Discurso: José Serra
Evento: Abertura da 26º edição do Congresso Internacional de Odontologia (Ciosp)
Data: 26/01/08
Queria dar o meu boa noite a todos e a todas.
Saudar todos os participantes deste Congresso Internacional de Odontologia aqui em São Paulo e queria cumprimentar muito especialmente seus organizadores: o presidente do Congresso André Callegari; queria cumprimentar o Silvio Jorge Cecchetto que é o presidente da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, a APCD. Se eu não me engano, neste ano completa o aniversário de 97 anos, não é? Foi fundada em 1911, reúne 40 mil profissionais aqui do Estado de São Paulo que formam uma proporção altíssima dos cirurgiões dentistas de todos o Brasil.
Queria cumprimentar também o presidente da Associação Brasileira de Cirurgiões Dentistas, a ABCD, Luciano Artioli Moreira; o presidente do Conselho Federal de Odontologia,Miguel Álvaro Santiago Nobre. Queria cumprimentar também o nosso deputado Arnaldo Madeira que não é dentista, mas é sócio benemérito da APCD, que posso aqui dizer a todos: é um dos melhores parlamentares que nós temos no nosso país. Portanto, a APCD tem em seus quadros um grande parlamentar benemérito.
O vereador Gilberto Natalini que é médico aqui da Câmara de Vereadores de São Paulo. Um grande vereador também. Queria cumprimentar o sempre presidente da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas e atualmente, assessor e consultor da ABCD, diretor de Relações Internacionais, o Rafael Baldacci; o Emil Adib Razuk, presidente do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo; os presidentes de conselhos e associações odontológicas do país; congressistas; membros de entidades representadas aqui do exterior.
Em dizer da minha satisfação de em São Paulo abrigar novamente o que é talvez, o maior evento científico de odontologia da América Latina e do terceiro mundo. Apenas a feira associada a este Congresso – não tenho idéia – deve ser uma das quatro feiras mais importantes do mundo nesta área.
E agora a pouco mesmo, eu tive uma demonstração pequena, mas significativa da importância da feira. Por que eu estava fazendo uma aplicação, ou melhor, estava recebendo uma aplicação de laser por parte de uma cirurgiã-dentista. Ela me disse que tinha acabado de vir aqui e que vai participar amanhã e depois e que tinha já tomado conhecimento de um aparelho de laser portátil de maior intensidade, de maior profundidade que hoje não tem. Quando tem que fazer um aplicação, tem que ir ao consultório. Mas agora, há uma firma brasileira que por um terço do preço internacional, está colocando esse produto.
Agora, esse é um exemplo típico da importância da feira. Por que os profissionais tomam conhecimento dos avanços e das condições todas tecnológicas que cercam o seu trabalho. Isso sem falar do intercâmbio de natureza cientifica – propriamente dita – independentemente dos aparelhos, da nova tecnologia com relação à área da odontologia.
É uma área que eu tive a satisfação de ter como parceira quando fui ministro da Saúde. Inclusive, introduzindo nas equipes de saúde da família, o atendimento odontológico – que representou o primeiro passo. Ainda falta muito no Brasil para se avançar em matéria de saúde pública na área da odontológica. Mas o importante é que nós iniciamos um caminho vem sendo perseguido com regularidade e com determinação.
E naturalmente, a questão odontológica também acompanha a vida de cada um. No meu caso, o atendimento odontológico virou uma espécie de profissão. É praticamente permanente, de maneira que a gente acaba também acompanhando do lado do consumidor – digamos assim – toda a evolução tecnológica, evolução científica de uma profissão que é tão importante para a saúde pública e para o bem estar e o conforto das pessoas.
Reitero também aqui o meu testemunho que já dei em um congresso que eu fui há alguns anos com o Presidente Fernando Henrique e o Madeira, que eu me lembro que depois teve um espetáculo do Paulo Autran; a quem hoje homenageamos em São Paulo com uma obra muito importante em frente ao Aeroporto de Congonhas.
Nesse congresso eu dizia que havia vivido muitos anos fora. Catorze anos durante todo o meu exílio e pelo menos em quatro países – três deles, países desenvolvidos. E dava o meu testemunho de paciente a respeito da melhor qualidade da odontologia no Brasil, comparativamente a estes países. É uma opinião de consumidor, não é uma opinião de governador, porque eu não desejo constranger nenhum outro país, nenhuma outra entidade internacional dessa área.
Portanto, é uma satisfação minha muito grande estar novamente aqui neste congresso, nesta solenidade de abertura.
Eu espero que vá tudo muito bem em dezena de milhares de visitantes e que seja mais um momento que alavanque o progresso dessa disciplina no nosso país.
Muito obrigado.
