Aumento de passageiros na CPTM beneficia principalmente os mais pobres

Número de pessoas transportadas nos trens aumentou 11,3% no primeiro trimestre

ter, 10/04/2007 - 11h49 | Do Portal do Governo

O número de passageiros transportados na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) cresceu 11,3% neste 1º. trimestre. Como a empresa é a grande servidora do transporte das áreas periféricas da Região Metropolitana, o crescimento da demanda contribui, por conseqüência, com o aumento da mobilidade das classes mais pobres. Cerca de 90% dos usuários do sistema tem como renda individual até cinco salários mínimos.

O maior uso do trem está inserido no desenvolvimento da economia em uma estreita relação de interdependência: 86% dos passageiros utilizam o meio de transporte por motivo de trabalho. Por diversas razões, os mais necessitados são levados a morar distantes do trabalho. Nesse aspecto, o trem metropolitano é um poderoso aliado no deslocamento casa-emprego. Os usuários da CPTM percorrem, em média, uma distância de 21,1 km, uma das maiores entre todos os modais atuantes na Grande São Paulo.

Destaques

De janeiro a março, foram transportados 110.967.986 usuários, contra 99.707.059 no mesmo período do ano passado. Em março, a média nos dias úteis chegou a 1.569.085 de pessoas. A Linha C (Osasco – Jurubatuba) registrou o maior aumento percentual: 16,6%, transportando 7.972.833 usuários em 2007, contra 6.838.384 no 1º. trimestre de 2006. Em seguida aparece a Linha A (Luz – Francisco Morato), com crescimento de 12%.

No entanto, a maior demanda segue com a Linha E (Luz – Estudantes), que atende à população da zona leste. Este ramal transportou nos três primeiros meses 26.985.402 usuários, contra 24.509.914 do mesmo período do ano anterior. Em segundo lugar vem a Linha A, com 24.555.200 passageiros frente a 21.931.620.

Operação

Diversos fatores influenciaram o aumento do número de passageiros transportados. Dentro de seu programa de gestão corporativa em busca de melhoria dos serviços, a CPTM aumentou recentemente o número de viagens e, por conseqüência, a oferta de lugares, reduzindo os intervalos nos horários de pico em várias linhas. Os headways nas Linhas A (Luz – Francisco Morato), D (Luz – Rio Grande da Serra) e F (Brás – Calmon Viana) passaram de nove para oito minutos. No Expresso Leste (Luz – Guaianazes) e Linha C (Osasco – Jurubatuba), foram de sete para seis minutos.

A implantação do Bilhete Único também impulsionou esse crescimento. Hoje, a utilização do BU chega a 41% do número total de pagantes na CPTM. Com o benefício, o usuário pode realizar quatro viagens no período de duas horas – uma na CPTM ou Metrô e outras três nos ônibus da capital – com apenas R$ 3,50.

Da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos