Congresso no IPT discute questões ambientais e sociais

Congresso EcoSocial contou com participação de instituições como Petrobrás, Cetesb, subprefeituras, USP e Sabesp

ter, 13/02/2007 - 18h43 | Do Portal do Governo

O IPT sediou, nos dias 7 e 8, o Congresso EcoSocial, uma realização do Instituto para o Desenvolvimento Socioambiental (Idesa), que contou com a participação de instituições de relevância no tema como o próprio IPT, a Petrobrás, a Cetesb, subprefeituras, Secretaria Nacional de Programas Urbanos, USP e Sabesp.

Representando o IPT, Eduardo Soares de Macedo discorreu sobre a tecnologia para o controle de ocupação e mitigação dos impactos ambientais. A ocupação sem planejamento, causa de deslizamentos de terra, é um dos maiores problemas paulistas, juntamente com as enchentes, que, segundo sua avaliação, é resultado de uma crise econômica e social que pode ser solucionada a longo prazo.

Segundo Macedo, a falta de orientação técnica para as populações de favelas construírem suas casas, a inexistência de legislação adequada para áreas suscetíveis e uma política habitacional e controle de ocupação historicamente ineficientes fazem com que se aumentem cada vez mais as áreas de risco no Estado.

Entre medidas adotadas pelo IPT para resolver ou amenizar a questão, foram citadas identificação de riscos, análises, medidas de prevenção, atendimentos emergenciais, informações públicas e treinamento. “Não existem soluções mágicas para este tipo de problema, é um problema complexo e precisa de múltiplas soluções combinadas”, opinou Macedo.

Acrescentou que para apoiar estas soluções existem estudos técnicos, entre eles as publicações do IPT, mapeamentos de regiões de risco e o treinamento que o instituto oferece às Defesas Civis para que estejam preparadas para retirar as pessoas dos locais de risco antes que os desabamentos ocorram “portanto, salvando vidas”, acrescentou Macedo na ocasião.

Especial importância o pesquisador deu à reinclusão das favelas nas áreas urbanas, através da instalação de rede de esgoto e água potável, sistema viário adequado, eletricidade, áreas de lazer, coleta de lixo, drenagem de águas pluviais, recolocação e melhoria das moradias. “Este é o caminho que temos de trilhar, porém, apesar dos esforços, imagino que somente daqui a 50 anos teremos o problema resolvido”, previu. Ressaltou ainda a importância de informar a população por meio de folders, campanhas e palestras. “Não dá para fazer plano secreto, porque não funciona. Uma coisa muito importante é a informação pública”.

Da Assessoria de Imprensa do IPT

(R.A.)