Por fim, apostaremos fortemente no financiamento de obras de infraestrutura dos municípios paulistas. Com mínimos desgastes ambientais e reflexos sociais positivos, priorizaremos projetos do setor público que proporcionem o crescimento econômico regional e a qualidade de vida da população.

A ideia é ir além do financiamento do asfalto, que é importante, é claro, incentivando também investimentos mais estruturantes nas áreas da mobilidade urbana, saúde, e da modernização das cidades como um todo.

Com o olhar voltado para o futuro estas são as novas diretrizes e também desafios da Desenvolve SP que marcam um novo momento para o fomento paulista. Sem dúvidas, ao priorizar investimentos em inovação, infraestrutura e o crédito para MPMEs, a instituição exerce um papel extremamente estratégico junto ao Governo de São Paulo.