Polícia apreende oito barcos usados em garimpo ilegal

Às 5 horas do dia 28 de março, começou a maior operação da Polícia Militar Ambiental numa área de mineração, para coibir a exploração ilegal de diamantes. Os 105 policiais […]

sáb, 05/04/2008 - 10h48 | Do Portal do Governo

Às 5 horas do dia 28 de março, começou a maior operação da Polícia Militar Ambiental numa área de mineração, para coibir a exploração ilegal de diamantes. Os 105 policiais ambientais participantes na tarefa apreenderam seis pequenas pedras de diamante e sete pedras maiores usadas em bijuteria, oito barcos que operavam ilegalmente, 11 motores das barcaças, nove bombas d’água, 15 baterias e seis tanques de combustível. A mineração ilegal ocorria no Rio Grande, no trecho que passa pelo município de Colômbia, na divisa entre os Estados de São Paulo e Minas Gerais.

Graças à ação, 14 garimpeiros responderão a processo por prática ilegal de garimpar. Eles receberam o Termo Circunstanciado de Ocorrência e foram liberados. Outro fugitivo da Justiça foi capturado. No local, havia 28 barcos antes da chegada da polícia e muitos garimpeiros fugiram. Os policiais ambientais emitiram dois autos de infração ambiental e apreenderam 12 compressores com cilindros. Como os garimpeiros não tinham equipamentos de mergulho, usavam o compressor para respirar enquanto mergulhavam para pescar os diamantes.

O capitão PM Walter Nyakas Junior, chefe da seção operacional do Comando de Policiamento Ambiental do Estado de São Paulo, espera que essa operação inibirá a atividade ilegal por um tempo, mas é preciso continuar a vigilância constante e rotineira para evitar a retomada do garimpo. A blitz foi desencadeada por denúncia da população. “Quando chega uma denúncia, fazemos o levantamento, a apuração e, se confirmada a veracidade da informação, montamos uma operação”, explica Nyakas.

Dois mil agentes para proteger os recursos naturais

Garimpeiros disseram aos policiais que trabalhavam para a Cooperativa Mista dos Garimpeiros do Baixo Vale do Rio Grande (Coopergrande), que teve a licença cassada em novembro por descumprir as restrições e condições determinadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Até então, a empresa era a única credenciada a operar no local. A mineração, por revolver o fundo do rio onde estão depositados os diamantes, pode danificar a flora e a fauna da vegetação subaquática.

A operação, que durou um dia, teve a participação de 15 patrulhas da Polícia Ambiental de São José do Rio Preto e o acompanhamento do secretário do Meio Ambiente, que sobrevoou a região de helicóptero. Nyakas disse que a Polícia Ambiental tem dois mil profissionais para fazer atividades de proteção aos recursos naturais e ao homem do campo. Exercem atividades como coibir o tráfico de animais silvestres, fiscalizar a pesca (principalmente durante a piracema quando a pesca é proibida), impedir a entrada de madeiras ilegais no Estado e policiar a exploração e o comércio ilegal de produtos florestais, como o palmito e o xaxim.

Rio Grande divide e une MG e SP

O Rio Grande nasce na Serra da Mantiqueira (em Bocaina de Minas), em Minas Gerais, e banha também o Estado de São Paulo. A partir do município de Claraval, o rio forma a divisa natural entre os dois Estados. Após percorrer 1,3 mil quilômetros encontra o Rio Paranaíba. Essa junção de águas formará o Rio Paraná. Com área total de 143 mil quilômetros quadrados, dos quais 86,5 em território mineiro, é responsável pela geração de 67% da energia de Minas. A usina Hidrelétrica de Furnas está instalada em seu curso.

Serviço

Quem tiver denúncia de crime ambiental pode ligar para o Disque Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e da Cetesb, pelo número 0800 113560, das 7 às 19 horas, de segunda a sexta-feira O recordista em reclamações é a fumaça preta emitida por veículos a diesel. Em seguida, estão as denúncias de cheiros químicos provenientes das indústrias

Claudeci Martins
Agência Imprensa Oficial

(M.S.)